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Rafaela Pereira

Created on November 15, 2024

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Doenças Sexualmente Transmissíveis

Ana PereiraBruna Nunes Mariana Morais Rafaela Pereira Disciplina de: HSCG

Papiloma Humano

Herpes Genital

Sífilis

Tricomoníase

Gonorreia

Doenças Sexualmente Transmissíveis:

Sífilis

  • A sífilis é uma infeção sexualmente transmisivel provocada pela bactéria Treponema Pallidum. Manifesta-se inicialmente por pequenas úlceras na pele, localizadas nos genitais, na boca ou ânus, mas pode permanecer muito tempo sem dar sinais após a infeção, o que facilita o contágio dos parceiros sexuais.
  • A sífilis representa um problema de saúde pública, sendo uma doença de declaração obrigatória, que provoca também restrições adoação de sangue, devido ao risco de contaminação do sangue doado.

Tratamento

  • Na fase inicial da infeção, a sífilis é tratada com antibióticos, nomeadamente a penicilina. Quanto mais tempo passa, pricipalmente na fase terciária, mais prolongado deve ser o tratamento antibiótico.
  • Durante o tratamento o doente deve abster-se de relações sexuais, e após esse tempo existe também um período de abstinência indicado pelo médico.
  • Além disso, como período de contágio é de cerca de dois anos, todos os parceiros sexuais devem ser informados, para que possam igualmente fazer análises, receber tratamento caso seja necessário, e comunicar a outras pessoas de forma a quebrar a cadeia de transmissão.

Sintomas

Febre

Fadiga e dores musculares

Perda de peso

Inflamação dos gânglios linfáticos

Prevenção

Não existindo uma vacina para prevenir a sífilis, reduzir o risco desta e de outras DSTs passa essencialmente pelo cuidado acrescido nas relações sexuais e evitar comportamentos de risco. Pessoas sexualmente atiavas devem utiizar sempre preservativo, de forma correta, e testar-se para a doença em caso de suspeitas ou de informação de dignóstico por parte de um parceiro, de modo a reduzir o risco de contágio.

Herpes Genital

  • O herpes genital é uma doença de transmissão sexual que afeta a zona genital e que é causada pelo vírus Herpes Simplex.
  • Existem dois tipos de vírus Herpes Simplex (VHS-1 e VHS-2). O VHS-2 costuma transmitir-se por via sexual e o VHS-1 em geral infeta a região oral,nasal ou, mais raramente, os olhos. Ambos os tipos podem atingir os órgãos genitais e a pele que rodeia o reto ou as mãos e, podem ser transmitidos a outras partes do corpo.
  • O herpes genital é mais comum nas mulheres do que nos homens porque a transmissão do vírus é mais fácil do homem para a mulher do que no sentido contrário.

Sintomas

Dor na zona genital, nádegas e coxas

Dor ao urinar

Corrimento vaginal nas mulheres

Aumento dos gânglios linfáticos inguinais (nas virilhas)

Tratamento

  • É importante destacar que nenhum tratamento cura o herpes genital, permitindo somente reduzir a duração de cada surto. Por outro lado, o número e a frequência das ocorrências podem ser reduzidos adotando uma profilaxia contínua com doses baixas de medicamentos antivirais. O tratamento é mais eficaz se for iniciado rapidamente, em regra, dois dias depois do aparecimento dos sintomas.
  • O aciclovir ou os fármacos antivirais relacionados podem ser administrados por via oral, ou sob a forma de creme diretamente nas lesões.
  • Estes medicamentos reduzem a propagação do vírus vivo a partir das lesões, diminuindo, desta forma, o risco de contágio. Também podem diminuir a gravidade dos sintomas durante o surto inicial.
  • Contudo, mesmo o tratamento precoce do primeiro ataque não evita as recorrências.

