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Noções gerais sobre célula, imunidade, tecido e órgãos- sistema osteo-articular e muscular

Rui Pinto

Created on September 2, 2025

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UFCD 6565

Noções gerais sobre célula, imunidade, tecido e órgãos- sistema osteo-articular e muscular

Setembro de 2025

RUI PINTO

Sistema tegumentar (pele)

Sistema Tegumentar (pele)

CONCEITO

É o conjunto formado pela pele e seus anexos (pêlos, unhas, glândulas e recetores sensoriais), que atuam como revestimento externo do corpo humano. Componentes: pele, pelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas.

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Camadas da Pele

Epiderme; Derme; Hipoderme.

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Camadas da Pele

Epiderme

Tecido: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, sem vasos sanguíneos. Estratos (do mais profundo ao superficial): basal (germinativo), espinhoso, granuloso, lúcido (presente em pele grossa) e córneo Principais células:

  1. Queratinócitos (~90%): produzem queratina, criam barreira física e participam da resposta imune.
  2. Melanócitos: produzem melanina, pigmento que protege contra radiação UV
  3. Células de Langerhans: atuam no sistema imune.
  4. Células de Merkel: atuam como receptores táteis

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Camadas da Pele

Derme

Tecido: conjuntivo fibroso, vascularizado, com fibras de colágeno e elastina. Subcamadas: o Papilar: rica em vasos e terminações nervosas, com papilas dérmicas o Reticular: mais espessa, contém glândulas, folículos pilosos e anexos

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Camadas da Pele

Hipoderme

Camada abaixo da derme, composta por tecido conjuntivo frouxo e adiposo. Funções

  • Reserva energética;
  • Isolamento térmico;
  • Proteção contra impacto.

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Anexos Cutâneos

• Cabelo, pêlos e unhas: formados por queratina, protegem, isolam e servem como suporte na manipulação • Glândulas:

  1. Sudoríparas: produzem suor e regulam a temperatura.
  2. Sebáceas: libertam sebo para lubrificação e proteção bacteriana.
  3. Mamárias e ceruminosas (cera de ouvido): específicas para funções particulares.

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Principais Funções do Sistema Tegumentar

1. Proteção Barreira mecânica, química, UV e biológica. A queratina e lipídios formam uma barreira que retém água e impede entrada de patógenos. 2. Sensação Deteta tato, pressão, temperatura e dor por meio de diversos recetores (Merkel, Meissner, Ruffini, Pacini). 3. Termorregulação Regula a temperatura corporal via sudorese e vasodilatação/vasoconstrição cutânea.

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Principais Funções do Sistema Tegumentar

4. Excreção Eliminação de água, sais e resíduos metabólicos pelo suor Síntese de. vitamina D. Produz pré–vitamina D sob exposição à luz UV, essencial para absorção de cálcio. 5. Reserva e isolamento Armazena água e gordura; fornece isolamento térmico e proteção amortecedora. 6. Função imunológica Queratinócitos produzem citocinas; células de Langerhans colaboram na defesa imunológica.

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Sistema esquelético

Sistema Esquelético

CONCEITO

É constituído por ossos e cartilagens, organizados em torno de uma matriz extracelular mineralizada. Os ossos são formados por tecido ósseo (um tipo especializado de tecido conjuntivo), medula óssea, vasos, nervos e revestidos externamente por periósteo e internamente por endósteo.

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Sistema Esquelético

PRINCIPAIS CÉLULAS ÓSSEAS
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Sistema Esquelético

ESTRUTUTRAS ANATÔMICAS DO OSSO

• Osso compacto: forma a camada externa densa; • Osso esponjoso: interno, leve, contendo trabéculas e espaços ósseos repletos de medula. No canal medular, alojam-se medula vermelha (hematopoiese) e medula amarela (reserva de gordura).

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Sistema Esquelético

TIPOS DE OSSSOS (FORMA E LOCALIZAÇÃO)

• Longos (ex.: úmero); • Curtos (ex.: ossos do carpo); • Planos (ex.: crânio, costelas, esterno); • Irregulares (ex.: vértebras); • Sesamoides (ex.: patela)

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Sistema Esquelético

OSSIFICAÇÃO

• Intramembranosa: osso se forma diretamente de membrana (crânio, maxila). • Endocondral: a partir de molde cartilaginoso, comum em ossos longos.

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Sistema Esquelético

PRINCIPAIS FUNÇÕES

a) Suporte: fornece sustentação física para tecidos e órgãos. b) Proteção: protege órgãos vitais — crânio (cérebro), costelas (coração e pulmões). c) Movimento: atua como sistema de alavancas para o movimento muscular. d) Armazenamento de minerais: reserva de cálcio e fósforo e regulação de seus níveis no sangue. e) Hematopoiese: dentro da medula vermelha gera glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. f) Armazenamento de energia: medula amarela armazena lipídios, que podem ser utilizados como fonte energética.

