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Rimas de Camões
Rafaela Nobre
Created on March 28, 2025
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Transcript
oralidade
Rimas de Camões
Vida e obra de Camões
Temas e estruturas
Erros meus, má fortuna, Amor ardente
Recursos expressivos
estado de espírito do sujeito poético
Perdigão perdeu a pena
Vida e obra de Camões
Luís Vaz de Camões
Vida e bibliografia
Luís Vaz de Camões
Obras e poesia
Erros meus, má Fortuna, Amor ardente
Soneto
Erros meus, má fortuna, amor ardente Em minha perdição se conjuraram; Os erros e a fortuna sobejaram, Que para mim bastava amor somente. Tudo passei; mas tenho tão presente A grande dor das cousas, que passaram, Que as magoadas iras me ensinaram A não querer já nunca ser contente. Errei todo o discurso de meus anos; Dei causa que a Fortuna castigasse As minhas mais fundadas esperanças. De amor não vi senão breves enganos. Oh! quem tanto pudesse, que fartasse Este meu duro Génio de vinganças!
Perdigão perdeu a pena
Redondilha
Perdigão perdeu a pena Não há mal que lhe não venha. Perdigão que o pensamento Subiu a um alto lugar, Perde a pena do voar, Ganha a pena do tormento. Não tem no ar nem no vento Asas com que se sustenha: Não há mal que lhe não venha. Quis voar a u~a alta torre, Mas achou-se desasado; E, vendo-se depenado, De puro penado morre. Se a queixumes se socorre, Lança no fogo mais lenha: Não há mal que lhe não venha.
Tema, estrutura e classificação formal
Soneto
Tema :
Erros meus, má Fortuna, Amor ardente
-Confessionalismo/Reflexão o sobre a vida pessoal.
Erros meus, má fortuna, amor ardenteEm minha perdição se conjuraram; Os erros e a fortuna sobejaram, Que para mim bastava amor somente. Tudo passei; mas tenho tão presente A grande dor das cousas, que passaram, Que as magoadas iras me ensinaram A não querer já nunca ser contente. Errei todo o discurso de meus anos; Dei causa que a Fortuna castigasse As minhas mais fundadas esperanças. De amor não vi senão breves enganos. Oh! quem tanto pudesse, que fartasse Este meu duro Génio de vinganças!
Estrutura :
-14 versos organizados em dois quartetos e dois tercetos; -A rima é interpolada e emparelhada nas quadras e nos tercetos é interpolada; -Versos decassilábicos;
1º momento :Confessa que viveu uma vida de sofrimento, provocada pelos erros, pela má sorte e pelo amor
2º momento:Recorre a uma interjeição para mostrar a dor que lhe vai no coração e denota ainda um desejo de vingança sentido pelo sujeito poético
Tema, estrutura e classificação formal
Redondilha
Perdigão perdeu a pena
Tema :
O Amor (não correspondido)
Perdigão perdeu a penaNão há mal que lhe não venha. Perdigão que o pensamento Subiu a um alto lugar, Perde a pena do voar, Ganha a pena do tormento. Não tem no ar nem no vento Asas com que se sustenha: Não há mal que lhe não venha. Quis voar a u~a alta torre, Mas achou-se desasado; E, vendo-se depenado, De puro penado morre. Se a queixumes se socorre, Lança no fogo mais lenha: Não há mal que lhe não venha.
Estrutura :
-Vilancete com mote de 2 versos e duas voltas de 7 versos com 7 sílabas métricas (redondilha maior); -No esquema rimático encontram-se versos soltos, rima emparelhada e interpolada
1º momento: Mostra que tudo de mal acontecia ao sujeito poético
2º momento: Camões explica tudo de mal que aconteceu ao sujeito poético e os motivos de isso ter acontecido
Recursos Expressivos
Soneto
Erros meus, má Fortuna, Amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardenteEm minha perdição se conjuraram; Os erros e a fortuna sobejaram, Que para mim bastava amor somente. Tudo passei; mas tenho tão presente A grande dor das cousas, que passaram, Que as magoadas iras me ensinaram A não querer já nunca ser contente. Errei todo o discurso de meus anos; Dei causa que a Fortuna castigasse As minhas mais fundadas esperanças. De amor não vi senão breves enganos. Oh! quem tanto pudesse, que fartasse Este meu duro Génio de vinganças!
Enumeração
Interjeição
Anástrofe
Personificação
Hipérbole
Adjetivação
Recursos Expressivos
Redondilha
Perdigão perdeu a pena
Perdigão perdeu a penaNão há mal que lhe não venha. Perdigão que o pensamento Subiu a um alto lugar, Perde a pena do voar, Ganha a pena do tormento. Não tem no ar nem no vento Asas com que se sustenha: Não há mal que lhe não venha. Quis voar a u~a alta torre, Mas achou-se desasado; E, vendo-se depenado, De puro penado morre. Se a queixumes se socorre, Lança no fogo mais lenha: Não há mal que lhe não venha.
Anáfora
Antítese
Adjetivação
Estado de espírito do sujeito poético
Erros meus, má Fortuna, Amor ardente
O estado de espírito do sujeito poético é marcado por tristeza profunda, arrependimento, desilusão e desesperança. Ele sente-se atraído pelo Amor, abandonado pela Fortuna e frustrado pelos próprios erros, refletindo uma sensação de impotência diante da dor e do sofrimento que parecem não ter fim. O poema transmite uma angústia existencial, onde o sujeito poético está em busca de um alívio que parece impossível de alcançar.
Perdigão perdeu a pena
O estado de espírito do sujeito poético é leve, curioso e um tanto brincalhão, com uma sensação de perda ou fragilidade que não gera um sofrimento profundo, mas sim uma situação simples e até humorística. O poema, ao abordar a perda de uma pena de forma simples, reflete um estado emocional mais despreocupado do que dramático.