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Transcript

Trabalho realizado por: Maria Leonor Campinho Nº14 e Telma Santos Nº19

"Não sei quantas almas tenho"

Não sei quantas almas tenho.Cada momento mudei.Continuamente me estranho.Nunca me vi nem achei.De tanto ser, só tenho alma.Quem tem alma não tem calma.Quem vê é só o que vê,Quem sente não é quem é,Atento ao que sou e vejo,Torno-me eles e não eu.Cada meu sonho ou desejoÉ do que nasce e não meu.Sou minha própria paisagem,Assisto à minha passagem,Diverso, móbil e só,Não sei sentir-me onde estou.Por isso, alheio, vou lendoComo páginas, meu serO que segue não prevendo,O que passou a esquecer.Noto à margem do que liO que julguei que senti.Releio e digo: «Fui eu?»Deus sabe, porque o escreveu.

Não sei quantas almas tenho.Cada momento mudei.Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei.De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma.Quem vê é só o que vê,Quem sente não é quem é,

Não sei quantas almas tenho.Cada momento mudei.Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei.De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma.Quem vê é só o que vê,Quem sente não é quem é,

Não sei quantas almas tenho.Cada momento mudei.Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei.De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma.Quem vê é só o que vê,Quem sente não é quem é,

Não sei quantas almas tenho.Cada momento mudei.Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei.De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma.Quem vê é só o que vê,Quem sente não é quem é,

Não sei quantas almas tenho.Cada momento mudei.Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei.De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma.Quem vê é só o que vê,Quem sente não é quem é,

Não sei quantas almas tenho.Cada momento mudei.Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei.De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma.Quem vê é só o que vê,Quem sente não é quem é,

Não sei quantas almas tenho.Cada momento mudei.Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei.De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma.Quem vê é só o que vê,Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,Torno-me eles e não eu.Cada meu sonho ou desejoÉ do que nasce e não meu.Sou minha própria paisagem,Assisto à minha passagem,Diverso, móbil e só,Não sei sentir-me onde estou.

Atento ao que sou e vejo,Torno-me eles e não eu.Cada meu sonho ou desejoÉ do que nasce e não meu.Sou minha própria paisagem,Assisto à minha passagem,Diverso, móbil e só,Não sei sentir-me onde estou.

Atento ao que sou e vejo,Torno-me eles e não eu.Cada meu sonho ou desejoÉ do que nasce e não meu.Sou minha própria paisagem,Assisto à minha passagem,Diverso, móbil e só,Não sei sentir-me onde estou.

Atento ao que sou e vejo,Torno-me eles e não eu.Cada meu sonho ou desejoÉ do que nasce e não meu.Sou minha própria paisagem,Assisto à minha passagem,Diverso, móbil e só,Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendoComo páginas, meu serO que segue não prevendo, O que passou a esquecer.Noto à margem do que liO que julguei que senti.Releio e digo: «Fui eu?»Deus sabe, porque o escreveu.

Por isso, alheio, vou lendoComo páginas, meu serO que segue não prevendo, O que passou a esquecer.Noto à margem do que liO que julguei que senti.Releio e digo: «Fui eu?»Deus sabe, porque o escreveu.

Por isso, alheio, vou lendoComo páginas, meu serO que segue não prevendo, O que passou a esquecer.Noto à margem do que liO que julguei que senti.Releio e digo: «Fui eu?»Deus sabe, porque o escreveu.

Por isso, alheio, vou lendoComo páginas, meu serO que segue não prevendo, O que passou a esquecer.Noto à margem do que liO que julguei que senti.Releio e digo: «Fui eu?»Deus sabe, porque o escreveu.

Por isso, alheio, vou lendoComo páginas, meu serO que segue não prevendo, O que passou a esquecer.Noto à margem do que liO que julguei que senti.Releio e digo: «Fui eu?»Deus sabe, porque o escreveu.

Não sei quantas almas tenho.Cada momento mudei.Continuamente me estranho.Nunca me vi nem achei.De tanto ser, só tenho alma.Quem tem alma não tem calma.Quem vê é só o que vê,Quem sente não é quem é,Atento ao que sou e vejo,Torno-me eles e não eu.Cada meu sonho ou desejoÉ do que nasce e não meu.Sou minha própria paisagem,Assisto à minha passagem,Diverso, móbil e só,Não sei sentir-me onde estou.Por isso, alheio, vou lendoComo páginas, meu serO que segue não prevendo,O que passou a esquecer.Noto à margem do que liO que julguei que senti.Releio e digo: «Fui eu?»Deus sabe, porque o escreveu.

- 3 oitavas;- Redondilha maior (7 silábas métricas);- Rima cruzada/emparelhada;
ABABCCDD

Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo,Torno-me eles e não eu.Cada meu sonho ou desejoÉ do que nasce e não meu.Sou minha própria paisagem,Assisto à minha passagem,Diverso, móbil e só,Não sei sentir-me onde estou.Por isso, alheio, vou lendoComo páginas, meu serO que segue não prevendo,O que passou a esquecer.Noto à margem do que liO que julguei que senti.Releio e digo: «Fui eu?»Deus sabe, porque o escreveu.

Imagem

Música Instrumental

- https://ninguens12345.blogspot.com/2014/05/analise-do-poema-nao-sei-quantas-almas.html- https://www.recantodasletras.com.br/analise-de-obras/7878694- http://arquivopessoa.net/- https://descobrirportugal.pt/15-fantasticas-curiosidades-sobre-fernando-pessoa/

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