CÓPIA - manter duas páginas finais

Edição Especial sobre

Escola de Sargentos do Exército

ICarlos Almeida dez/2022

Fake News

As fake news são um atentado à democracia?

Desinformação

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut laoreet dolore magna.

Dicas para não cair na rede das fake news

Boatos? Sátira?

Se é fake, não pode ser news!

O que são clickbaits?

Lixívia é o melhor medicamento contra a Covid-19?

O que significa desinformação?

Segundo a Comissão Europeia, trata-se de uma informação comprovadamente falsa ou enganadora que é criada, apresentada e divulgada para obter vantagens económicas ou para enganar deliberadamente a população, e que é suscetível de causar um prejuízo público. A desinformação é criada com o objetivo de distrair e dividir, semeando a dúvida através de factos distorcidos e falseados, com o fim de confundir as pessoas e diminuir a sua confiança nas instituições e nos processos políticos estabelecidos (CE).

Por que motivo é a desinformação uma ameaça à Democracia?

Cada cidadão detém o poder de decidir o futuro da sua nação, através do voto

Um eleitor pode ser induzido a votar num mau dirigente político

Cada eleitor deverá, por isso, estar bem informado

Parte das informações são recolhidas nos meios de comunicação tradicionais e nas redes sociais

As redes sociais são o meio privilegiado de disseminação de desinformação

Afinal, o que é uma notícia? Vamos recordar!...

Uma notícia:

• é atual e indica a data do acontecimento• é objetiva e imparcial (o jornalista não dá a sua opinião) • identifica o autor e a publicação (jornal/revista/canal TV ou rádio) • apresenta um lead (O qu aconteceu? / Quem? / Onde? / Quando?) • apresenta a estrutura do corpo (Como? / Porquê?) • apresenta os factos com linguagem sóbria e neutra • cita apenas fontes autênticas

Fake news são inverdades, são mentiras!

Então não são notícias! São DESINFORMAÇÃO!

. são textos fabricados para enganar intencionalmente; . os autores recorrem a títulos sensacionalistas; . empregam linguagem e pontuação emotiva, para apelar às emoções e sentimentos do leitor; . manipulam imagens e deturpam ou fabricam informações; . quase sempre, pedem para ser partilhadas.

Por isso constituem um perigo para a opinião pública e a Democracia!

7 tipos de desinformação

Sátira ou paródia

Conteúdo enganoso

Falso contexto

Conteúdo manipulado

Falsa conexão

Conteúdo impostor

Conteúdo fabricado

1 - Sátira ou paródia

Não pretende causar malde forma intencional, mas pode induzir o leitor em erro.

2 - Conteúdo enganoso

Quando afirmações falsas são atribuídas a fontes reais, geralmente pessoas, com o intuito de as difamar.

3 - Falso contexto

Quando um conteúdo é verdadeiro, mas é compartilhado fora do contexto, essa informação pode tornar-se inapropriada ou inválida com o passar do tempo.

4 - Falsa conexão

Quando as imagens/fotos, títulos e textos não vão ao encontro do conteúdo apresentado.

Ex: clickbait para aumentar o trágego

5 - Conteúdo impostor

Quando afirmações de fontes genuínas (pessoas/marcas) são adulteradas para difamar a pessoa ou o assunto a que se refere.

6- Conteúdo manipulado

Quando as informações ou as imagens autênticas são manipuladas, para enganar o público.

Ex: criar uma determinada visão política.

7 - Conteúdo fabricado

A informação é 100% falsa e foi fabricada com o objetivo de enganar ou prejudicar.

Ex: espalhar um boato.

Como nasceram as fake news?

Por isso,atenção...

Exemplos de fake news ao longo dos tempos...

Segue-nos

Época Medieval

A mentira ou desinformação é uma estratégia militar muito antiga!

O milagre foi forjado no início do século xv ,pelos monges de Santa Cruz de Coimbra, durante a guerra da independência contra Castela

A estratégia - o uso de uma mentira foi encarada como um ato de patriotismo

Segunda Guerra Mundial

Com o propósito de invadir a Polónia, Hitler deixou um rasto de cadáveres vestidos com fardas nazis na estação de rádio da cidade polaca, Gliwice; no entanto, estes corpos eram de cidadãos polacos assassinados por militares nazis. O objetivo seria justificar a expansão nazi para a Polónia e para o resto do mundo. Uma verdadeira fake news orquestrada pelo ministro da propagaganda, Joseph Goebbels.

Nazismo, genética e mentiras...

Sob o prestígio da ciência, boatos e propaganda foram criados e espalhados contra o povo judeu!Recorrendo a falsas informações, a propaganda nazi usou supostos avanços científicos para cometer crimes hediondos contra a Humanidade.

