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Solar-Casa Mateus, Mateus

Victoria Ferrante nº26 M2A

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Identidade e Natureza da Obra

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Contexto Artístico, Social e Político

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Estrutura Formal da Obra

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Mensagem e Conteúdo da Obra

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Comentário e Apreciação Crítica

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FIM

Victoria Ferrante nº26 M2A

O edifício conta com uma fachada principal grandiosa, com um espelho d’água em frente que reflete a construção. Nas alas laterais encontram-se os salões de recepção, áreas residenciais e uma capela privada, onde eram realizadas atividades religiosas familiares. Ao redor da casa, há jardins elaborados em estilo barroco, planejados para criar simetria e uma continuidade visual com o edifício.

Partes do Edifício:

Além de servir como residência privada, a Casa de Mateus era um ponto de administração e gestão das terras da família e servia como local de eventos e encontros sociais, reforçando a influência e a centralidade da família na comunidade local.

Funções Históricas e Estilo de Vida:

A Casa de Mateus apresenta uma planta em formato de U aberto, com um pátio central que organiza as alas do edifício. Esse formato é característico de residências senhoriais da época e permite uma circulação fluida, facilitando a divisão dos espaços e suas funções.

Forma da Planta:

Nicolau Nasoni, um arquiteto italiano que fez carreira em Portugal, é o responsável pelo projeto da Casa de Mateus. Ele é conhecido por suas obras no norte de Portugal, onde deixou um legado de arquitetura barroca, como igrejas e palácios. Sua obra é marcada pelo detalhamento ornamental e pela integração da arquitetura com a paisagem.

Arquiteto

Leitura Social:

O edifício demonstra o estilo de vida da aristocracia do século XVIII, com salões para recepção e lazer, amplos jardins e áreas de circulação que ressaltam o luxo e a sofisticação. A arquitetura reflete a posição social e a importância econômica dos proprietários no contexto rural da região.

Encomenda e Propósito:

A Casa de Mateus foi encomendada pela família dos Condes de Vila Real, uma das mais influentes e poderosas da época. A construção da casa visava representar o prestígio e a influência política e econômica da família, através de uma residência monumental que refletisse o poder da aristocracia.

Externamente, o edifício é construído em granito, um material típico da região, que confere durabilidade e uma textura rugosa à fachada. Internamente, utiliza-se madeira, principalmente nas áreas de maior requinte. As paredes externas possuem uma cor cinza típica do granito, que contrasta com o tom mais escuro da madeira no interior, reforçando o efeito visual de solidez e elegância.

Materiais e Textura:

A Casa de Mateus está em excelente estado, com manutenção regular e restauros contínuos que preservam a autenticidade dos materiais e o valor histórico e arquitetônico.

Estado de Conservação:

Residência senhorial construída no século XVIII, destinada à habitação da aristocracia portuguesa, representando a riqueza e o poder da nobreza.

Tipo de Edifício:

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Contexto Envolvente:

Localizada na freguesia de Mateus, em Vila Real, no norte de Portugal, a casa está rodeada por jardins em estilo barroco e vinhedos que criam uma forte integração com a natureza. A paisagem contribui para ressaltar a monumentalidade do edifício, harmonizando-se com a arquitetura e o ambiente rural circundante.

A Casa de Mateus é um exemplo do barroco português, um estilo que surgiu na Europa no final do século XVI e atingiu seu auge nos séculos XVII e XVIII. O barroco caracteriza-se pela riqueza decorativa, simetria, contraste entre luz e sombra e efeitos visuais que enfatizam a grandiosidade e emoção, refletindo a complexidade da época.

Corrente Artística:

Função Atual:

Hoje, a Casa de Mateus é sede de uma fundação cultural que preserva o edifício e organiza atividades culturais e educacionais. Funcionando como museu, oferece exposições sobre sua história, arquitetura e acervo. Além disso, sedia eventos culturais e uma parte ainda é utilizada como residência privada da família fundadora.

