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Apresentação

de um poeMA

Perdigão perdeu a penaLuis de Camões

Perdigão perdeu a pena Não há mal que lhe não venha. Perdigão que o pensamento Subiu a um alto lugar, Perde a pena do voar, Ganha a pena do tormento. Não tem no ar nem no vento Asas com que se sustenha: Não há mal que lhe não venha. Quis voar a uã alta torre, Mas achou-se desasado; E, vendo-se depenado, De puro penado morre. Se a queixumes se socorre, Lança no fogo mais lenha: Não há mal que lhe não venha.

Camões-Perdigão perdeu a pena

> Mote

rima interpolada

> rima emparelhada

> rima emparelhada

> rima emparelhada

rima interpolada

>rima emparelhada

a b b a a- verso solto c c d e e d d- verso solto c c

Perdigão perdeu a pena Não há mal que lhe não venha. Perdigão que o pensamento Subiu a um alto lugar, Perde a pena do voar, Ganha a pena do tormento. Não tem no ar nem no vento Asas com que se sustenha: Não há mal que lhe não venha. Quis voar a uã alta torre, Mas achou-se desasado; E, vendo-se depenado, De puro penado morre. Se a queixumes se socorre, Lança no fogo mais lenha: Não há mal que lhe não venha.

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Vilancete, mote de 2 versos e estrofes de 7 versos Métrica - redondilha maior Antítese - "Perde a pena do voar" / "Ganha a pena do tormento" Metáfora- "Perdigão perdeu a pena" Anáfora- "Não há mal que lhe não venha"

Luis Vás de Camões

• Nasceu a 1524 em Lisboa.
• Morreu a 1580.
• Foi considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas da tradição ocidental.
• Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada.
• Frequentou a corte de D. João III.
• Autoexilou-se em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha.
• Em Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso.

• Partiu para o Oriente, passando lá vários anos e enfrentando uma série de adversidades.