Módulo Didático Assinatura Corporativa

Ah quanta melancolia!

Fernando Pessoa

Inês Santos n. 12ºIMara Araújo n.13 12ºI

índice

05

01

Estrutura externa

Análise lexical

02

06

Estado de espírito do sujeito poetico

Imagem

03

07

Significado das repetições

Elemento auditivo

04

08

Simbolismo de nau e cego

Conclusão

Estrutura externa

1. A obra apresenta três estrofes, sendo as três quintilhas, com 7 sílabas métricas cada verso, ou seja, o poema foi escrito em redondilha maior.
2. A nível rimático, o esquema deste é regular sendo este composto por rima cruzada no primeiro e terceiro verso de cada estrofre, emparelhada no terceiro e quarto verso da estrofe e interpolada no segundo e quinto verso da mesma (ABAAB)

Unit 1

Estado de espírito do sujeito poético

O eu lírico expressa sentimentos como a tristeza, solidão e angustia.

O sujeito poético debate-se frequentemente com a angústia existencial e a incerteza sobre o sentido da vida.A sensação de isolamento e incompreensão reflete-se nas relações interpessoais e na busca por significado.

Significado das repetições

"Quanta, quanta solidão!"

• repetição de "quanta" intensifica o sentimento de solidão;
• reforça a vastidão da solidão e transmite uma sensação de desespero;
• a solidão é tão avassaladora que uma única palavra não seria suficiente para descrevê-la adequadamente.

"Sem sossego, sem sossego"

• repetição de "sem sossego" enfatiza a contínua inquietude e turbulência emocional do “eu” lírico;
• constante assombração pela falta de paz e sossego;
• sensação de um ciclo interminável de desassossego.

Valor simbólico

Nau

Cego

• usado como uma metáfora para alguém que está incapaz de ver a verdade ou a realidade;
• simboliza a própria condição do sujeito poético;
• o verso "o cego caiu na estrada" demonstra a incapacidade do sujeito poético de encontrar um caminho ou direção na vida;
• isso sugere um momento de desespero ou desistência.

• representa a vida do sujeito poético, a sua viagem emocional ou espiritual;

• o verso "Se a nau foi abandonada" representar a sensação do sujeito poético de que sua vida (ou a própria alma) está à deriva, sem direção ou propósito;
• isso evoca sentimentos de desespero e perda.

Análise Lexical

Vocabulário: Linguagem simples, mas profundamente simbólica e emocional. Substantivos e adjetivos reforçam sentimentos de vazio e perda. Verbos como "morreu" e "desapareceu" sugerem irreversibilidade e desamparo.

Figuras de linguagem: Metáfora: "Aquela alma, que vazia" — A alma representa o estado emocional do eu lírico. "A nau desapareceu" — A nau simboliza a perda total de orientação ou esperança. Personificação: "Que mágoa que sabe a fim" — A mágoa é tratada como algo consciente. Anáfora: Repetição de "quanta" e "sem sossego" intensifica a angústia e cria musicalidade. Aliteração e assonância: Uso de sons repetidos como o "s" em "sem sossego, sem sossego" reforça o ritmo melancólico.

Imagem

Elemento auditivo

Conclusão

O poema "Ah, quanta melancolia!" é uma manifestação profundamente subjetiva da condição humana, marcada pela solidão e pelo desencanto com o mundo. Fernando Pessoa utiliza símbolos universais (a nau, o cego) para explorar questões existenciais, como o vazio da alma e a inevitabilidade da perda. A linguagem simples e a estrutura livre intensificam a universalidade dos sentimentos, convidando o leitor a compartilhar a melancolia do eu lírico.

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Fim!

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