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Escrever de Irene Lisboa

Luis Calejo

Created on November 17, 2024

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Transcript

Irene Lisboa

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s suas obras mais importantes foram “Escrever”, “Queres ouvir? Eu conto”, “As crónicas da Serra” e “Voltar atrás para quê?”.

Foi Escritora, Professora e Pedagoga

Faleceu a 25 de Novembro de 1958 em Lisboa (66 anos)

Nasceu a 25 de Dezembro de 1892 em Arrudal dos Vinhos

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Nome completo: Irene do Ceú Vieira Lisboa

Irene Lisboa

E gostava para as infinitamente delicadas coisas do espírito… Quais, mas quais? Gostava, em oposição com a braveza do jogo da pedrada, do tal ataque às coisas certas e negadas… Gostava de escrever com um fio de água. Um fio que nada traçasse. Fino e sem cor, medroso. Ó infinitamente delicadas coisas do espírito! Amor que se não tem, se julga ter. Desejo dispersivo. Vagos sofrimentos. Ideias sem contorno. Apreços e gostos fugitivos. Ai! o fio da água , o próprio fio da água sobre vós passaria, transparentemente? Ou vos seguiria humilde e tranquilo?

Se eu pudesse havia de transformar as palavras em clava. Havia de escrever rijamente. Cada palavra seca, irressonante, sem música. Como um gesto, uma pancada brusca e sóbria. Para quê todo este artifício da composição sintáctica e métrica? Para quê o arredondado linguístico? Gostava de atirar palavras. Rápidas, secas e bárbaras, pedradas! Sentidos próprios em tudo. Amo? Amo ou não amo. Vejo, admiro, desejo? Ou sim ou não. E como isto continuando.

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O Poema

Poema com três estrofes:

  • Uma estrofe de 13 versos
  • Uma sétima
  • Uma nona
Esquema rimático: Versos soltos/brancosEscansão: Métrica irregular

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Est. Externa

Tema: Escrita Assunto: Neste poema, o sujeito poético questiona a utilização da composição sintática, métrica e linguística. O sujeito poético diz que as palavras têm sentidos próprios em tudo, ou seja, as palavras podem ser "rápidas, secas e bárbaras" ou "infinitamente delicadas coisas de espírito".

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Est. Interna

Recursos expressivos mais marcantes:

  • Anáfora - "Ó infinitamente delicadas coisas de espírito!"
  • Adjetivação - "Rápidas, secas e bárbaras, pedradas!"
  • Metáfora - "Cada palavra seca, irresonante, sem música."

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Est. Interna

Feito por luís calejo

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