Movimentos horizontais da litosfera
Íris Barroso
Created on November 4, 2024
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Transcript
Movimentos horizontais da litosfera e a formação de grandes estruturas geológicas
Equipa
Índice
Movimentos horizontais da litosfera e a formação de grandes estruturas geológicas
Dorsais oceânicas
Falhas transformantes
Arcos insolares intraoceânicos
Riftes continentais
Bacias sedimentares
Bibliografia
A maior parte dos fundos oceânicos é constituída por extensas superfícies planas, denominadas planícies abissais, apresentando uma profundidade média de 5000 m, que são cobertas por uma camada de sedimentos pelágicos, em geral pouco espessa. As extensas planícies abissais são, por vezes, interrompidas por relevos oceânicos, normalmente de origem vulcânica, que podem revelar uma sismicidade ativa. Entre os relevos oceânicos sismicamente ativos, podem referir-se as dorsais oceânicas e os arcos insulares intraoceânico.
No entanto, tanto as cadeias de montanhas como outras grandes estruturas geológicas, como, por exemplo, dorsais oceânicas e arcos insulares, são entidades em constante modificação. Tal como acontece com um ser vivo, elas "nascem", "crescem" e "morrem", modificando-se continuamente sem cessar. Apresentam ao longo do tempo geológico períodos de grande atividade, que a pouco e pouco se vai tornar menos intensa, levando a que essas grandes estruturas geológicas envelheçam e acabem por desaparecer. Mais tarde, podem ser encontrados os vestígios destas estruturas, integrados em novos relevos, que após percorrerem um caminho de intensa atividade geológica também acabarão inevitavelmente por desaparecer.
Movimentos horizontais da litosfera e a formação de grandes estruturas geológicas
A teoria da Tectónica de Placas permite, hoje,uma melhor compreensão da formação das grandes estruturas geológicas, originadas pelos movimentos horizontais da litosfera.
Dorsais Oceânicas
Um dos relevos mais interessantes dos fundos oceânicos são as dorsais oceânicas, sendo uma das mais conhecidas e estudadas a do Atlântico. Esta dorsal apresenta uma largura de 1000 a 2000km, erguendo-se de fundos com 4000 a 2500m, podendo alguns dos picos mais altos destas estruturas atingir a superfície, originando ilhas oceânicas, como por exemplo, os Açores e a Islândia. Ao nível das dorsais, o topo destas estruturas é percorrido por uma fossa de afundimento contínuo, denominada rifte, com uma profundidade média de 1000m e uma largura de 10km a 50km. O rifte é limitado por falhas nomais devidas a esforços distensivos que originam frequentemente sismos. A subida de material basáltico proveniente do manto efetua-se ao nível do eixo do rifte, não sendo contínuo no tempo e no espaço. Na dorsal verifica-se um afastamento progressivo da litosfera oceânica, que é originada a partir do eixo da dorsal, afastando-se a uma velocidade que pode variar de 1 a 20cm/ano. Este fenómeno, denominado de acreção oceânica, permite a formação de nova litosfera oceânica. esta pode classificar-se como lenta (ocorre a uma taxa abaixo dos 4cm/ano), e rápida (acima dos 4cm/ano). Podemos considerar as dorsais oceânicas como um dos limites fundamentais ao nível da dinâmica da litosfera.
Falhas transformantes
Um dos aspetos mais característicos e que podem ser identificados ao nível das dorsais é um conjunto de falhas transversais que originam ao níve destes relevos oceânicos uma série de interrupções muito importantes, dendominadas falhas transformantes. Estas falhas apresentam algumas características interessantes, sendo diferentes das falhas de desligamento clássicas (com predomínio do rejeito horizontal lateral), uma vez que o deslocamento entre dois segmentos da dorsal não varia. Só numa determinada zona da falha, onde os deslocamentos se realizam em sentido contrário, é que ocorrem focos sísmicos. 0 nome tranformante foi dado por Wilson, em 1965, uma vez que algumas destas falhas terminavam num plano de subducção. Este tipo de acidentes transversais estabelece um limite, verificando-se em determinadas zonas que numa das extremidades da placa existia acreção e na outra a sua destruição, dai o seu nome, pois segundo Wilson, percorrendo-se estas falhas assistimos à transformação de um processo de acreção num processo de subducção.
Arcos insulares intraoceânicos
Outro tipo de relevo oceânico onde ocorrem fenómenos sísmicos e vulcânicos é um conjunto de alinhamentos de ilhas vulcânicas que se encontram associadas a uma fossa submarina paralela ao alinhamento das ilhas que constituem o arco insular, onde as profundidades podem ultrapassar os 10000 m. Este tipo de relevos, frequentes em muitas zonas oceânicas, aparecem, muitas vezes, devido a fenómenos gravíticos, uma vez que à medida que nos afastamos da dorsal a litosfera oceânica, ao ficar mais fria, torna-se mais pesada, ficando mais densa do que a astenosfera, que, tendo uma composição química próxima, está no entanto mais quente, Devido a este tipo de relação entre densidades das duas zonas, o equilibrio torna-se instável, fazendo com que a existência de uma fratura no oceano permita que um dos bordos da placa bascule e mergulhe na astenosfera, onde será incorporada progressivamente. A integração desta litosfera fria e densa numa zona onde a temperatura é muito superior origina fenómenos de fusão parcial, quer ao nível do manto da placa mergulhante quer do manto da placa suprajacente, que vão originar magmas de menor pH (mais ácidos) e de menor densidade que ascendem à superficie, originando um arco insular vulcânico. De entre muitos casos de arcos insulares intraoceânicos podem citar-se, a titulo de exemplo, o arquipélago de Tonga, as ilhas Marianas e o Japão. O interesse deste tipo de arquipélagos vulcânicos reside no facto de os geólogos poderem compreender a génese de magmas relativamente ácidos a partir de uma crusta oceânica básica. Assim podemos ter uma ideia de como poderá ter acontecido a formação da crusta continental a partir da crusta oceânica.
