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Módulo Didáctico História

André Ringler

Created on November 14, 2024

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Ano Letivo: 2024/2025

PRESÉPIOS, FIGURAS DE COSTUMES E PAISAGENS COM ARQUITETURA URBANA

Professora: Cátia Belo Disciplina: História da Cultura e das Artes
Afonso Paiva nº1 e André Ringler nº4 M2A

Introdução

Olá turma, hoje nós vamos apresentar um trabalho cujo tema é sobre presépios, figuras de costumes e paisagens com arquitetura urbana, vamos mostrar imagens de presépios com figuras religiosas, do quotidiano, e costumes populares, para começar vamos fazer um enquadramento do estilo Rococó no contexto político, social e cultural da época fora de Portugal e em Portugal, vamos apresentar aspetos, evidenciar aspetos no enquadramento do surgimento do Iluminismo, enquadramento do novo estilo Rococó e fazer uma análise da Arte Rococó.

Enquadramento Político, Social e Cultural:

O Rococó manifestou-se em Portugal na segunda metade do século XVIII sobretudo no Norte do país, numa linha de continuidade do Barroco. A nova estética evidenciou-se nas fachadas e nos interiores de edifíccios através:
  • de uma ornamentação rica em concheados assimétricos;
  • de elementos vegetais sinuosos;
  • de linhas retorcedidas;
  • de diversas formas orgânicas.

Enquadramento Político, Social e Cultural:

Em Espanha, o Barroco atingiu uma enorme expansão e fulgor plástico e expressivo. Entrando pelo século XVII, a estética barroca fundiu-se com o Rococó. Criando uma forte dialética entre a arquitetura e os motivos ornamentais, o Barroco evidenciou-se através de:
  • formas dinâmicas;
  • jogos de formas e superfícies côncavas e convexas;
  • uma profusa ornamentação;
  • e um acentuado expressionismo na escultura.

Enquadramento Político, Social e Cultural:

O Rococó nasceu em França no início do século XVIII em pleno Iluminismo e, apesar de se inspirar na complexidade, no dinamismo e na expressividade do Barroco romano, afirmou-se em oposição ao rigor e austeridade do Classicismo que predominou no reinado de Luís XIV.Extasiadas pela ostenação, exuberância e sumptuosidade que este sistema artístico proporcionava, as cortes aristocráticas converteram os interiores dos seus palácios em ambientes sumptuosos, expressivos e luxuosos. O Rococó inspirou-se nas formas orgânicas encontradas na Natureza (no mundo vegetal, mineral e animal), o Rococó aplicou-se ás formas caprichosas, artificiosas e fantasiosas dos interiores aristocráticos, sendo o suporte estético quer dos ideais iluministas que percorriam os salões, quer das "festas galantes" patrocinadas pelas mesmas cortes aristocráticas.

ILuminismo:

O iluminismo, ilustração ou seculo das luzes são designações geralmente atribuidas a um éríodo da cultura europeia mercado:
  • Pelo racionalismo filosófo
  • Pela exaltão das ciências
  • e pela crítica ao antigo regime
Os «eluministas» entendiam que a expressão devia comtrapor uma nova era iluminada pela razão, pela ciêcia e pelo conhecimento ao séculos de obscuratimos e ignorâcia que os antecedia.
Os «eluministas» acreditavam que só um saber construído pensamento racional podia conduzir ao conhecimento do homem, da natureza e do universo.

Enquadramento do novo estilo Rococó:

No século XVIII, estes "salões culturais" multiplicaram-se sob a dinâmica das danças das damas de corte, promovendo encontros regulatres de personalidades ilustres das diversas áreas da ciência, da arte e da cultura. As mulheres aristocratas desempenharam um papel neste fenómeno da "cultura do salão". Aristocratas, cultas e "modernas", as mulheres aristocratas desafiaram as convenções sociais da época e acederam aos lugares da cultura reservados aos homens. Os "salões" contribuiram igualmente para a cortesia de costumes, para a distinção das maneiras e para a linguagem espirituosa e agradável.

