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O Desenvolvimento Humano
Ladislau Paulo
Created on February 5, 2024
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Transcript
O Desenvolvimento Humano
Comecemos por definir os conceitos de “desenvolvimento”, “maturação” e “crescimento".
Desenvolvimento
Conjunto de transformações por que o indivíduo passa, desde a fecundação até à morte. É um processo que ocorre a nível físico e psicológico, sendo fisiológico, cognitivo, moral, psicossexual, psicossocial, entre outros.
Desenvolvimento
Processo biológico através do qual cada órgão atinge a capacidade plena para desempenhar a sua função.
Maturação
Aspetos físicos do desenvolvimento, nomeadamente o aumento das dimensões do corpo, como a estatura e o peso. Crescer é apenas uma parte do desenvolvimento.
Crescimento
O ritmo do desenvolvimento, quer físico quer psicológico, não é igual em todas as pessoas, ainda que apresente semelhanças. Pensa como tu e os/as teus/tuas amigos/ as se transformaram a ritmos diferentes.
Desenvolvimento
Uns cresceram gradualmente e outros repentinamente, uns começaram mais cedo a adquirir características adultas e outros mais tardiamente. Cada um tem o seu ritmo, mas todos passam pelo mesmo processo.
Desenvolvimento
Para uns, a mudança é tranquila e vivida de forma descontraída. Para outros, as transformações são acompanhadas por receio e ansiedade. O desenvolvimento físico inclui o crescimento e a maturação.
Desenvolvimento
Enquanto o crescimento se relaciona com a dimensão de cada órgão, a maturação associa-se à capacidade dos órgãos desempenharem a sua função.
Crescimento e Maturação
O desenvolvimento do ser humano depende dos genes que herda dos seus antepassados ou das influências do ambiente? Já nasce com o destino traçado ou é resultado do ambiente que o rodeia?
Inato e Adquirido
Corresponde a tudo aquilo que se herda dos progenitores (hereditariedade) no momento da conceção; é a natureza da pessoa.
Inato
Consiste em tudo o que se incorpora ao longo da vida, nas trocas que se realizam com o meio físico e com a cultura dos nossos grupos sociais. Esta incorporação começa no meio intrauterino.
Adquirido
Se uma pessoa nasce com cabelos loiros, diz-se que essa sua característica é inata. Porém, se alguém nasce com cabelos castanhos e, na adolescência, os pinta para ficarem loiros ou verdes, dizemos que a nova cor é uma característica adquirida.
Inato e Adquirido
Também a nível psicológico há características inatas e outras adquiridas. Algumas pessoas têm aptidão inata para aprender línguas ou para praticar desportos, o que significa que nascem com maior aptidão para desenvolver essas atividades. Por outro lado, saber muito vocabulário de inglês é um conhecimento adquirido tal como conhecer as regras do futebol.
Inato e Adquirido
Muitas das características inatas do ser humano são aspetos que este herda dos seus progenitores ou de outros familiares, não por conviver com eles, mas porque lhe são transmitidas através dos genes.
Genética
Cada gene ou conjunto de genes tem instruções sobre o modo de ser e de funcionar da célula. O conjunto de todos os genes denomina-se genoma, e é ele que instrui todas as células de um organismo. Neles encontram-se as características inatas de cada indivíduo.
Genética
A cor dos cabelos ou dos olhos e a estatura, por exemplo, são características determinadas pelos genes herdados, à semelhança de muitas outras características físicas e psicológicas.
Genética
Considerando tudo o que atualmente se sabe, não nascemos com o destino traçado, mas uma parte importante das características que o desenvolvimento revelará ao longo da vida já está pré-determinada nos genes (é inata).
Genética
O facto de o ser humano herdar uma parte das suas características dos antepassados torna-o semelhante a eles. Pensa-se que todos os seres vivos evoluíram a partir de um antepassado comum, logo quanto mais parecidas forem duas espécies, mais recente terá sido a sua evolução separada.
Genética
Um princípio básico da natureza está presente desde o nosso início: uma célula – que é uma mistura dos genes dos nossos antepassados – tem nela um projeto de ser humano.
Genética
O complexo processo de desenvolvimento de uma pessoa inclui aspetos comuns a todos os seres humanos, ou seja, traços ou características que os tornam semelhantes entre si e os distinguem dos indivíduos das outras espécies.
Genética
Inclui também características que distinguem uma pessoa de todas as outras, traços que a tornam única. Perceber este processo complexo requer conhecer a distinção entre hereditariedade específica e hereditariedade individual.
Genética
Transmissão das características comuns à espécie. Refere-se à parte dos genes que se herda e que define o indivíduo enquanto ser humano. Estes genes determinam características como o volume e a estrutura do cérebro ou o tamanho e a forma das mãos e dos pés.
