Want to create interactive content? It’s easy in Genially!

Get started free

índice

Diogo Salgado

Created on March 16, 2025

Start designing with a free template

Discover more than 1500 professional designs like these:

Transcript

Enquadramento das personagens em educação

Educação Inglesa

Educação Portuguesa

Bibliografia do autor

Biografia

índice

Os contos(1902)

A Cidade e as Serras(1901)

Os Maias(1878)

O Crime do Padre Amaro(1875)

Bibliografia do autor

obra:OS maias

educação portuguesa vs educação inglesa

José Maria Eça de Queirós nasceu a 25 de novembro de 1845 na Póvoa de Varzim e entrou para a Universidade de Coimbra com 16 anos para estudar Direito. Eça considerava-se escritor, diplomata e jornalista. Dedicou então a sua vida a essas 3 profissões e faleceu a 16 de Agosto de 1900 em Paris sendo a causa desconhecida.

Biografia

Educação portuguesa Educação inglesa

Educação portuguesa

Tem como principais características:- A memorização;“...Que memória! Que memória... É um prodígio!...”(pg76) - Escasso contacto com a natureza“... Passava os dias nas saias da titi...”(pg78) ; - Moral do catecismo, devoção religiosa e a perceção do punimento ao pecado (lema católico);“...a decorar versos, páginas inteiras do «Catecismo de Perseverança»...” (pág.78) - Utilização do latim (língua "morta");“...a instrução para uma criança não é recitar Tityre, tu patulae recubans...”

É demonstrada por Eça como uma educação conservadora, tradicional e católica.

Educação inglesa

Tem como principais características:- Desenvolvimento da experiência devido ao conhecimento prático; - Contacto abundante com a natureza;" ... Correr, cair, trepar às árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, ... "(pg57) - Atividade física; - Gosto por línguas vivas (Inglês);" ... É saber factos, noções, coisas úteis, coisas práticas ... "(pg63) -Rigor e rigidez;"...não tinha a criança cinco anos já dormia num quarto só, sem lamparina..."(pg57)

Os princípios são os opostos aos da educação portuguesa, sendo um sistema de aprendizagem mais inovador.

Enquadramento das personagens em cada educação

-Pedro da Maia, apesar de passar a sua infância em Inglaterra com os pais, Afonso da Maia e Maria Eduarda, teve uma educação portuguesa, uma vez que a sua mãe, contratou um padre (padre Vasques) para o educar.-Desta forma, este personagem torna-se fraco, não tinha vontade própria e era melancólico, levando assim a um casamento apressado (feito numa noite sem Pedro ter o consentimento de Afonso, o pai) e fracassado (a mulher foge com o amante, Tancredo para Itália) levando-o ao suicídio.

Pedro da Maia

Educação portuguesa

-Carlos da Maia, filho de Pedro da Maia e neto de Afonso da Maia, apesar de passar a sua infância e adolescência em Portugal, teve um professor inglês, o Mr Brown, contratado pelo seu avô para ser educado de forma correspondente educação inglesa. -Devido à sua educação, Carlos tinha um conhecimento prático, era tolerante, destemido e saudável. Formou-se em medicina, tendo fracassado, não devido à sua educação, mas sim ao facto do meio social em que estava inserido. A falta de motivação e a relação amorosa com a sua irmã, foram também motivos importantes para a sua desistência.

Carlos da Maia

Educação Inglesa

-Eusebiozinho, também conhecido por Silveirinha, era filho da viúva D.Eugénia e irmão de Teresinha. -Este personagem representa o modelo educativo portugês sendo em criança um "menino molengão e tristonho"com "perninhas flácidas"(pg76),a sua"facezinha trombuda"e" os seus olhinhos vagos e azulados"(pg69). Quando este se torna adulto, é caracterizado como um corrupto, um cobarde e com um casamento infeliz (casa com uma mulher forte, que dominava a relação).

Eusebiozinho

Educação portuguesa

"Quase desde o berço este notável menino revelara um amor por alfarrábios e por todas as coisas do saber. Ainda gatinhava e a sua alegria já era estar a um canto, sobre uma esteira, embrulhado num cobertor, folheando in-fólios, com o craniozinho calvo sábio curvado sobre as letras garrafais da boa doutrina (...) Assim, na familia tinha a sua carreira destinada: era rico, havia de ser primeiro bacharel, e depois desembargador (...) e nada havia mais melancólico que a sua facezinha trombuda, a que o excesso de lombrigas dava uma moleza e uma amarelidão de manteiga..."-Defensores desta educação: Vilaça, Padre Vasques e habitantes da casa dos Maias (com exceção a Afonso) e dos Resende.

Educação portuguesa

-"Coitadinho dele, que tinha sido educado com uma vara de ferro! Se ele fosse a contar ao Sr. Vilaça! Não tinha a criança cinco anos já dormia num quarto só, sem lamparina; e todas as manhãs, zás, para dentro de uma tina de água fria, às vezes a gear lá fora... (...) Mas não, parece que era um sistema inglês! Deixava-o correr, cair, trepar as árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro. E depois o rigor com as comidas! Só certas horas e de certas coisas... E às vezes a criancinha, com os olhos abertos, a aguar! Muita, muita dureza"-"Afonso da Maia, com as suas ideias avançadas, não queria que Carlos sofresse a influência do ensino português. Por isso, deu-lhe uma educação à inglesa, mais científica e pragmática."-Defensores desta educação: Afonso da Maia e o narrador.

Educação Inglesa

crítica ao modelo português

critica ao ensino portugês

Em 1878, Inglaterra vivia a era Vitoriana, caracterizada pelos lucros adquiridos pela expansão do império Britânico, a consolidação da Revolução Industrial e o surgimento de novas ideias. Eça, deste modo, via Inglaterra como uma sociedade perfeita, caracterizada por um povo muito bem formado e educado.

Em 1878, quando a obra "os Maias" foi publicada, Portugal encontrava-se num período de desmoronamento. O povo portugês estava a tomar uma atitude liberalista e saturado de uma monarquia, enquanto que a nobreza, o clero e a realeza queriam manter uma atitude absolutista. Desta maneira vivia-se em Portugal uma época de crise. Eça quis demonstrar as fraquezas da sociedade portuguesa, perante a educação que lhe era transmitida. Passando a ideia no livro, que a educação inglesa era a ideal, enquanto que a portugesa era desajustada à epoca que se vivia.