Módulo Didáctico História
Mariana Pedro
Created on November 18, 2024
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Transcript
A evolução da economia capitalista
Trabalho realizado por: Maria clara nº10 , Mariana Pedro nº15 e Matilde Lobo nº17
Índíce
introdução
1
a difícil recuperação europeia
2
a hegemonia e prosperidade dos estados unidos da américa
3
Como justificar o crescimento e a ascensão do EUA a primeria potencia mundial?
4
A sociedade de consumo e os «Loucos anos 20»
5
A crise económica de 1920-1923
6
Pág. 4
Pág. 6
Pág. 7
Pág.8
Pág. 10
Pág. 12
Índicee
A CRISE ECONÓMICA DE 1929
7
A Grande Depressão e o seu impacto social
8
cONCLUSÃO
9
BIBLIOGRAFIA/WEGRAFIA
10
Pág. 17
Pág. 21
Pág.25
Pág. 27
Introdução
Página 4
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) representou um marco significativo na história económica global, provocando mudanças estruturais profundas nas economias dos países envolvidos e moldando o panorama do capitalismo nas décadas seguintes. No período pós-guerra, a ecomomia capitalista passou por um processo de transformação marcado por crises profundas, como a Grande Depressão de 1929 e periodos de recuperação e crescimento, como o"os loucos anos 20".Este trabalho propõe-se explorar a evolução do sistema capitalista no contexto pós-guerra, analisando os principais desafios, avanços e contradições e destacando o seu impacto nos países envolvidos.
Quando a Primeira Guerra Mundial (Grande Gerra) terminou, em 1918, as economias dos países beligerantes estavam numa situação caótica, atingidas por uma hiperinflação e por níveis de desemprego elevados. Daí decorreram transformações colossais na economia, na sociedade, na política e nas mentalidades. Os EUA, cujo território saiu intacto do conflito, emergiram como a principal potência mundial, enquanto a Europa perdia a sua hegemonia.
Fim da 1 Guerra Mundial
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A dificil recuperação europeia
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Europa apresentava um cenário de destruição, como já referido anteriormente. A recuperação económica foi longa e difícil, devido a vários factores: • Elevado número de mortos e feridos, o que provocou a diminuição da população ativa e a reintegração dos inválidos de guerra foi difícil; • O desemprego aumentou, devido à desestruturação das economias; • A inflação, isto é, o aumento acentuado dos preços, e a desvalorização monetária provocaram a subida do custo de vida;• O aumento das taxas aduaneiras, no quadro de políticas protecionistas adotadas pelos Estados, contraiu o comércio.• O forte endividamento dos Estados, aliado às enormes despesas de guerra, desequilibrou as finanças públicas;• A oscilação do valor das moedas entre os países (taxa de câmbio) e a especulação com capitais emprestados acentuaram-se.
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A hegemonia e prosperidade dos Estados Unidos da América
Uma das mudanças registadas no final da Grande Guerra foi a ascensão dos EUA, que consolidaram a sua posição como primeira potência mundial, tanto a nível económico como financeiro. O crescimento económico, a partir de 1921, foi a tendência dominante, como podem analisar no gráfico apresentado.
O crescimento económico americano (1919-1930)
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Como justificar o crescimento e a ascensão do EUA a primeria potencia mundial?
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Durante o conflito, o território americano não foi afetado pela guerra, uma vez que as batalhas terrestres se desenrolaram na Europa. Os EUA forneceram material bélico, mantimentos, produtos industriais e agrícolas aos países beligerantes, o que lhes proporcionou lucros avultados e garantiu o desenvolvimento económico. Para além de exportarem para o Velho Continente, os EUA emprestaram capitais para a reconstrução da Europa, aumentando as suas reservas de ouro com o pagamento das dívidas europeias (produtos e empréstimos). Assim, de devedores, em 1914, os EUA passaram, a partir de 1919, a credores da Europa.Houve ainda outros fatores que ajudaram na prosperidade da américa, apresentados na proxima página.
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- Generalização dos métodos de racionalização do trabalho e consolidação do taylorismo (método racional e científico para aumentar a produtividade nas indústrias) e da estandardização.
- Aumento da concentração industrial (grandes empresas) e financeira (grupos financeiros e bancários).
- Maior disponibilidade de recursos energéticos (eletricidade e petróleo)
- Crescimento do setor terciário.
- Subida dos salários.
A sociedade de consumo e os "Loucos anos 20"
- As indústrias produziam cada vez mais.
