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História da Química: ácido e base
Recursos Educativos
Created on June 11, 2025
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Transcript
História da Química:
ácido e base
Humphry Davy(1778-1828)
Humphry Davy foi um químico britânico que teve um papel importante na evolução do conceito de ácidos e bases. Em 1810, Davy desafiou a teoria de que todos os ácidos continham oxigénio, uma ideia que era amplamente aceite após os trabalhos de Lavoisier. Através das suas experiências com o ácido clorídrico (HCl), Davy demonstrou que este ácido não possuía oxigénio, provando que a presença deste elemento não era essencial para a formação de um ácido. O seu trabalho experimental contribuiu para a reformulação da definição de ácido, abrindo caminho para novas teorias mais precisas.
Justus Von Liebig (1803-1873)
Justus von Liebig, um químico alemão do século XIX, destacou-se por suas contribuições fundamentais à química orgânica e à agricultura. Ele é conhecido por desenvolver a teoria da nutrição mineral das plantas, que revolucionou o entendimento da fertilização do solo. Segundo Liebig, as plantas obtêm os nutrientes essenciais, como nitrogênio, fósforo e potássio, diretamente do solo, e seu crescimento é limitado pelo nutriente em menor quantidade — conceito conhecido como Lei do Mínimo de Liebig. Essa teoria levou à criação de fertilizantes químicos e teve um impacto duradouro na agricultura moderna.
Gilbert Lewis (1875-1946)
A Teoria de Lewis, um físico-químico americano, surgiu como uma ampliação da definição de ácidos e bases de Bronsted-Lowry. Esta está relacionada com o compartilhamento de pares de eletrões entre moléculas.Segundo Lewis, uma reação ácido-base acontece quando uma espécie química doa um par de eletrões (base de Lewis) e outra espécie aceita esse par de eletrões (ácido de Lewis), formando uma ligação.
Svant Arrhenius
Svant Arrhenius foi um químico que nasceu em 1859, na Suécia. Em 1887, Svant Arrhenius formulou a sua teoria para a definição de ácidos e bases, atualmente conhecida como "Teoria de Arrhenius". Ácido: é toda a substância que possui iões H⁺ na sua constituição e que, em solução aquosa, origina iões H⁺. Exemplo: HCl(g) + H₂O(l) → H⁺(aq) + Cl⁻(aq) Base: é toda a substância que possui iões OH⁻ na sua constituição e que, em solução aquosa, origina iões OH⁻. Exemplo: NaOH(s) + H₂O(l) → Na⁺(aq) + OH⁻(aq) O principal problema da sua teoria era a limitação ao meio aquoso, o que resultava em várias restrições: A definição de ácido e base apenas se aplicava em soluções aquosas, não explicando o comportamento ácido-base noutros solventes; Não explicava a basicidade de substâncias que não contêm o ião OH⁻, como, por exemplo, o amoníaco (NH₃); Não explicava o comportamento de soluções de sais, como o carbonato de sódio (Na₂CO₃). Em suma, a Teoria de Arrhenius tinha como objetivo criar uma definição para os ácidos e bases, porém a sua definição ficou restrita a soluções aquosas, baseando-se na presença de iões H⁺ nos ácidos e de iões OH⁻ nas bases. Curiosidade: Arrhenius foi o primeiro cientista a receber o Prémio Nobel por um trabalho em físico-química.
Joseph Priestley (1733-1804)
Joseph Priestley foi um cientista inglês que contribuiu para o desenvolvimento da química, especialmente no estudo de gases. Ao descobrir e estudar o dióxido de carbono, percebeu que, dissolvido em água, este formava uma solução ácida, mostrando como certos gases podiam alterar as propriedades químicas da água. Priestley também investigou substâncias alcalinas, como a amónia, observando que neutralizavam ácidos. Embora não tenha criado uma teoria de ácidos e bases, o seu trabalho foi fundamental para a compreensão posterior desses conceitos.
Robert Boyle (1627-1691)
Robert Boyle foi um químico e físico irlandês que desempenhou um papel fundamental no estudo de ácidos e bases. Em 1661, foi um dos primeiros a reconhecer que estas substâncias podiam ser distinguidas pelas suas propriedades químicas específicas. Boyle caracterizou os ácidos como substâncias de sabor azedo e efeito corrosivo, enquanto descreveu as bases como escorregadias ao tato. Para além das características sensoriais, introduziu métodos mais sistemáticos, como o uso de indicadores naturais que mudavam de cor na presença de ácidos ou bases.
Johannes Bronsted (1878-1947) e Thomas Lowry (1874-1936)
Johannes Bronsted, físico e químico dinamarquês, e Thomas Lowry, químico inglês, trabalharam de forma independente em 1923 e desenvolveram uma teoria fundamental sobre ácidos e bases que alargou a compreensão da química. Segundo a teoria de Bronsted-Lowry, um ácido é definido como uma substância capaz de doar protões (H⁺), enquanto uma base é aquela que consegue aceitar protões. Esta abordagem foi revolucionária, pois não limitava-se a soluções aquosas, como acontecia com a teoria anterior de Arrhenius, e permitiu explicar uma grande parte das reações químicas. A proposta de Bronsted e Lowry continua, até hoje, a ser uma das principais bases para o estudo da química ácido-base.
Antoine Lavoisier (1743-1794)
Antoine Lavoisier, químico francês, teve um papel importante no estudo dos ácidos. Em 1777, apresentou uma teoria que visava explicar a natureza ácida de certas substâncias. Acreditava que todos os ácidos continham oxigénio, e que este era o responsável pelas propriedades ácidas, para tal baseou-se em substâncias como o ácido nítrico (HNO₃) e o ácido sulfúrico (H₂SO₄). O nome do elemento oxigénio foi então atribuído por Lavoisier, formulado a partir do grego: oxys (ácido) e genes (nascer), ou seja, formador de ácido.