os bons vi sempre passar

os bons vi sempre passar

Emanuel e Tomás

Esparsa sua ao desconcerto do mundoOs bons vi sempre passar No mundo graves tormentos;E para mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau,mas fui castigado. Assim que só para mim Anda o mundo concertado

Áudio Biografia Análise Tema Assunto

Análise formal

Esparsa (medida velha) • sem mote; • uma única estrofe de dez versos (décima); • redondilha maior: Os/bons/vi/sem/pre/pa/ssar • Esquema rimático: abaabcddcd - rimas cruzada, emparelhada e interpolada

camões

Vida Turbulenta e Exílio (1524/25–1553) Nasceu em Lisboa, estudou em Coimbra e viveu na corte. Foi exilado na Índia após ferir um homem numa briga. Aventuras no Oriente e Os Lusíadas (1553–1570) Serviu como soldado em Goa, naufragou e salvou o seu poema épico. Escreveu Os Lusíadas (publicado em 1572), obra-prima da literatura portuguesa. Morte e Legado (1572–1580) Morreu pobre em 1580, no mesmo ano da dominação espanhola. Hoje, é o símbolo nacional de Portugal, celebrado a 10 de junho.

tema

Tema: a denúncia do desconcerto do mundo (o Homem como vítima de leis perversas e arbitrárias).

assunto

O poema estrutura-se em torno da identificação da oposição “bons” e “maus” – os “bons” sofrem “graves tormentos” e os “maus” vivem em “mar de contentamentos”, o que conduz à ideia do desconcerto do mundo.

28/03-2025