Módulo Didáctico História
Nicolly Daschevici
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Transcript
DIÁRIO DE BORDO 26 DE FEVEREIRO DE 1677
Eu sou Penelope White, tenho 28 anos trabalho com o tecido e nasci em Inglaterra, Londres, e neste meu diário vou viajar para outros três países da Europa para comparar as práticas mercantilistas.
Mas vou começar por falar do meu país, aqui houve um crescimento acentuado e tornou-se um importante centro comercial devido a vários fatores tais como as ações da coroa, do parlamento que foi no sentido de dinamizar a atividadade económica, marítima e comercial, da criação de companhias comerciais tais como a companhia dos indíos orientais. É um porto dinamizador do comércio e do desenvolvimento da construção naval e da frota mercante.
Construiram uma poderosa frota de navios capazes de navegar por grandes distâncias e conseguir mercadoria a custo mais baixo e revendendo-as a um valor muito maior.Os produtos mais conhecidos aqui em Inglaterra são artigos têxteis, o chá, o tabaco e as especiarias.
Foi criado entrepostos comerciais no Orientre e na África e uma fundação de colónias na América para preservar o empério colonial britânico da concorrência francesa e holandesa, foram criadas várias medidas protecionistas que se deu o nome de Ato de navegação, que foi imposto em 1651
Oliver Cromwell, foi o responsável pelo Ato de navegação
Ou seja só se pode adquirir produtos europeus se forem transportados por mercadores ingleses ou por mercadores dos respectivos países europeus e só podem adquirir produtos da América, Ásia ou África se forem transportados por mercadores ingleses, em navios ingleses isto tudo para desenvolver a construção naval, promover a navegação e limitar o poder naval dos Holandeses.
Desde aí desencadiaram várias viajens e expedições em busca de novas rotas marítimas para o Oriente e fizeram uma intensa atividade de corso dirigida às embarcações portuguesas e espanholas e houve um grande desenvolvimento da armada (navios de guerra) e da marinha mercante (navios comerciais).
Corsários britânicos
Sir John Hawkings
Sir Francis Drake
Navio do corsário John Hawkings
Bandeira de navio pirata
Londres no séculoXVII
27 DE FEVEREIRO DE 1677
Hoje vou partir para Holanda, vou descobrir como é que funciona o mercantilismo por lá e perceber quais as diferenças de lá para Inglaterra.
2 DE MARÇO DE 1677
Já a algum tempo que não escrevo aqui no diário pois tive a navegar para chegar aqui, a Holanda, e hoje dia 2 de março cheguei.
Cheguei á pouco tempo e já reparei que possuiem uma poderosa marinha mercante e uma importante frota naval que desenvolve uma intensa atividade mercantil. Eles abastecem-se nos mercados ibéricos de Lisboa e Sevilha para fornecer os mercados do norte da Europa
HOLANDA
Burgesia holandesa
Eles também se dedicam ao corso, atacando, sobretudo, navios portugueses e espanhóis.
Ataque holandês a galeões portugueses no porto de Goa
Rotas do comércio holandês no Oriente
Houve uma criação de duas companhias comerciais, que são a Companhia da Índias Ocidentais de 1601 e em 1602 a Companhia da Índias Orientais, tal como em Inglaterra que também foi criada companhias comerciais.Em 1609 fundiu o banco de Amesterdão e da bolsa de valores.
Sede da companhia das Índias Orientais, Amesterdão
Hoje descobri que estes eram utilizados como três importantes pilares para o sustento . A Companhia das Índias Orientais, é responsável pelas decisões gerais relacionadas à compra e venda de produtos, e a futura exploração dos seus territórios coloniais. Logo em seguida, destacamos as ações de crédito e controle de fluxo monetário promovido pelo Banco de Amsterdão e, finalmente, a eficiente frota de navios por eles controlada.
3 DE MARÇO DE 1677
Bolsa de Amesterdão
(interior)
Navio da Companhia da Índias Ocidentais
No desenvolvimento da economia açucareira no Brasil, os holandeses atuaram realizando a distribuição do produto pela Europa e fornecendo crédito para que os portugueses financiassem a construção de engenhos e a formação de lavouras. Alguns produtos mais conhecidos da Holanda é no corte de pedras preciosas, na fabricação de instrumentos de navegação e na preparação de bebidas destiladas e fermentadas.
