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Apresentação Oral

Eesha Surendra

Created on March 8, 2024

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Transcript

Apresentação Oral

Eesha

Poema à boca fechada Não direi: Que o silêncio me sufoca e amordaça. Calado estou, calado ficarei, Pois que a língua que falo é de outra raça. Palavras consumidas se acumulam, Se represam, cisterna de águas mortas, Ácidas mágoas em limos transformadas, Vaza de fundo em que há raízes tortas. Não direi: Que nem sequer o esforço de as dizer merecem, Palavras que não digam quanto sei Neste retiro em que me não conhecem. Nem só lodos se arrastam, nem só lamas, Nem só animais bóiam, mortos, medos, Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam No negro poço de onde sobem dedos. Só direi, Crispadamente recolhido e mudo, Que quem se cala quando me calei Não poderá morrer sem dizer tudo. José Saramago

Poema à boca fechada

José Saramago

José Saramago

José Saramago é reconhecido como um dos mais importantes escritores internacionais dos últimos cem anos. Nasceu em 16 de Novembro de 1922 em Azinhaga e faleceu em 18 de Junho de 2010 em Espanha. Embora seja mais conhecido como romancista, Saramago iniciou sua carreira literária como poeta. Influenciado por figuras como Fernando Pessoa e Luís de Camões, ele recebeu Prêmios prestigiosos, incluindo o Prêmio Nobel da Literatura e o Prêmio Camões.

Tema

"No seu poema, José Saramago fala do silêncio. Usa palavras fortes para mostrar como o silêncio pode ser sufocante ou amordaçante. O autor diz também que, por vezes, as palavras não são suficientes para exprimir os nossos sentimentos. Para reforçar o seu ponto de vista, compara os sentimentos a coisas como lama e água morta. Isto mostra que o tema principal deste poema é o silêncio e a dificuldade de comunicação.

Rima Cruzada

Estrofes= 5Versos= 20 Esquema Rimático= Rima Cruzada

Poema à boca fechada Não direi: Que o silêncio me sufoca e amordaça. Calado estou, calado ficarei, Pois que a língua que falo é de outra raça. Palavras consumidas se acumulam, Se represam, cisterna de águas mortas, Ácidas mágoas em limos transformadas, Vaza de fundo em que há raízes tortas. Não direi: Que nem sequer o esforço de as dizer merecem, Palavras que não digam quanto sei Neste retiro em que me não conhecem. Nem só lodos se arrastam, nem só lamas, Nem só animais bóiam, mortos, medos, Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam No negro poço de onde sobem dedos. Só direi, Crispadamente recolhido e mudo, Que quem se cala quando me calei Não poderá morrer sem dizer tudo. José Saramago

Crispadamente recolhido e mudo

Palavras consumidas se acumulam

Que nem sequer o esforço de as dizer merecem

Métrica

expressivos

Personificação

anáfora

Poema à boca fechada Não direi: Que o silêncio me sufoca e amordaça. Calado estou, calado ficarei, Pois que a língua que falo é de outra raça. Palavras consumidas se acumulam, Se represam, cisterna de águas mortas, Ácidas mágoas em limos transformadas, Vaza de fundo em que há raízes tortas. Não direi: Que nem sequer o esforço de as dizer merecem, Palavras que não digam quanto sei Neste retiro em que me não conhecem. Nem só lodos se arrastam, nem só lamas, Nem só animais bóiam, mortos, medos, Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam No negro poço de onde sobem dedos. Só direi, Crispadamente recolhido e mudo, Que quem se cala quando me calei Não poderá morrer sem dizer tudo. José Saramago

Recursos

A minha opinião

Na minha opinião, o poema "Poema à boca fechada" de José Saramago é muito significativo. Ele mostra como o silêncio pode ser forte e importante. Saramago usa palavras simples para nos fazer reflectir sobre quando devemos falar e quando permanecer em silencio. O poema ensina que o silêncio pode ser tão poderoso quanto as palavras. Para mim, isso significa que devemos pensar bem antes de falar, porque às vezes é melhor ficar calado.

Obrigado pela atenção