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Descomplicando a Geologia

10.º B2023/2024

E se a atmosfera terrestre modificasse a sua composição e voltasse à que possuía no Pré-Câmbrico?

A atmosfera terrestre do presente é caracterizada pela sua abundância em nitrogénio (N2) e em oxigénio (O2), permitindo a existência de uma camada de ozono, que nos protege da radiação ultravioleta e garante uma grande biodiversidade. Mas nem sempre foi assim!No éon do Pré-Câmbrico, a atmosfera apresentava grandes diferenças da atual. Gases como nitrogénio, dióxido de carbono e vapor de água estavam presentes em grande abundância, constituindo 95% da atmosfera primitiva. Os restantes 5% estavam distribuídos residualmente por gases como óxido de carbono, amoníaco e hidrogénio e em relativa abundância por metano. Certos gases como o oxigénio e camadas como a camada de ozono eram inexistentes, não permitindo a existência da vida, como a conhecemos nos dias de hoje.

Frederico Cunha, Gonçalo Fernandes

Se a atmosfera atual fosse semelhante à Pré-Câmbrica, apenas poderia existir vida em meios aquáticos, que protegeriam da radiação ultravioleta. Mudanças bruscas seriam sentidas nos ecossistemas e na saúde humana. Espécies aeróbias, incluindo muitas formas de vida atuais, enfrentariam desafios significativos para sobreviver, e muitas optariam por ambientes cobertos, como cavernas, para proteção solar, tornando-se cavernícolas. Por último, a temperatura e o clima seriam afetados drasticamente, influenciando os padrões climáticos globais. Isto dever-se-ia, principalmente, à maior concentração de metano e dióxido de carbono na atmosfera.Concluindo, se a atmosfera terrestre modificasse a sua composição e voltasse à que possuía no Pré-Câmbrico, ocorreria uma grande extinção em massa, na qual apenas sobreviveriam as espécies aquáticas.

E se as placas tectónicas acelerassem o seu movimento?

A Teoria da Tectónica de Placas é a teoria unificadora da Geologia. Isto porque muitos fenómenos são explicados pelos movimentos das placas tectónicas e suas interações. A aceleração do movimento das placas tectónicas teria inúmeras consequências em todo o mundo. Primeiramente, é de extrema relevância conjeturar sobre possíveis causas da aceleração das placas. Este aumento da velocidade pode ser, eventualmente, explicado por um aumento da temperatura do interior da Terra. O calor interno da Terra remanescente da formação do planeta. Se o Big Bang estiver correto, o calor interno da Terra é oriundo da energia libertada nesta explosão e tem vindo a ser dissipado ao longo dos milhões de anos. Com isto, a Terra tem vindo a arrefecer, pelo que já existiu um período na Terra em que a temperatura era mais elevada. Este aumento da temperatura constitui um cenário explicativo e um hipotético aumento da velocidade das placas tectónicas.

Este aumento da temperatura do interior da terra provocaria uma maior fluidez e uma menor densidade dos materiais e, por conseguinte, uma mais rápida ascensão destes. A conjugação de materiais mais fluidos e menos densos levaria a um aumento da velocidade das correntes de convecção. Assim, estas correntes arrastaram as placas tectónicas (mantle drag) com uma maior intensidade. Para além disto, o ridge push e o slab pull também se tornaram mais intensos, devido à maior velocidade das correntes de convecção. Isto porque um maior volume de magma ascenderia por unidade de tempo, causando uma mais rápida construção de crosta e, por conseguinte, mais rápido afastamento das placas. Isto significa que o ridge push intensificar-se-ia. O slab pull também se tornaria mais intenso devido ao aumento de velocidade das correntes de convecção. Assim, a placa seria subductada mais rapidamente, contribuindo para o aumento da velocidade das placas tectónicas.

Tomás Vale, Vasco Taborda

As consequências deste aumento da velocidade das placas seriam drásticas. Este aumento levaria os continentes a “moverem-se” de forma muito mais veloz. Em algum momento, poderíamos chegar a uns continentes a pé e demoraríamos muito mais tempo a chegar a outros, uma vez que a distância entre os continentes iria variar. Com um aumento do slab pull, os hipocentros nas placas subductadas seriam mais profundos. Para além disto, haveria muitos mais eventos sismológicos. Como as placas se movimentariam com uma velocidade superior, a colisão entre estas seria mais intensa e, portanto, em zonas de limite entre placas continentais, a orogenia seria mais acentuada. Nos limites divergentes, devido a uma ascensão de magma mais rápida, o vulcanismo inerente a este contexto tectónico seria mais intenso. No vulcanismo do tipo hotspot, o magma ascenderia pelas plumas mantélicas mais rapidamente, aumentando a atividade vulcânica em todo planeta. As fossas seriam mais profundas, devido à intensificação do slab pull. Em suma, as causas que levariam a um aumento da velocidade das placas tectónicas e o próprio movimento acelerado destas provocariam uma intensificação de todos os fenómenos geológicos do planeta.

