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Celebrar a escrita | 2025
Rosalina Simão Nunes
Created on July 23, 2025
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Transcript
Celebrar a escrita | 2025
500 anos de Camões
Departamento de português
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS E JI D. LOURENÇO VICENTE, Lourinhã
Começar
“Fazer da leitura um gosto e um hábito para a vida e encontrar nos livros motivação para ler e continuar a aprender dependem de experiências gratificantes de leitura, a desenvolver a partir de recursos e estratégias diversificados (...) e de percursos orientados de análise e de interpretação. Neste âmbito, é ainda fundamental que os alunos tenham atingido a capacidade de apreciar criticamente a dimensão estética dos textos literários, portugueses e estrangeiros, e o modo como manifestam experiências e valores. Este domínio abre possibilidade de convergência com a oralidade, a leitura, a escrita e a reflexão sobre a língua, visto que, sendo objeto o texto literário, nele se refletirão procedimentos de compreensão, análise, inferência, escrita e uso específico da língua.” (in Introdução, AE de Português)
Lara T.
ÍNDICE
Nota introdutória
Mote
5.º F, 5.º G, 6.º F, 6.º G
6.º H
7.º A, 7.º D
7.º C, 8.º C, 8.º D
8.º A, 8.º B
8.º G, 8.º J
9.º A, 9.º D
9.º E
NOTA INTRODUTÓRIA
Retomou-se, em 2024/25, a proposta de desenvolver verticalmente, do 5.º ao 9.º ano, uma proposta de escrita com linhas orientadores comuns que permitisse no fim do ano letivo reunir todos os textos produzidos numa coletânea. Neste ano, a temática escolhida foi a comemoração dos 500 anos do nascimento de Camões. Assim, ao longo do ano letivo, no trabalho planeado em cada turma, foram sendo feitas propostas de escrita sem modelo definido, tendo como único critério o trabalho ser desenvolvido a partir do estudo da obra de Camões. A seleção dos textos a incluir nesta coletânea foi da responsabilidade de cada um dos professores que coordenou junto das respetivas turmas a atividade. Por isso, manteve-se a prática de valorizar esse momento, contextualizando a situação em que a proposta foi feita, através de uma breve síntese descritiva feita pelos professores responsáveis pela coordenação pedagógica de cada produto final.
Departamento de português
(...)"E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando; Cantando espalharei por toda a parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte."
Os Lusíadas (I, 2)
https://colorir.info/imprimir/desenho-luis-de-camoes-4-para-colorir/
5.º F, 5.º G, 6.º F, 6.º G .
Poemas
Professora Suzana Vicente
Síntese descritiva
Professora Suzana Vicente
TURMAS: 5.º F, 5.º G, 6.º F, 6.º G
No âmbito das comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões, foi proposto aos alunos o desenvolvimento de trabalhos poéticos inspirados na leitura e análise da primeira estrofe do soneto “Amor é um fogo que arde sem se ver”. Esta atividade foi realizada em articulação com várias disciplinas, no contexto dos Domínios de Articulação Curricular (DAC), envolvendo as turmas participantes. A atividade teve início com o visionamento de um vídeo da Aula Digital “Conheces Luís de Camões ou queres que te faça um desenho?”, seguido de uma exploração oral da biografia do poeta e de um diálogo orientado sobre a sua importância na literatura portuguesa. Este momento permitiu aos alunos um primeiro contacto com o autor, de forma lúdica e pedagógica. Em seguida, procedeu-se, em grande grupo, à leitura expressiva e análise da primeira estrofe do poema, com destaque para a linguagem figurada utilizada por Camões. A partir daí, realizou-se um brainstorming coletivo sobre diversos sentimentos a partir do qual cada grupo selecionou um e foi desafiado a “defini-lo à maneira de Camões”. Em sala de aula, cada grupo construiu um poema original, respeitando aspetos fundamentais da linguagem poética, como a rima, o ritmo e a harmonia entre a forma e o conteúdo.
Síntese descritiva
Professora Suzana Vicente
TURMAS: 5.º F, 5.º G, 6.º F, 6.º G
A atividade culminou com a declamação dos poemas criados por cada grupo, promovendo a expressão oral, a partilha criativa e a valorização da produção literária dos alunos.Com esta atividade, foram desenvolvidas várias competências essenciais da disciplina de Português, nomeadamente: a leitura e interpretação de textos poéticos, a identificação de recursos expressivos, a produção de textos poéticos com recurso a técnicas da linguagem poética, o desenvolvimento da consciência fonológica e da musicalidade do texto, a promoção da expressão oral e da sensibilidade estética, o estímulo à imaginação, à cooperação e ao pensamento crítico. A proposta foi uma oportunidade para os alunos explorarem sentimentos universais através da poesia, valorizarem a herança literária de Luís de Camões e desenvolverem o gosto pela escrita poética.
A raiva A raiva é uma má sensação e sempre que a sentimos destrói um pedaço do nosso coração. Raiva é o pior que podemos sentir quando alguém nos magoa, só queremos explodir. A raiva é algo que não se deve alimentar pois quando nela acreditamos podemos alguém magoar. Ela é a pior das sensações e quando a praticamos; destruímos corações. Ela é má, não é boa, e quando deixamos de a alimentar, somos uma melhor pessoa. A raiva é uma cor vermelha, é a pior das sensações, a mais amarga da galáxia inteira.
Paixão A Paixão é sentida Em vários momentos no dia, É sentir a alegria Que nos faz sorrir todo o dia. Paixão é um sentimento, É sensação que nos traz felicidade É muito mais que uma amizade!
