Apresentação Zen
Joao Bento
Created on November 17, 2024
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Transcript
Ricardo Reis
"Antes de nós nos mesmos arvoredos"
Antes de nós nos mesmos arvoredosPassou o vento, quando havia vento, E as folhas não falavam De outro modo do que hoje. Passamos e agitamo-nos debalde. Não fazemos mais ruído no que existe Do que as folhas das árvores Ou os passos do vento. Tentemos pois com abandono assíduo Entregar nosso esforço à Natureza E não querer mais vida Que a das árvores verdes. Inutilmente parecemos grandes. Salvo nós nada pelo mundo fora Nos saúda a grandeza Nem sem querer nos serve. Se aqui, à beira-mar, o meu indício Na areia o mar com ondas três o apaga. Que fará na alta praia Em que o mar é o Tempo?
Antes de nós no mesmo arvoredo
O assunto deste poema é a efemeridade e a mortalidade do ser humano, que contrasta com a permanência e imortalidade da Natureza.Relação de contraste entre «nós» e os elementos da Natureza.
Antes de nós nos mesmos arvoredos Passou o vento, quando havia vento, E as folhas não falavam De outro modo do que hoje. Passamos e agitamo-nos debalde. Não fazemos mais ruído no que existe Do que as folhas das árvores Ou os passos do vento. Tentemos pois com abandono assíduo Entregar nosso esforço à Natureza E não querer mais vida Que a das árvores verdes. Inutilmente parecemos grandes. Salvo nós nada pelo mundo fora Nos saúda a grandeza Nem sem querer nos serve. Se aqui, à beira-mar, o meu indício Na areia o mar com ondas três o apaga. Que fará na alta praia Em que o mar é o Tempo?
Assunto do poema
No final do poema , o autor decide contrastar a pequenez do homem com o grandioso poder do tempo, chegando até a questionar- se se vale a pena deixar as marcas que têm sido deixadas ao longo do tempo.
Antes de nós nos mesmos arvoredosPassou o vento, quando havia vento, E as folhas não falavam De outro modo do que hoje. Passamos e agitamo-nos debalde. Não fazemos mais ruído no que existe Do que as folhas das árvores Ou os passos do vento. Tentemos pois com abandono assíduo Entregar nosso esforço à Natureza E não querer mais vida Que a das árvores verdes. Inutilmente parecemos grandes. Salvo nós nada pelo mundo fora Nos saúda a grandeza Nem sem querer nos serve. Se aqui, à beira-mar, o meu indício Na areia o mar com ondas três o apaga. Que fará na alta praia Em que o mar é o Tempo?
Assunto do poema
Segunda parte: última estrofe.
Primeira parte: Primeiras quatro estrofes.
Antes de nós nos mesmos arvoredosPassou o vento, quando havia vento, E as folhas não falavam De outro modo do que hoje. Passamos e agitamo-nos debalde. Não fazemos mais ruído no que existe Do que as folhas das árvores Ou os passos do vento. Tentemos pois com abandono assíduo Entregar nosso esforço à Natureza E não querer mais vida Que a das árvores verdes. Inutilmente parecemos grandes. Salvo nós nada pelo mundo fora Nos saúda a grandeza Nem sem querer nos serve. Se aqui, à beira-mar, o meu indício Na areia o mar com ondas três o apaga. Que fará na alta praia Em que o mar é o Tempo?
Divisão em partes
- Quadras
- Versos soltos
- Decassílabos
- Octossílabos
- Sujeito plural e singular
Análise Formal do poema
O "nós" representa todos os seres humanos. Ou seja, neste poema encontramos reflexões e recomendações feitas pelo sujeito poético que se aplicam à humanidade. Correlação entre um sujeito coletivo, “nós”, e determinados elementos da Natureza, em relação às marcas que todos eles deixam no mundo.
Antes de nós nos mesmos arvoredosPassou o vento, quando havia vento, E as folhas não falavam De outro modo do que hoje. Passamos e agitamo-nos debalde.Não fazemos mais ruído no que existeDo que as folhas das árvoresOu os passos do vento.