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Sistema NERVOSO

Sistema Nervoso

CONCEITO

É uma das estruturas mais complexas e especializadas do corpo humano. Tem como principal função a receção, integração e resposta a estímulos internos e externos, garantindo a homeostasia, coordenação motora, funções cognitivas e a comunicação entre diferentes sistemas do organismo. A sua importância é tal que é considerado o “centro de comando” do corpo humano.

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Sistema Nervoso Central (SNC)

Sistema Nervos Periférico (SNP)

Composto pelo encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco cerebral) e pela medula espinhal.É responsável por: • Processar e integrar informações sensoriais; • Controlar o pensamento, emoções, linguagem e memória; • Coordenar movimentos voluntários e respostas automáticas.

Inclui todos os nervos cranianos e espinais que se ramificam a partir do SNC para o resto do corpo. A principal função do sistema nervoso periférico (SNP):

  • Transportar informações entre o sistema nervoso central (SNC) — o cérebro e a medula espinhal — e o resto do corpo, incluindo os órgãos, músculos e glândulas, permitindo a interação com o ambiente e o controle das funções corporais.

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Sistema NERVOSO CENTRAL

Sistema Nervoso Central

PRINCIPAIS ESTRUTURAS

• Cérebro: responsável por funções superiores como o raciocínio, linguagem, emoção e memória; • Cerebelo: coordena os movimentos, o equilíbrio e a postura; • Tronco cerebral: regula funções vitais como a respiração, frequência cardíaca e reflexos; • Medula espinhal: canal de comunicação entre o encéfalo e o corpo, permitindo a condução de impulsos nervosos.

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Sistema NERVOSO periférico

Sistema Nervoso Periférico

PRINCIPAIS ESTRUTURAS

• Sistema Nervoso Somático (voluntário): controla os músculos esqueléticos; • Sistema Nervoso Autónomo (involuntário): regula atividades automáticas dos órgãos internos, subdividido em:

  1. Simpático: prepara o corpo para situações de emergência (“luta ou fuga”);
  2. Parassimpático: promove o repouso e conservação de energia (“descanso e digestão”).

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células do sistema nervoso

Células da Glia (ou neuroglia)

Neurónio

Dão suporte, proteção e nutrição aos neurónios. Tipos principais: • Astrócitos: participam na barreira hematoencefálica; • Oligodendrócitos e células de Schwann: formam a bainha de mielina; • Micróglias: atuam como células imunitárias do SNC; • Células ependimárias: revestem os ventrículos cerebrais.

São as unidades funcionais do sistema nervoso. Caracterizam-se pela sua capacidade de gerar e conduzir impulsos elétricos. Cada neurónio possui: • Corpo celular (soma): contém o núcleo e organelos; • Dendrites: recebem sinais de outros neurónios; • Axónio: conduz o impulso nervoso até outras células.

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Funcionamento do Sistema Nervoso

O funcionamento do sistema nervoso baseia-se na transmissão de sinais elétricos e químicos através das sinapses. O processo ocorre da seguinte forma: 1. Estímulo: captação por recetores sensoriais (ex: pele, olhos); 2. Transmissão: através de nervos aferentes até ao SNC; 3. Integração: análise e decisão pelo SNC; 4. Resposta: envio de impulsos motores pelos nervos eferentes até os órgãos-alvo.

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Funcionamento do Sistema Nervoso

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Sistema Nervoso

FUNÇÕES DE SISTEMA NERVOSO

• Sensitiva: deteta alterações no ambiente interno e externo; • Integradora: interpreta a informação sensorial e decide a resposta; • Motora: envia comandos aos músculos e glândulas; • Cognitiva e emocional: regula o pensamento, memória, emoções e linguagem.

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Sistema Nervoso

ALTERAÇÕES E PATOLOGIAS ASSOCIADAS

O comprometimento do sistema nervoso pode resultar em múltiplas patologias, como: • Doença de Alzheimer; • Doença de Parkinson; • Acidente Vascular Cerebral (AVC); • Esclerose múltipla; • Epilepsia; • Neuropatias periféricas.

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Sistema CARDIOVASCULAR (CIRCULATÓRIO)

Sistema Cardiovascular (Circulatório)

CONCEITO

É responsável pelo transporte de sangue, oxigénio, nutrientes, hormonas e produtos do metabolismo por todo o organismo. Este sistema desempenha um papel vital na homeostasia, na regulação da temperatura corporal, na resposta imunitária e na eliminação de resíduos metabólicos. Sem este sistema, as células não receberiam os elementos necessários à sua sobrevivência e não conseguiriam eliminar os seus resíduos.

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Sistema Cardiovascular (Circulatório)

COMPOSIÇÃO

Este sistema é composto por três elementos principais:

  • Coração;
  • Vasos Sanguíneos;
  • Sangue.