Riftes continentais
Além dos fenómenos associados ao vulcanismo das dorsais, existe outro processo que permite compensar a destruição da litosfera oceanica que ocorre nas zonas de subducção. Este processo consiste na abertura de riftes continentais (rifting). Sob o efeito de uma distensão (estiramento) brutal da crusta continental, esta fragmenta-se em porções separadas por falhas normais, verificando-se o abatimento dos blocos correspondentes. A ocorrên cia destas estruturas de deformação é reveladora da existência de esforços distensivos. Em profundidade, a crusta, que está sujeita a um estiramento em regime dúctil, permite a subida de material mantélico. Neste tipo de estádio de formacão de um rifte continental com uma duração de cerca de 10 milhões a 15 milhões de anos verificam-se manifestações de vulcanismo alcalino proveniente de regiões do manto até cerca de 100 km. Se os esforços distensivos continuarem e o estiramento se prolongar, a crusta continental fica cada vez mais fina, sendo injetada com materiais básicos com proveniência no manto superior, agora mais próximo da superficie formando-se um tipo de crusta oceânica que vai progressivamente substituindo a crusta continental, acabando o mar por invadir esta fossa, como no caso do mar Vermelho. Os riftes continentais apresentam-se sob a forma de fossas tectónicas de afundimento rápido, muito estreitas (cerca de algumas dezenas de quilómetros) e com elevada deposição sedimentar.
Estas fossas estreitas e alongadas são limitadas por falhas normais. Estas falhas com rejeito vertical predominam nos centros de acreção, a partir dos quais se verifica a divergência entre as placas tectónicas. Nestes locais, origina-se um bloco central, denominando-se graben ou fossa tectónica, limitado por falhas normais, que abate quando se verifica a divergência entre placas litosféricas. Os grabens originam um vale alongado limitado por estruturas salientes denominadas horsts.
Estas fossas são muitas vezes descontínuas, uma vez que são cortadas por falhas transformantes. Estes relevos prolongam-se por milhares de quilómetros, sendo um dos casos mais célebres os sistemas de grandes riftes da Africa Oriental, que se estendem desde o mar Vermelho, a norte, até ao Zambeze, no Sul. Outros exemplos incluem estruturas geológicas como o rifte do Rio Grande, na América do Norte, o rifte Baïkal, na Ásia, e o que se localiza entre o mar do Norte e o Mediterrâneo. Se o processo distensivo continuar a atuar, a fissura crustal alarga-se, originando um golfo oceânico, o que implica acreção oceânica, formando-se, uma dorsal oceânica.
Riftes continentais
Bacias sedimentares
Uma bacia sedimentar corresponde a uma depressão topográfica, em regra de origem tectónica, ocupando, por vezes, áreas muito vastas na crusta terrestre. São preenchidas por depósitos constituídos, essencialmente, por rochas sedimentares, embora possam também existir rochas vulcânicas. Ainda que a geometria final de uma bacia sedimentar esteja dependente dos padrões tectónicos que afetam estas estruturas, em planta podem exibir um aspeto circular, triangular ou alongado. Uma bacia sedimentar contém um registo deposicional de uma determinada área; no entanto, este registo pode ser interrompido por hiatos ou lacunas de maior ou menor duração e que podem ir desde uma centena até várias centenas de milhões de anos. A existência destas estruturas geológicas implica, geralmente, um abatimento da litosfera, designado por subsidência. O termo subsidência foi originalmente utilizado para caracterizar o movimento de abatimento do fundo das bacias hulhíferas. Atualmente, este termo tende a ser usado num sentido mais alargado, não estando associado nem à velocidade nem ao ritmo do enchimento, nem tão pouco à profundidade de deposição. Por exemplo, o termo subsidência é muitas vezes utilizado para descrever o afundimento progressivo da litosfera, uma vez que, por arrefecimento esta aumenta a sua densidade (subsidência térmica) em relação ao substrato astenosférico. As bacias sedimentares podem ser agrupadas em três categorias principais de acordo com a sua evolução. Assim, podemos ter bacias cuja evolução é: controlada pelo adelgaçamento litosférico. São incluídas neste tipo as fossas de afundimento (riftes) e as bacias sedimentares associadas a margens passivas.
Bibliografia
Félix, José Mário; Sengo, Isabel Cristina; Bastos Chaves, Rosário; Geologia,12º ano, 2014, Porto Editora, Porto
Equipa
Helena
Leonor
Mafalda
Íris
Pelo que podemos concluir que a rede atual das dorsais oceânicas se terá implatado por volta dessa idade, ocorrendo a partir dessa altura o alastramento ou expansão oceânica.
Dados resultantes de sondangens efetuadas em vários locais do globo permitiram concluir que as bandas de lava mais antigas colhidas num e outro e noutro lado dos flancos de uma dorsal nunca ultrapassam 80M.a. a 100M.a., ou seja, a base do Cretácico Superior.