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"Aquela Cativa" de Luis De Camões
Margarida Nunes
Created on March 18, 2025
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Transcript
Trabalho realizado por : Etson Polak
"Aquela Cativa" de Luis De Camões
4. Ilustração
8. Sintese do poema
5. Recursos Expressivos
7. Espírito do Sujeito Poético / destinatario
3. Analise das estrofes
2. Analise Formal
6. Valores expressivos
1. Poema
Indice :
Presença serena Que a tormenta amansa; Nela, enfim, descansa Toda a minha pena Esta é a cativa Que me tem cativo; E. pois nela vivo, É força que viva.
1. POEMA
U~a graça viva, Que neles lhe mora, Pera ser senhora De quem é cativa. Pretos os cabelos, Onde o povo vão Perde opinião Que os louros são belos. Pretidão de Amor, Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda mansidão, Que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas bárbara não.
Aquela cativa Que me tem cativo, Porque nela vivo Já não quer que viva. Eu nunca vi rosa Em suaves molhos, Que pera meus olhos Fosse mais fermosa. Nem no campo flores, Nem no céu estrelas Me parecem belas Como os meus amores. Rosto singular, Olhos sossegados, Pretos e cansados, Mas não de matar.
Presença serena A Que a tormenta amansa; B Nela, enfim, descansa B Toda a minha pena A Esta é a cativa C Que me tem cativo; D E. pois nela vivo, D É força que viva. C
2. ANALISE FORMAL
U~a graça viva, AQue neles lhe mora, B Pera ser senhora B De quem é cativa. A Pretos os cabelos, C Onde o povo vão D Perde opinião D Que os louros são belos C Pretidão de Amor, A Tão doce a figura, B Que a neve lhe jura B Que trocara a cor. A Leda mansidão, C Que o siso acompanha; D Bem parece estranha, D Mas bárbara não. C
Aquela cativa A Que me tem cativo, B Porque nela vivo B Já não quer que viva. A Eu nunca vi rosa C Em suaves molhos, D Que pera meus olhos D Fosse mais fermosa. C Nem no campo flores, A Nem no céu estrelas B Me parecem belas B Como os meus amores. A Rosto singular, C Olhos sossegados, D Pretos e cansados, D Mas não de matar. C
O poema é composto por 5 estrofes de oito versos (oitavas). Cada verso é composto por 5 silabas metricas que corresponde a redondilha menor Ele tem uma rima interpolada(ABBA ou CDDC)
2. ANALISE FORMAL
1ª parte (1ª estrofe)
3.ANALISE DAS ESTROFES
O poeta inicia o poema declarando se prisioneiro do amor de uma uma mulher que é escravizada . Podemos ver um contraste como :embora ela seja cativa, é ele quem está "cativo" por amor. Na última linha sugere-se a ideia de rejeiçao deixando o poeta aflito
2ª parte (2ª e 3ª estrofe)
3.ANALISE DAS ESTROFES
Nestas estrofes , o poeta exalta a beleza da amada de forma exagerada comparando-a com elementos da natureza como rosas, flores e estrelas ,no entando diz que nenhum desses elementos supera a beleza da amada.Esta hipérbole reforça o estereotipo da mulher ideal e desafia os padrões estéticos da época, já que Camões aplica essa exaltação a uma mulher negra, algo inovador no contexto renascentista.
3ª parte (3ª e 4ª estrofe)
3.ANALISE DAS ESTROFES
O poeta descreve a amada com um rosto único e olhos escuros que transmitem tranquilidade, mas também têm um certo cansaço, os seus olhos não são ameaçadores mas sim cheios de encanto . Ele destaca sua "graça viva", sugerindo que a beleza vai além da sua aparência. Embora a mulher seja escrava ela tem a postura de uma senhora. Isso reforça a inversão dos papéis no poema, onde o prisioneiro é o poeta, dominado pelo seu amor por ela.
4º parte (6ª e 7ª estrofe)
3.ANALISE DAS ESTROFES
O poeta valoriza os traços da mulher negra, contrastando-os com os padrões de beleza europeus da época (cabelos loiros e pele clara). Ele afirma que a sua amada leva as pessoas a questionarem essa preferência e até a neve "trocaria sua cor" por ela, mostrando que a beleza da mulher não depende da brancura.
5º parte (8ª e 9ª estrofe)
3.ANALISE DAS ESTROFES
Camões descreve a mulher como serena e sábia, equilibrada com doçura com inteligência ("o siso acompanha"). Embora seja considerada "estranha" pela sua origem estrangeira (provavelmente africana), ele nega que seja "bárbara", onde nega o preconceito.A sua presença traz paz, e alivia o sofrimento do poeta.
6ºparte (10ªestrofe)
3.ANALISE DAS ESTROFES
O poeta retorna à ideia inicial de que sente prisioneiro do amor por aquela mulher. Ele reforça que a sua vida depende dela e que, mesmo sendo cativo desse sentimento, deve aceitá-lo e vivê-lo.
asas-da-fantasia
ilustraçao do chatgpt
4.Ilustração
f) Anáfora "Esta é a cativa Que me tem cativo; E, pois nela vivo, É força que viva."
e) Adjetivaçãoem todo o poema
d) Personificação "Que a neve lhe jura Que trocara a cor."
c) Antítese"Pretos e cansados, Mas não de matar."
b) Hiperbole ""Nem no campo flores, Nem no céu estrelas Me parecem belasComo os meus amores.""
a) Metáfora "Aquela cativa / Que me tem cativo"
5.RECURSOS EXPRESSIVOS
AntíteseO contraste entre "cansados" e "não de matar" reflete a ideia de que os olhos da amada, e16mbora carreguem uma profundidade e melancolia, não são cruéis, revelando o equilíbrio entre uma certa tristeza e a suavidade que ela transmite.
HIPERBOLE : Aqui, o sujeito poético afirma que nem as flores no campo nem as estrelas no céu são tão belas quanto a mulher amada. Este é um exagero típico da hipérbole, pois realça o fato de que a beleza da amada ultrapassa tudo que é naturalmente belo.
PersonificaçãoAqui, a neve é personificada, atribuindo-lhe a capacidade de "jurar" e desejar trocar sua cor com a amada.
A adjetivação no poema é rica e contribui significativamente para a descrição da amada e para expressar o estado emocional do sujeito poético
Anáforaa palavra "cativa" é repetida em dois versos consecutivos: "cativa" e "cativo". A repetição reforça a ideia central do poema, que é a condição de aprisionamento emocional do sujeito poético pela mulher amada
Metáfora indica que o sujeito poético vê se preso emocionalmente sujeito à vontade da figura amada, incapaz de escapar desse "aprisionamento".
6.VALORES EXPRESSIVOS
7. Estado de espírito do sujeito poético/ Destinatario
- O estado de espírito do sujeito poético é de profunda submissão e de dependencia emocional . Ele sente se cativo do amor que alimenta pela mulher amada, experimentando uma mistura de encanto, adoração e dependência. O eu lírico está totalmente dominado pelo poder da amada, e sua existência parece girar em torno desse sentimento´
- O destinatario do poema até aos dias de hoje não é certo mas existe teorias que realmente foi escrito para a tal cativa ( a sua amada)
O poema é uma meditação sobre o amor como cativeiro, exaltando a beleza da amada e o poder que ela exerce sobre o eu lírico, que, apesar de sua condição de cativo, encontra satisfação e sentido nesse estado.
Sintese do poema
Webgrafia:
https://asas-da-fantasia.blogspot.com/2019/05/camoes-aquela-cativa.htmlhttp://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/v351.txt https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/literatura/luis-e-barbara/5502 chatgpt