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Sistema Cardiovascular (Circulatório)

CORAÇÃO

Anatomia básica do coração: • Quatro cavidades: duas aurículas (superiores) e dois ventrículos (inferiores); • Válvulas cardíacas: evitam o refluxo do sangue (mitral, tricúspide, aórtica e pulmonar); • Sistema de condução elétrica: controla o ritmo cardíaco (nó sinoauricular, nó auriculoventricular, feixe de His e fibras de Purkinje).

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Sistema Cardiovascular (Circulatório)

VASOS SANGUÍNEOS

São os “canais” por onde o sangue circula: • Artérias: transportam o sangue do coração para os tecidos (geralmente rico em oxigénio); • Veias: transportam o sangue dos tecidos de volta ao coração (geralmente pobre em oxigénio); • Capilares: pequenos vasos onde ocorrem as trocas gasosas e de nutrientes com os tecidos.

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Sistema Cardiovascular (Circulatório)

SANGUE

É o fluido vital que circula nos vasos. Composto por: • Plasma (60%): parte líquida, rica em proteínas, eletrólitos e hormonas; • Células sanguíneas (40%):

  1. Glóbulos vermelhos (eritrócitos): transportam oxigénio (hemoglobina);
  2. Glóbulos brancos (leucócitos): defesa imunitária;
  3. Plaquetas (trombócitos): intervêm na coagulação.

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Sistema Cardiovascular (Circulatório)

CIRCULAÇÕES CARDÍACAS

O sistema cardiovascular possui duas circulações principais, interdependentes:

  • Circulação Pulmonar (Pequena Circulação)
• Função: oxigenar o sangue. • Percurso: ventrículo direito → artéria pulmonar → pulmões → veias pulmonares → átrio esquerdo.
  • Circulação Sistémica (Grande Circulação)
• Função: distribuir o sangue oxigenado pelos tecidos. • Percurso: ventrículo esquerdo → aorta → tecidos corporais → veias cavas → átrio direito.

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Sistema Cardiovascular (Circulatório)

FUNÇÕES

• Transporte de oxigénio e dióxido de carbono; • Distribuição de nutrientes e hormonas; • Eliminação de resíduos metabólicos; • Regulação da temperatura corporal; • Manutenção do equilíbrio ácido-base e hidroeletrolítico; • Resposta imunitária (via leucócitos e proteínas plasmáticas).

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Sistema Cardiovascular (Circulatório)

REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CARDÍACA

A função cardíaca e o diâmetro dos vasos sanguíneos são regulados por: • Sistema nervoso autónomo (simpático e parassimpático); • Sistema endócrino (ex: adrenalina, hormona antidiurética); • Mecanismos intrínsecos do coração (ex: autorritmicidade do nó SA); • Feedback barorreceptor e quimiorreceptor (controlo da pressão arterial e composição sanguínea)

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Sistema Cardiovascular (Circulatório)

ENVELHECIMENTO E SISTEMA CARDIOVASCULAR

Com o envelhecimento, ocorrem alterações fisiológicas que afetam este sistema: • Enrijecimento das artérias (arteriosclerose); • Redução da força de contração do miocárdio; • Alterações no ritmo cardíaco (ex: fibrilhação auricular); • Maior propensão a doenças cardiovasculares.

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Sistema Cardiovascular (Circulatório)

PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES COMUNS

• Hipertensão arterial; • Doença coronária (angina, enfarte agudo do miocárdio); • Insuficiência cardíaca congestiva; • Arritmias (ex: fibrilhação auricular); • Doença arterial periférica; • Acidente vascular cerebral (AVC) – ligado à circulação cerebral; • Trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

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Sistema RESPIRATÓRIO

Sistema Respiratório

CONCEITO

É o sistema biológico responsável pela troca gasosa entre o organismo e o ambiente. Através da inspiração, o corpo recebe oxigénio (O₂), essencial ao metabolismo celular, e pela expiração, elimina o dióxido de carbono (CO₂), um subproduto tóxico da respiração celular. A sua função é vital para a manutenção da homeostasia e da vida.

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Estrutura do Sistema Respirtório

vias aéreas superiores

• Fossas nasais: filtram, aquecem e humidificam o ar inspirado; • Faringe: canal comum ao sistema respiratório e digestivo; • Laringe: contém as cordas vocais e regula a entrada de ar (epiglote).

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Estrutura do Sistema Respirtório

vias aéreas inferiores

• Traqueia: tubo condutor reforçado por anéis cartilaginosos; • Brônquios: ramificações da traqueia que conduzem o ar até aos pulmões; • Alvéolos pulmonares: estruturas microscópicas onde ocorre a troca gasosa com o sangue. • Bronquíolos: ramificações menores que terminam nos alvéolos;

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Sistema Respiratório

PULMÕES E PLEURA

• Os pulmões são dois órgãos esponjosos localizados na cavidade torácica, protegidos pela grelha costal. • Estão envolvidos por uma membrana dupla chamada pleura: o Pleura visceral: aderente ao pulmão; o Pleura parietal: aderente à parede torácica; o Entre elas, existe o líquido pleural, que reduz o atrito durante a respiração.

