Want to create interactive content? It’s easy in Genially!

Get started free

Módulo 5- Processos Relacionais e Comportamento Profissional- Alunos

Ladislau Paulo

Created on November 26, 2024

Start designing with a free template

Discover more than 1500 professional designs like these:

Smart Presentation

Practical Presentation

Essential Presentation

Akihabara Presentation

Pastel Color Presentation

Visual Presentation

Relaxing Presentation

Transcript

Quem sou eu?

Self

Palavra inglesa cuja melhor tradução é “EU”, mas que pode também aparecer traduzida por “SI”. Em qualquer caso, refere-se às representações que a pessoa constrói a seu respeito ao longo do tempo e acerca da sua relação com os outros.

Autoconceito

É o conhecimento (perceções, crenças), a informação que a pessoa tem sobre si, tanto em termos físicos como psicológicos (competências sociais, escolares, personalidade moral, etc.).

Autoestima

Autoavaliação e sentimento que a pessoa tem sobre si. Não é o que sabe sobre si (autoconceito), mas o valor que atribui a cada uma das suas características, e o sentimento ou emoção que resulta do valor que atribui a essas características. É o amor próprio, o grau de aceitação sobre o seu ser e a confiança em si.

Os Outros

Imagina que uma pessoa de que gostas e admiras profundamente te faz um grande elogio. Isso vai deixar-te feliz e com entusiasmo – este elogio melhorou o teu autoconceito (passas a julgar-te mais competente) e aumentou a tua autoestima (passas a ter uma autoavaliação mais favorável). Por outro lado, essa transformação da tua autoestima e do teu autoconceito tornaram-te uma pessoa mais segura e confiante, pelo que a tua identidade pessoal foi também transformada

Os Outros

Na nossa relação com os outros, estes podem confirmar o nosso autoconceito e autoestima ou, pelo contrário, apresentar uma visão diferente do que somos, induzindo eventualmente uma alteração da perceção do self.

Os Outros

As outras pessoas, além de poderem discordar da ideia que tens de ti, também discordam umas das outras a teu respeito.

Os Outros

Apesar de o EU ser único, é um ser complexo, aberto e em mudança, podendo mostrar diferentes facetas em função da idade e dos ambientes, sobretudo por duas razões:

  • a influência que as outras pessoas têm nele;
  • os objetivos que ele tem em cada contexto.

Atitudes

O apoio que as outras pessoas dão à maneira de ser do EU (em função de cada característica da identidade pessoal) vai reforçar ou enfraquecer o autoconceito e a autoestima da pessoa. O processo de socialização é fundamental na construção da identidade.

Atitudes

Isso é fácil de perceber no caso de candidatas e candidatos à Associação de Estudantes – se as suas ações não tiverem um grande apoio popular, sentirão a necessidade de mudar de comportamento e de maneira de ser para aumentar a aceitação por parte dos eleitores.

Efeito Pigmaleão

As crenças (expectativas) dos professores influenciam a atitude e o comportamento dos alunos, tanto positiva como negativamente. Por generalização, conclui-se que as expectativas dos outros exercem influência na atitude e no comportamento daquele sobre o qual recaem, estimulando-o a cumpri-las.

Efeito Pigmaleão

Ao esperarmos determinadas atitudes dos outros, “estimulamo-los” a desenvolvê-las, criando neles a vontade de agir em conformidade com essas mesmas expectativas.

Efeito Pigmaleão

Acresce que há uma tendência natural que, sem nos apercebermos, nos leva a procurar confirmação das nossas expectativas – é o chamado viés da confirmação. Por isso, as pessoas tendem a procurar informação que confirma as suas expectativas e a esquecer ou desvalorizar a informação que as contraria.

Atitude

Tendência relativamente estável para responder de forma positiva ou negativa a um objeto. É uma predisposição/inclinação ou probabilidade para nos comportarmos de certo modo relativamente aos outros, às instituições e às situações.

Comportamento

Aquilo que a pessoa faz. As suas respostas/atuações observáveis realizadas nas diversas situações e que derivam, normalmente, das atitudes. São uma forma de manifestação e de concretização das atitudes.

Atitude vs Comportamento

Contrariamente aos comportamentos, que se podem observar, as atitudes são processos mentais que apenas podemos inferir a partir dos comportamentos a que dão origem.

Atitude vs Comportamento

Ou seja, se alguém se comportou de certo modo, infere-se que tem certa atitude. O comportamento é efeito da atitude, logo, quando vemos o comportamento, adivinhamos a atitude que o causou.

Atitude vs Comportamento

Se, por exemplo, eu defender o respeito pelos direitos dos animais (atitude), consequentemente é de esperar que não coma carne de animais criados em pecuária intensiva (comportamento).

Atitude vs Comportamento

Por outro lado, se participo em manifestações em defesa do clima (comportamento), adivinha-se que sou a favor da preservação climática (atitude).