Enquadramento do novo estilo Rococó:

O Rococó inspirou-se nas formas orgânicas encontradas na Natureza (no mundo vegetal, mineral e animal), o Rococó aplicou-se ás formas caprichosas, artificiosas e fantasiosas dos interiores aristocráticos, sendo o suporte estético quer dos ideais iluministas que percorriam os salões, quer das "festas galantes" patrocinadas pelas mesmas cortes aristocráticas. Foi importante a grande produção de gravuras de modelos decorativos e desenhos ornamentais de conchas, corais, ondas e espuma, rochas e plantas, e demais motivos fantasiosos que vão suportar o repertório rocaille. A ornamentação rocaille serviu como pano de fundo ao requinte e ao artifício dos interiores dos salões onde as mulheres cultas e elegantes recebiam intelectuais e figuras notáveis da cultura, da arte e da ciência, exprimindo o espírito de liberdade, de irrevivência e de invenção da sociedade cortesã de Setecentos.

Análise da Arte Rococó:

O Baloiço (Jean-Honoré Fragonard, 1767) Uso ou função: Pintura decorativa para salões aristocráticos, exaltando temas de prazer e frivolidade. Materiais e técnicas: Óleo sobre tela com pinceladas leves e detalhamento fino. Elementos decorativos: Flores, folhagens, tecidos esvoaçantes e tons pastel. Características formais: Composição assimétrica, linhas curvas e sensação de movimento. Características plásticas: Cores suaves, iluminação difusa e textura delicada.

Análise da Arte Rococó:

Relógio de Parede (Charles Cressent, c. 1750) Uso ou função: Relógio utilitário e ornamental para espaços refinados. Materiais e técnicas: Madeira entalhada e bronze dourado com acabamento minucioso. Elementos decorativos: Rocalhas, folhagens, arabescos e figuras alegóricas. Características formais: Estrutura curvilínea, assimetria elegante. Características plásticas: Brilho metálico e contraste de texturas.

Análise da Arte Rococó:

Escritório Secrétaire (Jean-François Oeben, c. 1750) Uso ou função: Móvel funcional e símbolo de sofisticação social. Materiais e técnicas: Madeira marchetada, verniz e detalhes em bronze dourado. Elementos decorativos: Arabescos, motivos florais e curvas ornamentais. Características formais: Linhas sinuosas e proporções leves. Características plásticas: Polimento espelhado e harmonização de materiais.

Análise da Arte Rococó:

A Sala de Espelhos de Amalienburg (Munique, 1734-1739) Uso ou função: Espaço decorativo para impressionar e criar uma experiência sensorial. Materiais e técnicas: Estuque moldado, espelhos, prata e douramento. Elementos decorativos: Rocalhas, conchas, guirlandas e ornamentos florais. Características formais: Simetria ampliada por espelhos, formas sinuosas. Características plásticas: Reflexos luminosos, paleta clara e detalhes vibrantes.

Análise da Arte Rococó:

Vênus Consolando o Amor (François Boucher, 1751) Uso ou função: Pintura mitológica decorativa para interiores luxuosos. Materiais e técnicas: Óleo sobre tela com camadas finas e acabamentos suaves. Elementos decorativos: Flores, tecidos drapeados e cenário bucólico. Características formais: Composição dinâmica, poses graciosas. Características plásticas: Tons pastel e contraste sutil de luz e sombra.

Análise da Arte Rococó:

A Igreja de Wieskirche (Alemanha, 1745-1754) Uso ou função: Espaço religioso para inspirar devoção e maravilha estética. Materiais e técnicas: Estuque, afrescos e detalhes dourados. Elementos decorativos: Anjos, nuvens, flores e arabescos. Características formais: Linhas curvas, formas integradas e dinamismo espacial. Características plásticas: Ilusão de profundidade, tons claros e brilho decorativo.

