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202124PTGEI Jo�o Pedro da Silva Pereira
Created on March 18, 2024
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Transcript
João Pedro nº8
Gil Macedo nº7
Filipe Fernandes nº6
"A espantosa realidade das coisas"
Alberto Caeiro
Info
Alberto Caeiro é um dos principais heterônimos criados pelo poeta português Fernando Pessoa. Nasceu em uma fictícia localidade rural chamada Campos. Sua poesia é marcada pela simplicidade, conectada diretamente à natureza, com uma linguagem direta e desprovida de metáforas. Seu trabalho mais conhecido é "O Guardador de Rebanhos". Caeiro representa uma visão de mundo única, celebrando a existência sensorial e a simplicidade da vida. Ele deixou um legado duradouro na literatura portuguesa do século XX.
alberto caeiro
Info
A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias. Cada coisa é o que é, E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra, E quanto isso me basta. Basta existir para se ser completo. Tenho escrito bastantes poemas. Hei-de escrever muitos mais, naturalmente. Cada poema meu diz isto, E todos os meus poemas são diferentes, Porque cada coisa que há é uma maneira de dizer isto.
Espantosa realidade das coisas
Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra. Não me ponho a pensar se ela sente. Não me perco a chamar-lhe minha irmã. Mas gosto dela por ela ser uma pedra, Gosto dela porque ela não sente nada, Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo. Outras vezes oiço passar o vento, E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.
Espantosa realidade das coisas
Info
Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto; Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem esforço, Nem ideia de outras pessoas a ouvir-me pensar; Porque o penso sem pensamentos, Porque o digo como as minhas palavras o dizem. Uma vez chamaram-me poeta materialista, E eu admirei-me, porque não julgava Que se me pudesse chamar qualquer coisa. Eu nem sequer sou poeta: vejo. Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho: O valor está ali, nos meus versos. Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.
Espantosa realidade das coisas
Info
Estrofes e Versos: O poema consiste em uma única estrofe, sem divisões formais. Cada linha representa um verso, totalizando oito versos no poema.
Aspetos formais do poema
Info
Métrica: A métrica do poema é predominantemente livre, sem uma regularidade rítmica ou métrica específica. No entanto, pode-se notar uma tendência para uma contagem silábica próxima em alguns versos, que oscilam entre sete e nove sílabas, mas isso não é seguido de maneira rígida.
Info
Rima: Não há esquema de rima definido no poema. A ausência de rima contribui para a simplicidade e naturalidade da linguagem, características marcantes da poesia de Caeiro. Pausa e Ritmo: O poema possui uma cadência natural, que flui sem interrupções marcadas. A ausência de uma métrica rígida permite que o poema seja lido de forma fluente, enfatizando o conteúdo e o significado das palavras. Linguagem Simples: Como é característico da poesia de Alberto Caeiro, a linguagem é direta e simples, evitando adornos ou figuras de linguagem complexas. Isso contribui para a transmissão clara e direta da mensagem do poema. Tema e Estrutura: O poema aborda o tema da observação direta da realidade, destacando a beleza e a singularidade das coisas simples da vida. A estrutura do poema reflete essa abordagem, com cada verso contribuindo para a apresentação e exploração desse tema.
Info
O tema e o assunto do poema "A Espantosa Realidade das Coisas" giram em torno da apreciação da natureza e da realidade objetiva, destacando a beleza e a maravilha presentes nas coisas simples e cotidianas da vida.
tema e assunto da composiçao poetica deste poema
Uma única estrofe.
Oito versos.
Métrica livre, sem um padrão rígido.
Ausência de rima.
A estrutura interna de "A Espantosa Realidade das Coisas"
A estrutura interna de "A Espantosa Realidade das Coisas
Linguagem simples e direta.
Foco na observação direta da realidade e na simplicidade das coisas.
Cadência natural que contribui para a fluidez da leitura.
Reflete a filosofia de Alberto Caeiro, valorizando a conexão direta com a realidade e a beleza das coisas simples da vida.
Metáfora da "Espantosa Realidade": O título do poema em si é um recurso expressivo poderoso. A palavra "espantosa" sugere que a realidade das coisas é surpreendente e extraordinária, convidando o leitor a contemplar a profundidade e a complexidade da vida. Personificação da Natureza: Ao atribuir características humanas à natureza, como a capacidade de se espantar e de possuir uma "verdade", Caeiro emprega a personificação como um recurso expressivo para transmitir a ideia de que a natureza possui uma essência intrínseca que merece ser reconhecida e valorizada. Paradoxo da Simplicidade e da Complexidade: O poema explora o paradoxo de como as coisas simples da vida podem ser, ao mesmo tempo, espantosas e complexas. Esse contraste entre simplicidade e complexidade é expresso de forma eficaz através de uma linguagem direta e despretensiosa, ressaltando a beleza e a profundidade da existência.
recurosos expressivos mais significativos e a sua expressividade do poema
Imagens Sensoriais: Caeiro utiliza imagens sensoriais vívidas para evocar uma sensação de proximidade e intimidade com a natureza. Por exemplo, a imagem da "flor mais natural do mundo" e da "árvore que não sabe a ciência" apela aos sentidos do leitor, criando uma experiência sensorial envolvente. Antítese entre Ciência e Natureza: O contraste entre a "ciência" e a "árvore que não sabe a ciência" reflete a oposição entre o conhecimento racional e a sabedoria intuitiva da natureza. Essa antítese ressalta a ideia de que a verdadeira compreensão da vida não pode ser encontrada apenas na análise científica, mas também na contemplação simples e direta da realidade.
srecurosos expressivos mais significativos e a sua expressividade do pema
Info
"A Espantosa Realidade das Coisas" é um poema que celebra a simplicidade, a beleza e a profundidade da vida cotidiana. Através de uma linguagem acessível e uma visão de mundo marcada pela admiração e reverência, Alberto Caeiro nos convida a contemplar a beleza que nos cerca e a encontrar significado nas coisas mais simples e comuns.
aPRECIAÇAO CRITICA DO POEMA
Info
Ao ler "A Espantosa Realidade das Coisas" de Alberto Caeiro, experimentei uma sensação de clareza e simplicidade. A ausência de uma estrutura formal rígida permitiu uma leitura fluida e natural. No entanto, algumas dificuldades surgiram na interpretação do significado mais profundo das palavras, devido à aparente simplicidade da linguagem, que esconde complexidades filosóficas subjacentes. Ainda assim, a experiência de leitura foi enriquecedora, levando-me a refletir sobre a beleza e a singularidade da vida cotidiana.v
registo da expeeriencia de leitura e dificuladades sentidas acerca do poema a espantosa realidade das coisas de alberto caeiro
Info
A interpolidade (ou interpolação) é o processo de encontrar um valor desconhecido entre dois valores conhecidos. No contexto da poesia, a interpolidade refere-se à interpretação e análise do texto. Aqui está um resumo conciso da interpolidade do poema "A Espantosa Realidade das Coisas" de Alberto Caeiro: O poema destaca a beleza e a profundidade da vida cotidiana, celebrando a simplicidade e a autenticidade das coisas comuns. Caeiro expressa sua admiração pela realidade natural e sua filosofia de viver no momento presente, sem artifícios ou ilusões. Através de uma linguagem direta e desprovida de ornamentos, o poema convida o leitor a apreciar a maravilha das coisas simples da vida.