Duarte Fernandes Maria Almeida Miriam Pedro Xavier Almeida
Francisco FernandesGuilherme Fonseca Henrique Guerreiro
Nostalgia Nostalgia é lembrar algo que ficou no passado, dá saudade só de pensar em tudo o que foi amado. Meu querido Trevo, tenho saudades tuas — de saltar, pular e contigo brincar. Era bom se voltasses às ruas, mas o destino não te deixa regressar.
O Medo O medo é um sentimento Que é constante nas nossas vidas E que aparece a qualquer momento. O medo deixa-me desconfortável Em diferentes situações… Este pensamento instável Afeta os nossos corações.
Gabriel SilvaSantiago Policarpo Tiago Carvalho
David RatoGabriel Martins Guilherme Henriques
Alegria Alegria é um sentimento, Que expressa felicidade, Sorrimos a todo o momento, E no sorriso transmite-se a bondade. A alegria traz a magia De viver em sintonia, Cada momento da vida No nosso dia-a-dia.
O medo O medo é normal de sentir e por vezes pode atacar até quando vais dormir sentes um medo a assombrar. Quando filmes vais ver o medo pode dominar, dá vontade de estremecer ou até mesmo chorar.
Duarte Reis Tomás Almeida Vicente Martins
Diana CunhaEma Fernandes Evelyn Vernon Leonor Fernandes Santiago Costa
Paixão A paixão é um fogo que arde sem fim É um sentimento forte, puro e verdadeiro. Na paixão comemoramos o São Valentim Que nos deixa a sorrir o dia inteiro. A verdadeira paixão É não ter solidão. E estar com alguém Que nos faz sentir bem.
André NascimentoGuilherme Almeida Mariana Frade Simão Oliveira
Imagem criada através da IA (Paint Copilot) a partir da sequência: "emoções sentimentos em construção".
6.º H.
Poemas
Professora Maria Helena Miguel
Síntese descritiva
Professora Maria Helena Miguel
TURMAS: 6.º H
Após uma breve introdução ao poema de Camões "Amor é fogo que arde sem se ver" e declamações feitas pelos alunos, no dia da poesia, trabalhamos o poema num segundo tempo a partir das seguintes perguntas: - Quais são os tipos de estrofes? - Qual é o sentimento evocado? - Exemplos de outros sentimentos? Escrevi ao mesmo tempo os sentimentos citados no quadro. Pedi para formarem grupos à sua escolha; escolherem um sentimento por grupo e escreverem um poema à moda de Camões. Após correção dos trabalhos, foi pedido ao responsável de cada grupo para reescrever o poema num documento Word a fim de ser enviado para o meu email (avaliação sumativa). Foi um trabalho positivo, para fomentar o interesse pela escrita poética.
A raiva A raiva é que me incomodaE ela vem sempre de meia em meia hora A raiva é que me chateia Como o meu cão a roer-me a meia A raiva é chata Como o telhado de chapa A raiva incomoda Como ontem que levei uma molha A raiva é horrível Porque é visível A raiva é incontrolável E imperdoável A raiva é inconfundível E inadmissível A raiva que me faz gritar E chorar
Imagem criada através da IA (Paint Copilot) a partir da sequência: "A raiva incomoda, é chata, horrível e inconfundível."
Mariana PintoJoão Rato Icaro Lemos
Amor e estrelas Tu és a minha poesia Que eu sinto a cada dia Ao teu lado, deitado Abrigados no céu estrelado Não fujas para longe Que o meu amor apodrece Enquanto o meu mundo desaparece Amo-te mais do que as estrelas, Mais do que a poesia, Mais que as rosas belas, Mais do que eu sentia O amor dói quando não se sente O amor cura quando a vida muda O amor morre quando se mente O amor escreve-se quando se sussurra Sê a minha poesia Que eu sou a tua estrela guia Que te ama a cada dia Ao som da maresia.
Imagem criada através da IA (Paint Copilot) a partir da sequência: "Sê a minha poesia Que eu sou a tua estrela guia."
Margarida AlexandreMargarida Charola
O amor é a chama que não causa dor O amor é a chama que não causa dor Às vezes o amor mente mas o coração não sente Não causa dor fisicamente mas sim, mentalmente Nasce como uma flor e acaba com ardor O amor não é combinado, só percebes quando estás casado O amor é para sempre, é algo frequente O amor tem muitos lados, parece um dado O amor é como um dragão: cospe fogo até mais não O amor é como uma pedra preciosa: é difícil de encontrar e às vezes, vai com o ar O amor é como pão: no início é bom mas no fim, pode ser que não
Imagem criada através da IA (Paint Copilot) a partir da sequência: "O amor tem muitos lados, parece um dado."
Simão Ferreira Pedro Noites
7.º A, 7.º D
Texto de opinião
Professora Rosalina Simão Nunes
Síntese descritiva
Professora Rosalina Simão Nunes
TURMAS: 7.º A, 7.º D
A exploração do soneto de Camões “Amor é fogo que arde sem se ver”, de Luís de Camões, surgiu nas aulas de português das turmas A e D do 7.º Ano a proprósito do desenvolvimento do cenário de aprendizagem "Ler para viajar, aprendendo", no momento em que, pela exploração dos textos se procurava perceber a importância da confiança, na relação entre as pessoas, e o impacto das promessas na construção dessa confiança. Em conjunto, alunos e professora, chegaram à conclusão de que os sentimentos, mesmo os positivos, são, por vezes, complicados e essa é precisamente a reflexão permitida pela última estrofe do poema de Camões. Os alunos foram constuíndo, autonomamente, um dossier temático sobre o amor e, em sala de aula, em grupo turma, foi escrito um texto de opinião com o objetivo de desenvolver a ideia lançada na interrogação retórica: "Mas como causar pode seu favor / Nos mortais corações conformidade / Sendo assim tão contrário mesmo amor?". Além das partes estruturantes na construção de um texto de opinião, aprendizagem a desenvolver no 7.º Ano, o texto só podia ter 77 palavras, seguindo a dinâmica desenvolvida neste .