PRESÉPIOS, FIGURAS DE COSTUMES E PAISAGENS COM ARQUITETURA URBANA

Os presépios portugueses apresentam uma grande diversidade de estilos, materiais e temas. Podemos encontrar desde peças simples e tradicionais até obras de arte complexas e detalhadas.Figuras Religiosas: A Sagrada Família, os Reis Magos, os pastores e os anjos são elementos essenciais em qualquer presépio. No entanto, a forma como são representadas e os detalhes acrescentados variam de região para região e de artista para artista. Figuras do Quotidiano: A inclusão de figuras do dia a dia, como lavradores, artesãos, animais e paisagens rurais, confere aos presépios um caráter mais realista e próximo da vida das pessoas. É comum encontrarmos representações de ofícios tradicionais, mercados, e até mesmo cenas do quotidiano da época.

PRESÉPIOS, FIGURAS DE COSTUMES E PAISAGENS COM ARQUITETURA URBANA

Costumes Populares: Muitas vezes, os presépios retratam costumes e tradições populares, como festas religiosas, procissões e atividades agrícolas. Estas representações ajudam a preservar a memória cultural de cada região. Arquitetura Urbana: A representação de edifícios e paisagens urbanas enriquece a composição do presépio, oferecendo um contexto histórico e social para a cena da Natividade. É possível encontrar desde pequenas aldeias até representações de cidades mais complexas, com suas ruas, praças e monumentos.

PRESÉPIOS, FIGURAS DE COSTUMES E PAISAGENS COM ARQUITETURA URBANA

Oficina Alcobacense: Fundada no século XVIII, a Oficina Alcobacense é um dos exemplos mais emblemáticos da produção de presépios em Portugal. Famosa pelas suas peças em barro cozido, a oficina destaca-se pela qualidade artística excepcional das suas figuras, reconhecidas pela expressividade, realismo e riqueza de detalhes. Laboratório de Escultura de Machado de Castro: Sob a direção do escultor Machado de Castro, este laboratório produziu peças de grande qualidade artística, com um realismo impressionante. As obras criadas neste laboratório contribuíram significativamente para a elevação da arte do presépio em Portugal.

PRESÉPIOS, FIGURAS DE COSTUMES E PAISAGENS COM ARQUITETURA URBANA

Machado de Castro: Figura central do Neoclassicismo em Portugal, Machado de Castro deixou sua marca na arte sacra, incluindo a criação de peças para presépios. Suas obras se destacam pela perfeição técnica e pela busca pela beleza ideal. A influência do classicismo romano é evidente em suas esculturas, que apresentam um realismo e uma naturalidade impressionantes.António Ferreira: Este escultor barroco foi um dos mais importantes do seu tempo em Portugal. Suas obras para presépios são caracterizadas por um estilo exuberante e dinâmico, com um forte apelo ao drama e à emoção. As figuras de António Ferreira são marcadas por um intenso realismo e por uma expressividade que as torna únicas.

Conclusão

Resumindo, o nosso tema foi falar dos Presépios, Figuras de Costumes e Paisagens com Arquitetura Urbana, primeiro fizemos um Enquadramento Político, Social e Cultural, relacionado a área temática do estilo Rococó da época fora de Portugal e em Portugal e apresentamos aspetos, fizemos um Enquadramento do surgimento do Iluminismo e evidenciámos aspetos do ambiente social e cultural que favoreceram o florescimento do Iluminismo no século XVIII, fizemos o Enquadramento do novo estilo Rococó, Relacionámos o surgimento do Rococó com a «cultura do salão» caracterizando o papel da «Mulher culta» na sociedade de Setecentos, fizemos uma Análise da Arte Rococó, apresentamos uma seleção de seis obras/peças e destacamos quatro (4) características evidentes da linguagem Rococó presentes em cada uma das obras/peças e falamos dos presépios, o presépio português é uma rica expressão artística e cultural, que reflete a diversidade e a tradição do povo português. Através das suas representações, os presépios transportam-nos para a história e para o cotidiano de diferentes épocas e regiões, preservando costumes, ofícios e paisagens que fazem parte da identidade nacional. A variedade de estilos, materiais e temas demonstra a vitalidade dessa tradição, que continua a inspirar artistas e artesãos, encantando gerações. Mestres como a Oficina Alcobacense, Machado de Castro e António Ferreira elevaram a arte do presépio a patamares de excelência, contribuindo para a sua valorização e reconhecimento internacional.