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Sistema Respiratório

MECANISMOS DE RESPIRAÇÃO

A ventilação pulmonar compreende dois movimentos principais: Inspiração • Ativa; • Envolve a contração do diafragma e dos músculos intercostais externos; • Aumenta o volume da caixa torácica, criando pressão negativa que “suga” o ar para os pulmões. Expiração • Passiva (em repouso); • O diafragma relaxa e os pulmões voltam à posição de repouso, expulsando o ar.

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Sistema Respiratório

TROCAS GASOSAS

Ocorrem nos alvéolos pulmonares: • O oxigénio difunde-se dos alvéolos para os capilares sanguíneos; • O dióxido de carbono faz o percurso inverso; • Este processo é conhecido como hematose.

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Sistema Respiratório

TRANSPORTE DE GASES

• O oxigénio é transportado ligado à hemoglobina nos glóbulos vermelhos; • O dióxido de carbono é transportado maioritariamente sob a forma de bicarbonato no plasma.

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Sistema Respiratório

REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO

O centro respiratório, localizado no bulbo raquidiano (tronco cerebral), regula o ritmo e profundidade da respiração com base: • Nos níveis de CO₂ e pH do sangue (mais sensíveis que O₂); • Na resposta dos quimiorrecetores centrais e periféricos; • Em estímulos emocionais, dor ou exercício.

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Estas alterações aumentam o risco de:

Alterações respiratórias com o envelhecimento

• Perda de elasticidade pulmonar; • Fraqueza muscular (diafragma e intercostais); • Diminuição da capacidade vital e aumento do volume residual; • Redução da eficácia da tosse e do reflexo mucociliar.

• Infeções respiratórias (pneumonia, bronquite); • Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC); • Dispneia e fadiga ao esforço; • Aspiração pulmonar (por alterações da deglutição).

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Sistema Respiratório

PATOLOGIAS RESPIRATÓRIAS COMUNS

• Asma; • DPOC (bronquite crónica e enfisema pulmonar); • Pneumonia; • Tuberculose; • Cancro do pulmão; • Insuficiência respiratória aguda ou crónica.

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Sistema Respiratório

CUIDADOS RESPIRATÓRIOS ESSENCIAIS

• Observação de frequência respiratória e caráter da respiração; • Avaliação da saturação de oxigénio (SpO₂); • Estímulo à mobilização precoce e exercícios respiratórios; • Cuidados com a higiene brônquica (ex: hidratação, aspiração); • Promoção de ambientes livres de fumo e poluentes;

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Sistema DIGESTIVO

Sistema Digestivo

CONCEITO

É responsável pela ingestão, digestão, absorção de nutrientes e eliminação dos resíduos alimentares. Permite ao organismo obter os elementos essenciais ao metabolismo e à sobrevivência: proteínas, lípidos, glícidos, vitaminas, sais minerais e água. Qualquer alteração neste sistema compromete diretamente o estado nutricional, imunológico e funcional do indivíduo.

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Sistema Digestivo- Composição

TUBO DIGESTIVO

Estrutura muscular contínua que vai da boca ao ânus: • Boca: inicia a digestão mecânica (mastigação) e química (saliva); • Faringe e esófago: conduzem o bolo alimentar até ao estômago; • Estômago: digestão de proteínas e mistura dos alimentos com sucos gástricos; • Intestino delgado: principal local de absorção de nutrientes (duodeno, jejuno e íleo); • Intestino grosso: absorve água e forma as fezes (cólon, reto e ânus).

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Sistema Digestivo- Composição

TUBO DIGESTIVO

• Glândulas salivares: produzem saliva, que inicia a digestão dos amidos; • Fígado: produz bílis, essencial na digestão de gorduras, e desempenha funções metabólicas; • Vesícula biliar: armazena e liberta a bílis no intestino; • Pâncreas: liberta enzimas digestivas e regula a glicemia (insulina e glucagon). .

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Sistema Digestivo

PRINCIPAIS ETAPAS DA DIGESTÃO

Ingestão e mastigação • Entrada dos alimentos e trituração mecânica com ajuda dos dentes; • A saliva contém a amílase salivar, que inicia a digestão dos hidratos de carbono. Deglutição • Processo voluntário/involuntário que conduz o alimento até ao estômago. Digestão gástrica • O suco gástrico (com ácido clorídrico e enzimas como a pepsina) atua sobre as proteínas; • O alimento transforma-se em quimo. Digestão e absorção intestinal • O quimo entra no duodeno, onde recebe a bílis e as enzimas pancreáticas; • A digestão completa-se e os nutrientes são absorvidos através da mucosa intestinal. Eliminação • O que não é digerido ou absorvido é transformado em fezes; • As fezes são armazenadas no reto e eliminadas pelo ânus.

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Sistema Digestivo

FUNÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO

• Ingestão de alimentos; • Digestão mecânica e química; • Absorção de nutrientes; • Metabolização de substâncias pelo fígado; • Eliminação dos resíduos sólidos (fezes); • Defesa imunológica intestinal (flora intestinal, barreira mucosa).