projeto
"Mas como causar pode seu favor / Nos mortais corações conformidade / Sendo assim tão contrário mesmo amor?" (Camões)
É possível querer amar, mesmo sendo este sentimento tão contraditório. Às vezes, há pessoas que optam por se relacionar com as outras para não se sentirem sós. Isso significa que a solidão pode ser um estado mais doloroso do que a contradição do amor. Por outro lado, quando nos sentimos amados e existe reciprocidade, há uma sensação de conforto inigualável. Para concluir, amar pode ser contraditório, mas é mágico dado que nos conforta, não nos deixando sós.
Imagem criada através da IA (Paint Copilot) a partir da sequência: "amar (...) é mágico, dado que nos conforta, não nos deixando sós."
7.º A (grupo turma)
"Mas como causar pode seu favor / Nos mortais corações conformidade / Sendo assim tão contrário mesmo amor?" (Camões)
Na nossa opinião de adolescentes já com alguma experiência de vida nesta matéria, este sentimento é contraditório. Efetivamente, quando tentamos definir o "amor" deparamos com um conjunto de paradoxos, ou seja, ideias que se contradizem. Realmente, as pessoas precisam de ser amadas, porém, há algumas que não sentem a necessidade de amar. Provavelmente, essas pessoas não disfrutarão da vida. Em suma, parece que nem todas as pessoas precisam de amor, mas esse sentimento é importante para todos.
Imagem criada através da IA (Paint Copilot) a partir da sequência: "nem todas as pessoas precisam de amor, mas esse sentimento é importante para todos."
7.º D (grupo turma)
7.º C, 8.º C, 8.º D, 8.º F
Texto de opinião
Professora Márcia Pitães
Síntese descritiva
Professora Márcia Pitães
TURMAS: 7.º C, 8.º C, 8.º D
Os alunos analisaram o poema “Amor é fogo que arde sem se ver”, de Luís de Camões, a definição de “Amor é…”, o que existia em comum , o porquê do poeta apresentar onze definições diferentes, em vez de uma só, bem como o significado das seguintes definições: “servir a quem vence o vencedor/ter, com quem nos mata, lealdade”. Posto isto, focaram-se na última estrofe do poema (terceto) questionam a que conclusão chega o poeta. Sendo o mote para o desafio responder à questão final do poema “se tão contrário a si é o mesmo Amor?” num texto de opinião somente com 77 palavras.
Na minha opinião “se tão contrário a si é o mesmo Amor?” é uma verdade. O Amor é estranho, mas também é bonito, é confuso e normal e eu também acho que ele é contraditório por causa disso. Eu gosto e não gosto do amor porque o acho confuso. Eu acho que é verdade e realmente ele é ao contrário, mas às vezes temos de nos focar no que é bom e deixar o mau.
Na minha opinião, o amor é vital, sendo também contrário, viver sem amor é equivalente a não ver cor. É verdade que amar é sofrer com os “e se...”, mas o ser humano busca constantemente desafios, é essa a sua natureza, então mesmo que doa, amar é bonito e traz tantos sentimentos inexplicáveis, que a dúvida não interessa. Amar é viver feliz! Concluo que o ser humano não escolhe o amor, o amor escolhe o ser humano.
A.C7.º C
M.C.8.º C
Na minha opinião, o amor é algo subjetivo e complexo, para uns algo bonito e para outros sofrimentos. Considero que nós seres humanos procuramos o amor mesmo que não seja correspondido, gostamos de desafiar a dar que o nosso coração suporta e tentar o que parece impossível. Por vezes, o amor causa dor, mas a pessoa que ama sente tão intensamente que não desiste. Para concluir, gostava de reforçar que o amor é algo sentido, mas nem sempre correspondido.
Na minha opinião, esta frase mostra que o amor é leve e complexo.O amor provoca sentimentos e efeitos confusos, que por vezes, ficamos com a cabeça às voltas, também não nos deixa dormir e ficamos a noite inteira a pensar naquela pessoa. Por vezes, o amor consegue controlar os nossos sentimentos se estamos tristes ou alegres. Concluindo, mesmo em momentos difíceis ou numa discussão, quando gostamos realmente daquela pessoa, escolhemos ficar. Isso para mim é amor verdadeiro.
C.O.8.º D
M.R.8.º D
Na minha opinião, esta questão revela-nos que o Amor pode ser muito complexo. Então como é possível o ser humano procurar o amor, sentir afeto, lealdade e dedicação por alguém, se muitas vezes não é amado por ninguém. Mesmo assim, com todos estes pensamentos e duvidas, podemos concluir, que devemos valorizar a importância do Amor no nosso quotidiano, porque este pode vir a mudar e melhorar a vida de muitas pessoas, mesmo que provoque sentimentos tão contraditórios.
O amor é de facto cheio de contradições.Pode trazer felicidade e sofrimento ao mesmo tempo. É estranho pensar que algo tão bonito pode doer tanto, mas isso só mostra a sua profundidade. Por isso, acredito que sim, o amor poder ser contrário a si mesmo. Ele cura e fere, alegra e entristece e essa dualidade é o que torna tão real e verdadeiramente humano e natural, é uma questão de equilíbrio, o amor tanto ajuda a amenizar problemas e tanto te pode causar problemas.
