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Apresentação quadro e giz
Emilly Pacheco
Created on March 13, 2024
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Jade, Emilly, João.H e Iara
Ulisses
Eles estavam em Ciclópia, às ilhas da Ciclópia. Ulisses acha aquilo uma grande sorte ja que em Ciclópia havia: animais, plantas, pedras, os habitantes ciclópes e espécies de gigantes com um olho só devoradores de humanos
A corrente aumentava e aumentava até que eles começam a avistar uma terra, uma onde o navio calmamente aportou. Já ai a corrente misteriosa abranda
O navio começa a ser arrastado por uma estranha corrente submarinha que os levando para um sitio que eles não iriam
Ulisses sentia falta de Penelópe e seu filho que deixara pequenino
No navio estava Uliesses e 40 valentes marinheiros
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— Devoradores de homens?l - gritaram og marinheiros, espavoridos. - Sim, mas acalmem-se, porque esta é a única ilha desabitada. Já aqui passei uma vez ao largo e sei isso muito bem. Todos sossegaram então um pouco, e como realmente não aparecesse ninguém por ali, resol. veram sair e ir apanhar alguma fruta fresca, beber água pura! Aventuraram-se também a percorrer a ilha de-serta. Mas antes de saírem, Ulisses lembrou que era melhor levarem um pequeno barril de vinho que traziam no navio, pois podia apetecer-lhes. Assim fizeram. Começaram a explorar a ilha, todos contentes e cada vez mais descansados. A certa altura, depois de terem subido uma pequena colina, ao descerem a vertente do lado de lá viram-se de repente no meio de um enorme rebanho de ovelhas, cabras e carneiros. E o pior de tudo é que avistaram mesmo no meio do reba-nho, sentado num rochedo altíssimo, um ciclope formidável!
Ele estava tão entretido a apar há tronco de su. vore para fazer uma flauta, como e débito os pasta. portugueses: duas imagen res fazerem de palhinhas, que nem deu por eles. nas, Homero e Camões, pa desconhecido. Aparorados, quiseram fugir. Mas era tarde, Mas voltemos a Uliss pois se tentassem voltar para trás e o ciclope o visse, o que era quase inevitável, nem um bocadi. ros. Lá dentro da gruta nho se les aproveitava! Esconderam-se então no çar a cair a noite se es meio do rebanho, e como reparassem que ali ao vio e fugiriam dali a lado havia uma entrada de uma gruta enorme, la ilha também era para lá se dirigiram todos rastejando com muita enorme! cautela para o monstro não os ver. Ulisses pensav Chegaram à gruta e lá dentro respiraram. Pelo um ciclope? O menos por uns tempos estavam a salvo, pois o ciclope não os tinha pressentido. gostava de sabe Agora pergunto-vos eu: E os ciclopes, existem? Os ciclopes existiam, sim, mas na imaginação dos primeiros marinheiros. Eles não conheciam bem o mar, acreditavam em correntes misteriosas, em deuses que protegiam ou perseguiam os homens, em monstros, em sereias que encantavam com a sua voz doce... Inventavam razões para os nau-frágios, deixavam correr livremente a sua imagi-nação! O ciclope era para os Gregos destes tempos o mesmo que o gigante Adamastor foi para Os
Lá dentro da gruta combinaram que ao começar a cair a noite se escapariam em direção ao navio e fugiriam dali a sete pés, porque afinal aquela ilha também era habitada, por UM CICLOPE enorme! Ulisses pensava: "Como é possível haver aqui um ciclope? O que terá acontecido? Muito eu gostava de saber!"
Portugueses: duas imagens criadas por dois poe- tar para trás e o ciclope os tas, Homero e Camões, para nos falar do medo do evitável, nem um bocadi. desconhecido. Mas voltemos a Ulisses e aos seus companhei- Esconderam-se então no reparassem que ali aos seus companheiros
-Olha, o melhor é tu viveres sozinho. Nós levamos-te o rebanho para aquela ilha deserta de além, e tu vives lá. - Assim foi. Todas as noites se ouvia: - Estás bom, Polifemo? — Estou. E vocês? — Estamos bem. Boa noite! e Polife gava-se Рака — Boa noite! E pronto: já não havia desordens nem lágri-mas. E assim viviam já há uns tempos perfeitamente em paz de ciclopes. Ora, foi este Polifemo que os nossos amigos foram encontrar ali. Mas voltando à história: já era quase noite, e Ulisses e os seus companheiros resolveram a, abandonar a gruta e correr até ao navio. Precisamente no momento em que começavam a sair, eis que começaram a entrar as ovelhas, as cabras, os carneiros... e o Polifemo. Só tiveram tempo para se esconder atrás deste ou daquele pe-dregulho, dos muitos que havia espalhados por ali. Calculem onde eles tinham ido parar: à própria caverna onde morava o ciclope!
