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M2 - Acções essenciais

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Acções essenciais

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Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)

Quando terminar de consultar as acções essenciais, responda aqui ao

Legenda:
Acção
Objectivo

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

Acções essenciais

Quiz

Clique nos botões para conhecer as acções essenciais.

3. Estabilização

4. Recolha de informação

5. Assistência prática

2. Segurança e conforto

6. Conexão ao suporte social

7. Informação sobre o coping

8. Referenciação a serviços

Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
O primeiro contacto com uma vítima é muito importante. Se bem efectuado, pode estabelecer uma relação de ajuda eficaz e aumentar a receptividade da pessoa no futuro em procurar ajuda.

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
  • Apresente-se e descreva o seu papel;
  • Peça permissão para falar;
  • Explique os objectivos;
  • Questione sobre as necessidades imediatas;
  • Antes de falar com crianças assegure-se, sempre que possível, que pede permissão aos pais/adultos responsáveis;
  • Tenha em atenção as diferenças culturais no que concerne ao toque, “espaço pessoal” e ao olhar;
  • Assegure ao máximo a confidencialidade.
Estabeleça o contacto com os sobreviventes de forma empática e não intrusiva:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)

“E esta é a sua filha?” (coloque-se ao nível ocular da criança, sorria e cumprimente a criança utilizando o seu nome). “Olá Elsa, o meu nome é Manuel e estou aqui a tentar ajudar a tua família. Precisas de alguma coisa agora? Temos ali água e sumos de fruta, cobertores e caixas de brinquedos.”

“Olá. O meu nome é Manuel, sou psicólogo. Estou a ver como as pessoas estão e se poderei ajudar em alguma coisa. Posso falar consigo alguns minutos? Como se chama? Sra. Antónia, antes de falarmos, existe alguma coisa de que necessite já, como água?”

Clique nos botões para ver o conteúdo.

Criança/ Adolescente

Adulto

Por exemplo, ao estabelecer contacto, poderá dizer:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
Algumas vítimas podem não procurar a sua ajuda, mas podem beneficiar do seu apoio. Quando identificar estas pessoas, não interrompa conversas em curso e assuma que a pessoa poderá não querer falar imediatamente consigo. Se a pessoa declinar a sua oferta de suporte, respeite a sua decisão e indique onde e como poderá obter ajuda depois.

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
Restabelecer o sentimento de segurança é um objectivo importante após um incidente. Promover a segurança e o conforto pode reduzir a ansiedade e as preocupações associadas.

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

2. Segurança e conforto
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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“Olha o que vai acontecer a seguir: tu e a tua mãe vão juntas para um sítio que se chama abrigo, que é uma casa segura que tem comida, roupa limpa e um sítio para descansarem. Fica aqui com a tua mãe até chegar o autocarro.”

“Pelo que percebi, vamos começar a transportar as pessoas para um abrigo que será o ginásio da escola secundária, dentro de uma hora. Haverá comida, roupa limpa e um sítio onde poderão descansar. Por favor, permaneça nesta área, um elemento da equipa virá aqui para levá-lo”.

Criança/ Adolescente

  • Garantir a segurança física imediata: retirar de locais em que corram perigo, remover objectos com que se possam magoar, entre outros;
  • Fornecer informações sobre as actividades e/ou serviços de resposta ao incidente: o que está a ser feito para assisti-los, serviços disponíveis, o que se sabe sobre o evento,...
O conforto e a segurança podem ser promovidos junto das vítimas das seguintes formas:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

2. Segurança e conforto
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)

Adulto

Clique no botão para ver o conteúdo.

“Passou por muito e é uma boa ideia proteger-se a si e aos seus filhos de imagens, cheiros ou sons perturbadores. Até as notícias do desastre que passam na televisão podem ser muito perturbadoras para as crianças. Tente que as crianças não vejam notícias relacionadas com o desastre. E já agora, também lhe fará bem a si não ver essas notícias.”

Adulto

  • Oferecer conforto físico: um local onde possam ficar considerando, se possível, se possui a temperatura, luminosidade e mobiliário adequados, entre outros.
  • Promover o contacto social com outras vítimas.
  • Proteger de experiências potencialmente traumáticas e de estímulos associados ao trauma, como imagens, sons ou cheiros.
  • Discutir a exposição aos meios de comunicação social.
O conforto e a segurança podem ser promovidos junto das vítimas das seguintes formas:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

2. Segurança e conforto
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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A maioria das pessoas afectadas por um incidente potencialmente traumático não necessita de estabilização. A expressão de emoções intensas é esperada e normal, contudo a activação fisiológica extrema, o embotamento e a ansiedade extrema podem interferir com o sono, o apetite, a tomada de decisão, a parentalidade ou com outros papéis. Para estas pessoas deve ser oferecido suporte para a estabilização.

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

3. Estabilização
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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  • Olhar vago e vazio;
  • Não responsivo a orientações verbais;
  • Desorientado (a deambular);
  • Exibe reacções emocionais muito intensas (choro incontrolável, hiperventilação);
  • Reacções físicas incontroláveis (tremores);
  • Comportamento frenético de busca;
  • Incapacitado pela preocupação;
  • Actividades de risco.
Observe os seguintes sinais que indicam que a pessoa possa necessitar de estabilização:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

3. Estabilização
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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  • Respeite a privacidade das pessoas e aguarde alguns minutos antes de intervir. Diga que está disponível se precisarem ou que irá voltar dentro de minutos para perceber como estão;
  • Mantenha-se calmo, sem falar, mas presente, em vez de tentar imediatamente falar com a pessoa, já que poderá estar a contribuir para a sobrecarga cognitiva/emocional. Mantenha-se disponível, enquanto dá alguns minutos à pessoa para se acalmar;
  • Mantenha-se por perto enquanto fala com outras vítimas, e “à vista” para que a pessoa se possa dirigir a si se assim o desejar;
  • Ofereça suporte e ajude a pessoa a focar-se em pensamentos e sentimentos específicos e em objectivos;
  • Dê informação que ajude a pessoa a readquirir a sensação de controlo: como está organizada a ajuda, onde pode ter ajuda e que passos considerar.
No geral, siga os seguintes passos para a estabilização:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

3. Estabilização
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Respiração abdominal

Se nenhuma destas intervenções ajudar na estabilização emocional, deverá encaminhar a pessoa para uma consulta médica, já que poderá ser necessário a administração de medicação.

Criança/adolescente

Adulto

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Grounding

Relaxamento muscular

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No caso de se manter a activação emocional extrema, embotamento, dissociação ou pânico, utilizar:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

3. Estabilização
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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Lembre-se que na maioria dos contextos de intervenção, a pesquisa de informação será limitada pelo tempo, pelas necessidades e prioridades da vítima, entre outros factores.

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

4. Recolha de informação
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Procedimentos de clarificação

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Para que é utilizada

Áreas a pesquisar

4. Recolha de informação
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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Ao ajudar as pessoas a obterem recursos, estará a aumentar a sua sensação de empowerment, a esperança e a restabelecer a sua dignidade. Desta forma, ajudar a vítima, com os seus problemas actuais ou antecipados, é um componente central do modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos. Os sobreviventes podem apreciar uma ajuda mais pragmática com o foco na resolução dos seus problemas.

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

5. Assistência prática
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  • diminuir o sentimento de incapacidade em lidar com a situação
  • terem experiências de sucesso
  • reestabelecer a percepção de controlo necessária para uma recuperação eficaz. Deve então oferecer ajuda prática para os sobreviventes na resposta às necessidades e preocupações imediatas.
Após a identificação das necessidades, deverá ensinar as pessoas a definirem objectivos realistas que irão ajudar a:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

5. Assistência prática
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1) Identificar as necessidades mais imediatas
3) Discutir um plano de acção
2) Clarificar a necessidade
4) Agir para atender à necessidade
A ajuda prática para as vítimas na resposta às necessidades e preocupações imediatas poderá ser conduzida em quatro passos:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

5. Assistência prática
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O suporte social está relacionado com o bem-estar emocional e com a recuperação após as situações de crise. As pessoas que têm um bom suporte social mais facilmente entrarão em actividades de suporte (darem ou receberem suporte) necessárias após o incidente.

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

6. Conexão ao suporte social
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Assistência material
Assistência física
Aconselhamento e informação
Suporte confiável
Sentir que faz falta
Conexão social
Suporte emocional
Conxão social
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O suporte social pode ter vários formatos:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

6. Conexão ao suporte social
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  • Melhorar o acesso das pessoas à sua rede de suporte primária (família e outros significativos);
  • Incentivar o recurso às pessoas que estão a prestar apoio imediato;
  • Discutir formas de procurar e dar apoio;
  • Identificar possíveis pessoas de apoio;
  • Discutir o que fazer/falar (como abordar outras pessoas);
  • Explorar a resistência em procurar apoio;
  • Abordar os sobreviventes com isolamento social extremo:
    • Pense sobre o tipo de apoio que lhe será mais útil;
    • Pense nas pessoas de quem a vítima se poderá aproximar;
    • Decida quem pode ser um bom modelo ou mentor;
    • Decida de antemão o que a vítima gostaria de discutir ou fazer;
    • Escolha o momento certo e lugar para abordar alguém para apoio.
Conxão social
Como psicólogo, deve:

1. Contacto e estabelecimento da relação

6. Conexão ao suporte social
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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As crises podem colocar em risco as capacidades dos indivíduos em lidarem com as adversidades. Sentirem que conseguem lidar com a ansiedade e com os problemas poderá ser benéfico para a recuperação.

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

7. Informação sobre o coping
Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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Reacções de stress
Emoções "negativas"
Problemas do sono
Problemas de sono (crianças)
Abuso de substâncias
Questões desenvolvimentistas
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Duração das reacções de stress
Coping negativo
Coping positivo
Coping na família
Reacções de raiva
Deverá informar os indivíduos sobre as seguintes situações:

1. Contacto e estabelecimento da relação

7. Informação sobre o coping
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Enquanto dá informação, fale também sobre se existe alguma preocupação que necessite de informação adicional ou de referenciação a outro serviço.

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

8. Referenciação a serviços
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  • Um problema médico agudo que necessite de apoio imediato;
  • Um problema de saúde mental que necessite de atenção imediata;
  • Agravamento de um problema médico, emocional, comportamental pré-existente;
  • Ameaça em magoar-se a si ou a outros;
  • Preocupação relacionada com o uso de álcool ou drogas;
  • Casos que envolvam negligência a crianças ou idosos (reporte às autoridades);
  • Quando existe necessidade de medicação para a estabilização;
  • Quando é pedido apoio religioso;
  • Dificuldades crescentes em lidar com as reacções de stress (4 ou mais semanas após o incidente);
  • Quando o sobrevivente pede referenciação.
Confira alguns exemplos de situações que requerem referenciação:

1. Contacto e estabelecimento da relação

1. Contacto e estabelecimento da relação

8. Referenciação a serviços
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Clique nos botões para ver o conteúdo.

Retomar a ligação a serviços

Em caso de recusa

Promoção da continuidade

Procedimentos importantes a tomar:

1. Contacto e estabelecimento da relação

8. Referenciação a serviços
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Começar

Quiz

Lembra-se dos objectivos das acções? Estabeleça a correspondência correcta entre as acções e os seus objectivos. Identifique a(s) opção(ões) correcta(s) e, de seguida, clique em Validar.
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Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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Modelo dos Primeiros Socorros Psicológicos (Brymer et al., 2006)
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Parabéns! Terminou de visualizar este conteúdo.
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Abuso de substâncias
  • Explique que muitas pessoas optam por beber, usar medicamentos ou drogas para reduzirem o seu sofrimento;
  • Peça ao indivíduo para identificar os prós e contras do uso de álcool ou de outras drogas como forma de lidar com os problemas;
  • Chegue a um acordo de abstinência ou de um padrão de consumo seguro.

Veja este vídeo com um exemplo de respiração abdominal para adultos.

Respiração abdominal

Adulto

1. Inspire devagar pelo nariz e encha confortavelmente os pulmões até à barriga; 2. Silenciosa e calmamente repita para si: “o meu corpo está cheio de calma”. Expire devagar pela boca e confortavelmente esvazie totalmente os pulmões; 3. Silenciosa e calmamente repita para si: “o meu corpo está a libertar a tensão”; 4. Repita 5 vezes; 5. Faça-o as vezes que forem necessárias ao longo do dia.

Pode ter efeitos negativos não intencionais.

Coping negativo
  • Isolamento social;
  • Evitamento extremo de pensar ou falar sobre o incidente;
  • Trabalhar demasiado;
  • Raiva ou violência;
  • Uso de álcool ou drogas.

2) Clarificar a necessidade Fale com a vítima para especificar o problema. Quanto mais clarificado estiver o problema, mais fácil será em colocá-lo em passos práticos para o resolver.

Áreas a pesquisar:

• Natureza e severidade das experiências durante o incidente; • Morte de um ente querido; • Preocupações acerca da vida após o incidente; • Separação ou preocupação acerca da segurança dos entes queridos; • Doenças físicas, doenças mentais e necessidade de medicação; • Perdas (casa, escola, trabalho, animais de estimação, outros bens); • Sentimentos exacerbados de culpa ou vergonha; • Pensamentos de fazer mal ao próprio ou a outros; • Disponibilidade do suporte social; • Consumos anteriores de álcool ou drogas; • Exposição anterior ao trauma e à morte de entes queridos; • Mecanismo de coping passados.

Incentivar as vítimas para:

Como lidar com problemas do sono
  • Manterem rotinas de sono regulares;
  • Reduzirem o consumo de álcool;
  • Eliminarem as bebidas com cafeína à tarde/noite;
  • Aumentarem o exercício físico regular;
  • Relaxarem antes de dormir;
  • Limitarem as sestas a 15 minutos, e sempre antes das 16:00;
  • Obterem suporte para preocupações imediatas.

4) Agir para atender à necessidade Ajude a vítima a iniciar a acção. Por exemplo, ajude-o a marcar uma hora com o serviço que necessita e se necessário ajude-o no preenchimento de formulários.

Questões desenvolvimentistas
  • As pressões e adversidades após um acidente podem resultar em importantes interrupções, atrasos ou regressões no progresso do desenvolvimento;
  • A perda de oportunidades de desenvolvimento ou conquistas pode ser experienciado como uma das principais consequências resultantes do desastre. Tente alertar os membros da família para estas dificuldades, ressalvando que as dificuldades no desenvolvimento diminuirão com a progressiva adaptação ao incidente.

• Serviços de saúde mental; • Serviços médicos; • Serviços de suporte social; • Serviços de apoio a crianças; • Escolas; • Grupos de suporte para as dependências.

É também importante voltar a ligar as vítimas a instituições que lhes providenciavam serviços antes do incidente, incluindo:
  • gravidade da exposição ao trauma e perda;
  • gravidade das adversidades após o incidente;
  • frequência com que estão expostos a estímulos que evocam pensamentos ou sentimentos associados ao incidente. Diga que é natural a resposta de ansiedade face ao que viveu e que é normal que comece a diminuir a intensidade, frequência e duração das reacções. Contudo se as reacções continuarem a interferir com a sua capacidade de funcionar após um mês, deverá procurar serviços especializados de saúde mental.
Duração das reacções de stress

A duração das reacções de stress dependerá (entre outras coisas) da:

Veja este vídeo que exemplifica a aplicação dos primeiros socorros psicológicos.

Promova a continuidade das relações de ajuda:

Uma preocupação secundária, mas importante, para a vítima é a de poder manter o contacto com o interventor que o ajudou. Poderá efetuar follow-up mas, em muitos casos, poderá não ser possível manter o contacto. Contudo, a perda de contacto pode levar a uma sensação de abandono ou rejeição. Pode criar uma sensação de continuidade dos cuidados prestados se:

  • Der nomes e contactos dos serviços de suporte existentes na comunidade que poderá recorrer se necessitar de ajuda;
  • Apresentar os sobreviventes a profissionais de saúde, serviço social ou outros trabalhadores, de forma a que eles saibam o nome de outros ajudantes.