L.G.8.º C
M.L.8.º D
Na minha opinião, o poeta, Luís de Camões, refere que o amor é um sentimento complexo e contraditório, porque todos os seres humanos vivem o amor de maneira diferente. O poeta no final do poema escreve “se tão contrário a si é o amor?” pois este fica perplexo de como os seres humanos procuram o amor que é um sentimento complexo e contraditório, mas para além disso é um sentimento que todos vivem intensamente.
O poema “Amor é fogo que arde sem se ver” de Luís de Camões encerra com a seguinte pergunta “se é tão contrário a si é o mesmo Amor?” o que nos leva a perguntar o que o poeta quis transmitir com isso? Na minha opinião, Camões quis relatar como o amor é complexo e contraditório, o motivo de qual as pessoas se magoam com o amor, mas continuam a amar a mesma pessoa. Para mim, o poeta quis explicar a dualidade do amor, as responsabilidades e o quanto pode nos magoar, não fisicamente, mas sim emocionalmente, deixando feridas que talvez não se curem.
L.T.8.º D
B.S.8.º F
No meu entender o sujeito poético interroga o porquê de as pessoas procurarem o amor, mesmo tendo efeitos contraditórios na vida e magoando-nos. Na minha opinião o amor é necessário pois dá alegria e faz com que sejamos leais e saibamos compreender o outro. O amor é demonstrado de várias formas, o amor pela família, amigo e todo este amor é importante para sermos felizes. Para concluir, o amor é procurado pelas pessoas porque é um sentimento inigualável.
Na minha opinião o amor que é contraditório ainda pode ser verdadeiro. O amor mesmo sendo cheio de contradições as pessoas gostam desse sentimento, mesmo quando doi ele desejado. Isso acontece porque o amor e um sentimento complexo que mistura vários outros sentimentos ao mesmo tempo. O amor verdadeiro nem sempre é correspondido e mesmo sendo contradizido, ele não deixa de existir, porque está a ser sentido por uma pessoa. Podemos amar alguém mesmo quando essa pessoa nos magoa ou sentir saudade de alguém que amamos e nos magoou. Por isso, eu acho que mesmo o amor contraditório não deixa de ser verdadeiro ou sentido.
R.H.8.º F
C.P.8.º F
Imagem criada através da IA (Paint Copilot) a partir da sequência: "A definição de amor é leve, complexa e subjetiva."
8.º A, 8.º B
Comentário
Professora Ana Cristina Oliveira
Síntese descritiva
Professora Ana Cristina Oliveira
TURMAS: 8.º A, 8.º B
Nas turmas de 8.º A e B, o texto de Camões, sendo objeto de leitura e ponto de partida para a discussão, conduziu à perceção da singularidade do mesmo, bem como ao desenvolvimento de condições para que a opinião a dar fosse sustentada pelo trabalho realizado. Desse modo, a proposta de escrita lançada consistiu na elaboração de um comentário, orientado por tópicos, de duas estrofes: uma do poema “Descalça vai pera a fonte” (Texto A) e outra do “Endechas a Bárbara escrava” (Texto B), ambos de Camões. Os textos apresentados, tendo sido elaborados individualmente em sala de aula, foram selecionados pela professora.
TEXTO B
TEXTO A
“Descalça vai pera a fonte” “Descobre a touca a garganta, cabelos d’ouro o trançado, fita de cor d’encarnado… Tão linda que o mundo espanta! Chove nela graça tanta que dá graça à fermosura; vai fermosa, e não segura.”
“Endechas a Bárbara escrava” “Ũa graça viva, que neles lhe mora, pera ser senhora de quem é cativa. Pretos os cabelos, onde o povo vão perde opinião que os louros são belos.”
Camões foi um grande escritor português que viveu na época do Renascimento. Dois dos poemas em que Luís Vaz de Camões tem como tema principal a mulher são: "Descalça vai pera a fonte" (Texto A) e "Endechas a Bárbara escrava" (Texto B). No Texto A, a mulher retratada é a clássica mulher de cabelos louros e pele e olhos claros, enquanto a mulher do Texto B tem pele, olhos e cabelos escuros, algo que não era comum ser referido em textos naquela época. Apesar destas diferenças entre elas, são ambas muito belas. Considero que a diferença é o que nos torna mais bonitos, então adoro a forma como Camões retrata diferentes tipos de mulheres que, apesar de diferentes, são lindas. Um dos motivos pelo qual adoro esta forma de retratar a mulher é porque atualmente muitas pessoas não gostam de como são, então estes textos, na minha opinião, são um incentivo a essas mulheres. Além disso a diferença devia ser sempre respeitada. Em suma, Camões retratou duas mulheres no Texto A e no Texto B que, apesar de serem diferentes, eram ambas lindas, sendo uma forma de mostrar que a beleza não tem regras.
Helena Silva
Nas aulas de Português, explorámos poemas da literatura camoniana, entre muitos. “Descalça vai pera a fonte” e “Endechas a Bárbara escrava” são exemplos dos quais irei falar. Em primeiro lugar, temos de perceber quem foi Camões. Luís Vaz de Camões foi um grande poeta, dramaturgo e escritor português que viveu no século XVI. Em muitas das suas obras, o poeta refere a mulher como uma figura belíssima. No primeiro poema, Camões fala de uma mulher loira (“cabelos d’ouro”), o que nos dá a ideia de ser europeia. Porém, no segundo poema, o autor elogia a mulher exótica, de feições mais escuras (“olhos sossegados/ pretos e cansados”; “Pretos os cabelos”), fazendo-nos lembrar de uma mulher africana. No entanto, em ambos os textos, a figura feminina é retratada como sendo graciosa (“Chove nela graça tanta”; “Ũa graça viva”). Concordo com o ponto de vista de Camões em relação à mulher, dado que este não só valoriza a parte física como também a mentalidade (aspeto em que me identifico) e porque refere ambas as mulheres como sendo formosas, desvalorizando a raça. Também concordo com isto, pois considero que todas as pessoas são diferentes, mas isso não significa que sejam melhores ou piores. Concluindo, as diferenças existem, no entanto, estas não devem ser motivo para desprezar alguém, mas sim para a valorizar.