Ele realmente não sabia o que eu vos vou con. tar: Ulisses tinha razão quando pensara que al não havia ciclopes, pois eles habitavam mesmo em todas as outras ilhas do seu arquipélago da Ciclópia. Mas havia entre eles um que era mais forte do que todos mais cruel do que todos mais bravo do que todos e que era o eror!!!! de todos. Chamava-se Polife-mo e tinha um mau génio horrível. Zangava-se por tudo e por nada, e depois dava murros para esquerda, murros para direita, e já só havia por aquelas paragens ciclopes de cabeças partidas, braços ao peito, pernas cheias de nódoas negras, sem dentes — um horror! É verdade que o Polifemo depois arrependia-se, mas o mal já estava feito. Então os ciclopes tinham-se reunido e dito para o Polifemo:
Pegou num grande pedregulho e com ele ta- 27 pou a entrada da gruta. Depois começou a agar- ね o leite สิ้ uma l rar um homem, outro homem, e a engoli-los in-reiros! E mais outro, e mais outro... Os marinheiros começaram a gritar apavora-dos, e a correr doidamente pela gruta em todas as direções, e mais facilmente ele os ia apanhando S de s frente Ca /o. a um e a outro. Os fortes marinheiros pareciam bonecos nas suas mãos brutais, ou uvas que com os seus dedos peludos ele ia colhendo e depois engolindo sofregamente. Ulisses tremia de medo e encolhia-se no seu esconderijo. O pânico tomava conta dos marinheiros e parecia não haver salvação para ne-nhum. Já uns nove homens tinham desaparecido nas goelas do monstro e já este começava a não querer agarrá-los... Agora já muito empanturrado, só queria era dormir. Dirigiu-se pesadamente para um canto da caverna e ali se sentou.
Quando o Polifemo entrou, trazia um veado morto às costas, que ele tinha apanhado para a sua ceia. Nem reparou nos homens. Foi orde. nhar as ovelhas e as cabras, guardou o leite em grandes vasilhas, e depois foi acender uma fo. gueira no meio da gruta, e nela pôs o veado a as. sar. Depois, cansado, sentou-se ali no chão. De repente — o que viu ele? Sombras de homens dançando na parede mesmo na sua frente, sombras de homens que se escondiam entre a fogueira e a parede... Deu um salto e começou a gritar: "HOMENS... HOMENS... HOMENS..."
digo qual é depois de beber o vinho. Dá-me lá esse tal vinho! DÁ-ME ESSE VINHO TÁ, JÁ... Ulisses mandou logo que trouxessem o barril de vinho e o estendessem ao ciclope, que o pôs à boca e deu muitos estalinhos com a língua e bebeu tudo até à última gota!
Ulisses, quando o viu mais calmo, saiu do seu esconderijo para lhe falar. E a conversa desenro. lou-se assim: ULISSES - Ouve lá, ouve lá, não me comas, não me comas, que eu quero falar contigo. POLIFEMO — O que é que tu me queres, pig. qual esse tal vir Ulisses de vinho a boca e. beu tudo meu? ULISSES - Bem... tu já comeste tanta carne humana, com certeza deves sentir sede... POLIFEMO - Sede?! Tenho, tenho sede... Mas se julgas que vou buscar água lá fora para vocês se escaparem daqui, estás muito enganado! ULISSES — Não é nada disso. É que eu tenho ali um vinho muito bom para ti, mas só to dou a beber se me fizeres um favor... POLIFEMO — Vinho?! Que é isso? ULISSES - É uma bebida muito agradável. Queres experimentar? POLIFEMO - Quero. E que favor é que tu vais pedir-me? ULISSES - Que nos deixes sair daqui vivos, estes poucos que somos já... POLIFEMO - Olha que ideia! Esse favor não te faço eu. Mas prometo fazer-te um favor que te
Então all de re pente tentou lembrar-se de um лоте qualquer P enganar o ciclope, um nome qualquer 31 um nome qualquer um nome qualquer um nome qualquer um nome qualquer um nome qualquer um nome qualquer um nome qualquer — mas a aflição era tão grande que não se lembrava de nenhum! polifemo começava a ficar irritado, a ficar fu- rioso. - Então não sabes como te chamas? Como te chamas? COMO TE CHAMAS? COMO TE CHA- MAS??? Ulisses, de cabeça perdida, só lhe soube res-ponder: - Como me chamo? Como me chamo? Sei lá. Olha, espera, chamo-me... Ninguém. POLIFEMO - Ninguém?! Que diabo de nome te deram, pigmeu! Por isso tu não o querias dizer. E tinhas razão, lá isso tinhas! Olha que ideia, Nin-
POLIFEMO - Isto é bore por isso on mesmo. Então ali de repen Foste simpático para misabes quaso vou fazer te o favor que te prometi. Sabes qual er Tu vais ven nome qualquer par: qualquer o último de vocês todos que eu vou comer! ULISSES - O quê? Isso é verdade? Então tu um nome qua) tencionas comer-nos a todos? E ele e os outros marinheiros começaram a gri. um nome que tat, a chorar, a pedir em altos brados socorro aos qualquer — seus deuses. se lembrav; Ulisses, no entanto, resolveu ver se conseguia Polifen ainda alguma coisa do ciclope, e começou a con- rioso. versar de novo com ele. Perguntou-lhe por que / razão se encontrava ele ali sozinho naquela ilha, cham e como se chamava. O gigante contou-lhe tudo MAS e disse que se chamava Polifemo. E depois foi a vez de ele perguntar a Ulisses como é que ele se chamava. Ora Ulisses nunca dizia quem era, nunca gostava de dizer o seu nome, e principalmente numa ocasião daquelas, em que com toda a razão se via perdido tão desgraçadamente... Que ao menos nunca ninguém soubesse o triste fim que Ulisses, o herói, tinha tido!