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Sistema Digestivo

PATOLOGIAS DIGESTIVAS COMUNS

• Refluxo gastroesofágico (DRGE); • Úlceras gástricas e duodenais; • Gastrite; • Síndrome do intestino irritável; • Obstipação intestinal (prisão de ventre); • Hemorroidas; • Doença diverticular; • Cancro do cólon e reto; • Intolerâncias alimentares (lactose, glúten); • Doenças hepáticas (hepatites, cirrose).

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Sistema Digestivo

CUIDADOS BÁSICOS RELACIONADOS COM A DIGESTÃO

• Avaliar o estado nutricional e hábitos alimentares; • Incentivar a hidratação e ingestão de fibra; • Observar sinais de dificuldade na mastigação ou deglutição; • Vigiar a frequência e consistência das dejeções; • Promover a mobilização e exercício físico leve; • Acompanhar a administração correta da medicação digestiva (antiácidos, laxantes, protetores gástricos).

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Sistema URINÁRIO (EXCRETOR)

Sistema Urinário (Excretor)

CONCEITO

É responsável pela formação e eliminação da urina, desempenhando um papel essencial na regulação do equilíbrio hídrico, eletrolítico e ácido-base do organismo. Tem ainda funções importantes na eliminação de substâncias tóxicas, como a ureia e a creatinina, resultantes do metabolismo celular.É também fundamental para o controlo da pressão arterial, produção de hormonas (como a eritropoietina) e ativação da vitamina D.

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Sistema Urinário (Excretor)

ESTRUTURAS QUE COMPÕEM O SISTEMA URINÁRIO

Rins • São dois órgãos em forma de feijão, localizados na região lombar, um de cada lado da coluna vertebral. • Função principal: filtrar o sangue, remover resíduos e excesso de líquidos, formando a urina. • Outras funções:

  1. Regular o volume e a composição química do sangue.
  2. Secretar eritropoietina (estimula a produção de glóbulos vermelhos).
  3. Produzir renina (participa na regulação da pressão arterial).
  4. Participar no metabolismo da vitamina D.

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Sistema Urinário (Excretor)

ESTRUTURAS QUE COMPÕEM O SISTEMA URINÁRIO

Ureteres • São dois tubos finos que transportam a urina dos rins até à bexiga. • Utilizam movimentos peristálticos (contrações musculares) para impulsionar a urina.

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Sistema Urinário (Excretor)

ESTRUTURAS QUE COMPÕEM O SISTEMA URINÁRIO

Bexiga • Órgão muscular e elástico, localizado na pélvis. • Função: armazenar a urina até à micção. • Quando atinge um determinado volume (cerca de 300-500 ml), ocorre o estímulo do reflexo da micção.

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Sistema Urinário (Excretor)

ESTRUTURAS QUE COMPÕEM O SISTEMA URINÁRIO

Uretra • Canal que conduz a urina da bexiga para o exterior do corpo. • Mais curta na mulher (~4 cm) e mais longa no homem (~20 cm), o que tem implicações na frequência de infeções urinárias (mais comuns nas mulheres).

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Sistema Urinário (Excretor)

FORMAÇÃO DE URINA- ETAPAS

A formação da urina nos néfrons (unidades funcionais dos rins) envolve três processos fundamentais: 1. Filtração glomerular: o plasma é filtrado a nível dos glomérulos (em especial as substâncias pequenas). 2. Reabsorção tubular: nutrientes e substâncias úteis (como água e glicose) são reabsorvidos de volta para o sangue. 3. Secreção tubular: algumas substâncias (ex: iões H+, fármacos) são ativamente excretados dos capilares para os túbulos. 4. Excreção: Eliminação da urina do interior do corpo.

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Sistema Urinário (Excretor)

ALTERAÇÕES E PATOLOGIAS COMUNS

Infeção urinária (ITU) • Frequentemente causada por bactérias (ex: E. coli). • Sintomas: ardor ao urinar, aumento da frequência urinária, dor suprapúbica, urina turva ou com cheiro forte.  Insuficiência renal • Pode ser aguda ou crónica. • Caracteriza-se pela incapacidade dos rins em realizar a filtração adequada do sangue. • Consequências: acumulação de toxinas, retenção de líquidos, desequilíbrios eletrolíticos. Incontinência urinária • Perda involuntária de urina. • Mais frequente em mulheres e idosos. • Pode ter origem neurológica, muscular ou funcional.

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Sistema Urinário (Excretor)

CUIDADOS DE SAÚDE E IMPLICAÇÕES PARA TAS

• Observar e registar características da urina (cor, odor, frequência, volume). • Apoiar na higiene íntima, especialmente em utentes acamados ou com incontinência. • Prevenir infeções urinárias, assegurando higiene, hidratação e cuidados com dispositivos (ex: algálias). • Apoiar a eliminação, proporcionando conforto e privacidade durante a micção. • Colaborar com os profissionais de saúde, sinalizando alterações observadas e respeitando os procedimentos definidos.