Rodrigo Rego
Camões foi um poeta português que viveu na época dos Descobrimentos, mas apenas ficou reconhecido no fim da sua vida. Luís de Camões escreveu várias obras, entre elas, "Descalça vai pera a fonte" e "Endechas a Bárbara escrava", ambos os poemas descrevem mulheres. As duas mulheres são muito diferentes fisicamente, mas parecidas psicologicamente. Lianor, de "Descalça vai pera a fonte", apresenta características físicas que revelam uma mulher bela: os "cabelos d'ouro", ou seja, os cabelos loiros e a pele branca. Já Bárbara é descrita como uma mulher negra de cabelos pretos. Apesar dessas diferenças, Camões descreve-as como graciosas. No meu ponto de vista, acredito que Camões conseguiu descrever duas mulheres totalmente diferentes, de forma a dar a entender que ambas o cativaram da mesma forma, sem discriminações por Bárbara não ser o ideal de "mulher perfeita" na altura. Em primeiro lugar, Camões faz-nos perceber o quanto ambas as mulheres são belas, para isso recorre ao uso de vários adjetivos e até mesmo de comparações. Em segundo lugar, o poeta idolatra uma mulher negra, o que na altura era algo raro. Ele refere que os seus cabelos negros são tão belos quanto os loiros, dando a entender que a sua paixão por ela ia para além da beleza física. Concluindo, acredito que Camões conseguiu, com sucesso, retratar duas mulheres diferentes, mas belas. Valorizando as diferenças das mulheres. Este tema é bastante importante, pois ensina-nos a não desvalorizar as pessoas por terem uma aparência diferente do "padrão".
Andreia Ferreira
“Descalça vai pera a fonte”, “Endechas a Bárbara escrava” e muitos mais poemas foram escritos por Luís Vaz de Camões, um poeta português conhecido também por Os Lusíadas, mas o tema de que hoje vou falar é os dois primeiros poemas que referi. Muitos de nós acham que os dois poemas não têm semelhanças ou são muito diferentes, mas nos dois poemas vemos semelhanças e diferenças. Uma diferença é a aparência das mulheres. No texto A, percebemos que Camões descreve uma mulher de “cabelo d’ouro” e, no texto B, uma mulher de cabelo preto e escrava, mas percebemos a semelhança, para Camões ambas as mulheres cativam e são “fermosas”. Na minha opinião, Camões estava bastante avançado para a época, pois, em primeiro lugar, na poesia do seu tempo, quando se falava de uma mulher bonita, só se referia a mulheres loiras, de pele clara e olhos claros, mas Camões foi além. Em segundo lugar, descreveu uma escrava negra como uma mulher que o cativa, o que mostra o quanto está avançado para a época. Concluindo, Camões merece uma salva de palmas, pois o que ele fez é algo que ninguém fez, algo que além de bonito mostra como a diversidade, quando encontra o poeta certo, se torna a poesia mais bela escutada e mais admirada.
Gabriela Oliveira
Hoje iremos falar sobre dois poemas, "Descalça vai pera a fonte" e "Endechas a Bárbara escrava", ambos criadas por Luís Vaz de Camões. O tema que o autor escolheu para criar estes poemas é de extrema importância, porque assim Camões criou um texto onde mostrava a diferença das mulheres e que nem todas são loiras de olhos azuis. O que eu acho interessante é que Camões escreveu e publicou estes poemas numa época onde, na poesia, as mulheres não podiam ser diferentes, eram sempre loiras de olhos azuis. Se formos analisar os poemas, conseguimos identificar as diferenças entre as mulheres só pela leitura. No poema "Descalça vai pera fonte", nós encontramos uma mulher que, na altura, era a perfeição: “cabelos d'ouro o trançado”. O próprio poema fá-la parecer a mulher mais linda do mundo, mas já no segundo poema, "Endechas a Bárbara escrava", encontramos algumas diferenças, como, por exemplo, os cabelos pretos e os olhos pretos e cansados e a maior diferença de todas é que ela é escrava. Analisados os poemas, nós encontramos bastantes diferenças, como o cabelo e a cor dos olhos, uma ser escrava e outra não, mas acho que a única semelhança que elas têm é que as duas são mulheres belas. Penso que Camões fez um ótimo trabalho ao retratar as mulheres, mostrando ao mundo que as pessoas não conseguem aceitar as diferenças e que para elas todas as mulheres têm de ser iguais ou então viram escravas. Em primeiro lugar, no meu ponto de vista estas diferenças que as pessoas criavam eram muito idiotas porque não faz nenhum sentido, afinal toda a gente é ser humano. Em segundo lugar, eu acho que Camões fez um trabalho incrível ao escrever estes textos, fazendo assim as pessoas acordarem um pouco e verem que ninguém é igual a ninguém e toda a gente é diferente e isso é bom, se o mundo fosse todo igual seria horrível porque ninguém iria ter opinião própria. Concluindo, para mim estes poemas são muito importantes porque assim mostram ao mundo que existem diferenças e que isso é incrível e que as mulheres não precisam ser iguais.