Prevenção

A melhor forma de prevenção é não ter relações sexuais com pessoas infetadas pelo Herpes Simplex. No caso de pessoas sexualmente ativas, é importante, mesmo nas relações monógamas e estáveis, realizar testes laboratoriais regulares para se despistar esta e outras doenças sexualmente transmissíveis.O uso de preservativo reduz o risco de infeção pelo vírus. Contudo, uma vez que as lesões herpéticas podem ocorrer em áreas adjacentes aos órgãos genitais, o contágio pode ocorrer mesmo na presença de preservativo.

Gonorreia

  • A gonorreia, também conhecida como blenorragia, é uma doença infeciosa sexualmente transmissível (DST) provocada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.
  • A gonorreia atinge tanto as mulheres como os homens, provocando mais sintomas no sexo masculino, e pode ser transmitida por portadores assintomáticos. A gonorreia durante a gravidez apresenta risco de alterações no desenvolvimento do feto, e também pode ocorrer a transmissão ao bebé durante o parto.
  • Segundo as normas da Direção-Geral de Saúde e por representar um risco acrescido de contaminação do sangue de dadores, aplica-se um período de espera de três meses e posterior análise de diagnóstico antes da doação de pessoas suspeitas de infeção.

Sintomas (nas mulheres)

Perda de sangue fora da mentruação

Dores durante a saída de fezes

Corrimento semelhante a pus

Inflamação dos olhos

Sintomas (nos homens)

Dores urinárias

Corrimento amarelado ou esverdeado

Edema

Dor dos testículos

Tratamento

  • A gonorreia é tratada com antibiótico e o tratamento pode ser recomendado ao parceiro.
  • Após o início do tratamento, é recomendada consulta de vigilância passadas uma a duas semanas, para confirmar a ausência da bactéria.
  • A pessoa infetada deve fazer abstinência sexual durante esse período.
  • A cura da doença não significa imunidade à bactéria, que pode voltar a ser transmitida.
  • Usar preservativo sempre que ocorrer contacto sexual, incluindo vaginal, oral ou anal;
  • Testar-se regularmente para ISTs - tanto a própria pessoa como os seus parceiros sexuais;
  • Não partilhar acessórios sexuais, desinfetá-los bem e protegê-los com um preservativo antes de serem utilizados por outra pessoa;
  • Não ter relações sexuais caso suspeite (ou o seu parceiro) de uma DST.

Prevenção

O diagnóstico e o tratamento são fundamentais para combater a transmissão da doença, que apesar de frequentemente ser assintomática pode ter consequências severas. Nos casos mais graves, a gonorreia provoca infertilidade em homens e mulheres, e doença inflamatória pélvica nas mulheres. A prevenção da doença é feita essencialmente pelos cuidados nas relações sexuais:

Papiloma Humano

O HPV é um vírus frequente nos humanos, responsável pela formação de lesões chamadas papilomas. Existem diferentes tipos de HPV, alguns tipos podem infetar a área anogenital, enquanto outros infetam áreas como os pés ou as mãos,onde podem originar verrugas ou "cravos". Os vírus que infetam a área anogenital podem ser transmitidos durante o contacto íntimo de pele com pele entre pessoas em que pelo menos um esteja infetado.

Sintomas

Comichão

Ardor ou dor durante a relação sexual

Corrimento anormal

Hemorragias fora do periodo da menstruação

Tratamento

  • Não há cura conhecida para infeções por HPV, mas a grande maioria das pessoas tem um sistema imune adequado e consegue eliminar a infeção do seu organismo. Embora uma elevada percentagem de pessoas sexualmente ativas seja infetada pelo HPV, só numa pequena propoção irá ocorrer evolução para cancro.
  • O tratamento passa pela aplicação de produto nas lesões. Os métodos podem variar entre a crioterapia, a eletrocoagulação, laser, ou, muito raramente, excisão cirúrgica.
  • Por vezes, as verrugas podem retornar depois do tratamento sendo necessário repeti-lo.