Época e Intervenções:

Originalmente construída no século XVIII, durante o auge do barroco em Portugal. Sofreu intervenções ao longo dos anos, especialmente no século XIX, que incluem reformas no jardim e algumas restaurações estruturais para garantir a conservação e a integridade de seus elementos decorativos originais.

A fachada é simétrica, com elementos decorativos típicos do barroco, como janelas com molduras ornamentadas e torres laterais que conferem verticalidade. O portão central é o ponto de destaque, emoldurado por um frontão curvo, característico do barroco, que realça a entrada principal.

Composição da Fachada:

Volumetria e Efeitos de Luz:

A volumetria é enfatizada pelas linhas curvas e formas geométricas, como as torres e o frontão, que criam um efeito de verticalidade. A luz natural reflete nas superfícies de granito, criando sombras nas partes ornamentadas e um contraste que realça a profundidade e os detalhes decorativos.

A estrutura da casa permite uma forte conexão com os jardins ao redor, com portas e varandas que ligam o interior ao exterior. O espelho d'água em frente à fachada reflete a construção, integrando visualmente o edifício e o ambiente externo e criando uma continuidade estética entre a casa e a natureza.

Relação Interior-Exterior:

Modelos e Representações:

A Casa de Mateus representa o barroco português em sua plenitude, com referências decorativas exuberantes e simétricas. Posteriormente, a casa incorpora algumas influências do neoclassicismo, que traz elementos de ordem e simplicidade.

Ideais da Época:

O edifício reflete o ideal aristocrático de prestígio e poder dos séculos XVII e XVIII, com um design que simboliza a hierarquia social e o valor da nobreza. A presença de elementos neoclássicos sugere uma transição para um estilo mais racional e equilibrado.

Códigos Estéticos e Sentido:

A exuberância do barroco é expressa por formas elaboradas, ornamentação detalhada e contrastes visuais fortes, enquanto o neoclassicismo traz harmonia e simetria, o que indica uma busca por controle e ordem.

Linguagem Artística:

Nicolau Nasoni utilizou uma linguagem rica em detalhes decorativos e efeitos de luz e sombra, que ressaltam a complexidade e o dinamismo típicos do barroco. O design enfatiza a monumentalidade e a profundidade dos detalhes, criando uma experiência visual de movimento.

Expressão dos Valores:

A organização em planta de U, o uso de materiais duráveis e nobres como o granito e a madeira, a ornamentação detalhada e a atenção ao tratamento da luz reforçam a busca pela grandiosidade, beleza e sofisticação, características fundamentais do barroco.

Opinião Crítica:

A Casa de Mateus é uma obra-prima da arquitetura barroca em Portugal, destacando-se pelo seu valor histórico e estético. O edifício é uma manifestação arquitetônica do prestígio e da riqueza da aristocracia portuguesa, além de ser uma referência em preservação patrimonial.

Entre os principais valores estão a opulência, a sofisticação e o simbolismo aristocrático, refletidos na monumentalidade e nos detalhes decorativos do edifício. A integração com o ambiente natural ao redor ressalta a sensibilidade artística e o equilíbrio entre natureza e arquitetura.

Valores do Edifício:

Como exemplo da arquitetura barroca, a Casa de Mateus é um marco cultural e patrimonial, sendo um símbolo da identidade arquitetônica e histórica portuguesa. Sua preservação mantém vivo o legado artístico e arquitetônico da época.

Significado Cultural e Artístico:

Atualidade e Relevância:

Em um contexto contemporâneo, a Casa de Mateus se destaca ao contrastar com as tendências modernas de funcionalidade e simplicidade. Ela reafirma a importância da tradição e da beleza na arquitetura, lembrando o valor de uma estética rica e emocional.

A Casa de Mateus é bem valorizada e reconhecida mundialmente, mantendo-se em ótimo estado de conservação e sendo utilizada para eventos culturais, o que promove sua preservação e a educação histórica e artística.

Valorização e Preservação: