Ano letivo 2023/2024
Professora: Laurinda Fernandes
Leonor e Filipa
George
Definição e características do conto
Resumo do conto
biografia
Localização espáço-temporal, a nível físico e psicológico
Estrutura interna
Características do conto em “George”
Justificação para o título do conto
Recursos expressivos
Tipo de narrador
Metamorfoses da figura feminina
O diálogo entre realidade, memória e imaginação
Caracterização das diferentes idades
Caracterização da história pessoal e social
Caracterização das personagens
A complexidade da natureza humana
Índice
https://portugues-fcr.blogspot.com/2020/02/analise-do-conto-george.html
https://prezi.com/erwkr9ukgoph/george-de-maria-judite-de-carvalho/
https://www.studocu.com/pt/document/ensino-medio-portugal/portugues/george-resumo-do-conteudo-e-analise-tematica/14467468
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Leonor ; Filipa
Referências
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Leonor; Filipa
Fim
O conto é um género narrativo curto e linear, apresentando uma unidade de ação (os factos surgem concentrados e concorrem para um único desfecho), de tempo (a duração de uma ação geralmente é curta e imparcial) e espacial (a ação é concentrada em apenas um espaço), além de um número reduzido de caracteres. Por ser um texto que apresenta uma ação breve, geralmente recorre-se a métodos de sugestão e alusão, o que faz com que alguns eventos não sejam apresentados e descritos detalhadamente.
Definição e características do conto
George, uma mulher de 45 anos, visita Portugal depois de ter se mudado para Amsterdã aos 18 anos em busca de liberdade e realização pessoal, tornando-se uma pintora renomada. Após 20 anos, George retorna à sua cidade natal, criando uma interação imaginária entre a George adulta, a adolescente Gi e a Georgina idosa. Ao revisitar Portugal, George experimenta uma mistura de emoções, relembrando o passado. Ao explorar a vila, George sente que não pertence mais àquele lugar, pois muita coisa mudou desde sua partida, levando-a a refletir sobre si mesma e sobre o sentido da vida. Ao retornar de trem para Amsterdã, George recorda memórias e se distancia desse passado à medida que o veículo se afasta fisicamente da estação. O conto gira em torno das três fases da vida: juventude, maturidade e velhice. No entanto, essas fases não são apresentadas linearmente no texto, mas sim de acordo com a "viagem" compartilhada com o narrador, conforme ele relembra suas memórias.
Resumo do conto
Interrogação retórica- “perdeu ou largou?”(l.5-8)
Enumeração e metáfora- “a cal e as pás da terra, e a pedra, e o tempo e ainda a distância e a confusão da vida de George, não prejudicaram” (l.17-19)
Uso expressivo de adjetivo e repetição- “Fez loiros os cabelos, de todos os loiros, um dia ruivos, por cansaço de si, mais tarde castanhos, loiros de novo, esverdeados…”(l.33-35)
Antítese e anáfora- “Queria estar sempre pronta para partir sem que os objetos a envolvessem, a segurassem, a obrigassem a demorar-se mais um dia que fosse. Disponível, pensava. Senhora de si. Para partir, para chegar. Mesmo pra estar onde estava.” (l.54-57)
Recursos expressivos
Este conto intitula-se de “George” por falar sobre a vida de uma mulher que se chama George nas três fases da vida: adolescência, vida adulta e a velhice.
Assim, este conto retrata a vida toda da personagem desde a sua adolescência até à velhice.
Pode haver algum paralelismo com a história de vida da autora George Sand que adotou um nome masculino para conseguir publicar as suas obras.
Justificação para o título do conto
Maria Judite de Carvalho, nascida em 18 de setembro de 1921 e falecida em 18 de janeiro de 1998 em Lisboa, foi uma renomada escritora portuguesa do século XX. Reconhecida como uma das vozes femininas mais influentes da literatura nacional, deixou um legado significativo através de seus contos, novelas, crônicas, peças de teatro e livros de poesia. Durante a sua carreira, contribuiu para vários jornais como Diário de Lisboa, Diário Popular, Diário de Notícias e O Jornal.
Casada com Urbano Tavares Rodrigues, viveu em países como França e Bélgica entre 1949 e 1955, período que antecedeu sua estreia no mundo literário. Posteriormente, Maria Judite de Carvalho fixou residência na capital portuguesa, onde dedicou os demais anos de sua vida.
Algumas das obras mais famosas da autora são: Tanta gente,Mariana(1959), As palavras poupadas (1961) e Flores ao telefone (1968).
O conto “George” está inserido no último livro publicado em vida pela autora em 1995, intitulado “Seta despedida”.
Maria Judite de Carvalho
Neste conto o narrador é heterodiegético, mais conhecido como narrador omnisciente uma vez que não participa nem faz parte da narrativa que conta.
Alguns exemplos: “Caminham pois lentamente…”; “Quando falar não criará espanto, um simples mal-estar.”; “É esquisito não lhe causar estranheza que Gi continue tão jovem…"
Tipo de narrador
Gi: Uma descrição de personagem que representa a fase da adolescência, com uma personalidade alegre e esperançosa, roupas coloridas e cabelo comprido e solto. É a outra personalidade de George quando era jovem e representa a oportunidade de transformação. “a jovem frágil de dezoito anos”. George: É uma mulher de 45 anos rica, materialista e sofisticada, é uma pintora de renome a nível europeu e por isso leva um estilo de vida normalmente proibido às mulheres, como é o caso do seu bem-estar económico. Usa vestidos largos e claros e tem mudanças sucessivas da cor do cabelo. Apesar de ser rica e reconhecida, George é uma mulher instável em termos afetivos e está em constante luta com o passado e com o futuro. "Teve muitos amores, grandes e não tanto, definitivos e passageiros, simples amores, casou-se, divorciou-se, partiu, chegou, voltou a partir e a chegar, quantas vezes?". Georgina: Uma personalidade serena e sábia, que aceita a vida como ela é e está conformada com o seu destino. Representa a fase da velhice e simboliza a sabedoria e a aceitação. Tem uma aparência clássica e elegante, com cabelos brancos e olhos serenos.“cabelos pintados de acaju”. É uma projeção de George no futuro.
Caracterização das personagens
A autora opta por uma abordagem mais atemporal e universal, centrando-se nas dimensões físicas e psicológicas do protagonista. O espaço físico neste conto é o Porto (“na infranquentada Rua Fernão Penteado, na interseção com a travessa de João Roiz de Castelo-Branco”), no entanto, a ênfase recai sobre o espaço psicológico de George, explorando sua mente e emoções nas diferentes etapas da sua vida. Essa abordagem ampla contribui para a atemporalidade da obra, permitindo que os leitores se identifiquem com os conflitos humanos universais apresentados na história.
Localização espáço-temporal, a nível físico e psicológico
Velhice
Vida adulta
Juventude
Caracterização das diferentes idades
A complexidade da natureza humana em "George" é explorada através das emoções complexas, relacionamentos intrincados, ambiguidades morais e a busca universal por identidade e significado na vida. Esses elementos contribuem para uma representação rica e multifacetada da condição humana na narrativa.
A complexidade da natureza humana
"George" de Maria Judite de Carvalho explora as complexidades das relações interpessoais e a metamorfose da figura feminina na vida da protagonista, George. O conto apresenta múltiplas figuras femininas, que modelam a sua personalidade ao longo de diferentes estágios. Essas influências não apenas impactam as suas mudanças emocionais e psicológicas, mas também desencadeiam conflitos internos, refletindo sobre a sua vida e relacionamentos. A metamorfose da figura feminina também pode ser interpretada como um simbolismo mais amplo da feminilidade, desafiando e moldando a identidade da protagonista. Além disso, o diálogo com seu "eu-passado" e "eu-futuro" traduz a evolução do papel da mulher ao longo do século XX, desde uma jovem sonhadora até uma mulher emancipada e independente.
Metamorfoses da figura feminina
No conto “George” é possível encontrar várias características de um conto, como por exemplo o espaço, esta narrativa decorre apenas no Porto, ou seja, tal como num conto a ação concentra-se num só espaço, outra característica que pode ser identificada são os personagens, nesta narração os únicos personagens são a Gi, a George e a Georgina, confirmando-se a presença de um número reduzido de personagens, e por fim como num conto tradicional, nesta historieta também a duração de cada ação é curta e imparcial.
Características do conto em “George”
O conto centra-se na história de George, uma mulher de quarenta e cinco anos, pintora bem-sucedida, com uma vida financeiramente confortável. Numa visita à localidade onde cresceu para vender a casa de família, George pensa em Gi- o seu «eu-passado», ela própria quando tinha dezoito anos. Quando vai embora depois desta visita, no comboio,George imagina-se a falar com Georgina - o seu «eu-futuro», ela própria com setenta anos. Estabelece-se, assim, um diálogo entre a realidade, a memória e a imaginação.
O diálogo entre realidade, memória e imaginação
O conto centra-se nas três idades da vida: a juventude, a maturidade e a velhice.
As três idades não são, porém, apresentadas no texto de forma linear, mas sim em termos de uma “viagem” que o narrador faz na sua memória.
Estrutura interna
História pessoal: A história pessoal gira em torno da personagem principal, George, uma mulher solitária e reservada que vive uma vida monótona e sem grandes emoções. A narrativa revela pouco a pouco aspectos da sua vida, mostrando a sua solidão, as suas frustrações e a sua dificuldade em se conectar com os outros. A história pessoal de George é marcada por um profundo sentimento de vazio e alienação, destacando a luta interna da personagem para encontrar significado e conexão num mundo que parece indiferente aos seus anseios. História social: A história social aborda questões como solidão, isolamento e falta de comunicação entre as pessoas, refletindo aspectos da sociedade contemporânea. Através das interações de George com os outros personagens, o conto revela as tensões e os conflitos subjacentes nas relações familiares e sociais, destacando a dificuldade de conexão genuína e compreensão mútua em um mundo marcado pela alienação e pela falta de comunicação.
Caracterização da história pessoal e social