O futuro da humanidade pode depender de África
Trabalho realizado por: André Ferreira
Introdução
No artigo do jornal “ZAP” é abordado o crescimento exacerbado na taxa de natalidade do continente africano em comparação com o resto do mundo contemporâneo, visto que a alta de tal taxa pode apresentar mudanças cruciais no cenário internacional, afetando assim todo o futuro demográfico global. Nesse prisma, enquanto regiões continentais não emergentes apresentam um grande índice de envelhecimento e enfrentam problemas com as baixas taxas de fecundidade, a África projeta um rápido crescimento populacional em todo o continente, sendo assim, pesquisas feitas por especialistas na área, sugerem então, que o crescimento da natalidade pode impulsionar a economia mundial, embora desafios como educação e criação de empregos sejam essenciais para evitar problemas sociais. https://zap.aeiou.pt/futuro-humanidade-africa-484365
Desenvolvimento
O crescimento populacional na África Subsaariana representa tanto desafios quanto oportunidades para o continente e o mundo. De acordo com análises, a população jovem da região, com 70% dos cidadãos abaixo dos 30 anos, contrasta com o envelhecimento de outras partes do mundo, oferecendo uma potencial vantagem econômica e demográfica para o continente. No entanto, essa explosão populacional pode trazer problemas, especialmente se não houver investimento em educação e criação de empregos. A falta de políticas adequadas para integrar essa juventude no mercado de trabalho pode levar ao aumento de desemprego e pobreza, ampliando problemas sociais e econômicos. Além disso, especialistas apontam que a emigração em massa pode ocorrer se os países africanos não conseguirem fornecer as oportunidades necessárias, o que aumentaria a pressão sobre os sistemas de imigração global e potencialmente geraria tensões culturais. Assim, cabe aos governos africanos planejarem políticas inclusivas para transformar esse crescimento populacional em desenvolvimento sustentável.
O rápido envelhecimento populacional em regiões como a Europa e o Leste Asiático, (que tem investido nas infra estruturas africanas, como escolas e estradas), ameaça a sustentabilidade econômica dessas economias, já que a força de trabalho jovem está diminuindo. François Soudan observa que, “sem imigração, a população europeia teria sido reduzida em meio milhão em 2019,” destacando a imigração como uma solução economicamente necessária, mas politicamente sensível. Segundo o texto, a Europa precisaria acolher entre “2 a 3 milhões de imigrantes” anualmente para manter a estabilidade populacional. Contudo, essa estratégia encontra resistências políticas e sociais, expondo os desafios de integrar novas populações em sociedades que historicamente tendem a ser mais homogêneas.
A sustentabilidade do crescimento populacional da África Subsaariana está atrelada à capacidade de exploração sustentável de seus recursos. Como alerta Malcolm Potts, sem políticas de desenvolvimento sustentável e controle populacional, regiões como o Sahel podem enfrentar crises severas de escassez de recursos, fome e conflitos internos. Esses riscos destacam a necessidade de “planejamento familiar e políticas ambientais” no continente. Sem uma abordagem focada em sustentabilidade, a pressão sobre os recursos locais poderia levar a uma série de crises humanitárias, prejudicando a capacidade da África de se beneficiar de sua própria expansão demográfica.
Conclusão
O texto destaca como o crescimento populacional da África Subsaariana e o envelhecimento nos países desenvolvidos está a mudar o cenário global. Como indica Edward Paice, o “peso dos números” exige uma reavaliação das políticas migratórias e econômicas, com ênfase na cooperação internacional para um desenvolvimento sustentável. A gestão dessas mudanças trará desafios, mas também oportunidades para o equilíbrio global. Se administradas de forma estratégica, essas mudanças demográficas podem contribuir para um futuro mais equilibrado e cooperativo entre as nações.
Concluo, portanto, que o crescimento da taxa de natalidade do continente africano apresenta dualidades, visto que por um lado, o crescimento continental apresenta forte influência para o futuro da população mundial e um potencial de crescimento econômico significativo, no entanto tal crescimento acelerado pode resultar em certas mazelas futuras, já que com a falta de recursos presentes no cenário atual da África e a busca por melhores condições de vida afetam países vizinhos e abalam as políticas de imigração dos países europeus. Em última análise, o futuro depende como esses países e a comunidade internacional lidam com o impacto global, já que mesmo que esse aumento apresente perspectivas positivas e impacto significativo, ele também exige políticas bem planejadas para possíveis futuros problemas sociais que podem vir a acontecer.
Webgrafia
https://zap.aeiou.pt/futuro-humanidade-africa-484365