601000071 Ali Babá e os quarenta ladrões 02 etapa 01
andreiahenrique
Created on October 23, 2024
Over 30 million people build interactive content in Genially.
Check out what others have designed:
A2 - ABENTEUER AUTOBAHN
Horizontal infographics
STEVE JOBS
Horizontal infographics
OSCAR WILDE
Horizontal infographics
TEN WAYS TO SAVE WATER
Horizontal infographics
NORMANDY 1944
Horizontal infographics
BEYONCÉ
Horizontal infographics
DEMOCRATIC CANDIDATES NOV DEBATE
Horizontal infographics
Transcript
Ali Babá e os 40 ladrões
Capítulos
Espaços
Personagens
Fonte música: https://www.bensound.com/Fonte imagens: https://br.freepik.com/https://www.pngegg.com/pt
O livro
"As mil e uma noites"
[Este livro é uma] obra clássica de contos, alguns deles bastante populares, cuja compilação se tornou conhecida na Europa a partir do século XVIII […]. As histórias mais antigas parecem remontar ao século VII da nossa era […]. Entre os contos de As Mil e Uma Noites estão as célebres histórias de Aladino (e a lâmpada mágica), Ali Babá (e os Quarenta Ladrões) e de Sindbad, o Marinheiro. A estrutura da obra assenta em Sherazade […], a mulher do Sultão, que estava determinada a adiar o mais possível o plano do marido para a matar. Desde que o Sultão se convencera de que a primeira mulher lhe fora infiel, era esse o destino reservado a todas as suas esposas. Sherazade contava ao Sultão uma história todas as noites, deixando-as propositadamente incompletas até ao dia seguinte, numa espécie de suspense, de tal modo que o Sultão se via obrigado a poupar a sua vida para saber o fim da história. E gostava tanto dessas histórias e tal modo o entretinham que ao fim de mil e uma noites pôs de parte a ideia de matar Sherazade.
As mil e uma noites
António Garcia Barreto, Dicionário de Literatura Infantil Portuguesa, Campo das Letras Ed., 2002 (pág.347, adaptado)
A caverna das maravilhas
2
3
A rasoira de Xainaz
As três poções do boticário
4
5
Um funeral digno para Qassem
7
6
A inquietante aposta de Mustafá
9
A caravana do mercador de azeite
A dança de Morjana
8
A lamparina de Morjana está seca
Nuredine arranja um amigo
Epílogo
1
Capítulos
No último dia dos folguedos, Ali Babá achou que tinha chegado o momento de transmitir o seu segredo ao filho e, chamando-o de parte, contou-lhe toda a história que acabamos de ouvir. - Como vês, Morjana, a tua mulher, teve uma boa participação em tudo isto - disse por fim -, mas ela ainda ignora, como tu, onde está escondido o tesouro. Amanhã ao nascer do sol vou lá com vocês. Tu próprio pronunciarás o "Abre-te, sésamo!" que fará rolar o rochedo. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
- Tu sabes como o teu amo perdeu a vida, Morjana. E compreendes que, para sua honra, e também para nossa segurança, devemos guardar segredo sobre a existência da caverna. É preciso que toda a gente pense que Qassem morreu na sua cama. Faz o que for preciso para isso. Tenho toda a confiança em ti! Assim que Ali partiu, a jovem, enrolando um lenço à volta da cabeça, saiu de casa. Dirigiu-se a casa de Dubane, o boticário. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
Um velho sapateiro chamado Mustáfa tinha a sua loja à entrada do Bazar. Ela chegou muito perto dele e deixou cair algumas boas moedas numa pequena taça que estava na sua banca. - Tenho um serviço a pedir-lhe. Vou precisar da sua arte! Então do seu material traga aquilo que é preciso para coser e venha comigo. As duas silhuetas entraram na de Qassem por uma porta de serviço. - Tem de coser estas duas partes, que para nossa desgraça um bandido separou! - disse ela em voz baixa. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
No dia seguinte, o bandido, vestindo a sua capa, com um turbante amarrado à cabeça, adquiriu o aspeto do mais honesto dos viajantes. Ao penetrar na cidade, apenas encontrou uma loja aberta àquela hora , e que era a loja de Mustafá. - Começa a trabalhar muito cedo! - disse ele para meter conversa. - Estraga os olhos a trabalhar com pouca luz! E logo a seguir o velho tagarela já estava a contar como tinha cosido um morto num quarto fúnebre mil vezes mais escuro do que aquela tenda. - Façamos uma aposta! - sugeriu o outro como que a brincar. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
