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René Descartes

Monica Saraiva

Created on November 19, 2024

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Transcript

René Descartes & a teoria racionalista

Alunos: Beatriz Valente N.º1; Francisca Mesquita N.º2; Lara Bento Nº.3; Mónica Saraiva N.º5; Violenta Monteiro N.º6; Ana Martins N.º 7; Ana Santos N.º9; Anaís Monteiro N.º8; Cláudia Alexandra N.º10; Edson Pereira N.º 11Disciplina: Filosofia Professor: João Carlos
  1. Introdução;
  2. Biografia de Descartes;
  3. Teoria racionalista (o que é e em que se baseia);
  4. Tipos de conhecimentos e ligação com a teoria;
  5. Dúvida metódica;
  6. Cogito/ clareza e distinção;
  7. Dualismo cartesiano/ três tipos de ideias;
  8. Provas da existência de Deus;
  9. Objeções ao racionalismo cartesiano.

Índice:

René Descartes, um dos mais influentes filósofos e matemáticos da história é amplamente reconhecido como o pai da filosofia moderna. Revolucionou o pensamento ocidental através da sua abordagem racionalista, propondo que o conhecimento deve ser construído a partir de princípios indubitáveis. É também o autor da famosa máxima "Cogito, ergo sum" ou "Penso, logo existo" que resume a sua crença na razão como fundamento de todo conhecimento. Neste trabalho, vamos mergulhar nas suas ideias e contribuições para a filosofia e a ciência, através da teoria racionalista.
Introdução
René Descartes

Biografia

Filósofo, físico e matemático francês, estabeleceu os fundamentos filosóficos do que hoje se chama ciência moderna. É, por este facto, considerado o principal artifice da revolução intelectual do século XVII. Uma parte significativa do seu trabalho filosófico foi, em rigor, científico. Em 1637 publicou (anonimamente) Geometria, dióptrica e meteoros, resultante de um cuidadoso trabalho teórico e experimental. Como prefácio a estes três pequenos tratados, figurava o que se converteria num dos mais reconhecidos e citados textos da filosofia ocidental: Discurso do método. Reconhecido itinerante, viveu em trinta e oito endereços diferentes ao longo da sua vida. Morreu em Estocolmo, na Suécia, no inverno de 1650, vítima de pneumonia. Em 1667, a Inquisição colocou as suas obras na lista dos livros proibidos. Exerceu influência duradoura em boa parte do pensamento ocidental posterior.

Segundo esta teoria, o pensamento lógico e dedutivo permite alcançar verdades universais e confiáveis, independentemente das experiências sensoriais, que são consideradas menos fiáveis. Principais Fundamentos:

  • Primazia da razão
  • Conhecimento inato
  • Verdades universais e necessárias
  • Método dedutivo

A Teoria racionalista é uma abordagem filosófica e epistemológica que enfatiza a razão como a principal fonte de conhecimento e verdade, em oposição à experiência sensorial (empirismo) onde a principal fonte de conhecimento e verdade é a experiência. No contexto da filosofia, o racionalismo defende que certos conceitos, princípios ou verdades são inatos ou podem ser descobertos exclusivamente através da lógica e do raciocínio, sem depender necessariamente da observação do mundo físico.

Teoria racionalista (o que é e em que se baseia)

Existem dois tipos de conhecimento, o conhecimento a priori e o conhecimento a posteriori.O que é conhecimento a priori? O conhecimento a priori é aquele que não depende da experiência, para justificar que temos conhecimento. Ele baseia-se na razão e no pensamento, ou seja, podemos saber que algo é verdadeiro quando pensamos sobre isso, sem precisar de observar ou experimentar algo para o justificar. Exemplos Características do conhecimento a priori:

  • Independente da experiência.
  • Baseado na razão pura.
  • Universal e necessário.

Tipos de conhecimentos

  • O que é o conhecimento a posteriori?
O conhecimento a posteriori é aquele que vem da experiência. Só podemos saber se algo é verdadeiro quando observamos ou experimentamos algo. Ele é obtido a partir da interação com o mundo exterior e pode ser confirmado ou refutado por meio de experimentos. Exemplos:
  • Este bolo é de chocolate;
  • O perímetro da mesa do refeitório é de quatro metros;
  • O céu é azul.
Estes exemplos, mostram que precisamos de recorrer à experiência e a dados empíricos para justificar o conhecimento. Características do conhecimento a posteriori:
  • Depende dos sentidos e da experiência.
  • Pode mudar com novas observações, ou seja, é contingente.
Descartes contribuiu significativamente para a compreensão do conhecimento a priori, argumentando que é mais confiável do que o conhecimento baseado nos sentidos. Ele estabeleceu a base do racionalismo, que valoriza a razão como a principal fonte de conhecimento, em contraste com o empirismo, que defende o conhecimento a posteriori, baseado na experiência.

