Marquês de Pombal
Trabalho realizado por:Jéssica Almeida Turma: 11ºA Disciplina: História A Professor: Sandra Pinto ~ Ano Letivo:2024|2025
O Marquês de Pombal foi uma figura determinante num dos períodos mais conturbados da história de Portugal. Num tempo marcado por crises económicas, políticas e sociais, bem como pelo devastador terramoto de 1755, destacou-se como o homem que tentou reorganizar e modernizar o país. As suas reformas, embora ambiciosas, levantaram polémicas que ainda hoje dividem opiniões. Neste trabalho, proponho-me explorar o impacto do seu governo, refletindo sobre como as suas ações transformaram Portugal e as lições que podemos retirar da sua liderança.
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INtrodução
O Marquês de Pombal, cujo nome verdadeiro era Sebastião José de Carvalho e Melo, nasceu em Lisboa a 13 de maio de 1699 e faleceu a 8 de maio de 1782. Foi uma das figuras mais marcantes do século XVIII em Portugal, conhecido sobretudo pelas suas reformas modernizadoras e pela gestão após o terramoto de 1755.
Marquês de Pombal: Um Reformador do Iluminismo Português
Oriundo de uma família da pequena nobreza, Sebastião José de Carvalho e Melo iniciou a sua carreira como diplomata, representando Portugal em Londres e Viena. Estas experiências permitiram-lhe absorver ideias iluministas e métodos de governação modernos, que aplicaria posteriormente em Portugal. Em 1750, foi nomeado Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra pelo rei D. José I. Com o tempo, tornou-se a figura mais influente do governo e, em 1759, foi elevado a Conde de Oeiras. Em 1770, recebeu o título de Marquês de Pombal.
Origem e Ascensão ao Poder
O Marquês de Pombal implementou uma agenda de reformas que visavam modernizar o Estado português. Entre as medidas mais relevantes destacam-se: Reorganização do Sistema Educativo Criou o sistema de ensino público e modernizou as universidades, promovendo um ensino mais pragmático e menos dominado pela Igreja.
As Reformas Políticas e Sociais
Reformas EconómicasIncentivou o desenvolvimento da indústria e do comércio, criando companhias monopolistas, como a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, e reforçando o controlo sobre as colónias portuguesas. Reforma da Administração Pública Introduziu maior centralização administrativa, tornando o governo mais eficiente e reduzindo os privilégios da nobreza e do clero. Expulsão dos Jesuítas Acusados de conspirar contra a coroa, os Jesuítas foram expulsos de Portugal em 1759. Esta medida consolidou o controlo do Estado sobre a educação e os territórios coloniais.
Um dos momentos mais marcantes do seu governo foi o terramoto de 1 de novembro de 1755, que destruiu grande parte de Lisboa e causou milhares de mortes. O Marquês de Pombal liderou a reconstrução da cidade com pragmatismo e eficiência. Implementou um plano urbanístico inovador, baseado em ruas largas e edifícios sismorresistentes, que deram origem à Baixa Pombalina, ainda hoje um exemplo de planeamento urbano.
O Terramoto de 1755
O Marquês de Pombal é lembrado como uma figura controversa. Por um lado, é reconhecido como um reformador visionário que modernizou Portugal e o preparou para os desafios do mundo contemporâneo. Por outro, as suas políticas autoritárias e repressivas, incluindo perseguições a opositores, são criticadas. Ainda assim, o seu impacto na história de Portugal é inegável.
Legado
Concluindo, Marquês de Pombal, foi uma figura essencial na história de Portugal. Por um lado, a sua visão reformista e determinação para modernizar o país trouxeram avanços significativos em áreas como a economia, a educação e a administração pública. Por outro, o seu método autoritário e a repressão de quem ousava questioná-lo levantam questões sobre o custo humano e social das suas políticas. O que mais me impressionou foi o impacto duradouro das decisões do Marquês de Pombal, tanto pelas mudanças positivas como pelas desigualdades que algumas geraram. A reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 demonstra a sua coragem e liderança, mas muitas das suas reformas acabaram por beneficiar apenas parte da sociedade. No essencial, o Marquês foi uma figura do seu tempo, com virtudes e defeitos. Apesar das polémicas, o seu papel na modernização de Portugal é inegável, deixando-nos a pensar sobre os sacrifícios que, por vezes, acompanham as grandes mudanças.
Conclusão
FIM