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Sistema ENDÓCRINO

Sistema Endócrino

CONCEITO

É o conjunto de glândulas e tecidos que produzem e libertam hormonas diretamente na corrente sanguínea. Estas hormonas atuam como mensageiros químicos, regulando diversas funções vitais do organismo de forma lenta, mas duradoura. Este sistema trabalha em conjunto com o sistema nervoso, sendo essencial para a homeostasia e o funcionamento equilibrado do corpo humano.

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Sistema Endócrino

FUNÇÕES PRINCIPAIS

• Regulação do crescimento e desenvolvimento corporal. • Controlo do metabolismo e da utilização de energia. • Equilíbrio hídrico e eletrolítico. • Regulação da função sexual e reprodutiva. • Adaptação ao stress (físico e emocional). • Controlo do apetite, sono e temperatura corporal.

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Sistema Endócrino

PRINCIPAIS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS E HORMONAS
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Sistema Endócrino

MECANISMO DE AÇÃO HORMONAL

As hormonas são libertadas no sangue e atuam sobre células-alvo, que possuem recetores específicos para cada hormona. Por exemplo: • A insulina permite a entrada da glicose nas células. • A adrenalina prepara o corpo para uma reação rápida (luta ou fuga). • A tiroxina (T4) regula a velocidade com que o corpo consome energia.

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Sistema Endócrino

ALTERAÇÕES E PATOLOGIAS FREQUENTES

Diabetes mellitus • Défice de insulina (Tipo 1) ou resistência à sua ação (Tipo 2). • Sintomas: sede excessiva, urina frequente, perda de peso, fadiga. • Implicações: vigilância da glicemia, cuidados com os pés, alimentação. Hipotiroidismo / Hipertiroidismo • Hipo: metabolismo lento, cansaço, aumento de peso, frio. • Hiper: metabolismo acelerado, ansiedade, emagrecimento, calor. • Implicações: observação de sinais, apoio na medicação e vigilância. Síndrome de Cushing / Doença de Addison • Relacionadas com desequilíbrios na produção de cortisol. • Sintomas variados: alterações na pele, pressão arterial, força muscular.

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Sistema Endócrino

IMPLICAÇÕES PARA O TAS

• Observação cuidadosa de sinais e sintomas (ex: alterações no peso, humor, temperatura, sudorese, glicemia). • Colaboração na vigilância da glicemia capilar (quando autorizado e sob supervisão). • Apoio à adesão terapêutica, sobretudo em medicação hormonal e cuidados dietéticos. • Promoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercício. • Comunicação eficaz com a equipa multidisciplinar, sinalizando alterações relevantes. • Atenção especial ao utente com diabetes, devido ao risco de hipoglicemia ou hiperglicemia.

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Sistema LINFÁTICO

Sistema Linfátco

CONCEITO

É uma parte vital do sistema circulatório e do sistema imunitário. É composto por um vasto conjunto de vasos, órgãos e tecidos que transportam a linfa — um fluido claro, derivado do plasma sanguíneo — através do corpo.

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Sistema Linfátco

FUNÇÕES PRINCIPAIS

• Drenagem dos líquidos intersticiais e retorno à circulação sanguínea • Filtração e remoção de substâncias tóxicas, resíduos celulares e microrganismos • Produção, maturação e transporte de células do sistema imunitário, como linfócitos • Absorção de gorduras a partir do intestino delgado (através dos quilíferos)

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Sistema Linfátco

COMPOSIÇÃO

Linfa • Fluido claro, semelhante ao plasma, que circula nos vasos linfáticos. • Contém água, proteínas, linfócitos, resíduos e, por vezes, microrganismos.

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Sistema Linfátco

COMPOSIÇÃO

Vasos Linfáticos • Rede de canais por onde circula a linfa. • Presentes por todo o corpo, em paralelo com os vasos sanguíneos. • Possuem válvulas que impedem o refluxo da linfa.

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Sistema Linfátco

COMPOSIÇÃO

Gânglios Linfáticos (ou nódulos linfáticos) • Pequenas estruturas ovais que atuam como filtros imunológicos. • Localizam-se em regiões estratégicas (pescoço, axilas, virilhas, etc.). • Contêm células imunitárias que identificam e destroem agentes patogénicos.

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Sistema Linfátco

IMPLICAÇÕES PARA O TAS

• Observar e relatar aumento de gânglios, edema, sinais inflamatórios ou infeciosos. • Assegurar a higiene e integridade da pele, especialmente em zonas edemaciadas. • Colaborar na mobilização suave e drenagem postural, conforme orientação clínica. • Apoiar utentes com linfedema, promovendo conforto, vigilância e cuidados preventivos. • Sinalizar sintomas sistémicos que possam indicar linfoma ou infeções ativas. • Assegurar comunicação eficaz com a equipa de saúde, respeitando os limites da função.