• Propor uma avaliação, em vez de tratamento; • Normalizar a noção de tratamento; • Fornecer materiais educativos; • Dar informação sobre diferentes formas de procurar assistência; • Considerar envolver entes queridos (pais ou cônjuge) com consentimento do próprio na discussão do assunto; • Fazer follow-up e voltar a abordar o assunto.

Se a pessoa recusar referenciação para um serviço de saúde mental:
Coping na família
  • Retomar as rotinas familiares;
  • Desenvolva a percepção de que poderão existir diferenças nas reacções e recuperação dos elementos da família;
  • Encoraje o entendimento mútuo, a paciência e a tolerância aos diferentes percursos de recuperação dos elementos da família;
  • Ajude os adolescentes a compreender os comportamentos mais protectores dos pais (por exemplo, pedir para ligar quando chegar à casa dos amigos) como normais e passageiros.
Problemas de sono nas crianças
  • Lembrar aos pais que é frequente que as crianças queiram permanecer perto dos seus pais à noite;
  • Alterações temporárias nas rotinas de dormir (quererem dormir na cama dos pais ou que os pais fiquem no seu quarto) são normais, desde que os pais façam um plano com seus filhos para negociar um retorno à rotina normal de sono.
Ao clarificar o nível de exposição ao trauma:

• Evite pedir a descrição detalhada de experiências traumáticas; • Siga o discurso natural da vítima; • Os indivíduos não devem ser pressionados a revelar detalhes de qualquer trauma ou perda; • Se as vítimas estão ansiosas para falar sobre suas experiências, diga-lhes: “Por enquanto, as informações básicas para o ajudar com as suas necessidades actuais é o mais útil.” “Pode discutir detalhadamente as suas experiências num ambiente mais protegido no futuro”. Se a vítima identificar múltiplas preocupações, deve fazer o resumo e ajudá-lo a identificar quais os assuntos mais prioritários para lidar.

Veja este vídeo com um exemplo de respiração abdominal para adultos.

Respiração abdominal

Criança

Ajude a criança num exercício respiratório: 1. “Vamos praticar uma forma diferente de respirar que pode ajudar os nossos corpos a relaxar; 2. Põe uma mão em cima da barriga (demonstrar); 3. Agora vamos respirar pelo nariz. Quando inspiramos vamos encher de ar a barriga e aguentar um bocadinho (demonstrar); 4. Depois vamos expirar pelas nossas bocas. Quando o fizermos o nosso estômago vai encolher (demonstrar); 5. Vamos inspirar muito lentamente enquanto eu conto até 3. Vamos agora expirar muito lentamente enquanto eu conto até 3; 6. Vamos tentar juntos?”

Leva a resultados positivos.

Coping positivo
  • Apoio social;
  • Actividades positivas distractoras;
  • Estabelecer e alcançar objectivos;
  • Alterar expectativas/prioridades;
  • Respiração/relaxamento/descanso;
  • Exercício físico;
  • Escrita de um diário;
  • Aconselhamento;
  • Humor.

“Parece que estás muito preocupado com muitas coisas, como o que aconteceu à tua casa, quando volta o teu pai e o que vai acontecer a seguir. São todas preocupações importantes, mas vamos pensar qual é a mais importante agora e vamos fazer um plano.”.

“Eu compreendo o que me está a dizer, Sra. Antónia. A sua maior preocupação é encontrar o seu marido e certificar-se que ele está bem. Vamos focar-nos nisso e estabelecer um plano para obter essa informação”.

Criança/ Adolescente

1) Identificar as necessidades mais imediatas O sobrevivente tem, frequentemente, múltiplas preocupações, pelo que é necessário focar-se em uma de cada vez.