E se a Terra fosse um sistema aberto?

Um sistema aberto é onde se verifica trocas de energia e de matéria com o meio envolvente. Se a Terra fosse um sistema aberto estaria conectada a outros planetas e sistemas estelares. Esses portais permitiriam a livre circulação de recursos, informações e até mesmo de seres de outros lugares. Imaginem as possibilidades! A Terra seria um verdadeiro ponto de encontro interplanetário, com uma mistura única de culturas, tecnologias e conhecimentos de diferentes civilizações. Ao invés de fronteiras físicas, teríamos um horizonte infinito de descobertas intergalácticas.O sistema aberto traria imensos benefícios para a humanidade. A disponibilidade de recursos seria ampliada, facilitando o desenvolvimento sustentável. A colaboração científica expandir-se-ia, impulsionando avanços na medicina, energia e exploração espacial.Novos conceitos de conhecimentos seriam introduzidos em todas as áreas, expandindo as nossas perspetivas sobre a vida, o universo e tudo mais. As artes e a filosofia ganhariam dimensões ainda mais profundas.

Francisca Pereira e Raniel Silvestre

No entanto, assim como toda a grande mudança, também haveria desafios a serem enfrentados. O equilíbrio entre as diferentes formas de vida tornar-se-ia vital para evitar conflitos, para garantir a segurança e a prosperidade de todos os seres envolvidos.Além disso, também teríamos que repensar a nossa relação com o planeta Terra. A preservação do meio ambiente e a sustentabilidade seriam prioridades absolutas para garantir a harmonia entre todas as formas de vida. No fim de contas, a Terra como um sistema aberto abriria portas para um futuro ainda mais emocionante. A colaboração entre diferentes civilizações traria um nível inédito de entendimento e progresso para a humanidade.

Qual a importância da Geologia na qualidade de vida das populações humanas?

A Geologia é uma ciência que se encarrega do estudo da estrutura (não só interna) da Terra, bem como dos processos que nela ocorrem. O estudo desta ciência iniciou-se há muitos anos e aprofunda vários tópicos, tais como sismologia, vulcanismo tectónica de placas, entre outros... Nos dias de hoje, ela é bastante útil para ajudar a melhorar a nossa qualidade de vida mas...E se esta não existisse? De que modo nós seríamos afetados? Com a evolução da Geologia e da Tecnologia usada para a estudar conseguimos saber quais são as zonas do mundo com maior risco sísmico, fazendo com que sejam tomadas precauções para evitar consequências mortais. Em relação à Tecnologia, a sua evolução permitiu a descoberta e o aprimoramento de alguns instrumentos, que, para além de ajudar a aprofundar os conhecimentos sobre cada matéria, ajuda também a detetar atividades humanas clandestinas.

Manuel Robalo, Tomás Martins

É exemplo disso o sonar que consegue detetar e localizar tanto obstáculos nos fundos oceânicos como submarinos, como também localizar elevações e declives no mesmo local. Outro exemplo da Tecnologia usada para melhorar a nossa qualidade de vida são os sismógrafos e os aparelhos que detetam a movimentação do magma nas zonas com vulcanismo ativo, que são indícios de uma possível erupção, dando tempo de esses locais serem evacuados. Por outro lado, para os alunos que não gostam de estudar Geologia, a escola seria muito mais fácil de suportar, sem ter de estar a decorar rochas e minerais, nem ter de saber os tipos de vulcanismo nem de ondas sísmicas...mas certamente ficaríamos mais pobres do ponto de vista científico! Desta maneira, conseguimos ver que a Geologia é bastante útil para melhorar a nossa qualidade de vida e se esta não existisse a nossa vide seria, certamente, muito diferente.

E se fosse possível desligar o processo tectónico?

