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Created on November 24, 2024

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Alberto Fondón Maya
Mariza

PASSPORT

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O fado nem é triste nem alegre, o fado é fado. Fernando Pessoa

CLUBE DE FADO

Amália Rodrígues
Carminho

Fado Vadio

Alfama

O fado é um estilo musical português. Embora a sua origem seja objeto de debate, enquanto canção popular urbana, desenvolveu-se sobretudo a partir de Lisboa, no final do século XIX.. Geralmente é cantado por uma só pessoa (fadista) acompanhado por uma guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e uma guitarra portuguesa. O fado foi elevado à categoria de Património Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2011.

QUe é o fado?

O Fado, expressão cultural que brotou em Lisboa no século XIX, teve início nos contextos populares e marginais da cidade, associado a momentos de convívio, lazer e transgressão. Originário de ambientes urbanos como hortas, tabernas e ruas, era inicialmente ligado a figuras marginais, como prostitutas, marujos e rufiões, cujas performances, muitas vezes improvisadas, transmitiam narrativas do quotidiano. Essa origem controversa gerou rejeição por parte da elite intelectual, mas não impediu a sua consolidação como símbolo ália, Carlos do Carmo e Mariza, além de uma nova geração que continua a enriquecer este legado.

FADO COM HISTÓRIA

Fado Vadio

Fado Reinventado

Fado de Coimbra

Fado Tradicional

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CONHECES QUANTOS TIPOS DE FADO EXISTEM?

Temas Saudade: A saudade, um sentimento de melancolia e nostalgia profundamente português, é o tema central do fado tradicional. Amor e Desamor: As letras abordam histórias de amores impossíveis, paixões intensas e desgostos. Destino e Fatalismo: O fado reflete uma visão fatalista da vida, em que o destino é inevitável. A Vida Urbana: Muitas canções falam do quotidiano, das vidas simples nos bairros lisboetas, das suas figuras típicas e dos desafios da vida. Tristeza e Alegria: Apesar do tom melancólico, alguns fados tradicionais são animados e celebram a vida ou eventos festivos.

é o estilo mais autêntico e enraizado desta expressão musical portuguesa, sendo considerado a base do fado como género. Aqui estão as suas principais características em termos de origens, temas, contexto e variantes: O fado tradicional surgiu nos bairros populares de Lisboa, como Alfama, Mouraria e Bairro Alto, no início do século XIX.As suas origens estão ligadas a influências mouriscas, à música africana trazida pelos escravos, e às tradições musicais da classe trabalhadora lisboeta.

FADO TRADICIONAL

fado bailado

Fado menor

fado mouraria

Fado corrido

O fado tradicional tem diversas variantes melódicas, que servem de base para a criação de novas letras: Fado Menor: Tonalidade melancólica, associado a temas de saudade e tristeza. Exemplo: "Fado Menor do Alfredo Marceneiro". Fado Corrido: Mais rápido e rítmico, frequentemente usado para narrativas ou celebrações. Exemplo: "Fado Corrido da Hermínia Silva". Fado Mouraria: Tem influências mouriscas no estilo melódico e está associado ao bairro da Mouraria. Exemplo: "Fado da Mouraria". Fado Bailado: Variante mais ritmada, com elementos que lembram danças. Exemplo: "Fado Bailado do João Ferreira Rosa". Fado Vadio: Uma versão espontânea do fado tradicional, cantada de forma amadora em tascas e reuniões informais.

Temas A Vida dos Bairros Populares: Retrata histórias do quotidiano das classes trabalhadoras lisboetas, os seus amores, desafios e alegrias. S audade e Nostalgia: Tal como no fado tradicional, a saudade é central, mas no fado castiço é abordada de forma ainda mais direta e sem ornamentações. Humor e Ironia: Algumas letras têm um tom ligeiramente irónico ou humorístico, retratando figuras típicas ou situações do dia a dia. Ligações à Lisboa Antiga: O fado castiço celebra Lisboa, os seus bairros históricos e a alma da cidade. As variantes do fado castiço são as mesmas do que as do fado tradicional.

O fado castiço é uma das vertentes mais genuínas e puristas do fado tradicional, que se caracteriza pela sua ligação à autenticidade e à tradição popular lisboeta. Surge como uma forma de preservar o fado na sua forma mais pura, sem inovações ou influências externas. É profundamente enraizado nos bairros históricos de Lisboa, como Alfama, Mouraria e Madragoa.Ligação às Raízes Populares: O fado castiço mantém as características do fado tradicional tal como era cantado nas tascas e tabernas do século XIX, refletindo a alma do povo lisboeta.