Adulto

• Determinar a necessidade de encaminhamento imediato; • Determinar a necessidade de usufruir de serviços adicionais disponíveis; • Oferecer uma intervenção de follow-up; • Determinar quais os componentes dos primeiros socorros que serão mais úteis.

A pesquisa de informação é utilizada para:

3) Discutir um plano de acção Ajude a vítima a pensar no que pode ser feito. Tente que a resposta venha primeiro da pessoa e só depois tente oferecer sugestões. Diga à vítima o que poderá esperar realisticamente dos recursos disponíveis.

As vítimas podem modificar a sua raiva:

Reacções de raiva
  • Retirando-se do local por um tempo;
  • Conversando com um amigo sobre o que está a irritá-lo;
  • Fazendo exercício físico (por exemplo, caminhar, correr, fazer flexões);
  • Fazendo um diário em que descreve como se sente; Relembre a vítima que estar com raiva não irá ajudá-lo a conseguir o que quer e que pode prejudicar os seus relacionamentos importantes. Incentive a vítima a distrair-se com actividades positivas. Incentive ainda a vítima a permitir que outro adulto possa supervisionar temporariamente os seus filhos.

Algumas vítimas podem pensar acerca do que causou o evento, como reagiram, e como poderá ser o futuro. Atribuírem culpa excessiva a si mesmos ou a outros pode aumentar a intensidade das suas reacções.

Emoções "negativas" de culpa e vergonha
  • Deve escutar essas crenças e ajudar as vítimas a olhar para a situação de outra forma. Poderá perguntar: “Se um amigo seu tivesse passado por esta situação, o que lhe diria? Consegue dizer o mesmo a si próprio?”;
  • Ajude a esclarecer mal-entendidos, rumores e distorções;
  • Ajude os sobreviventes a entender como os pensamentos influenciam as emoções.
Reacções de stress
  • Forneça informações simples sobre reacções de stress e coping;
  • Construa a discussão em torno das reacções da vítima;
  • Inclua possíveis reacções negativas e positivas;
  • Evite patologizar as reacções de stress;
  • Discuta formas positivas e negativas de lidar com as reacções de stress.

Grounding

Se a pessoa não está responsiva, deve utilizar o Grounding:

• Sente a pessoa numa posição confortável; • Diga: “Inspire e expire lentamente”; • Diga-me 5 coisas que esteja a sentir. Por exemplo: “Sinto as costas na cadeira, sinto um cobertor nas minhas mãos…; • “Inspire e expire lentamente”; • Agora diga-me 5 sons que esteja a ouvir. Por exemplo: “Oiço o meu coração a bater, um telemóvel a tocar…”; • Inspire e expire lentamente; • Olhe à sua volta e diga-me 5 objectos que esteja a ver. Por exemplo: “Vejo o chão, uma mesa, os meus sapatos…”; Se se tratar de uma criança pode utilizar a nomeação de cores. Por exemplo: “Diz-me 5 cores que estejas a ver. Consegues ver alguma coisa azul?”

Relaxamento muscular

Para relaxamento e eliminação da sensação de dormência

1. “Deite-se ou sente-se de forma confortável. Execute os movimentos com suavidade. À medida que vai executando os movimentos é importante concentrar a sua atenção na zona do corpo que está tensa ou sensação de formigueiro, observando as sensações físicas nessa zona; Imaginando que sente os braços dormentes: 2. Feche os punhos com força. Faça força e mantenha durante 5 segundos, dirija a atenção para os punhos; 3. Agora abra a mão e relaxe durante 10 a 15 segundos, dirigindo a atenção para essa zona; 4. Repita novamente; 5. Agora troque de mão e repita o procedimento. Repita as vezes necessárias; 6. Faça músculo com força no braço. Faça força e mantenha durante 5 segundos, dirigindo a atenção para o braço; 7. Agora relaxe o músculo do braço durante 10 a 15 segundos e observe as sensações físicas no braço. Repita novamente; 8. Troque de braço e repita o procedimento; 9. Repita as vezes necessárias até obter o relaxamento da zona do corpo.”