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AP ORAL MUSICA
Marta Vieira
Created on March 12, 2024
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Transcript
in Elis e Tom (1974) composto por Vinícius de Moraes e Tom Jobim e interpretado por Tom Jobim e Elis Regina
Soneto da Separação
Vinícius de Moraes
DE REPENTE do riso fêz-se o pranto silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fêz-se espuma E das mãos espalmadas fêz-se o espanto. De repente da calma fêz-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fêz-se o pressentimento E do momento imóvel fêz-se o drama. De repente, não mais que de repente Fêz-se de triste o que se fêz amante E de sozinho o que se fêz contente. Fêz-se do amigo próximo o distante Fêz-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da Inglaterra, setembro de 1938
Soneto da Separação
DE REPENTE do riso fêz-se o pranto silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fêz-se espuma E das mãos espalmadas fêz-se o espanto. De repente da calma fêz-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fêz-se o pressentimento E do momento imóvel fêz-se o drama. De repente, não mais que de repente Fêz-se de triste o que se fêz amante E de sozinho o que se fêz contente. Fêz-se do amigo próximo o distante Fêz-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Vinicius de Moraes, in 'O Operário em Construção'
interpretado por Tom Jobim e Elis Regina
Soneto da separação
A B B A C D C D E F E F F E
-» Rima interpolada, emparelhada e cruzada
De/ re/pen/te/ do/ ri/so/ fez/-se o/ pran/(to) silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fêz-se espuma E das mãos espalmadas fêz-se o espanto. De repente da calma fêz-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fêz-se o pressentimento E do momento imóvel fêz-se o drama. De repente, não mais que de repente Fêz-se de triste o que se fêz amante E de sozinho o que se fêz contente. Fêz-se do amigo próximo o distante Fêz-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
Soneto da Separação
DE REPENTE do riso fêz-se o pranto silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fêz-se espuma E das mãos espalmadas fêz-se o espanto. De repente da calma fêz-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fêz-se o pressentimento E do momento imóvel fêz-se o drama. De repente, não mais que de repente Fêz-se de triste o que se fêz amante E de sozinho o que se fêz contente. Fêz-se do amigo próximo o distante Fêz-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Vinicius de Moraes, in 'O Operário em Construção'
DE REPENTE do riso fêz-se o pranto silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fêz-se espuma E das mãos espalmadas fêz-se o espanto. De repente da calma fêz-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fêz-se o pressentimento E do momento imóvel fêz-se o drama. De repente, não mais que de repente Fêz-se de triste o que se fêz amante E de sozinho o que se fêz contente. Fêz-se do amigo próximo o distante Fêz-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
Soneto da Separação
DE REPENTE do riso fêz-se o pranto silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fêz-se espuma E das mãos espalmadas fêz-se o espanto. De repente da calma fêz-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fêz-se o pressentimento E do momento imóvel fêz-se o drama. De repente, não mais que de repente Fêz-se de triste o que se fêz amante E de sozinho o que se fêz contente. Fêz-se do amigo próximo o distante Fêz-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Vinicius de Moraes, in 'O Operário em Construção'
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