3. Introdução às instruções de pares [PT] SM4

INTRODUÇÃO À INSTRUÇÃO ENTRE PARES

IINNOVATION IN TEACHING

Nesta seção, aprenderemos como colocar em prática o método de instrução por pares. Para tanto, partiremos da história do conceito e exploraremos seus fundamentos e metodologia.

Origem e contexto

Em 1991, o professor Eric Mazur criou a instrução por pares. Esta metodologia pioneira que desde então foi implementada em todo o mundo graças à sua influência na conceptualização de novas práticas pedagógicas e até na nossa compreensão da própria natureza da educação e da aprendizagem. O objetivo inicial no desenvolvimento deste método foi superar experiências de aprendizagem passivas, pois Mazur percebeu que seus alunos não eram capazes de reter e aplicar os conceitos explicados em suas aulas e que tinham dificuldade em relacioná-los com a resolução de problemas concretos.

Método

A instrução entre pares concentra-se na aprendizagem como uma experiência social e consiste no seguinte:

Há muitas vantagens na instrução entre pares, uma das quais é o fato de que você pode aplicá-la a uma ampla gama de disciplinas. Além disso, transforma os alunos em “nós” numa rede mais ampla de aprendizagem e construção de conhecimento. A instrução entre pares faz com que os alunos reflitam criticamente, com seus esforços orientados para a resolução de um problema concreto.

Info

Além disso, desenvolve a metacognição, processo de metaaprendizagem por parte dos alunos, o que torna o processo de aprendizagem muito mais consistente.

Leitura Recomendada

Para obter mais informações sobre as origens da instrução entre pares, você pode ler

Memorization or understanding: Are we teaching the right thing? by Eric Mazur.

Na instrução entre pares, os alunos são elementos ativos no processo de aprendizagem e trabalham cooperativamente em vários momentos, em diferentes níveis e em diferentes direções. O verdadeiro desafio ao preparar-se para a instrução por pares é pensar nos seguintes elementos-chave, que garantirão o sucesso desta metodologia.

• Dê tempo aos alunos para pensarem na resposta (1 minuto).
• Ponto de partida é uma questão inicial específica (1 minuto), conhecida como ConcepTest.
• Os alunos anotam suas respostas individuais (opcional).
• Os alunos partilham as suas respostas e discutem os seus pontos de vista com os seus pares (1-2 minutos). Dependendo das suas respostas e da forma como têm interagido com os seus pares, os alunos têm a possibilidade de alterar, modificar ou manter as suas respostas que irão partilhar e justifique mais tarde em grupos.
• Os alunos registram suas respostas individuais revisadas (opcional). Feedback do professor: revisão das respostas.
• Professor dá uma explicação das respostas corretas (2 ou mais minutos).