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caso clínico I - 12ºC
MADALENA MELO COSTA 13788
Created on November 27, 2024
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Transcript
Lara Sobreira, Nº16; Madalena Costa, Nº18; Margarida Santos, Nº19; Tom Besson, Nº26
CASO CLÍNICO I
íNDice
Estudo da fertilidade do casal: Sílvia e Miguel
Estudo da capacidade REPRODUTIVA DO CASAL
IDENTIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS EXISTENTES
HIPÓTESES TERAPÊUTICAS + TRATAMENTO
PROBABILIDADES DE SUCESSO + RISCOS
OUTROS CASOS COM O MESMO TRATAMENTO
IMPLICAÇÕES ÉTICAS da manipulaçaõ da fertilidade
REGULAMENTO LEGAL EM PORTUGAL DAS TÉCNICAS
SÍLVIA ribeiro, 26 anos
- Menarca aos 12 anos
- Histórico de anorexia nervosa diagnosticado aos 19 anos.
- Ciclos menstruais irregulares e curtos desde os 20 anos, evoluindo para amenorreia
- Peso baixo (IMC: 16,6 kg/m² - abaixo do normal)
- Uso de preservativo como método contraceptivo
- Histórico familiar sem infertilidade
Estudo da capacidade REPRODUTIVA DO CASAL
estudo hormonal
EXAMEs
- Exame mamário: galactorreia leve
- Exame ginecológico: normal
- Ecografia: ausência de folículos ováricos, sugerindo insuficiência ovariana primária.
- Progesterona baixa (7 ng/ml): indicativo de ausência de ovulação
- FSH elevado (40 mUI/ml): compatível com falência ovariana precoce (FOP)
- Biópsia endometrial: endométrio proliferativo, confirmando ausência de ovulação
- Histerosalpingosonografia: normal, excluindo alterações anatômicas
Estudo da capacidade REPRODUTIVA DO CASAL
O espermograma é normal e o Miguel não apresenta alterações que comprometam a fertilidade masculina.
- Exame físico geral e genital: normais
- Espermograma:
- Estilo de vida saudável (não fuma, álcool moderado)
- Histórico familiar sem infertilidade
MIGUEL FRANCISCo, 30 anos
Estudo da capacidade REPRODUTIVA DO CASAL
EXAMES
CONCLUSÃO
SÍLVIA
Histórico clínico:
IDENTIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS EXISTENTES
A análise dos dados apresentados revela várias anomalias potenciais nos exames e históricos clínicos dos dois pacientes. Os pontos principais:
ANOREXIA NERVOSA
AMENORREIA ATUAL
CICLOS MENSTRUAIS IRREGULARES E CATAMÉNIOS CURTOS
Exame ginecológico:
Estudo hormonal:
Estudo hormonal:
Exame ginecológico:
Exame mamário:
Exame físico geral:
AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE FOLÍCULOS
ENDOMÉTRIO PROLIFERATIVO
Reflete um ciclo anovulatório
FSH ELEVADO (40 mUI/ml)
BAIXA PROGESTERONA (7 ng/ml)
IDENTIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS EXISTENTES
SÍLVIA
Pode ser sugestivo de hiperprolactinemia
BAIXO PESO CORPORAL
GALACTORREIA
IDENTIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS EXISTENTES
A principal anomalia é a falência ovariana prematura (FOP), trazida pelo histórico de anorexia nervosa. Esta implica um desequilíbrio hormonal que põe em causa o normal funcionamento dos ovários, desíquilibrio este que é provado pelos cataménios irregulares e curtos e, posteriormente, pela galactorreia demonstrada nos exames da Sílvia. Conclusão: A reprodução assistida pode ser uma opção viável, como a fertilização in vitro (FIV) com ou sem doação de óvulos.
- Nenhuma intervenção necessária, a fertilidade está preservada
MIGUEL
SÍLVIA
- Avaliar a função hipotalâmica-hipofisária:
- Confirmar a etiologia da falência ovariana:
- Abordagem terapêutica:
- Considerar doação de óvulos em casos de falência ovariana definitiva
PLANO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO INTEGRADO
Hipóteses terapêuticas
Avaliação e estabilização inicial da mulher (Sílvia Ribeiro)
Antes de abordar as opções reprodutivas, é essencial tratar a saúde geral e hormonal de Sílvia. Abaixo estão as etapas fundamentais:
- Obtém um maior número de óvulos
- Controlo do ciclo
- Personalização de tratamento para cada paciente
- Otimiza o aproveitamento dos óvulos, em casos de baixa reserva ovariana
- Estimulação ovariana
- Coleta de óvulos
- Preparação Seminal
- Fertilização para desenvolvimento embrionário
- Transferência de embrião
- Gravidez
Etapas da fiv
-Técnica mais recomendada para mulheres com baixa reserva ovariana, tal como a silvia, uma vez que estimula o crescimento de óvulos, aumentando as chances de existirem óvulos viáveis para fecundação.