Como sabemos, cientificamente, seria impossível desligar o processo tectónico do nosso planeta. E num mundo remoto, o que aconteceria? Primeiro há a saber que o processo tectónico é responsável pela dinâmica do planeta Terra, no qual placas tectónicas se movimentam e dão origem a vários fenómenos como vulcões, sismos, montanhas, riftes, fossas, etc… Estas movimentam-se com a ajuda das correntes de convecção. Caso se desligasse o processo tectónico, isto acarretaria maioritariamente vantagens, no entanto algumas desvantagens. Os fenómenos catastróficos como sismos e vulcões (exceto os de hotspot) seriam praticamente inexistentes, o que pouparia a vida de milhões de pessoas. A superfície da Terra também seria mais uniforme, uma ver que deixariam de existir limites convergentes, podendo um dia ficar totalmente plana devido à erosão das estruturas existentes neste momento.

Miguel Carneiro, Rafael Girão

Também é muito importante ressaltar que o processo Tectónico desempenha um papel crucial na estabilidade do clima, por isso, sem este, ocorreriam mudanças drásticas. Por último, sem o processo tectónico, deixaríamos de ter algumas das paisagens deslumbrantes que temos ao longo de todo o planeta como, por exemplo, à distância de uma curta viagem de avião temos os Açores onde podemos observar estas paisagens estonteantes provenientes de processos tectónicos.Concluindo, se, hipoteticamente ( pois de outra forma não seria possível) se se desligasse o complexo e impactante processo tectónico, o planeta Terra sofreria inúmeras consequências, algumas do agrado para o ser humano, outras nem por isso.

E se toda a Energia necessária ao desenvolvimento das atividades humanas proviesse do interior da Terra?

Mas o que é o interior do nosso planeta? Comprovados pelos modelos de estudo do interior da Terra, geofísico e geoquímico, a Terra não é homogénea… Está então, dividida em várias camadas, que se distinguem com base nas suas composições químicas e estados físicos. Semelhante a um «ferrero rocher», o nosso planeta, à medida que descemos em profundidade, sofre um aumento de temperatura, no entanto não uniformemente.

Analisemos o chocolate: Presença de várias camadas do exterior para o interior:

  • crosta continental (cobertura de chocolate);
  • crosta oceânica (pitadas de avelã);
  • manto (wafers);
  • núcleo externo (recheio de chocolate);
  • núcleo interno (avelã).
Quanto à Energia proveniente do interior da Terra: Em que consiste a Energia Geotérmica? A Energia Geotérmica consiste no calor proveniente do interior do Planeta Terra, tendo sido este «gerado», não só pelo decaimento radioativo das rochas, mas também pelo calor remanescente aquando da formação do nosso planeta.

Tiago Reis, Tomás Aidos.

Em zonas de origem vulcânica, como o Arquipélago dos Açores, a energia geotérmica está mais acessível e em maior quantidade, a pouca profundidade, tornando assim mais fácil a sua utilização a partir de Centrais Geotérmicas. Na hipótese de ser possível, a construção destas centrais nestes locais, seria benéfico para a população mundial… Mas porquê? Uma vez que este «tipo» de energia, tal como a Energia Hídrica e Eólica, são fontes de energia renovável. Para concluir, no futuro, seria importante a discussão nas grandes assembleias mundiais, a conveniência da utilização destas energias! Quais os seus benefícios? E possíveis limitações?! Assim sendo, se toda a energia necessária ao nosso desenvolvimento resultasse do interior do nosso planeta seria, eventualmente, proficiente.

Inês Pires, Laura Serra

A geologia é o estudo do interior da Terra e dos processos que ocorrem à superfície e é através deste estudo que podemos descobrir muito sobre o mundo em que vivemos. Ao compreender as características geológicas de uma região, os geólogos podem antecipar e prevenir catástrofes naturais. Ao compreendermos como funcionam as placas tectónicas e ao descobrirmos como estas influenciam e participam em todos os processos geológicos que acontecem no nosso mundo, passamos a ter a capacidade de mapear áreas propensas a eventos naturais devastadores (cartas de risco). Assim, esta área é uma peça fundamental na construção de comunidades resilientes oferecendo dados para desenvolver estratégias eficazes contra os desastres naturais, tais como construções anti-sísmicas e planos de evacuação, entre outros. Ao perceber essas áreas de risco pode haver uma maior proteção das pessoas e dos seus bens. Pelo referido, a Geologia reveste-se de grande importância na prevenção de catástrofes.

Qual a importância da Geologia na prevenção de catástrofes?

E se o núcleo da Terra parasse de funcionar?