Hereditariedade Específica
Transmissão das características próprias de cada indivíduo. Refere-se ao conjunto dos genes herdados que conferem características individuais e singulares, que distinguem os seres humanos uns dos outros.
Hereditariedade Individual
As parecenças entre familiares devem-se à hereditariedade, que é conduzida pelos genes, pelos cromossomas e pelo ADN. É no interior das células, designadamente no seu núcleo, que se encontram estes três elementos.
Genes
A nossa vida começa na conceção, altura em que o oócito é fecundado por um espermatozoide, dando origem a um ovo ou zigoto. Esta é a primeira célula que constitui cada indivíduo.
Genes
Posteriormente, esta divide-se em duas, que, por sua vez, também se subdividem, e assim sucessivamente, num longo processo de divisão e multiplicação das células que existem no nosso corpo.
Genes
Ao processo de divisão de cada célula em duas dá-se o nome de mitose – é um processo que ocorre durante toda a vida e permite a renovação dos nosso órgãos.
Genes
Conjunto dos genes que o indivíduo herda dos seus progenitores aquando da sua conceção. É a constituição genética de cada indivíduo. Engloba a hereditariedade individual e a hereditariedade específica.
Genótipo
Conjunto das características observáveis (físicas e psicológicas) que resultam da interação do genótipo com o meio.
Fenótipo
A interação entre os genes e o meio acentua a ideia de que o desenvolvimento da pessoa é um processo; não é um produto que está pronto à partida, mas algo que vai evoluindo com os estímulos externos (o meio).
A interação com o meio
Conjunto das condições envolventes que permitem a expressão dos genes em características observáveis no corpo e nos comportamentos.
Meio
Tem sido um enigma descobrir qual dos fatores – os genes ou o meio – influencia mais o comportamento humano. Não poderíamos ser quem somos sem o nosso património genético, mas, também, não podemos saber quem seríamos se vivêssemos num meio substancialmente diferente.
Meio
O meio ambiente (fatores físicos, químicos e biológicos que rodeiam os seres vivos) onde o indivíduo está inserido, a educação e a cultura que recebe constituem experiências que marcam o seu desenvolvimento.
Meio
O papel fundamental do meio está presente desde o momento da conceção do indivíduo. A alimentação, o estilo de vida e os estados emocionais da mãe são, desde o primeiro momento, fatores que influenciam o desenvolvimento do feto.
Meio
Depois do nascimento, o ambiente continua a ser decisivo, determinado pelos mesmos fatores, mas também pelo ar respirado (puro ou poluído), pelo clima ameno ou extremo, pela qualidade dos grupos em que se insere e da cultura que lhe transmitem no processo de educação.
Meio
Criança que, nos primeiros anos de vida, cresceu, por motivos de abandono, isolamento ou perda, fora de um ambiente humano e social.
Criança Selvagem
O exemplo das crianças selvagens mostra como o meio humano e social e a cultura são determinantes para o desenvolvimento das potencialidades genéticas. Esta ideia torna-se mais evidente se nos focarmos no estudo do cérebro.
Criança Selvagem
Apesar de o cérebro crescer a partir de instruções inatas/genéticas, a falta de estímulo humano originou a perda, em muitos casos irreversível, das capacidades cerebrais humanas – é o caso da linguagem complexa. Noutros casos, verificou-se que o bipedismo (capacidade de andar em pé, ereto), estava pouco desenvolvido em crianças selvagens.
Criança Selvagem
O cérebro e o sistema nervoso são constituídos por células – os neurónios. Os neurónios são as células mais importantes do sistema nervoso. Especializam-se na condução, no tratamento, no registo de informação e nas tomadas de decisão baseadas nessa informação. Essa informação movimenta-se, de uns neurónios para outros, a uma velocidade incrível sob a forma de impulsos nervosos e mensagens químicas.
Neurónios
O sistema nervoso é constituído por duas partes: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). Cada uma destas partes é composta por secções mais pequenas e específicas.
Organização dos neurónios
O sistema nervoso somático pertence ao sistema nervoso periférico e consiste, fundamentalmente, numa estrutura de nervos que cobre todo o corpo.
Sistema nervoso somático
Os neurónios que formam essa estrutura nervosa são os sensoriais e os motores, que ligam os músculos e os órgãos sensoriais (incluindo a pele) ao sistema nervoso central.
Sistema nervoso somático
O sistema nervoso autónomo subdivide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático, que funcionam de modo complementar e involuntário (a sua ação não é controlada pela vontade do indivíduo).
Sistema nervoso autónomo
Este sistema inclui o controlo dos músculos e dos órgãos internos.
Sistema nervoso autónomo
A divisão simpática prepara o organismo para ações de emergência, ativando funções necessárias à resposta rápida e enérgica (por exemplo, acelerando o batimento cardíaco e o ritmo respiratório) e inibindo outras funções importantes para a vida, mas que podem ser temporariamente reduzidas ou suspensas (é o caso da digestão).
