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Transcript

1923-2023

Centenário de Natália Correia

Natália Correia Cântico do País Emerso (1961)

"Não sou daqui. Mamei em peitos oceânicos Minha mãe era ninfa meu pai chuva de lava Mestiça de onda e de enxofres vulcânicos Sou de mim mesma pomba húmida e brava. (…)"

"Eu sou desastrada, sou uma pessoa débil, uma pessoa falhada, alegremente, conscientemente falhada em muitas coisas. Não sei tratar de nada, na ordem das coisas práticas, não sei assinar um cheque, sou perfeitamente desastrada. Só sei escrever." in Entrevista em 1983

Poemas ditos ... por Natália Correia(vídeos)

Fernando Dacosta, poeta e autor do livro «Botequim da Liberdade» fala da sua amiga Natália Correia no documentário a Senhora da Rosa.

“(…) quando eu era criança, queria ser três coisas. A primeira, era ser poetisa; a segunda detetive (detetive, não, polícia, note bem): para deslindar o intrincado das coisas, descobrir o seu porquê. A questão que me fascinava era: quem é o autor? (…) Ah, a terceira… Gostava de ser dona de um casino clandestino. Era a atração pelo jogo da vida não consentido.” in JL de 1982

Podcasts Natália Correia

livros censurados:

"A Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica"

"O Homúnculo"

“O vinho e a lira”

“A Pécora”

“O Encoberto”

“A comunicação”

Livro que foi apreendido pela censura que na conclusão do seu relatório afirma o seguinte: “(...) Julgo ser de proibir por inconveniência política e ser pornografica.”

Entrevista a Natália Correia e a José Mattoso

Iberismo – Parte 2

Iberismo – Parte I

O movimento político e cultural que defende a aliança das relações a todos os níveis entre Portugal e Espanha.

O iberismo de Natália Correia

“Minha mãe senta-se ao piano. Das suas mãos delicadas saem fios de música que se entrelaçam na toada com que o mar se afeiçoa aos quebrantes da tarde. Depois vai para o quintal ocupar-se do maracujeiro.” CORREIA, Natália, A Ilha de Circe

RTP arquivos - Natália Correia

"Procuro o que une e não o que cinde. Entrevista (1962)"

O bar que abriu, em 1971, com Isabel Meyrelles, Júlia Marenha e Helena Roseta no bairro da Graça - onde a memória de Natália já nomeou uma rua e inspira pinturas murais -, “marcou o século XX português”, afirma Fernando Dacosta na obra “O Botequim da Liberdade”, que escreveu sobre esse local único. Natália queria que fosse a “antevisão de um Portugal que podia haver no futuro, um espaço de convívio, cultura, afetuosidade e de ideias”.

Isabel Ponce de Leão

Fernando Rebelo

Maria do Carmo Castelo Branco de Sequeira

Maria de Fátima Marinho

Luis Adriano Carlos

Maria Teresa Horta

Fernando Dacosta

Urbano Tavares Rodrigues

Testemunhos sobre Natália Correia e sua obra

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Recortes da vida de Natália Correia

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"Todos temos uma parte misteriosa e há quem pretenda resolver os seus mistérios na psicanálise. Eu prefiro dar-lhes voz na Poesia" Natália Correia

declamação do poema "Ode à paz" por Maria de Medeiros

Concerto de Homenagem no passado dia 22 de Novembro de 2022, na Aula Magna.

poema Cântico do País Emerso - Mário George Cabral eMia Tomé

Atividade interativa

De Amor Nada Mais Resta Que Um Outubro - Rita Redshoes

Tendo apenas como objeto cenográfico uma cadeira do bar do qual foi sócia (O Botequim), Natália dá primazia à palavra e às ideias, deixando de lado qualquer artificialidade, tal como a poeta teria apreciado. Cerca de 15 minutos que não pretendem dar um retrato da Mulher (tal seria impossível) mas uma simples tela em branco, onde pouco ficou escrito e muito por dizer.

"Os meus heróis na vida real são os que desafiam a lei em nome de um ideal." entrevista 1962

MAFALDA VEIGA – A DEFESA DO POETA

PATRÍCIA ANTUNES E PATRÍCIA SILVEIRA – LIVRO DOS AMANTES-EXCERTOS

RITA REDSHOES – DE AMOR NADA MAIS RESTA QUE UM OUTUBRO

KATIA GUERREIRO – CREIO

ANA BACALHAU – ROSTO INVISIVEL

MARIA JOÃO – QUEIXA DAS ALMAS JOVENS CENSURADAS

AUREA – SETE LUAS

SOFIA ESCOBAR – SUPERAÇÃO

ELISA RODRIGUES – ENCONTRO

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AMÉLIA MUGE – CÂNTICO DE UM PAIS EMERSO VIII

Retrato de Natália Correia de Isabel Meyrelles

"Leia a minha poesia se quer saber como sou. O que de mim própria escondo deve lá estar. Não vejo outra maneira de me dar a conhecer" Natália Correia (Semanário, 1986).

Retrato de Natália Correia de Júlio de Sousa

Busto de Natália Correia, pelo escultor João Cutileiro

Natália Correia do escultor Francisco Simões

DO DEVER DE DESLUMBRAR A inútil tragédia da vida Não chega a merecer um poema. Só o poema merece, por vezes A inútil tragédia da vida. As pessoas caem como folhas E secam no pó do desalento Se não as leva consigo A fúria poética do vento. Para que se justifique a nossa vida É preciso que alguém a invente em nós. Os que nunca inspiraram um poema São as únicas pessoas sós.

FILIPA MARTINS: “A NATÁLIA SOFREU MUITO COM O CICIADO DAS VIZINHAS”

Helena Roseta, escreveria: "A morte a ti não te mata, Natália. Matou-te a candura da infâmia, como dizias: essa espécie de vilania mole que grassa por aí como um vírus, a adulterar a grandeza dos gestos e a ceifar os melhores." in JL 2023

NATÁLIA CORREIA1993-2023