Martim Ferreira
8.º G, 8.º J
Sonetos, Esparsas, Vilancetes
Professora Sandra Barbosa
Síntese descritiva
Professora Sandra Barbosa
TURMAS: 8.º G, 8.º J
A propósito do estudo do texto poético, como forma de desenvolver os domínios da educação literária, da leitura e da escrita, foram trabalhados diversos poemas de Camões, presentes no manual adotado do oitavo ano como: “Descalça vai para a fonte” (vilancete); “Amor é um fogo que arde sem se ver “e “Aquela triste e leda madrugada” (sonetos) e “Os bons vi sempre passar” (esparsa).Depois de terem sido trabalhados, em aula, o conteúdo e os aspetos formais dos diferentes poemas de Camões, acima referidos, e de os alunos se terem apercebido de regularidades, como a rima ou a métrica, nesses poemas, foi-lhes solicitado que recriassem uma dessas formas poéticas. A proposta inicial para esta atividade era individual, mas a mesma não foi bem recebida pelos alunos, receando estes não serem capazes de concretizar a proposta de atividade apresentada pelo que a modalidade foi alterada. Assim, ficou decidido trabalharem em pequenos grupos (escolhidos por eles), apesar de quatro alunos terem preferido trabalhar individualmente, o que permiti.
Síntese descritiva
Professora Sandra Barbosa
TURMAS: 8.º G, 8.º J
Foi chamado a este exercício de escrita – “Celebrar… Camões”, alargando a proposta do manual “Escrever à maneira de Camões” – da p.185 – (recriação de um vilancete - o poema de António Gedeão, “Poema da autoestrada”, inspirado em Luís de Camões) ao soneto e à esparsa.Deste modo, os alunos podiam escolher entre um soneto, tendo aqui a obrigatoriedade de construírem 2 quadras e 2 tercetos, mantendo a rima, de acordo com as regras do soneto; uma esparsa, mantendo a rima e o número de versos; e um vilancete, mantendo o mote, com uma ou duas voltas, e respeitando a métrica (redondilha maior). Na aula, depois de lançado o desafio, com a minha supervisão, os alunos, em pequenos grupos, concretizaram a atividade em quatro tempos. Explicou-se como seria realizada a avaliação da atividade (esta seria um elemento a recolher para a avaliação sumativa) e, no quadro, para cada uma das formas, foram deixadas as orientações. O grau de consecução variaria de “Insuficiente” a “Muito Bom”, de acordo com as orientações apresentadas.
Síntese descritiva
Professora Sandra Barbosa
TURMAS: 8.º G, 8.º J
Foi um exercício de escrita construído, partilhado, onde a criatividade, o espírito crítico e o de entreajuda, a escolha das palavras, a construção de sentidos, a conotação, a discussão de ideias, a aplicação de conhecimentos dos aspetos formais e a experimentação de escrever constituíram um desafio que foi bem recebido por todos os alunos que nele participaram.Depois de classificados, todos os poemas foram lidos por mim, sem identificar os autores dos mesmos, e foi feita uma votação a fim de selecionar os poemas que melhor representassem a turma no “E-book” da atividade. Aquando das votações, muitos foram os alunos que ficaram surpreendidos com os trabalhos dos colegas, com o que ouviram. Houve críticas muito pertinentes e positivas sobre os trabalhos produzidos. Pela experiência e pelo resultado, todos os envolvidos estão de parabéns, pois deram o seu melhor! Escolhi, a partir dessa votação, os poemas escritos pelos alunos nas diferentes formas.
SONETOS
Numa noite de luar Sinto o teu cheiro passar Como brisa de verão Como uma boa sensação. No falar da tua voz O sentimento foi veloz No teu sorriso vou morar És o meu sonho antes de despertar. Quando te reencontrar E conseguir te ter, Irei celebrar. Na próxima vida ir-te-ei rever. Dure o tempo que durar Nunca te irei esquecer.
Estou sozinho, mas sinto-me observado Pelo que está do outro lado; Não sei o que está ali a fazer, Mas parece que me quer desfazer. Estou alucinado neste quarto assombrado. Não paro de tremer. Será que vou morrer? Olhos encarnados Dos espíritos libertados É só isso que consigo ver. Os meus pensamentos maltratados Todos aqui dentro isolados. Será que vou conseguir sobreviver?
Matilde C.Madalena M. Maria A.
Carolina F.Lara G. Laure L.
SONETOS
Cão que jamais esquecerei Magoado de te ver fugir, Pensando em como não te magoar Pensando em como não me apartar Naquela hora de partir Incertezas a rugir Fazem-me lembrar Se o teu coração poderá estar a funcionar Ou se o mesmo estará a dormir No meu coração ganhaste espaços. Morreste? Estás vivo? Jamais saberei, Mas nunca irei esquecer os teus doces regaços. Encontrar-te a ti esperei De largos e abertos abraços vivência que jamais esquecerei.
Refúgio doce, o tempo isola Cheia toda de mágoa e de piedade E o teu abraço consola E o teu sorriso me controla Enquanto houver no mundo saudade Teu colo é porto e jaula na metade Refúgio doce, o tempo isola E a saudade que tenho desola, Mas a tua presença pesa na vontade Tantas verdades ditas com dureza Fazem relembrar o meu passado, Mostrando a minha fraqueza. O teu olhar é doirado, Tens delicadeza. O teu sorriso deixa-me animado.
Gheorghe S.
José L.