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Sistema Linfátco

RELAÇÃO COM SISTEMA IMUNITÁRIO

O sistema linfático é essencial na resposta imunitária. As células imunológicas (especialmente os linfócitos) circulam pela linfa e pelos órgãos linfáticos, detetando e combatendo microrganismos invasores. Quando ocorre uma infeção, os gânglios linfáticos podem aumentar de volume (adenomegalia), sinalizando a ativação do sistema imunitário.

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Sistema Linfátco

PATOLOGIAS ASSOCIADAS

Linfedema • Acumulação de linfa nos tecidos, provocando inchaço, geralmente nos membros. • Pode resultar de infeções, cirurgia (ex: mastectomia com remoção de gânglios), ou ser congénito. • Cuidados: elevação do membro, mobilização suave, vigilância da pele. Linfangite • Inflamação dos vasos linfáticos, geralmente associada a infeção. • Sinais: vermelhidão em “linha”, dor, febre, aumento dos gânglios. Linfoma • Tipo de cancro que afeta as células do sistema linfático (linfócitos). • Ex: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. • Pode causar aumento dos gânglios, cansaço, suores noturnos, perda de peso.

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Sistema Linfátco

COMPOSIÇÃO

Órgãos Linfáticos Secundários e Primários • Baço: maior órgão linfático; filtra o sangue, elimina células sanguíneas envelhecidas e ativa linfócitos. • Timo: onde ocorre a maturação dos linfócitos T (essencial na infância). • Amígdalas: defendem as vias aéreas superiores. • Placas de Peyer (intestino delgado): protegem o tubo digestivo.

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Sistema REPRODUTOR (FEMININO E MASCULINO)

Sistema Reprodutor

CONCEITO

É o conjunto de órgãos e estruturas responsáveis pela reprodução humana, garantindo a continuidade da espécie. Para além da produção de gâmetas (óvulos e espermatozoides), este sistema está também envolvido na produção de hormonas sexuais e no desenvolvimento das características sexuais secundárias (como pelos púbicos, voz, seios, entre outros).

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Sistema REPRODUTOR FEMININO

Sistema Reprodutor Feminino

ÓRGÃOS INTERNOS

• Ovários: produzem óvulos e hormonas (estrogénio e progesterona). • Trompas de Falópio (ou ovidutos): captam o óvulo e são o local habitual da fecundação. • Útero: órgão muscular onde ocorre a implantação do embrião e o desenvolvimento do feto. • Endométrio: revestimento interno do útero que se modifica durante o ciclo menstrual. • Vagina: canal de ligação entre o útero e o exterior do corpo; permite a menstruação, o ato sexual e o parto.

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Sistema Reprodutor Feminino

ÓRGÃOS EXTERNOS

•Clítoris; •Pequenos e grandes lábios; •Vestíbulo vaginal – envolvem o orifício vaginal e uretral, com funções protetoras e sensoriais.

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Sistema Reprodutor Feminino

CICLO MENSTRUAL

• Dura em média 28 dias, dividido em fases: menstruação, fase folicular, ovulação e fase lútea. • Regulado principalmente pelas hormonas FSH, LH, estrogénio e progesterona. • A ovulação ocorre geralmente a meio do ciclo.

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Sistema Reprodutor Feminino

ALTERAÇÕES COMUNS E PATOLOGIAS ASSOCIADAS

• Síndrome pré-menstrual (SPM) • Menopausa: fim do ciclo reprodutivo, com sintomas associados (ondas de calor, alterações de humor, secura vaginal). • Infeções genitais (vaginites, candidíase, HPV, etc.) • Miomas, endometriose, quistos ováricos

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Sistema REPRODUTOR MASCULINO

Sistema Reprodutor Masculino

ÓRGÃOS INTERNOS

• Testículos: produzem espermatozoides e a hormona testosterona.• Epidídimo: armazena e amadurece os espermatozoides. • Canais/Ducto deferentes: conduzem os espermatozoides até à uretra. • Próstata, vesículas seminais: produzem o líquido seminal que compõe o esperma.

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Sistema Reprodutor Masculino

ÓRGÃOS EXTERNOS

• Pénis: órgão copulador que permite a ejaculação e o transporte do esperma. • Escroto: bolsa que envolve e protege os testículos, mantendo-os a temperatura ideal para a espermatogénese.

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Sistema Reprodutor Maculino

ALTERAÇÕES COMUNS E PATOLOGIAS ASSOCIADAS

•Hipogonadismo (baixa produção de testosterona); •Prostatite; •Hiperplasia benigna da próstata; •Varicocele; disfunção erétil; •Azoospermia (ausência de espermatozoides).

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Sistema Reprodutor Feminino e Masculino

FERTILIZAÇÃO E REPRODUÇÃO

• A fecundação ocorre normalmente na trompa de Falópio, quando um espermatozoide penetra o ovócito. • O zigoto (célula inicial do novo ser) desloca-se para o útero, onde se implanta. • Em caso de gestação, o corpo passa por profundas alterações hormonais, anatómicas e funcionais para suportar o desenvolvimento fetal.