4 DE MARÇO DE 1677
Já acabou a minha visita para saber mais sobre como funciona o mercantilismo na Holanda pois hoje vou partir para França, então vou escrever novamente quando estiver lá.
16 DE MARÇO DE 1677
Cheguei a França e já reparei que aqui tem o nome de mercantilismo mas é conhecido como colbertismo como não acontece na Inglaterra ou na Holanda.
FRANÇA
Na França, o Mercantilismo surgiu durante o século XVI, dentro do processo de fortalecimento da monarquia e centralização do poder. Agora no século XVII, o mercantilismo está fortemente implantado no sistema econômico francês. O principal aplicador do sistema mercantilista na França é o ministro das finanças francês Jean-Baptiste Colbert por isso é que é conhecido por colbertismo. O Colbert estimula a indústria francesa, incentiva as exportações e reduz as taxas internas.
Jean-Baptiste Colbert
A França procura exportar mais do que importar, para garantir o fluxo de ouro e prata para o país.
Reparei que aqui o mercantilismo segue uma política económica orientada para aumentar o poder do Estado através da acumulação de riqueza, principalmente em metais preciosos, como ouro e a prata. O governo francês, sob o reinado de Luís XIV e com o ministro Jean-Baptiste Colbert, implementaram várias medidas para fortalecer a economia e promover o comércio exterior.
Eles tem um papel ativo na economia, regulando o comércio, a produção e incentivando indústrias , como a seda e a construção naval. Colbert criou monopólios e favoreceu a manufatura local.
Eles aplicam tarifas e impostos elevados sobre os produtos importados, de forma a proteger a indústria interna e incentivar a produção local.
Os quatro produtos mais importantes de França são o vinho, a seda e tecido, produtos coloniais como o açucar, café e cacau e metais preciosos que são o ouro e a prata
24 DE MARÇO DE 1677
Vou viajar para o último país que me resta, Portugal.
3 DE ABRIL DE 1677
Já chegei a Portugal e estou curiosa como é que aqui funciona.
PORTUGAL
O império português está vastamente espalhado, com Brasil, África (como Angola e Moçambique) e a Índia a fornecerem produtos valiosos, como açúcar, ouro, especiarias, sal e escravos. O comércio colonial é essencial para o mercantilismo em Portugal, já que as exportações das colónias alimentam a balança comercial e a acumulação de riquezas em metais preciosos, como ouro e prata.
Como em França o governo português também impõem impostos elevados sobre as mercadorias importadas e exportadas, de forma a proteger as indústrias locais e garantir que o ouro e outras riquezas cheguem ao tesouro real. O comércio de açúcar e especiarias são altamente reguladas, e o controlo do comércio de escravos também é uma fonte significativa de rendimento.
Principais rotas
A ideia fundamental do mercantilismo, também como em França, era garantir uma balança comercial favorável, ou seja, exportar mais do que se importava, para acumular riqueza em metais preciosos. Aqui em Portugal, o comércio com as colónias e o ouro brasileiro contribuem para essa balança positiva, mas o país depende da importação de produtos manufacturados e artigos de luxo, como tecidos e armamentos.
Então o que eu percebi é que o mercantilismo em Portugal está fortemente ligado ao comércio ultramarino, especialmente com as colónias do Brasil, África e Ásia. O Estado português intervem ativamente no comércio, impondo monopólios e regulamentos. A economia portuguesa continua a depender da marinha mercante e das rotas comerciais globais, mas enfrenta dificuldades devido à falta de uma indústria forte e ao controlo das potências estrangeiras sobre o comércio internacional.
Depois destas longas viajens vou voltar para Inglaterra e escrever uma carta ao rei para algumas melhorias.
18 DE ABRIL DE 1677
Já cheguei a Inglaterra e adorei viajar por estes países para conhecer mais sobre o mercantilismo destes.
5 DE ABRIL DE 1677
CARTA PARA O REI CARLOS II
Majestade, escrevo para sugerir algumas ideias que podem ajudar a fortalecer o comércio e a economia da Inglaterra. Primeiro, seria importante investir em mais navios e melhorar os portos para proteger o comércio com as colônias, além disso, explorar novas regiões, como o Oriente, pode aumentar as nossas riquezas. Isso ajudaria a manter o comércio de produtos valiosos, como especiarias e açúcar. Outra medida seria revisar o sistema de impostos, oferecendo incentivos às indústrias que produzam bens para exportação, o que melhoraria a economia interna.De: Penelope WhitePara: Rei Carlos II