Tipos de conhecimentos

dúvida da matemática

dúvida do mundo externo

dúvida dos sentimentos

A dúvida metódica consiste em um método radical de questionamento, em que Descartes decide duvidar de tudo que não seja absolutamente certo, para encontrar uma base sólida para o conhecimento.

Dúvida metódica

Assim, para Descartes, clareza e distinção (o seu critério de verdade, de certeza racional) são qualidades das quais não se pode duvidar, por muito que se tente e queira, é uma evidência e que ele reconhece no cogito.

Em resumo

Não podendo confiar nos sentidos nem nos poderes da razão como fontes fiáveis do conhecimento, Descartes recorreu à dúvida como método para encontrar certezas. A aplicação da dúvida metódica fez surgir uma primeira certeza indubitável (que resiste à dúvida, mesmo à dúvida hiperbólica, a dúvida elevada ao seu grau máximo), a certeza da existência do sujeito que pensa, pois, duvidar é pensar. Penso logo existo (cogito ergo sum) Descartes descobriu assim o cogito. O cogito ou sujeito pensante, a primeira certeza, a primeira verdade indubitável, a verdade descoberta por intuição racional e não por dedução é para Descartes uma crença básica que não é inferida de nenhuma outra crença. Ao descobrir o cogito Descartes, encontrou o seu critério de verdade, a clareza e a distinção. Portanto, para que se tenha certeza de alguma coisa, para que se aceite como verdade, é preciso que seja compreendido clara e distinta. E o cogito, verdade autoevidente descoberta por intuição e não por dedução, é uma crença básica que é percebida clara e distinta sem recorrer à inferência (não é inferida de nenhuma outra crença).

A descoberta do Cogito / Clareza e distinção

Ideias de reflexão

Ideias adventícias

Ideias inatas

Esses conceitos são fundamentais para entender a epistemologia cartesiana e a forma como Descartes aborda a aquisição do conhecimento.

O dualismo cartesiano é uma teoria filosófica proposta por René Descartes, que defende a ideia de que existem duas substâncias distintas: a mente (ou alma) e o corpo. Segundo Descartes, a mente é uma substância pensante, enquanto o corpo é uma substância extensa, ocupando espaço e sendo sujeita às leis físicas. Essa separação é fundamental para entender a natureza da consciência e a relação entre o pensamento e a matéria. Quanto aos três tipos de ideias que Descartes identifica, temos:

Dualismo cartesiano/Três ideias

Algumas objeções

Argumento Ontológico

Argumento da Marca Impressa

Provas da existência de Deus

Interpretação filosófica da dúvida

Neurosciência e cognição

Filosofia prática

Problema do ceticismo radical

Intuições e verdades autoevidentes

Empirismo

Ceticismo sobre a razão

Objeções ao racionalismo cartesiano

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KAHOOT

Debate

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A dúvida do mundo externo, em Descartes, questiona se as coisas fora de nossa mente realmente existem. Ele considera a possibilidade de que tudo o que percebemos seja uma ilusão, como nos sonhos, onde acreditamos estar em contato com algo real, mas não estamos. Assim, ele suspende a crença no mundo externo até encontrar uma certeza indubitável.

Surgem a partir da análise e combinação de outras ideias. Exemplo: ideia de um triângulo (podemos pensar sobre as suas características e relacioná-las a outras ideias)

A defesa de Descartes de que certas verdades são autoevidentes e podem ser conhecidas intuitivamente é contestada. Críticos argumentam que o que é considerado "autoevidente" pode variar entre indivíduos e culturas, questionando a universalidade das verdades racionais.

A dúvida dos sentimentos em Descartes está ligada à confiabilidade dos sentidos como fonte de conhecimento. Ele argumenta que os sentidos muitas vezes nos enganam, como em ilusões ou percepções equivocadas. Por isso, na dúvida metódica, Descartes suspende a confiança nos sentidos, questionando se eles podem realmente fornecer uma base sólida para o conhecimento.