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Sistema Reprodutor Feminino e Masculino

FERTILIZAÇÃO E REPRODUÇÃO

• A fecundação ocorre normalmente na trompa de Falópio, quando um espermatozoide penetra o ovócito. • O zigoto (célula inicial do novo ser) desloca-se para o útero, onde se implanta. • Em caso de gestação, o corpo passa por profundas alterações hormonais, anatómicas e funcionais para suportar o desenvolvimento fetal.

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Sistema Reprodutor Feminino e Masculino

HORMONAS SEXUAIS E SUAS FUNÇÕES
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Sistema Reprodutor Feminino e Masculino

IMPLICAÇÕES PARA O TAS

• Apoiar na higiene íntima de utentes com limitações físicas ou cognitivas. • Observar e sinalizar alterações no ciclo menstrual, presença de corrimento, hemorragias ou dor. • Apoiar na vigilância pós-operatória em utentes com intervenções ao nível do sistema reprodutor (ex: histerectomia, prostatectomia). • Garantir privacidade e respeito pela intimidade e sexualidade dos utentes. • Colaborar na educação para a saúde, promovendo hábitos saudáveis e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s). • Trabalhar em estreita articulação com a equipa multidisciplinar.

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INTERAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES SISTEMAS DE ÓRGÃOS

INTERAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES SISTEMAS DE ÓRGÃOS

CONCEITO

O corpo humano não funciona como um conjunto de sistemas isolados, mas sim como uma estrutura integrada, onde todos os sistemas de órgãos estão interligados e interdependentes. Esta articulação constante permite manter o equilíbrio interno (homeostasia), responder a estímulos externos e assegurar a sobrevivência do organismo. Cada sistema tem funções especializadas, mas nenhum atua isoladamente: juntos, mantêm a homeostase —o equilíbrio fisiológico essencial para a vida.

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INTERAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES SISTEMAS DE ÓRGÃOS

INTEGRAÇÃO FUNCIONAL ENTRE SISTEMAS

Cada sistema desempenha funções específicas, mas depende dos restantes para que estas funções ocorram de forma eficaz. A interação entre sistemas dá-se a múltiplos níveis:• Sistema nervoso e endócrino: coordenam e regulam o funcionamento dos outros sistemas. • Sistema respiratório e cardiovascular: trabalham em conjunto para fornecer oxigénio às células e eliminar dióxido de carbono. • Sistema urinário e cardiovascular: regulam a pressão arterial, volume sanguíneo e equilíbrio eletrolítico. • Sistema muscular e osteoarticular: possibilitam o movimento, que por sua vez influencia o retorno venoso e a circulação linfática. • Sistema digestivo e circulatório: o intestino absorve nutrientes que são transportados pelo sangue até às células. • Sistema imunitário e linfático: detetam e combatem agentes patogénicos, em articulação com os sistemas sanguíneo e tegumentar.

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INTERAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES SISTEMAS DE ÓRGÃOS

EXEMPLOS PRÁTICOS DE ALTERAÇÕES SISTÉMICAS

• Esforço físico: exige ativação do sistema muscular, aumento da frequência respiratória (sistema respiratório), maior débito cardíaco (sistema cardiovascular) e regulação térmica pela pele (sistema tegumentar).• Infeção: ativa o sistema imunitário, pode provocar febre (endócrino e nervoso), afetar o apetite (digestivo), alterar o ritmo cardíaco (cardiovascular) e causar fadiga (muscular e nervoso). • Insuficiência renal: afeta o equilíbrio ácido-base, a pressão arterial (interação com sistema cardiovascular), e pode ter consequências neurológicas e osteoarticulares.

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INTERAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES SISTEMAS DE ÓRGÃOS

CONSEQUÊNCIA DA DISFUNÇÃO DE UM SISTEMA SOBRE OS OUTROS

• Uma doença pulmonar crónica pode sobrecarregar o coração (cor pulmonale).• Uma alteração hormonal pode comprometer o metabolismo ósseo, levando a osteoporose. • A inatividade prolongada (sistema muscular) pode levar a retenção urinária, obstipação e aumento do risco de infeções respiratórias.

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INTERAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES SISTEMAS DE ÓRGÃOS

IMPLICAÇÕES PARA O TAS

• Observar sinais e sintomas com visão global (ex: perceber que uma infeção urinária pode afetar o estado neurológico em idosos);• Prestar cuidados integrados, apoiando na mobilização, hidratação, conforto e vigilância; • Comunicar eficazmente com a equipa de saúde, relatando alterações que podem não parecer graves isoladamente, mas que ganham significado no contexto geral; • Contribuir para a prevenção de complicações, reconhecendo fatores de risco que afetam múltiplos sistemas (ex: imobilidade, má nutrição, desidratação).

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO

RUI PINTO