ESPARSAS
Morrem peixes aos milharesJá sem cor e sem abrigo. Nadam lixos pelos mares. Temperatura a aumentar. O calor a se espalhar. Tudo isso sem castigo. Lixo a navegar no mar, Peixes no lixo a nadar, petróleo acumulado; um habitat desolado.
Completamente perdido, A minha pele apodrece Com meu coração arrancado, Eu grito uma prece: Que não mo tirem de mim, Eu juro ser seu abrigo. Não quero mais viver assim, Tens meu coração contigo. Eu sinto-me iludido, Penso que ela merece Uma parte do meu mundo, E minha alma enfraquece.
Casimira F.Matilde S.
Sarah G.
ESPARSAS
As máscaras um dia cairãoOs verdadeiros ficarão Os falsos achados serão Um dia pagarão. A minha lealdade não faltou, Sempre ajudei quem precisou E mesmo assim ela odiou; Odiou quem me salvou, Quem mais me ajudou. Sempre grata serei, pois sei que sozinho não ficarei.
Francisca F. Lara A.
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VILANCETES
Voando vai para a praiaLeonor na estrada preta. Vai na brasa, de lambreta. Leva o seu pequeno cão À praia de Valmitão, Já tinha levado o Peta No seu cesto da lambreta. O Peta leva a coleira, a dona leva uma saia. Cabelos lisos no ar Lentamente vão para a praia.
Voando vai para a praiaLeonor na estrada preta. Vai na brasa, de lambreta. Tira o lindo capacete Desce da lambreta a rir O cabelo vai no ar Andando devagarinho. Tira os sapatos depressa. À beira-mar molha os pés. Pulou as ondas contente.
Inês J. Mafalda V. Tatiana M.
Inês M. Margarida H.
VILANCETES
Voando vai para a praiaLeonor na estrada preta. Vai na brasa, de lambreta. Vai na lambreta vermelha Capacete na cabeça Atrás leva o namorado Com a comida na caixa O vento soprando forte Alegre vai na lambreta Sol brilhando na maré Contente vai para o mar.
Voando vai para a praiaLeonor na estrada preta. Vai na brasa, de lambreta. De lambreta vai à praia, O Sol na pele a brilhar. E o cabelo vai no ar. O pôr do sol a chegar no céu luzes a brilhar. De sorriso a cintilar. Chega à praia e vai ao mar, nas ondas vai mergulhar. E o cabelo vai molhar. Amigos vem encontrar, E os jogos vão começar.
Iara A. Matilde L.
Maria M. Inês F. Lúcia B. Íris F.
VILANCETES
Voando vai para a praiaLeonor na estrada preta. Vai na brasa, de lambreta. Na cabeça o capacete E a toalha na cintura Que dá graça à formosura. Cabelos entrelaçados E vestido encantado. Leonor na estrada preta Vai na brasa, de lambreta. Quando passa o mundo para. Quando o Sol a ilumina, Toda a gente se fascina. Quão grande sua grandura. Que dá graça à formosura. Leonor na estrada preta Vai na brasa, de lambreta.
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Rodrigo S.
9.º A, 9.º D
Descrição e análise comparativa
Professora Ana Cristina Oliveira
Síntese descritiva
Professora Ana Cristina Oliveira
TURMAS: 9.º A, 9.º D
Nas turmas do 9.º A e D, a leitura da Proposição d' Os Lusíadas, sendo ponto de partida para o diálogo, permitiu aos alunos identificar a estrutura interna da obra referida no que aos planos diz respeito, bem como identificar algumas das características do texto épico. A reflexão conjunta levou os alunos à perceção da grandiosidade do autor e do valor da sua obra. A proposta de escrita feita resulta ainda do trabalho que foi desenvolvido durante o ano, em que os alunos foram incentivados a explorar texto icónico, relacionando-o com texto literário. Assim, neste caso, parte da observação e descrição de um grafíti, criado pelos ARM Collective (texto A) a propósito do Canto I d’ Os Lusíadas, relacionando-o com a 3.ª estrofe do canto I da obra mencionada (texto B). Os textos apresentados, tendo sido elaborados individualmente em sala de aula, foram selecionados pela professora.
TEXTO B
TEXTO A
untitled, ARM Colletive, 2013/2013, https://artsandculture.google.com/asset/untitled/MAFkg4hCB7-P3w?hl=pt-PT
Na figura apresentada no mural dos ARM Collective, há vários aspetos interessantes, como a dimensão de Camões, que, comparativamente com o mar, é gigante, mostrando a sua grandeza. Relativamente ao seu corpo, também as suas mãos são muito grandes. Estas seguram um mapa colorido e diversificado. Observamos que Camões faz parte da estrutura do barco, ele é o barco. Identificamos uma relação de semelhança entre o texto A e o texto B porque conseguimos observar que também no texto B se identifica uma certa grandeza: “Que outro valor mais alto se alevanta.” (v. 8), “A quem Neptuno e Marte obedeceram.” (v. 6). Há, igualmente, uma semelhança entre o mapa que Camões segura na imagem do mural (que apresenta várias cores que simbolizam os variados desafios que os portugueses ultrapassaram no caminho marítimo para a Índia e os diversos sítios por onde passaram) e os versos 1 e 2 da estância 3 do canto I d’Os Lusíadas, onde Camões refere que nada que tenha sido relevante até àquele momento superará a importância das navegações e das vitórias portuguesas. Concluindo, ambos os textos apresentam a importância de Camões e da simbólica descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Lara Moreira
O mural representado, dos ARM Collective, é uma figura, muito interessante, onde podemos observar uma representação de Camões um pouco desproporcional comparando com o navio onde está sentado, mas que, a meu ver, transmite a ideia de que Camões foi uma pessoa com grande valor e essa importância pode ser o que estão a tentar mostrar-nos. O facto de a onda ser muito grande, em comparação com o navio, e o facto de ainda podermos ver no mural uma espécie de mapa na mão de Camões mostram-nos também as dificuldades que os navegadores da época tiveram que enfrentar. Na minha opinião, o texto B tem uma relação de semelhança com o mural, pois, no texto, Camões diz “As navegações grandes que fizeram;” e realmente podemos ver no mural que os lusitanos fizeram grandes embarcações, incluindo Camões que também foi navegador. Podemos observar também que o escritor, no texto, diz “A fama das vitórias que tiveram;” e, na figura do texto A, temos Camões a assinalar no mapa os sítios por onde passaram e as suas conquistas. Concluindo, na minha perspetiva, estes dois textos estabelecem uma relação de semelhança, devido às razões apontadas nos parágrafos anteriores.