Descartes para mostrar que o conhecimento é possível e refutar o ceticismo:

  • aceitou o desafio cético;
  • estabeleceu a dúvida como método (dúvida para chegar à certeza, à verdade)
  • encontrou o cogito, uma crença básica ou fundacional indubitável que não requer nenhuma crença inferencial adicional;
  • Descartes usando a dúvida metódica pode duvidar de tudo, mas não pode duvidar da sua existência porque intui que quando dúvida, tem de estar forçosamente a pensar (cogito ergo sum, penso logo existo).

Porque é que:

  • a ideia de uma coisa perfeita não pode ter uma causa imperfeita?
  • duvidar é menos perfeito do que conhecer?
  • a causa de perfeição tem de ser Deus e não outro algo ou alguém igualmente perfeito e finito?

O racionalismo cartesiano é frequentemente criticado pela sua desconexão com questões práticas e existenciais. Filósofos como Søren Kierkegaard e Friedrich Nietzsche enfatizam a importância da experiência subjetiva, das emoções e da ação na formação de significado, desafiando a primazia da razão.

São adquiridas através da experiência sensorial e do contato com o mundo exterior. Exemplo: ideia de uma árvore ou de um objeto que vemos.

A dúvida da matemática, em Descartes, surge da hipótese de um "gênio maligno" que poderia enganar a mente mesmo nas verdades mais evidentes, como as da aritmética e da geometria. Embora a matemática pareça inquestionável, ele suspende sua certeza até provar que Deus, um ser perfeito e não enganador, garante sua veracidade.

Avanços na neurociência mostram que muitos processos cognitivos ocorrem de maneira não consciente e que a razão pode ser influenciada por fatores biológicos e psicológicos, questionando a visão cartesiana de um sujeito racional independente.

Filósofos empiristas, como John Locke e David Hume, argumentam que o conhecimento deriva da experiência sensorial e não apenas da razão. Eles criticam Descartes por desconsiderar a importância da observação e da experiência na formação do conhecimento.

3 - Causa exterior: Deus (ser perfeito - tem todas as perfeições - e finito)

2 - Temos a ideia de que somos perfeitos

1 - Duvidamos logo somos imperfeitos

3 - Bondade é uma perfeição, logo Deus não é enganador
2 - Só é perfeito se existir (1 perfeição) - Deus é ou existe
1 - Deus como ser perfeito (tem todas as perfeições)
Verdades universais e necessárias: O racionalismo procura identificar verdades que são universais (válidas em qualquer contexto) e necessárias (não podem ser de outra forma). Método dedutivo: A dedução lógica, que parte de premissas gerais para chegar a conclusões específicas, é o método preferido no racionalismo.
Primazia da razão: A razão é vista como a ferramenta mais segura para compreender o mundo, superando as limitações dos sentidos. Conhecimento inato: Algumas ideias, como princípios matemáticos ou noções de lógica e moralidade, são consideradas inatas, ou seja, estão presentes no ser humano desde o nascimento, sem necessidade de experiência.

A dúvida metódica de Descartes leva a um ceticismo radical que questiona até mesmo a existência do mundo externo. Críticos argumentam que essa abordagem é insustentável e que, na prática, as pessoas agem com base em pressupostos que não podem ser totalmente duvidados.

EXEMPLOS

  • Um triângulo é um polígono com três lados;
  • O diâmetro de um círculo é maior do que o seu raio;
  • O todo é maior do que a parte.
Estes exemplos mostram que o nosso conhecimento não exige qualquer observação ou experiência sensorial para sabermos que algo é verdade.

É possível realmente conhecer algo? Se sim como e porquê? Se não porque motivo?

Alguns filósofos argumentam que a dúvida cartesiana não leva a uma certeza inabalável, mas sim a uma multiplicidade de interpretações e significados, desafiando a ideia de que a razão pode fornecer uma base sólida para o conhecimento.

Filósofos céticos questionam a capacidade da razão humana de alcançar verdades absolutas. Eles argumentam que a razão pode ser uma falha e que muitos dos nossos raciocínios são influenciados por preconceitos e emoções, o que compromete a busca por conhecimento objetivo.

São aquelas que nascem com o indivíduo, não dependem da experiência sensorial e são consideradas universais. Exemplo: ideia de Deus ou de perfeição.