Prevenção

O uso de preservativos está indicado na prevenção de todas as infeções de transmissão sexual. É importante reforçar que as áreas de pele não cobertas pelo preservativo não estão protegidas. É muito importante falar com o parceiro(a) sobre as infeções de transmissão sexual e a sua prevenção e ter em conta que os comportamentos prévios de um parceiro(a) também são um fator de risco, principalmente se este teve múltiplos parceiros anteriores. As mulheres devem realizar regularmente um exame ginecológico e fazer a colpocitologia e/ou o teste de HPV-DNA, se recomendado e disponível, mesmo que tenha feito a vacina. A vacina é fundamental e deve ser feita pelas mulheres, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação, ou consoante recomendação médica. A vacinação universal de rotina com a vacina HPV aplica-se aos jovens que fazem dez anos de idade no respetivo ano, em duas doses. A vacinação não requer a realização de qualquer teste analítico prévio. A vacina só é gratuita para as raparigas.

Tricomoníase

A tricomoníase é uma infeção causada pelo protozoario Trichomonas vaginais que pode afetar toda a área genital como a vulva, a vagina (tricomoníase vulvovaginal), a uretra e as glândulas paravaginais. Na mulher, a infeção da uretra (tricomoníase urogenital) ocorre em 90% dos casos. A tricomoníase faz parte das infeções que ocorrem na mulher, denominadas de vulvovaginites, onde se inclui também a vaginose bacteriana e a candidíase.

Sintomas

Irritação vulva

Dor quando urina

Corrimento vaginal amarelo- esverdeado

lesões de escoriação (pequenas feridas)

Tratamento

  • O tratamento de eleição é feito com medicamentos derivados do imidazol, em toma única oral. Durante o tratamento, o casal deve evitar relações sexuais até que o homem e a mulher estejam tratados, ou seja, até terminarem a terapêutica e estarem sem sintomas.
  • O seguimento após o tratamento adequado não está recomendado se o homem e a mulher ficarem assintomáticos. Pelo risco de reinfeção, que pode ser aconselhável efetuar uma reavaliação aos 3 meses.
  • Na gravidez, a tricomoníase deve ser tratada nas grávidas sintomáticas ou depois das 37 semanas, efetuar uma reavaliação aos 3 meses.

Prevenção

Nas situações de infeção vaginal deve ser promovido o tratamento específico e adequado ao tipo de infeção. A higiene íntima genital pode ter indicação para um alívio dos sintomas e deve ser encarada como paliativa (prevenir novas infeções), mas não pode ser considerada como tratamento. No caso da tricomoníase, os produtos de higiene íntima devem ter o pH mais ácido de forma a combater a alcalinização que se verifica nesta infeção. Atitudes que possam dificultar o tratamento da infeção, promover a sobreposição de outro tipo de infeções ou fragilizar a mucosa da vagina e da vulva devem ser evitadas, como a utilização de penso higiénico e de tampões. Devem ser evitados os comportamentos sexuais de risco como a promiscuidade sexual (vários parceiros sexuais) e relações sexuais sem utilização de preservativo.

Conclusão

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são um desafio de saúde pública, mas podem ser prevenidas com medidas simples como o uso de preservativos, vacinação e educação sexual. A conscientização e o acesso ao diagnóstico precoce e tratamento adequado são fundamentais para reduzir seus impactos, exigindo responsabilidade individual e coletiva.

Referências Bibliográficas

https://www.hospitaldaluz.pt/pt/dicionario-de-saude/sifilis - consultado a 15/11/2024 https://www.cuf.pt/saude-a-z/sifilis - consulatdo a 15/11/2024 https://www.hospitaldaluz.pt/pt/dicionario-de-saude/herpes-genital - consultado a 19/11/2024 https://www.cuf.pt/saude-a-z/herpes-genital - consultado a 19/11/2024 https://www.cuf.pt/saude-a-z/gonorreia - consultado a 20/11/2024 https://www.cuf.pt/saude-a-z/hpv-virus-do-papiloma-humano - consultado a 21/11/2024 https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/tricomoniase/ - consultado a 22/11/2024