Tratamento/Técnica escolhida
Fertilização in vitro, utilizando indução por ovulação
Porquê esta técnica?
O que é a FIV?
-É uma técnica de reprodução assistida onde óvulos e espermatozoides são colhidos e fertilizados em laboratório, com os embriões resultantes sendo transferidos para o útero da mulher para estabelecer a gravidez.
Etapas da FIV: Benefícios Desta técnica:
A indução da ovulação é um tratamento usado para estimular os ovários a produzir e libertar oócitos, sendo uma etapa importante para mulheres com dificuldades em ovular naturalmente. Medicamentos como o clomifeno e as gonadotrofinas (FSH e LH) são frequentemente utilizados para estimular o crescimento dos folículos ovarianos.
PROBABILIDADES DE SUCESSO
INDUÇÃO DA OVULAÇÃO
Como a Sílvia não tem ovulação por ter níveis elevados de FSH (insuficiência ovariana) e ausência de desenvolvimento folicular. Com medicamentos como o clomifeno ou gonadotrof inas (FSH e LH), os ovários podem ser estimulados a desenvolver folículos, para induzir a ovulação.
TAXA DE SUCESSO
A taxa de sucesso por ciclo pode variar entre 15% e 25%, sendo próximo das probabilidades de conceção natural em mulheres sem problemas de fertilidade na mesma faixa etária. Com acompanhamento médico adequado, as probabilidades de engravidar podem ser bastante promissoras.
SHO
Indução da ovulação
A indução da ovulação aumenta o risco de gravidez ectópica, onde o embrião implanta-se fora do útero, geralmente numa trompa de Falópio, uma condição grave em que o feto não sobrevive.
A SHO ocorre quando os ovários respondem de forma exagerada à estimulação, podendo causar dor abdominal, náuseas, dificuldades respiratórias e, em casos graves, complicações circulatórias e renais.
A indução da ovulação pode aumentar o risco de gravidez múltipla, associada a partos prematuros, complicações e maior mortalidade neonatal.
Gravidez ectópica
síndrome de hiperestimulação ovariana
Gravidez múltipla
RISCOS ASSOCIADOS
- Como a Sílvia tem um histórico de anorexia nervosa, um dos maiores riscos é a interferência deste transtorno na resposta aos tratamentos de fertilidade. A anorexia pode causar insuficiências nutricionais e desequilíbrios hormonais, o que pode diminuir a eficácia do tratamento de fertilidade e aumentar o risco de falha.
- Além disso, o tratamento de fertilidade pode resultar numa pressão emocional e psicológica, especialmente se a gravidez não acontecer rapidamente, o que pode agravar os sintomas de distúrbios alimentares ou provocar recaídas.
RISCOS ASSOCIADOS
Anorexia Nervosa
7.
Deficiência de prolactina
6.
Falhas em ciclos de FIV anteriores
1.
2.
3.
4.
5.
Infertilidade inexplicada
Disfunções ovulatórias
Hipogonadismo hipogonadotrófico
Endometriose
Idade avançada
OUTROS CASOS COM O MESMO TRATAMENTO
A indulação da ovulação é um tratamento que pode ser aplicado a outros problemas de infertilidade nas mulheres, não sendo exclusivo do nosso caso clínico, Aqui estão outros casos em que o método da indução da ovulação é uma possível solução:
Proteção da saúde mental e bem-estar psicológico
Utilização de recursos e cuidados adequados
Implicações sociais e familiares
Ética na manipulação genética e na criopreservação
Autonomia e consentimento informado
IMPLICAÇÕES ÉTICA DA MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE
A manipulação da fertilidade põe em causa uma série de questões éticas, especialmente no caso de indivíduos com transtornos psicológicos ou comportamentais, como é o caso da Sílvia, que tem um histórico de anorexia nervosa.
Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) em Portugal expressa avaliações/juízos/reflexões sobre questões éticas relacionadas à saúde, incluindo tratamentos de fertilidade. Eles destacam a importância de considerar a saúde mental e psicológica do paciente e de garantir que o tratamento seja feito de forma ética, com acompanhamento e supervisão adequados, especialmente em casos que envolvem transtornos alimentares ou outros distúrbios emocionais.
Pesquisa e utilização de embriões
Acesso a casais homossexuais e mulheres solteiras
Limite de idade
Doação e preservação de gâmetas e embriões
Quem pode ter acesso?
Técnicas permitidas
REGULAMENTO LEGAL EM PORTUGAL DAS TÉCNICAS
A regulamentação da procriação médica assistida em Portugal é regulada pela Lei n.º32/2006 que estabelece os princípios éticos e técnicos, que orientam a aplicação das técnicas PMA, garantindo o respeito pela dignidade humana, direitos das crianças e pela liberdade de escolha.