- Novos produtos e tecnologias permitiram o alargamento do mercado de consumo.
- Os salários aumentaram.
- O desemprego diminuiu.
- O acesso ao crédito foi facilitado.
- O consumo aumentou.
- A Bolsa de Valores de Nova Iorque atraía muitos investidores, sobretudo para os novos setores produtivos, como as empresas de automóveis, de aviação e de rádio.
A partir de 1922, os EUA viveram um período de prosperidade marcado pela afirmação da sociedade de consumo. Indicadores que justificavam a euforia do consumo e do investimento:
Página 10
A sociedade de consumo e os "Loucos anos 20"
Viveu-se o período dos “Loucos Anos 20”: Generalizaram-se os bens de consumo, como automóveis, fonógrafos, rádios e eletrodomésticos variados; surgiram novos modelos de comportamento e hábitos de lazer. A euforia do consumo resultou da subida dos salários, decorrente do crescimento económico e do acesso fácil ao crédito. A prosperidade nos anos 20 ficou associada ao surgimento da sociedade de consumo, modelo que também se difundiu na Europa.
Anúncios da década de 1920
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A crise económica de 1920-1923
Apesar da prosperidade dos anos 20, assistiu-se a crises cíclicas do capitalismo que comprometeram a recuperação económica:A instabilidade económica afetou diversas partes do mundo, especialmente os países industrializados. À medida que os países europeus relançaram a atividade produtiva,diminuiram a sua dependência dos EUA.A economia americana ressentiu-se e foi afetada por uma crise (Recessão de 1920-1921), caracterizada pela deflação e subida do desemprego.
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A crise económica de 1920-1923
Perante as dificuldades, os EUA retiraram os seus capitais da Europa, o que agravou a situação económica europeia.Os paises europeus, para pagarem as suas dividas e reconverterem a economia, emitiram mais papel-moeda. O aumento da circulação de notas não correspondeu ao crescimento da produção e da riqueza, originando adesvalorização monetária. A desvalorização fez-se a um ritmo alucinante e a moeda perdeu valor rapidamente.
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A crise económica de 1920-1923
A hiperinflação (aumento rápido e elevado dos preços)na Alemanha, atingiu níveis incomportáveis, em 1923, levando o governo da República de Weimar a implementar uma reforma monetária: pôs a circular uma nova moeda, o retenmark, sem convertibilidade em ouro e sem cotação externa.Esta forte instabilidade cambial e financeira levou a SDN(Sociedade das Nações) a organizar uma conferência para estabilizar o sistema financeiro europeu: a Conferência de Génova, realizada entre abril e maio de 1922.
Moeda Rentenmark
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A crise económica de 1920-1923
A conferência de Genóva
A Conferência de Genóva realizou-se nessa cidade, em Itália. As decisões tomadas foram: restauraram o padrão-ouro , as moedas nacionais passaram a ter uma relação fixa entre si, tendo o ouro como referência; Estabeleceu-se a convertibilidade das moedas em libras ou em dólares; O dólar e a libra tornaram-se moedas de referência nas trocas internacionais.
A Conferência de Génova(1922)
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A crise económica de 1920-1923
Os EUA, para garantirem o pagamento das dívidas europeias, conceberam a implementação do Plano Dawes e Young. Este plano, que associou os bancos americanos e o governo federal, organizou um circuito financeiro, que estabeleceu a circulação triangular dos capitais entre os EUA, a Alemanha e os países europeus, devedores dos americanos, como pode analisar no esquema ao lado.
O triângulo financeiro, segundo o plano Dawes e Young
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A crise económica de 1929
Em 1929, uma crise económica estalou nos EUA, propagando-se rapidamente por todo o mundo. O impacto da crise variou consoante o grau de dependência em relação à economia norte-americana..A falência de empresas e de bancos multiplicou-se, levando à redução brusca do Produto Interno Bruto e ao aumento do desemprego. O capitalismo liberal falira e a democracia, intrinsecamente ligada a ele, parecia desacreditada.
A crise económica de 1929
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A crise económica 1929
Causas e o que aconteveu na crise de 1929
A produção industrial norte-americana assentava na produção de bens de consumo, como automóveis e artigos elétricos, cujo escoamento era garantido pela expansão do crédito barato e pelas exportações, sobretudo para a Europa. No entanto, os mercados começavam a dar sinais de saturação. As importações por parte dos países europeus, que alimentaram o crescimento económico norte-americano durante a guerra e nos anos seguintes, retrocederam, no final da década de 1920, à medida que os países recuperavam a sua capacidade produtiva.