Análise do poema: Primeira parte
Atitude racional de abandono do desejo que conduz a um tranquilo gozo epicurista da vida. Apelo à calma fruição da Natureza.
Tentemos pois com abandono assíduoEntregar nosso esforço à NaturezaE não querer mais vidaQue a das árvores verdes.Inutilmente parecemos grandes.Salvo nós nada pelo mundo foraNos saúda a grandezaNem sem querer nos serve.
Análise do poema: primeira parte
Na última estrofe, o eu lírico volta-se sobre si próprio, fazendo uma reflexão individual sobre o valor da sua fugaz existência.A interrogação retórica estabelece um marcado contraste entre a pequenez do homem e a força universal suprema que é o Tempo.
Se aqui, à beira-mar, o meu indícioNa areia o mar com ondas três o apaga.Que fará na alta praiaEm que o mar é o Tempo?
Análise do poema: Segunda parte
Aliteração: consiste na repetição de fonemas consonantais ou sílabas, para remeter a um som e estabelecer efeitos sonoros.
" E as folhas não falavam/ De outro modo do que hoje” (vv3-4)
Personificação: Este recurso expressivo é a atribuição de qualidades, sentimentos ou ações específicas a seres inanimados, abstratos ou animais.
“Antes de nós nos mesmos arvoredos" (v.1)
Antítese: A Antítese é uma figura de pensamento que acontece por meio da aproximação de palavras com sentidos opostos.
“Tentemos pois com abandono assíduo” (v. 9)
Recursos expressivos utilizados:
Simbologia do número 3: O três é um número que exprime a ordem intelectual e espiritual (o cosmos no homem). O 3 é a soma do 1 (céu) e do 2 (a Terra). Trata-se da manifestação da divindade, é a manifestação da perfeição, da totalidade. Hipérbato: caracteriza-se pela inversão da ordem direta dos elementos de uma oração ou período. .
“Se aqui, à beira-mar, o meu indício/ Na areia o mar com ondas três o apaga." (vv.17-18)
Pergunta retórica- o objetivo deste recurso expressivo objetivo de conferir maior ênfase à questão.
“Se aqui, à beira-mar, o meu indício/ Na areia o mar com ondas três o apaga./ Que fará na alta praia/ Em que o mar é o tempo?” (vv.17-20)
Recursos expressivos utilizados:
Antes de nós nos mesmos arvoredosPassou o vento, quando havia vento, E as folhas não falavam De outro modo do que hoje. Passamos e agitamo-nos debalde. Não fazemos mais ruído no que existe Do que as folhas das árvores Ou os passos do vento. Tentemos pois com abandono assíduo Entregar nosso esforço à Natureza E não querer mais vida Que a das árvores verdes. Inutilmente parecemos grandes. Salvo nós nada pelo mundo fora Nos saúda a grandeza Nem sem querer nos serve. Se aqui, à beira-mar, o meu indício Na areia o mar com ondas três o apaga. Que fará na alta praia Em que o mar é o Tempo?
- A Obsessão com a passagem do tempo e o seu questionamento (vv.19-20”)
- O epicurismo e o estoicismo (vv. 5-6)
- o sentido de autodisciplina e a postura contínua de autocontrolo (vv. 9-10)
- regularidade estrófica e métrica
- versos soltos
- tom moralista
- uso frequente da 1ª pessoa do plural
- complexidade sintática e linguagem culta (v.18)
Características de Ricardo Reis presentes no Poema:
- Influência clássica;
- Escrita erudita, privilegiando as odes;
- Amor pela vida rústica;
- Força ordenadora da razão;
- Epicurista triste e conformista;
- Drama da transitoriedade de tudo;
- Estoicismo;
- Necessidade do saber contemplar:
- Moderação quer no prazer, quer na dor;
- Felicidade relativa que não comprometa a tranquilidade.
Conclusão
“Sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo”.
Poeta “rústico” e “pagão por caráter”.
O sujeito poético neste poema é Ricardo Reis.