34 MARIA ALBERTA MENERES O ciclope acordou aos urros, e mais furioso A. cou quando percebeu que estava cego! Dava pu. los tão grandes que batia com a cabeça no teto batia com a cabeça nas paredes nas paredes batia com a cabeça no chão!!! nas paredes Ainda matou alguns homens com esta sua fúria. No meio da noite cerrada, os seus urros e gritos ecoavam de uma forma tremenda. Ele atroava os ares: — Acudam, meus irmãos! Acudam, meus irmãos!
então de repente a cabeça caiu-the sobre o peito e adormeceu profundamente. Ulisses e os companheiros reuniram-se logo no meio da caverna e combinaram o que haviam de fazer. O pedregulho que tapava a entrada era muito pesado e não conseguiram sequer mové-lo um centímetro. Se matassem o gigante, acabariam por ficar ali fechados para sempre. Mas se conseguissem que fosse o próprio gigante a afastar o pedregulho... E como? Bom, primeiro resolveram retemperar as forças perdidas após tantos sustos e tanta aflição. Acabaram de assar o veado e comeram-no, beberam o leite das ovelhas e das cabras e descansaram um pouco. Depois pegaram num tronco de árvore fina que ali encontraram e afiaram-no muito bem na ponta. Nas cinzas da fogueira tornaram essa ponta incandescente. E então, todos à uma, apontando a ponta ardente na direção do único olho do gigante adormecido, exclamaram UM... DOIS... TRÊS! E espetaram o tronco no olho mesmo a meio da testa!
havia maneira de se entenderem uns 37 E não outros. Quando os ciclopes perceberam que o polifemo estava já muito zangado, dizendo sempre aquelas mesmas coisas que eles já tinham ouvido, escorrendo ainda água e frio se foram retirando para as suas cavernas das outras ilhas, comentando entre si: "Ora esta! Que ideia, no meio da noite cerrada acordar-nos assim para nos diret que ninguém estava lá e ninguém o queria mata... Coitado! Com certeza estava com alguma dor de dentes!" E lá se foram todos embora para as suas cavernas longe. Ulisses estava radiante por ter tido aquela boa ideia de dizer que se chamava Nin-guém. Embora entretanto tivesse sofrido um enorme susto ao sentir ali tão perto tantos ciclopes... Mas como haviam eles de sair dali? Polifemo continuava a sua lamúria, agora mais calmo: "Não há direito! Fazerem-me isto a mim, que sou tão bonzinho! Pois deixem estar, que amanhã nem um só homem sairá desta caverna. Só o meu rebanho é que sai!"
E assim fizeram. A conversa que se seguiu for esta: - Ó Polifemo, o que tens? -Ai, meus irmãos, acudam-me, acudam-me! - O que foi, Polifemo? —Ai, meus irmãos, acudam! Ninguém quer matar-me... - Pois não, Polifemo, ninguém te quer matar: — Não é isso, seus palermas! O que eu estou a dizer é que Ninguém está aqui e Ninguém quer matar-me! — Pois é, rapaz! É o que nós estamos a perceber muito bem: ninguém está aqui e ninguém te quer matar... — Não é isso, seus idiotas!...
Os ciclopes das outras ilhas acordaram estre- 35 munhados e disseram uns para os outros: -É o Polifemo que está a chamar por nós, e está a pedir socorro. Temos de ir lá ver o que nas paredes é, temos de lhe acudir! E levantaram-se todos, e deitaram-se todos ao mar, e chegaram todos à porta da gruta onde mo- sta sua fúria urros e gri- rava o Polifemo. Chegaram escorrendo água e frio e ansiedade. Disse um: — Metemos o pedregulho dentro! Responderam os outros: - Não, não. Olha que ele pode estar com um dos seus ataques de mau is irmãos! génio e nós é que sofremos. Vamos perguntar o que lhe está acontecendo, e depois veremos.