Sistema nervoso autónomo
Ativar esta divisão implica um grande consumo de energia, pelo que a ação não pode ser demorada, sob pena de esgotar o organismo.
Sistema nervoso autónomo
Por sua vez, o sistema nervoso autónomo parasimpático realiza ações de inibição das funções ativadas para responder à emergência, restaurando um modo normal de funcionamento do organismo.
Sistema nervoso autónomo
Economiza o consumo de energia e ativa funções fundamentais que a emergência colocara em pausa (por exemplo, desencadeia a retoma da digestão e atenua o ritmo respiratório e circulatório)
Sistema nervoso autónomo
O sistema nervoso central é constituído por dois elementos fundamentais: o encéfalo e a medula espinal.
Sistema nervoso central
A medula espinal é um cordão que vai do encéfalo até à pélvis. Possui duas funções fundamentais: condução e coordenação. Transmite mensagens do cérebro para o resto do corpo e vice-versa
Função de Condução
Quando, por exemplo, nos tocam nas costas, essa sensação é transmitida através dos nervos sensoriais até à medula espinal e, através desta, chega ao cérebro. Inversamente, a vontade de chutar uma bola é formada no cérebro e enviada, através da medula espinal e dos nervos motores, até aos músculos da perna e do pé, que executarão o pontapé
Sistema nervoso central
Toda a atividade motora voluntária realizada pelo tronco e pelos membros passa pela medula espinal.
Sistema nervoso central
Coordena uma boa parte da atividade involuntária.
Função de Coordenação
Numa reação automática, em que, por exemplo, contraímos uma mão quando nos queimamos, a informação do calor excessivo vai dos nervos sensoriais até à medula espinal, que imediatamente ordena o afastamento da mão. Este procedimento permite evitar danos maiores, já que, se a informação passasse antes pelo encéfalo, a resposta não seria tão rápida, logo a queimadura seria muito mais grave.
Função de Coordenação
A função de condução da medula espinal é particularmente percetível quando ela sofre alguma lesão, podendo surgir insensibilidade ou paralisia, dependendo dos danos.
Medula Espinal
Se a lesão ocorrer na sua parte inferior (ou mais distante do encéfalo), a pessoa poderá ficar paraplégica, deixando de ter sensibilidade e/ou controlo sobre as pernas (e muito provavelmente sobre a bexiga e os intestinos). Ocorrendo a lesão na parte superior (ou mais próxima do cérebro), a pessoa ficará limitada a mover e sentir apenas a cabeça.
Medula Espinal
O encéfalo é um conjunto de estruturas relativamente especializadas, coordenadas e cooperantes que realizam os processos mentais e os comportamentos necessários à manutenção da vida. No caso humano, realizam ainda funções, como sentimentos, imaginação e pensamento.
Encéfalo
O cérebro divide-se em dois hemisférios (direito e esquerdo), ligados entre si. Cada um dos hemisférios do cérebro humano desempenha diferentes funções, pelo que o cérebro segue o princípio da especialização funcional.
Encéfalo
Exemplo disso é o facto de o hemisfério esquerdo controlar o lado direito do corpo e o hemisfério direito controlar o lado esquerdo do corpo.
Encéfalo
Apesar da especialização funcional, deve destacar-se que as várias zonas do cérebro funcionam de forma integrada, ou seja, o cérebro segue o princípio da complementaridade.
Encéfalo
Pensa em ti: preferes controlar uma bola com o pé direito ou com o esquerdo? Escreves e cortas o pão usando a mão direita ou a esquerda? Já pensaste que está aqui a explicação para isso? Repara agora nas pessoas que conheces: já viste que são maioritariamente destras?
Encéfalo
Isso significa que o hemisfério cerebral dominante é o esquerdo na maioria das pessoas. Significa também, por exemplo, que um AVC que, eventualmente, afete um deles será mais perturbador se ocorrer no hemisfério esquerdo do que se danificar o hemisfério direito
Encéfalo
Todavia, não podemos esquecer a unidade funcional do cérebro. Esta é fundamental para processos cognitivos como a memória, a aprendizagem ou a imaginação (por exemplo, imaginar uma jogada de futebol), que requerem a ação integrada de várias zonas do cérebro, localizadas em áreas cerebrais situadas em diferentes hemisférios.
Encéfalo
Cada um dos hemisférios cerebrais possui quatro lobos: o frontal, o parietal, o occipital e o temporal. A cada um deles corresponde também uma ou mais funções específicas.
Lobos
Têm uma vida intrauterina- começam por se desenvolver durante cerca de 40 semanas no ventre da progenitora.
Têm uma vida intrauterina- começam por se desenvolver durante cerca de 40 semanas no ventre da progenitora.
Têm uma vida intrauterina- começam por se desenvolver durante cerca de 40 semanas no ventre da progenitora.