Eleições presidencais norte-americanas em 2016 e 2020

As eleições foram minadas por boatos e teorias da conspiração contra os adversários de Donald Trump.

Brexit

Alguns políticos acusaram os refugiados e os emigrantes de contribuírem para o desemprego na Inglaterra e disseminavam a (des)informação de que o Reino Unido pagava fortunas à UE, prejudicando a qualidade de vida dos seus cidadãos..

+info

Invasão da Ucrânia

Putin e a sua máquina de propaganda, aliados a uma censura imposta aos meios de comunicação russos, disseminaram junto da opinião russa a narrativa de que a invasão da Ucrânia tinha como objetivo libertar os ucranianos da maldade dos neonazis.

- A desinformação não é um fenómeno recente! - Está prevista no Artigo 37º- “Proibição da Perfídia”- do Protocolo I Adicional às Convenções de Genebra (1977). - A ameaça da desinformação reside no facto de esta se ter propagado à escala mundial, graças à internet, pois qualquer pessoa pode publicar o que quiser nas redes sociais... - A desinformação ameaça a Democracia e a paz ou segurança de uma nação, porque manipula e influencia os eleitores,contribuindo para se alcançar objetivos políticos (prejudicar um candidato ou partido) ou ideológicos (ao lançar propaganda e boatos sobre grupos minoritários e etnias), que podem conduzir a uma guerra!

Estudo da desinformação no universo da ESE

- responderam 119 indivíduos - 90% são do sexo masculino - 66% tem mais de 35 anos - 73% possui o ensino secundário

- 49% passa entre 1 a 2 h diárias na internet - apenas 13% não procura informação nas redes sociais - 79% privilegia a imprensa tradicional - 45% desconfia da isenção desses meios de comunicação

- 83% sabe que um jornalista se deve limitar a escrever sobre os factos - 32% conhece a estrutura de uma notícia - 25% reconhece que o jornalista não pode usar pontuação nem linguagem emotiva - 69% desconhece a gíria das táticas de desinformação

- 48% reconhece que a desinformação pode ter imapcto nas resultados das eleições - 42% admite não partilhar conteúdos alarmistas - 79% ignora que a desinformação é um ardil militar antigo

Dicas para identificar fake news

. Leia sempre o artigo completo! . O título não corresponde ao conteúdo do artigo nem às imagens? . A história parece excessivamente chocante ou escandalosa? . O título ou informações são absurdas? . Não será uma piada?

. Verifique se faltam citações, referências e links? . Confirme se falta o nome do autor? . Pesquise o nome do autor na web e verifique se é um profissional de confiança! . Encontrou outros artigos sobre essa história na Internet?

. Existem citações usadas incorretamente ou fora do contexto? . O artigo pede ao leitor para colocar ? . O artigo é imparcial ou mostra apenas uma perspetiva dos acontecimentos?

. Pesquise a informação disponível na secção “Sobre nós (about us)” do sítio? É de confiança? . O texto ou a imagem/vídeo foi encaminhado nas redes sociais? . Desconfie se encontrou erros ortográficos ou gramaticais no texto! . O artigo pede ao leitor para partilhar a história?

Confie na sua intuição e não partilhe informações falsas!

Referências bibliográficas:

Comissão Europeia. (2022). A União Europeia e o combate à desinformação. Disponível na Internet:https://eurocid.mne.gov.pt/artigos/uniao-europeia-e-o-combate-desinformacao |consult. 2022-11-22| MINISTÉRIO PÚBLICO. (1977). Protocolo I Adicional às Convenções de Genebra de 12 de Agosto de 1949 relativo à Proteção das Vítimas dos Conflitos Armados Internacionais. Procuradoria Geral da República – Gabinete de Documentação e Direito Comparado. https://gddc.ministeriopublico.pt/sites/default/files/documentos/instrumentos/protocoloIgenebra.pdf Polígrafo SIC disponível em https://poligrafo.sapo.pt/

Segue-nos

Referências bibliográficas:

RTP Ensina. (2017). A Batalha de Ourique. |Vídeo|. RTP Ensina. https://ensina.rtp.pt/artigo/a-batalha-de-ourique/ SÁ-NOGUEIRA, B. (2021) D. Afonso Henriques, a verdade e o mito do reinado mais longo. National Geographic Portugal. 953. https://nationalgeographic.pt/historia/grandes-reportagens/953-afonso-henriques WARDLE, C. (2018). Existem 7 tipos de fake news. Você conhece todos? |Blog|. Redemagic. https://www.redemagic.com/blog/internet/existem-7-tipos-fake-news-voce-conhece-todos/

Segue-nos

Autoria:

Guido de Sá

TAG - Grupo 1

Gil Pinela

Carlos Almeida

Paulo Graça

Paulo Batista

Teresa Fernandes