Página 18
A crise económica de 1929
O investimento especulativo na banca parecia um negócio lucrativo, pelo menos até 24 de outubro de 1929. Nesse dia fatídico, cerca de 70 milhões de títulos foram postos à venda na bolsa de Wall Street, mas não encontraram compradores, provocando uma descida abrupta das cotações e a perda de milhões de dólares por parte dos especuladores. Era a “Quinta Feira Negra”. O capitalismo liberal enfrentara diversas crises cíclicas ao longo do século XIX. Mas desta vez, ao contrário do que os especialistas esperavam, a crise não foi de curta duração. A depressão económica instalou-se, atingiu toda a economia norte-americana e propagou-se a outros países.
Página 19
A crise económica de 1929
A dependência face aos capitais americanos, investidos em todo o mundo, provocou a rápida mundialização da crise de 1929.Os Estados recorreram à deflação (ocorre quando os índices de preços de uma economia passam a cair ao invés de subir). Em consequência da crise financeira e da deflação, assistiu-se à contração do comércio internacional, ao longo dos anos 30, um dos sinais da mundialização da crise.
Página 20
A crise económica de 1929
Do epicentro de Nova lorque, a crise financeira alastrou ao Velho Continente:
- Os Estados Unidos retiraram capitais dos bancos europeus.
- À Alemanha e a Austria foram os primeiros paises a serem afetados com a retirada dos capitais americanos e vários bancos faliram.
- A Grã-Bretanha abandonou o padrão-ouro (1931) e desvalorizou a marca, seguida de outros paises.
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A Grande Depressão e o seu impacto social
Grande depressão
A Grande Depressão: Período identificado com a longa crise económica dos anos 30, caracterizada por:Declínio acentuado e generalizado da atividade económica, provocando - graves falhas nas empresas e nos bancos; persistente aumento do desemprego e pobreza.
Página 22
A Grande Depressão e o seu impacto social
Causas da Grande Depressão
- Superprodução
- Especulação bolsista(é uma prática financeira que consiste em comprar e vender ações, ou outros ativos financeiros, com o objetivo principal de lucrar com as variações de preço desses ativos em curtos períodos de tempo)
- Crash Bolsista (uma queda súbita e acentuada do valor das acções no mercado financeiro)
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A Grande Depressão e o seu impacto social
Consequências da Grande Depressão
- Desemprego em massa- Milhões de pessoas perderam seus empregos.
- Queda na produção industrial- Indústrias fecharam ou reduziram drasticamente a produção, levando a uma recessão ainda mais profunda.
- Pobreza generalizada- fome e falta de habitação.
- Crise global: A depressão afetou economias de países como Alemanha, Reino Unido e América Latina, agravando problemas políticos e sociais.
Página 24
A Grande Depressão e o seu impacto social
Efeitos socias da Grande Depressão
- Atingiu todos os setores da sociedade: agricultores, operários, profissões de colarinho branco - classes médias - cairam na miseria;
- As populações rurais e urbanas foram duramente afetadas;
- Assistiu-se, nos EUA, a um alevado êxodo do campo para as cidades, na tentativa de encontrar trabalho;
- As familias americanas foram obrigadas a abandonar as suas habitações e os bairros de lata aumentaram;
- A subsistência era dificil de assegurar e muitos recorreram a caridade.
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Conclusão
Página 26
A Primeira Guerra Mundial marcou um ponto de viragem na evolução da economia capitalista, acelerando transformações estruturais que moldaram o século XX. O conflito trouxe consigo a intensificação da industrialização, o avanço tecnológico e a reorganização das economias nacionais, com destaque para o fortalecimento dos Estados Unidos como potência económica global. Contudo, o período pós-guerra foi também caracterizado por instabilidade, evidenciada pela Grande Depressão de 1929, que expôs as fragilidades do sistema capitalista e exigiu a reformulação das políticas económicas. As transformações ocorridas neste período sublinharam a resiliência e a capacidade de adaptação do sistema capitalista, embora tenham deixado desafios estruturais que duram té aos dias de hoje.
Bibliografia/Webgrafia
Página 27
- Fortes, Alexandra e outros, Linhas da História 12º, Areal editores
- https://ensina.rtp.pt/explicador/o-fim-da-grande-guerra-e-o-inicio-de-uma-crise-h87-sem-autor/
- https://ensina.rtp.pt/explicador/a-crise-de-1929/