FADO CASTIÇO

O fado de Coimbra é uma das variantes mais distintivas do fado português, diferenciando-se do fado tradicional de Lisboa em estilo, temas, interpretação e contexto. Aqui estão as suas características principais organizadas por origens, temas, contexto e variantes:

FADO DE COIMBRA

fado castiço

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Temas Amor Romântico e Platónico: O fado de Coimbra é profundamente marcado pelo ideal de amor puro e inatingível, muitas vezes cantado como uma serenata à amada. Nostalgia e Despedida: Reflete a saudade dos tempos de estudante e o adeus à vida académica. Paisagens e Tradições de Coimbra: Muitas letras exaltam a cidade, o Mondego, os seus espaços históricos e a vida académica. Questões Sociais e Patrióticas: Durante períodos de opressão política, o fado de Coimbra tornou-se uma forma de protesto e resistência, com letras de teor político e social.

Origens Raízes Académicas: O fado de Coimbra está profundamente ligado à tradição estudantil da Universidade de Coimbra, sendo interpretado principalmente por estudantes e antigos alunos. Surgimento: Ganhou forma no século XIX, como uma adaptação do fado tradicional, mas com influências da música erudita e das serenatas populares. Ligação à Cidade de Coimbra: Este fado é inseparável da história e do espírito desta cidade, muitas vezes considerado o fado da elite intelectual, em contraste com as raízes populares do fado de Lisboa.

VariantesO fado de Coimbra não tem tantas variantes melódicas como o fado de Lisboa, mas distingue-se pela sua melodia mais elaborada e influências clássicas: Baladas de Coimbra: Mistura o estilo do fado com influências das baladas tradicionais portuguesas. Exemplo: "Balada da Despedida", de José Afonso. Fado Serenata: Subgênero romântico, usado para cantar serenatas à amada. Exemplo: "Canção de Coimbra". Fado de Protesto: Letras que abordam questões sociais e políticas, popularizadas durante o Estado Novo. Exemplo: "Menino d’Oiro", de Adriano Correia de Oliveira.

Interpretação como Serenata: Frequentemente cantado ao ar livre, em praças ou à janela da pessoa amada, como forma de serenata.Ambiente Académico: Está ligado às tradições e cerimónias académicas, como a Queima das Fitas ou serenatas noturnas.Exclusividade Masculina: Historicamente, era interpretado apenas por homens, vestidos com a capa e batina, como símbolo de tradição e respeito.Postura e Solenidade: O fado de Coimbra é cantado de pé, com uma postura formal e respeitosa, diferenciando-se do tom mais íntimo e descontraído do fado de Lisboa.

FADO DE COIMBRA

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Origens Transformação e Continuidade: Surge a partir do final do século XX e início do século XXI, quando artistas começaram a explorar novas formas de expressar o fado, sem abandonar a sua essência. Influências Externas: O fado reinventado absorve elementos de géneros como jazz, música erudita, pop, world music e flamenco. Reconhecimento Global: O fado ganhou maior projeção internacional, especialmente após a sua classificação como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em 2011, o que incentivou inovações e experimentações.
O fado reinventado, também conhecido como fado moderno ou contemporâneo, é uma evolução do fado tradicional, adaptada aos gostos e influências do século XXI. Apesar de manter as raízes e a essência emocional do género, incorpora novos elementos musicais, poéticos e performativos, tornando-se mais acessível a públicos diversos. Aqui estão as suas principais características:

FADO REINVENTADO

FADO REINVENTADO

Temas Continuidade Temática: Saudade, amor, dor e fatalismo continuam a ser os temas principais. Novas Perspetivas: As letras incorporam temas contemporâneos, como questões sociais, reflexões sobre a globalização, feminismo e identidade. Poesia Modernizada: Muitos intérpretes trabalham com poetas e letristas contemporâneos, adaptando a linguagem do fado aos tempos modernos. Perspetiva Individual: A visão pessoal e subjetiva do fadista é mais destacada, enfatizando interpretações únicas.

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FERNANDO PESSOA

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Toda a poesia – e a canção é uma poesia ajudada – reflecte o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.O fado, porém, não é alegre nem triste. É um episódio de intervalo. Formou-o a alma portuguesa quando não existia e desejava tudo sem ter força para o desejar.As almas fortes atribuem tudo ao Destino; só os fracos confiam na vontade própria, porque ela não existe.O fado é o cansaço da alma forte, o olhar de desprezo de Portugal ao Deus em que creu e também o abandonou.No fado os Deuses regressam legítimos e longínquos. É esse o segredo sentido da figura de El-Rei D. Sebastião.

Toda a poesia – e a canção é uma poesia ajudada – reflecte o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.O fado, porém, não é alegre nem triste. É um episódio de intervalo. Formou-o a alma portuguesa quando não existia e desejava tudo sem ter força para o desejar.As almas fortes atribuem tudo ao Destino; só os fracos confiam na vontade própria, porque ela não existe.O fado é o cansaço da alma forte, o olhar de desprezo de Portugal ao Deus em que creu e também o abandonou.No fado os Deuses regressam legítimos e longínquos. É esse o segredo sentido da figura de El-Rei D. Sebastião.

O FADO E A ALMA PORTUGUESA.