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Chen e Dinis

Manuel Alegre

"Coisa amar""mãos"

4. Quiz

3. Análise "Mãos"

2. Análise "Coisa Amar"

1. Biografia Manuel Alegre

índice

  • Nasceu em 1936 em Águeda;
  • Estudou direito na universidade de Coimbra;
  • É escritor, poeta e político;
  • Foi candidato à presidência em 2006.

Manuel Alegre

Chen e Dinis

Manuel Alegre

"Coisa amar"

Analogia com Camões

  • Trocadilho entre o verbo"amar" e a expressão "a mar", associa o tumulto do mar ao sentimento amoroso.

Efeitos do amor (antítese): -alegria -tristeza serenidade perigosidade

Contar-te

  • O sujeito poético conta na primeira pessoa.
  • Tom dialogal "eu" "tu"
  • Segundo o título, percebemos que algo é amado;
  • Principal tema do poema é o amor.

Coisa Amar

Contar-te longamente as perigosas coisas do mar. Contar-te o amor ardente e as ilhas que só há no verbo amar. Contar-te longamente longamente. Amor ardente. Amor ardente. E mar. Contar-te longamente as misteriosas maravilhas do verbo navegar. E mar. Amar: as coisas perigosas. Contar-te longamente que já foi num tempo doce coisa amar. E mar. Contar-te longamente como dói desembarcar nas ilhas misteriosas. Contar-te o mar ardente e o verbo amar. E longamente as coisas perigosas.

Recursos expressivos:Anáfora-reforça a vontade do sujeito de partilhar com o "tu" a sua experiência amorosa;Repetição- enfatiza ou reforça determinadas ideias ou sentimentos, além de sugerir a ideia de prolongamento, enfatizando a importância do que está a ser dito;Metáfora-proporciona imagens vívidas e simbólicas que amplificam o significado e a profundidade das experiências amorosas descritas;Antítese-descreve as diferentes facetas do amor e as suas experiências associadas.

Coisa Amar

Contar-te longamente as perigosas coisas do mar. Contar-te o amor ardente e as ilhas que só há no verbo amar. Contar-te longamente longamente. Amor ardente. Amor ardente. E mar. Contar-te longamente as misteriosas maravilhas do verbo navegar. E mar. Amar: as coisas perigosas. Contar-te longamente que já foi num tempo doce coisa amar. E mar. Contar-te longamente como dói desembarcar nas ilhas misteriosas. Contar-te o mar ardente e o verbo amar. E longamente as coisas perigosas.

Chen e Dinis

Manuel Alegre

"Mãos"

Mãos: poder tremendo, quer positivo, quer negativo: garantem a paz, mas também fomentam a discórdia. Porém são sobretudo transformadoras/criadoras.

Segunda parte (estrofe 4)

Repto"nas tuas mãos começa a liberdade"

o uso responsável das "mãos"

exige

Oposições"faz" "desfaz""paz" "guerra""canto" "armas""harpas" "farpas"O poder das "mãos"

Primeira parte (estrofes 1, 2, 3)

Mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.Com mãos tudo se faz e se desfaz.Com mãos se faz o poema - e são de terra. Com mãos se faz a guerra - e são a paz.Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.Não são de pedras estas casas, masde mãos. E estão no fruto e na palavraas mãos que são o canto e são as armas.E cravam-se no tempo como farpasas mãos que vês nas coisas transformadas.Folhas que vão no vento: verdes harpas.De mãos é cada flor, cada cidade.Ninguém pode vencer estas espadas:nas tuas mãos começa a liberdade.

Recursos expressivos:Antítese-o duplo poder das mãos: e destrutivo;Anáfora-a multiplicação de ações das "mãos";Comparação- a marca perene da ação humana;Aliteração-a esperança e a transformação associadas ao poder das "mãos"Metáfora-o caráter invencível da acão humana;Metanímia-a associação entre o "instrumento" e o "agente"-ser humano-responsável pela ação

Mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.Com mãos tudo se faz e se desfaz.Com mãos se faz o poema - e são de terra. Com mãos se faz a guerra - e são a paz.Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.Não são de pedras estas casas, masde mãos. E estão no fruto e na palavraas mãos que são o canto e são as armas.E cravam-se no tempo como farpasas mãos que vês nas coisas transformadas.Folhas que vão no vento: verdes harpas.De mãos é cada flor, cada cidade.Ninguém pode vencer estas espadas:nas tuas mãos começa a liberdade.

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