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Apresentação Marina

Vitória Miriam

Created on November 11, 2024

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Transcript

Apresentação oral de português

Pegador

Índice

1. Identificação do peixe;

2. Caracterização física;

3. Caracterização do seu comportamento;

4. Confrontação com figuras bíblicas, personagens históricas, elementos do universo, ...;

5. Frase proverbial/ sentenciosa;

6. Crítica/ vícios criticados - alegoria;

7. Tranferência peixes/ homens;

8. Advertências e/ ou conselhos;

9. Ilustração do caminho a seguir na emenda do vício apontado;

10. Justificação/ conclusão a tirar.

Identificação do peixe

  • Olá, o peixe que vamos apresentar, hoje, é o pegador, metáfora do oportunismo dos homens.

Caracterização física

O pegador é "ignorante e miserável" e oportunista.

  • "tão cerzidos com a pele, que mais parecem remendos ou manchas naturais", (l. 63);
  • "porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desferram", (ll. 47-49).

Peixe muito pequeno (entre 51 cm e 100 cm), que se agarra ao dorso dos peixes maiores e, assim, vive como parasita à custa dos seus hospedeiros.

Possui na cabeça um disco, que lhe permite a adesão a superfícies lisas, isto é, a outros peixes.

Caracterização psicológica

Oportunismo - Aproveita-se da capacidade de sobrevivência dos maiores para sobreviver;Parasitismo - Sendo pequeno pega-se ao maiores e não os larga mais, usando-os como uma base de necessidade para a sua sobrevivência; Subserviência - Faz tudo o que os grandes fazem sem pensar nas consequências; Ignorância - Apesar de se aproveitar do sucesso alheio, acaba mesmo assim por seguir o peixe maior até à morte.

Confrontação com figuras bíblicas, personagens históricas e elementos do universo

Vice-rei ou governador

"porque não parte vice-rei ou governador para as Conquistas, que não vá rodeado de pegadores, os quais se arrimam a eles, para que cá lhes matem a fome, de que lá não tinham remédio", (ll. 56-58).

Tubarão

"Rodeia a nau o tubarão nas calmarias da Linha com os seus pegadores às costas, tão cerzidos com a pele, que mais parecem remendos ou manchas naturais, que os hóspedes ou companheiros", (ll. 62-64).

Herodes e Adão e Eva

"Os que queriam tirar a vida a Cristo menino, eram Herodes e todos os seus, toda a sua família, todos os seus aderentes, todos os que seguiam e pendiam da sua fortuna. Pois é possível que todos estes morressem juntamente com Herodes?! Sim: porque em morrendo o tubarão, morrem também com ele os pegadores", (ll. 72-76).

História das personagens históricas e bíblicas

Herodes era o rei da Palestina e, por isso, o homem mais rico e poderoso deste país. A família e os seguidores de Herodes eram sustentados pelas suas riquezas, por isso, quando este morreu, morreram também todos os seus "pegadores".

Herodes

Adão e Eva

O Padre António afirma que a humanidade, desde o seu início, está condenada a pagar pelas ações gulosas de Adão e Eva. No entanto, dá-nos uma alternativa a esta sentença desagradável: através da água do batismo. Apesar disto, os peixes não se conseguem livrar das consequências de serem "pegadores", mesmo com toda a água de todos os mares.

  • Enquanto que os grandes morrem graças às suas próprias ações, os pequenos morrem pelas ações dos grandes, sem ter qualquer influência no seu próprio destino;
  • Vivem dependentes dos peixes grandes, acabando por morrer com eles.

"De alguns animais de menos força e indústria se conta que vão seguindo de longe aos leões na caça, para se sustentarem do que a eles sobeja", (ll. 49-51)

"com os últimos arrancos: enfim, morre o tubarão, e morrem com ele os pegadores", (ll- 66-67)

Argumentos

Crítica, sentença, conselho e analogia

Provérbios adequados: "Anda meio mundo a enganar outro"; "Amigo disfarçado, amigo dobrado."

Crítica: "(...) e me admirou que se houvesse estendido esta rocha e pegado também aos peixes", (ll. 45-46).

Sentença: "(...) e os que se deixam estar pegados à mercê e fortuna dos maiores, vem-lhes suceder no fim o que aos pegadores do mar", (ll. 59-61).

Conselho: "Chegai-vos embora aos grandes; mas não de tal maneira pegados, que vos mateis por eles, nem morrais com eles", (ll.98-99).

Analogia: "Este modo de vida, mais astuto que generoso, se acaso se passou e pegou de um elemento a outro, sem dúvida que o aprenderam os peixes do alto, depois que os nossos Portugueses o navegaram; porque não parte vice-rei ou governador para as Conquistas, que não vá rodeado de pegadores, (...)", (ll.54-57).

Criticam-se os parasitas e os oportunistas. Exemplo: "Chegai-vos embora aos grandes, mas não de tal maneira, que vos mateis por eles, nem morrais com eles", (ll. 98-99).

Comparação com Santo António

Transferência peixes/ homens

Enquanto a maior parte das pessoas continuam a tentar juntar-se aos maiores e mais poderosos, Santo António decidiu seguir o caminho da sabedoria e juntar-se a Cristo, tornando-se, deste modo, imortal e protegido por Deus. Exemplo: "Pegam-se outros aos grandes da terra, que eu só me quero pegar a Deus. Assim o fez também Santo António, e senão, olhai para o mesmo santo, e vede como está pegado com Cristo e Cristo com ele", (ll. 81-83).

Identificação do peixe - Pegador:

  • Repreensões: "Pegam-se aos maiores" (ll. 47- 49);
  • Argumentação: "Vivem como parasitas, alimentando-se e fazendo-se carregar pelos peixes maiores, se algum dos últimos morre, morrem com eles" (ll. 75 - 76);
  • Exemplos humanos: Bajuladores de poderosos, como o Vice-rei, o governador e Herodes (ll. 56 -70);
  • Alegoria: Oportunismo, preguiça e parasitismo;
  • Provérbios adequados: "Anda meio mundo a enganar outro"; "Amigo disfarçado, amigo dobrado."
  • Atualidade/ anacronismo: comitivas políticas, "amigos" interesseiros, ...;
  • Contraste com Santo António: "António também se fez menor, para se pegar mais a Deus" (l. 86);
  • Três aspetos estílicos e linguísticos: por exemplo: apóstrofe, "Considerais, Pegadores vivos, como morreram" (l. 100); enumeração, "Os que queriam tirar a vida a Cristo Menino eram Herodes, e todos os seus, toda a sua família, todos os seus aderentes, todos os que seguiam, e pendiam da sua fortuna." (ll. 72 - 74); interrogação retórica, "Pois é possível que todos estes moressem juntamente com Herodes?" (ll. 74 - 75).

Nomes: Vitória, Lara Lopo, Serena, Sofia Martins, Maria Luísa e Marco

Conclusão a tirar

A alegoria do pregador revela que a verdadeira dignidade só é alcançada pela independência e pela rejeição à bajulação, destacando que o mérito individual e a honestidade devem prevalecer sobre a subserviência interesseira.

"Não vive o Pegador de si, vive do tubarão; e quanto mais pegado anda, mais perdido vive."

Obrigado!