Inês Fonseca
9.º E
Conto
Professora Rosalina Simão Nunes
Síntese descritiva
Professora Rosalina Simão Nunes
TURMAS: 9.º E
À turma E do 9.º Ano, no âmbito do desenvolvimento de aprendizagens do domínio da Educação Literária, em particular no objetivo de reconhecer os valores culturais, éticos, estéticos, políticos e religiosos manifestados nos textos , foi proposto que os alunos "fizessem" uma viagem no tempo, em concreto, aquando do trabalho desenvolvido a propósito da leitura obrigatória dos textos de Gil Vicente e Camões, "Auto da Barca do Inferno" e "Os Luísadas". Foi, assim, criado um cenário de aprendizagem que promovesse a motivação para o estudo dessas obras através de um processo imersivo que estaria concluído com a construção de uma pequena narrativa durante a qual os alunos e Camões, ficcionadamente, se encontrassem, algures no tempo. A proposta de escrita foi orientada e realizada em sala de aula. Depois de classificadas, foram lidas, anonimamente, as propostas que revelaram melhor qualidade, considerando os critérios definidos, e os alunos escolheram a história que melhor correspondia aos objetivos. A motivação inicial foi feita através deste .
recurso
A estrela d' "Os Lusíadas"
Ultimamente, nas aulas de português, temos falado muito sobre o projeto "Máquina do tempo: encontro com escritores." E eu penso várias vezes como deve ser encontrarmo-nos com um escritor antigo. Deve ser interessante... Ontem à noite, estava em casa a estudar, pois ia ter um teste muito importante só sobre Camões e "Os Lusíadas" e eu só pensava no projeto das aulas de português e como iria dar jeito conhecer Camões. A certa altura, vi uma estrela cadente e fui rapidamente a correr para a janela pedir um desejo já que é raro vê-las: "Desejo saber quase tudo sobre "Os Lusíadas" e Camões!" De repente, ouvi um estrondo, olhei e vi a estrela a cair num relvado perto da minha casa. Fui a correr para o local.
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Quando cheguei ao local, estava uma noite escura, mas estrelada, bonita. O relvado era grande e no centro estava uma esfera gigante e brilhante. De lá de dentro, saiu um homem, não muito alto, cabelos e olhos castanhos e faltava-lhe um olho. O homem parecia confuso, atordoado, espantado e até amedrontado. Fiquei com medo e pensei em fugir.
Mas, de repente, olhei melhor para a roupa que trazia e, depois, para o olho... Fazia lembra-me de alguém. Era Camões! Fiquei feliz por o ter trazido à vida, dado que eu tinha feito o desejo, logo era eu a pessoa responsável. Quando Camões reparou em mim, ficou ainda mais confuso, por isso perguntou: - Quem é a menina? Estou noutro planeta? Que roupas são essas? - as suas perguntas fizeram-me rir. - Olá, sou a Lara, não se preocupe, continua no planeta Terra, mas noutro tempo, estamos em 2025 e isto são as roupas que usamos agora. O senhor é Camões, certo?
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- Como sabes? - Foi o senhor que escreveu "Os Lusíadas", todos o conhecem; a sua obra é estudada nas escolas, e já foi traduzida para muitas línguas. Camões ficou surpreendido e disse: - Que bom saber que a obra a que dediquei tanto tempo teve sucesso! Acabei de a publicar, venho de 1572. É, por isso, bom saber que o tempo que lhe dediquei não foi em vão. Uma vez houve um naufrágio na foz do rio Mekong, mas consegui salvar o manuscrito da minha obra, no entanto, não consegui salvar Dinamene, a minha amada... - Fico triste em ouvir esse episódio da sua vida... - A vida dessa obra não foi fácil e a minha também não; fui preso e feito escravo em 1549; perdi um olho numa batalha. Comecei a escrever "Os Lusíadas" com 32 anos, três anos depois de voltar da Índia. - Vejo que tanto o senhor como a sua obra têm uma grande história de vida. - Sim, n' "Os Lusíadas" contei a história dos portugueses e das suas viagens, com alguns deuses pelo meio, por isso, como bom português que sou, tenho de ser viajado e, claro que um livro que fala sobre viagens também teve de viajar.
- Obrigada por ter vindo! - De nada, acho que tenho de ir andando... Camões voltou para a esfera, e, de seguida, a esfera voltou para o céu. Depois de ter visto a estrela voltar para o céu, regressei a casa a pensar que devia começar a pedir desejos às estrelas mais vezes...
Lara T.
FIM
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Obrigada!
Departamento de português || 2025
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS E JI D. LOURENÇO VICENTE, Lourinhã
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