Depois da grande teimosia da turma 10ºB, a professora Paula e os seus estagiários, cederam ao pedido da turma e realizaram uma viagem de finalistas à Nigéria. A viagem de avião correu maravilhosamente, até que… - Ah! Isto não é a Nigéria! - disse o professor João. O avião aterrou no Quénia… Confrontaram o piloto com a situação:- Perdão, não sei o que aconteceu, eu segui o GPS, tentei contactar a base aérea, mas sem sucesso, as comunicações estão cortadas.Deparados com esta situação, não restava outra opção senão tentar aproveitar e explorar o Quénia, portanto no dia a seguir foram fazer um safari. Já no percurso… - O quê?! Como é que isto é possível?! - disse o motorista perplexo. Um bando de cegonhas brancas acabara de os sobrevoar… - Estas não são autóctones, é impossível! Elas migram para o Sudão. E assim continuou a viagem cheia de fenómenos teoricamente impossíveis.

Carolina Alves, Isabel Simões

Ao voltarem para Portugal tiveram de recorrer a mapas apenas se guiando por pontos de referência, pois continuavam sem GPS. Finalmente, ao chegarem, deram-lhes a novidade: o núcleo da Terra parou de funcionar! Não se sabe muito mais, mas alguns anos depois encontrou-se grandes concentrações de berílio nas calotes polares. Sabendo-se que isto acontece quando há um enfraquecimento do campo magnético, o que permite a entrada de radiação cósmica na atmosfera, no contexto de uma inversão de polaridade do campo magnético terrestre. Também as inferências retiradas da polarização das rochas passou a ser um bicho de sete cabeças, pois não havendo um campo magnético os minerais nelas presentes não se podiam orientar com uma certa direção, a do campo magnético existente na altura em que se estavam a formar, pois este deixara de existir.

A queima de combustíveis fósseis é uma das maneiras mais usuais e mais baratas de obter energia logo, ao longo dos tempos, foi uma das maneiras mais usadas para a obtenção de energia. Porém, este meio tem vários efeitos secundários prejudiciais para o nosso planeta, a Terra. A atmosfera terrestre desempenha um papel crucial no funcionamento do planeta. Permite a existência de oxigénio, regula a temperatura terrestre e protege o planeta dos raios ultravioletas. A queima de combustíveis fósseis lança grandes quantidades de dióxido de carbono, entre outros gases, o que aumenta o efeito de estufa. Ao aumentar o efeito de estufa, a temperatura terrestre aumenta, as calotes polares derretem, perdendo grande parte da água doce do planeta e inundando várias áreas. Para além disso, os combustíveis fósseis são recursos não renováveis.

Se toda a energia necessária ao desenvolvimento das atividades humanas proviesse dos combustíveis fósseis, o que aconteceria?

Constança Gaspar, Diogo Fernandes

Ultimamente, a emissão de gases de efeito de estufa para a atmosfera devido, principalmente, à queima de combustíveis fósseis, tem trazido várias preocupações para o bem-estar do planeta e da sua biodiversidade. Apesar disso, o ser humano, nunca esteve totalmente dependente destes combustíveis, uma vez que já foram utilizadas outras fontes de energia. Assim, “se toda a energia necessária ao desenvolvimento das atividades humanas proviesse dos combustíveis fosseis”, as consequências seriam muito severas.

E se não houvesse calor interno da Terra?

O calor interno da Terra é o que faz funcionar a força motriz que move o nosso solo (litosfera – o solo é uma camada finíssima da crosta continental e pode alterar-se independentemente das forças tectónicas). Isto, a que chamamos de correntes de convecção, acontece pois o material fundido em profundidade ascende por ser menos denso. Este calor não é explicado pela ação de um aquecedor gigante no meio da Terra, mas sim pelo decaimento radioativo de materiais nas rochas ou pelo calor remanescente da formação do planeta. Agora, se o calor interno da Terra não existisse, o que aconteceria?

Mafalda Miranda, Maria Rangel

Primeiramente, os movimentos tectónicos acabavam, já que sem correntes de convecção, as placas não deslizariam. Assim não havia convergência nem divergência de limites, logo a “reciclagem” de material não seria feita. Depois, os sismos e vulcões deixariam de existir, porque as movimentações de magma também acabavam. O campo magnético do planeta também desaparecia, então, as bússolas parariam e ficávamos sem norte. Isto acontecia porque o núcleo externo, que está no estado líquido, é composto por materiais metálicos que se movimentam através de correntes de convecção muito rápidas. Ora se não existissem estas correntes, não havia campo magnético terrestre. Concluindo, se não houvesse calor interno da Terra vivíamos em um mundo permanentemente em STOP.

FIM