Alberto
Caeiro
Trabalho feito por: Rania de Oliveira
Introdução
Hoje vim falar sobre Alberto Caeiro e analisar o poema " O guardador de Rebanhos".
Índice
Traços Ideológicos neste poema
Biografia de Caeiro
Poema
Conclusão
Análise
Alberto Caeiro
Alberto Caeiro é um dos heterónimos do poeta português Fernando Pessoa. O poeta foi vários poetas ao mesmo tempo, além de Alberto Caeiro, foi também Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares.
O poeta nasceu em Lisboa 13 de junho de 1888 e morreu no dia 30 de novembro de 1935 de uma tuberculose. Órfão de pai e de mãe, "só teve instrução primária" e viveu quase toda a vida no campo, sob a proteção de uma tia.
"O guardador de Rebanhos"
O poema de "O Guardador de Rebanhos", segundo Alberto Caeiro, foi escrito na noite de 8 de Março de 1914, de um só fôlego, sem interrupções.
Alberto Caeiro apresenta-se como um simples "guardador de rebanhos", que só se importa em ver de forma objectiva e natural a realidade, com a qual contacta a todo o momento. Apartir daí o seu desejo de adaptação com a natureza.
Eu nunca guardei rebanhos, Mas é como se os guardasse. Minha alma é como um pastor, Conhece o vento e o sol E anda pela mão das Estações A seguir e a olhar. Toda a paz da Natureza sem gente Vem sentar-se a meu lado. Mas eu fico triste como um pôr de sol Para a nossa imaginação, Quando esfria no fundo da planície E se sente a noite entrada Como uma borboleta pela janela.
- Alberto Caeiro
Análise
O sujeito poético tem em comum com um pastor a sua Alma, logo é um pastor por metáfora que estabelece uma relação com a natureza e anda sem rumo definido observando o que o rodeia (simboliza a solidão do pensamento)
Mas a minha tristeza é sossego Porque é natural e justa E é o que deve estar na alma Quando já pensa que existe E as mãos colhem flores sem dar por isso..
- Alberto Caeiro
Análise
É natural e justo que sinta tristeza quando o pensamento invade a alma e assim ser identificada com o sossego. Isto mostra que o sujeito poético aceita o real, sem ilusões
Como um ruído de chocalhos Para além da curva da estrada, Os meus pensamentos são contentes. Só tenho pena de saber que eles são contentes, Porque, se o não soubesse, Em vez de serem contentes e tristes, Seriam alegres e contentes.
- Alberto Caeiro
Análise
Como os pensamentos estão sempre aparecer e livres de simplicidade existe uma indiferença pelo pensamento, de modo a que se atinga a paz e a felicidade. Não se lamenta que saiba que os seus pensamentos sejam contentes, pois se não soubesse seria feliz na mesma.
Não tenho ambições nem desejos. Ser poeta não é ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho....
- Alberto Caeiro
Análise
Não tem ambições nem desejos, o mesmo admite que estar sozinho é estar com as suas ideias, num estado de autorreflexão.
Traços Ideológicos neste poema
Caeiro apresenta-se como pastor, como o poeta da Natureza e do olhar, de olhos ingénuos sempre abertos para as coisas (vv. 3-6). Caeiro apresenta-se a negar a utilidade ou o valor do pensamento (vv. 19-25, 26).
Conclusão
Em conclusão, Alberto Caeiro, poeta, escreve e pensa versos, relacionando realidades contrastantes, traços estes que formam a base da originalidade da sua poética. Recomendo este poema por ser bastante interessante.
Fim
Obrigada pela vossa atenção!
Apresentação de portugues
Rania De Oliveira
Created on March 14, 2024
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Transcript
Alberto
Caeiro
Trabalho feito por: Rania de Oliveira
Introdução
Hoje vim falar sobre Alberto Caeiro e analisar o poema " O guardador de Rebanhos".
Índice
Traços Ideológicos neste poema
Biografia de Caeiro
Poema
Conclusão
Análise
Alberto Caeiro
Alberto Caeiro é um dos heterónimos do poeta português Fernando Pessoa. O poeta foi vários poetas ao mesmo tempo, além de Alberto Caeiro, foi também Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares. O poeta nasceu em Lisboa 13 de junho de 1888 e morreu no dia 30 de novembro de 1935 de uma tuberculose. Órfão de pai e de mãe, "só teve instrução primária" e viveu quase toda a vida no campo, sob a proteção de uma tia.
"O guardador de Rebanhos"
O poema de "O Guardador de Rebanhos", segundo Alberto Caeiro, foi escrito na noite de 8 de Março de 1914, de um só fôlego, sem interrupções. Alberto Caeiro apresenta-se como um simples "guardador de rebanhos", que só se importa em ver de forma objectiva e natural a realidade, com a qual contacta a todo o momento. Apartir daí o seu desejo de adaptação com a natureza.
Eu nunca guardei rebanhos, Mas é como se os guardasse. Minha alma é como um pastor, Conhece o vento e o sol E anda pela mão das Estações A seguir e a olhar. Toda a paz da Natureza sem gente Vem sentar-se a meu lado. Mas eu fico triste como um pôr de sol Para a nossa imaginação, Quando esfria no fundo da planície E se sente a noite entrada Como uma borboleta pela janela.
- Alberto Caeiro
Análise
O sujeito poético tem em comum com um pastor a sua Alma, logo é um pastor por metáfora que estabelece uma relação com a natureza e anda sem rumo definido observando o que o rodeia (simboliza a solidão do pensamento)
Mas a minha tristeza é sossego Porque é natural e justa E é o que deve estar na alma Quando já pensa que existe E as mãos colhem flores sem dar por isso..
- Alberto Caeiro
Análise
É natural e justo que sinta tristeza quando o pensamento invade a alma e assim ser identificada com o sossego. Isto mostra que o sujeito poético aceita o real, sem ilusões
Como um ruído de chocalhos Para além da curva da estrada, Os meus pensamentos são contentes. Só tenho pena de saber que eles são contentes, Porque, se o não soubesse, Em vez de serem contentes e tristes, Seriam alegres e contentes.
- Alberto Caeiro
Análise
Como os pensamentos estão sempre aparecer e livres de simplicidade existe uma indiferença pelo pensamento, de modo a que se atinga a paz e a felicidade. Não se lamenta que saiba que os seus pensamentos sejam contentes, pois se não soubesse seria feliz na mesma.
Não tenho ambições nem desejos. Ser poeta não é ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho....
- Alberto Caeiro
Análise
Não tem ambições nem desejos, o mesmo admite que estar sozinho é estar com as suas ideias, num estado de autorreflexão.
Traços Ideológicos neste poema
Caeiro apresenta-se como pastor, como o poeta da Natureza e do olhar, de olhos ingénuos sempre abertos para as coisas (vv. 3-6). Caeiro apresenta-se a negar a utilidade ou o valor do pensamento (vv. 19-25, 26).
Conclusão
Em conclusão, Alberto Caeiro, poeta, escreve e pensa versos, relacionando realidades contrastantes, traços estes que formam a base da originalidade da sua poética. Recomendo este poema por ser bastante interessante.
Fim
Obrigada pela vossa atenção!