Este é um parágrafo pronto para conter criatividade, experiências e grandes histórias.
passos que ouvia, quando hesitou... pois se lembrou dos homens que estavam lá dentro. Preferiu perder este e apoderar-se dos outros todos. Ele não sabia, é claro, que já nenhum homem estava dentro da caverna, e que tinham saído atados à barriga dos animais do seu rebanho... Quando percebeu que não havia homens dentro da caverna, e que tinha portanto sido enganado, não sabia como, Polifemo dirigiu-se em grandes passadas e com grandes gritos em direção ao mar, para onde também os marinheiros, já soltos entretanto por Ulisses, se dirigiam correndo.
No dia seguinte, às apalpadelas, Polifemo reti- si próprio, guardou o carneiro rou o pedregulho da entrada da gruta e pós-se 39 unto do Polifemo. nho a fim de se agarrar à sua logo do lado de fora da abertura, de maneira a impedir a saída de qualquer homem que tentasse fugir. Chamou o rebanho, e afagando o dorso de cada animal que saía, não reparava, pois estava cego, que debaixo de cada um seguia um marinheiro grego... Só já faltava Ulisses, agarrado com unhas e dentes à lá comprida do carneiro velho! Ora acontecia que este carneiro era o preferido do Polifemo, que demorou ali um bocadinho a conversar com ele, queixando-se do que lhe tinham feito, como se o carneiro o pudesse com-preender: Ulisses, em difícil equilíbrio, quase a des-prender-se, quase a cair, fazia mil esforços para se aguentar naquela incómoda posição. E o Polifemo falando, falando... Até que se resolveu a deixar sair o carneiro e deu-lhe uma pancadinha amigável no dorso. Com tal pancadinha, Ulisses desequilibrou-se mesmo e caiu no meio do chão, mas logo se levantou e desatou a correr como doido pelos campos fora. O ciclope percebeu que alguém tinha escapado, e ia a começar a correr atrás dos
No dia seguinte, às apalpadelas, Polifemo reti- si próprio, guardou o carneiro rou o pedregulho da entrada da gruta e pós-se 39 unto do Polifemo. nho a fim de se agarrar à sua logo do lado de fora da abertura, de maneira a impedir a saída de qualquer homem que tentasse fugir. Chamou o rebanho, e afagando o dorso de cada animal que saía, não reparava, pois estava cego, que debaixo de cada um seguia um marinheiro grego... Só já faltava Ulisses, agarrado com unhas e dentes à lá comprida do carneiro velho! Ora acontecia que este carneiro era o preferido do Polifemo, que demorou ali um bocadinho a conversar com ele, queixando-se do que lhe tinham feito, como se o carneiro o pudesse com-preender: Ulisses, em difícil equilíbrio, quase a des-prender-se, quase a cair, fazia mil esforços para se aguentar naquela incómoda posição. E o Polifemo falando, falando... Até que se resolveu a deixar sair o carneiro e deu-lhe uma pancadinha amigável no dorso. Com tal pancadinha, Ulisses desequilibrou-se mesmo e caiu no meio do chão, mas logo se levantou e desatou a correr como doido pelos campos fora. O ciclope percebeu que alguém tinha escapado, e ia a começar a correr atrás dos
Quando Ulisses ouviu isto, teve uma ideia: atar cada companheiro seu por baixo de cada ovelha, para assim no dia seguinte, quando o rebanho abandonasse a caverna, os homens a abandonarem também sem perigo. E assim foi. Para ele, por não se poder atar a si próprio, guardou o carneiro mais lazudo do rebanho a fim de se agarrar à sua lã quando passasse junto do Polifemo.
Os marinheiros corriam como cavalos bravos. Rápidos, rápidos, alcançaram o navio, subiram e afastaram-se mesmo a tempo... deixando o ciclope aos urros no meio da praia, desesperado de os ter deixado escapar, e clamando: "Ninguém! Ninguém! Ninguém!" - Uff! — disse Ulisses. — Que cansado estou, de tantas emoções! Vou dormir um pouco. Deitou-se e adormeceu. Quando acordou, uma ilha se desenhava no horizonte e resolveram ir até lá. Ao chegarem a terra, desembarcaram. Era a Eólia, onde foram muito bem recebidos por Éolo, o rei dos ventos. Este rei quis ajudar Ulisses a encontrar o caminho para Ítaca, e tentou também afastar dele e dos seus marinheiros os naufrágios e as tempestades que tão cruéis são sempre para as gentes do mar.