Características das atitudes

Relativamente estáveis e duradouras

A sua durabilidade é variável, dependendo do grau de consolidação das componentes cognitiva e afetiva e dos desafios ambientais (nível de desafio da estimulação). Se a relação com o objeto se basear em informação escassa e superficial e em reduzida ligação afetiva, a atitude é líquida, instável e fácil de mudar. O contrário também se verifica.

Aprendidas

Constroem-se no processo de socialização e podem alterar-se ao longo do desenvolvimento da pessoa. A cultura dos nossos grupos impacta muito na sua formação. São predominantemente construídas até à idade adulta, mas nunca se tornam imutáveis.

Aprendidas

O saber e as crenças (componente cognitiva) são adquiridos com a experiência, e o mesmo se passa com as emoções/afetos (componente afetiva) que associamos a cada objeto. Ninguém nasce com posição acerca da pena de morte ou da despenalização do aborto, por exemplo.

Influenciam os comportamentos

As nossas atitudes geram grande parte dos comportamentos, e isso faz com que elas não influenciem apenas os nossos atos, mas também os daqueles que os observam, seja por imitação ou por oposição.

Componente Cognitiva O que eu sei ou acredito saber

Diz respeito ao conjunto de ideias que adquirimos sobre determinado objeto; as informações/crenças que possuímos sobre a pessoa/situação/instituição/grupo e que temos para nós como sendo verdade.

Componente Afetiva O que sinto

Diz respeito aos sentimentos que desenvolvemos sobre esse mesmo objeto; a avaliação positiva ou negativa que fazemos atendendo às emoções que desperta em nós.

Componente Comportamental O que tenho predisposição para fazer

Diz respeito à tendência ou inclinação para reagir ou responder de certo modo face a determinado objeto (note-se que não é o comportamento, mas a predisposição para ter certo comportamento).

Componente Comportamental O que tenho predisposição para fazer

É o resultado do balanço entre as componentes anteriores, revelando-se numa motivação para atuar em função do equilíbrio entre o que sabemos ou acreditamos saber sobre o objeto (por um lado) ou o que sentimos em relação ao objeto (por outro).

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Apesar de relativamente estáveis, as atitudes não são fixas ao longo da vida. Os diferentes papéis que vamos experimentando, as vivências, as interações sociais, os outros, são os agentes que estão na base da formação e mudança das nossas atitudes – quando eles mudam, as atitudes tendem a mudar também.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Ainda que possam mudar em qualquer idade, a infância e a adolescência são os períodos onde a mudança é mais frequente – é nestes períodos que definimos muito do que somos, escolhendo os nossos caminhos e opções.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Os principais agentes da mudança de atitudes são: a família, a escola e todos os profissionais do ensino (professores, auxiliares de ação educativa, treinadores, líderes religiosos, entre outros), os pares (amigos e colegas), os meios de comunicação social e os influencers.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Nas atitudes, além dos agentes da mudança, podemos falar de fatores de mudança de quatro tipos. Estão ligados:

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

1. ao comunicador: este é mais eficaz se for atraente, confiável (moral e tecnicamente), poderoso e prestigiado

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

2. à mensagem: esta é mais eficaz se for curta, clara, lógica e/ou emotiva;

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

3. ao meio: para a sua eficácia, é de privilegiar, por esta ordem, a interação presencial, a comunicação audiovisual e, só depois, a comunicação áudio e a verbal;

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

4. à audiência: uns públicos são mais influenciáveis do que outros – é mais fácil mudar as atitudes de crianças do que as de adultos; é mais fácil mudar as atitudes de jovens do que as de idosos.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Dado que as atitudes dependem da combinação entre informação e emoção, mudar as atitudes passa por alterar estes dois fatores, melhorando o conhecimento e aumentando a empatia e a sensibilidade.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Há uma situação bastante frequente em que a mudança de atitude se torna uma necessidade. É aquela em que a pessoa vive em dissonância cognitiva.

Dissonância Cognitiva

Tensão psicológica gerada pela contradição de informações/crenças (a componente cognitiva torna-se inconsistente) ou pela oposição entre crenças e sentimentos relativamente a um objeto, ou ainda pela incoerência entre a atitude e o comportamento. Existindo conflito entre elementos da atitude ou entre atitude e comportamento, gera-se sofrimento, o que pressiona uma mudança.

Dissonância Cognitiva

Nos casos de dissonância cognitiva, são frequentes as recaídas em comportamentos incoerentes. Apesar de muitas pessoas tentarem melhorar o seu desempenho, rapidamente abandonam a sua dieta, um plano de exercício físico ou um plano de estudo.

Dissonância Cognitiva

As recaídas acontecem porque a mudança de atitude não ficou bem consolidada na nossa mente. Para que isso aconteça, a pessoa tem de mudar significativamente a informação (componente cognitiva) ou as emoções associadas (componente afetiva) ou o comportamento, para que crie em si uma situação de coerência psicológica.