Entretanto Morjana voltou para a cozinha, quando o seu candeeiro se apagou. "Acabou-se o azeite", diz ela. Procurou azeite para lhe pôr, e não encontrou: a sua reserva estava seca. Então lembrou-se que os odres das mulas estavam cheios. "Vou buscar um pouco para alimentar a minha lamparina e terminar o meu trabalho". Saiu e aproximou-se da primeira mula. Quando Morjana se preparava para desatar o laço do odre, ouviu lá de dentro um murmúrio abafado: - Chegou a hora? Morjana ficou paralisada pela surpresa. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
O capitão falou durante muito tempo e cada qual ficou a saber aquilo que tinha de fazer. Quando tudo ficou preparado, os homens enfiaram-se dentro de sacos. Qoja Hussein atou-os solidamente um após o outro, para que não se notasse nada daquilo que eles continham. Depois o capitão, segurando a primeira mula pela rédea, pôs a caravana em marcha, que seguiu em fila. O animal que ele conduzia era o único que transportava odres que continham azeite de verdade. Mas todos tinham o mesmo aspeto: cada bandido teve o cuidado de humedecer a pele do seu esconderijo com um tampão de azeite, para fingir que o líquido tinha transbordado em alguns lugares. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
Qoja Hussein esperou que houvesse na praça uma loja para alugar. Quando surgiu a ocasião, foi ele o primeiro a procurar o negócio. Por fim, quando estava instalaado, foi-se apresentar, como manda a cortesia, aos outros mercadores da praça. Durante as semanas seguintes, Qoja Hussein cultivou amizade com Nuredine, que se afeiçoou a ele. Os dois gostavam cada vez mais da companhia um do outro. Uma manhã em que Qoja Hussein saía da loja e Ali Babá entrava, o filho falou longamente ao pai do seu novo amigo, com muitos elogios. - Convida-o para ir um dia a minha casa - propôs Ali Babá. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
Acabou a refeição. Abdalá trouxe os licores de tâmaras e retirou-se. Qoja Hussein, descontraído, mantém no entanto o espírito alerta. Espera que as circunstâncias o deixem a sós com Ali Babá. Agora, no meio das conversas que troca com os seus anfitriões, ele ouve, a princípio fraco e abafado, o som de um domback. O tambor aproxima-se. Uma sombra percorreu a fronte do bandido. A sua vingança tinha que ser adiada... Mas ele já comtemplava a rapariga. Esta, na sua dança, exibia um punhal aguçado. Por um instante, o punhal prolongava os dedos dela, enquanto o seu corpo se curvava de lado. Logo a seguir um arabesco diante do seu rosto. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
Lê
Dentro de casa, depois de esvaziarem os sacos no chão de terra batida, ficaram os dois maravilhados, e Feiruz, toda entregue aos seus sonhos, quis começar a contar. - Se ao menos - disse ela, melindrada - tivéssemos uma daquelas vasilhas que servem para medir as sementes, podíamos fazer uma ideia!... eu podia ei buscar uma a casa do teu irmão! - propôs ela recuperada do seu entusiamo. Ora Xainaz era muito curiosa e não tinha vergonha. Quando foi buscar a medida à cozinha, com um gesto rápido passou um pano engordurado pelo fundo da vasilha. Ao voltar a casa, Feiruz fez o seu cálculo mergulhando a medida no monte de dinheiro e despejando-a um pouco ao lado, no chão. Depois foi levar a rasoira à cunhada sem reparar numa moeda que tinha ficado colada no fundo. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
O livro
Descrição da capa
Sinopse da história
Título: Ali Babá e os Quarenta Ladrões
Adaptação: Luc Lefort Adaptação para Língua Portuguesa: António Pescada
Leitura recomendada para o 6.º ano
Editora
Sinopse Neste livro, ficamos a conhecer a história de um pobre lenhador, Ali Babá, que vivia numa cidade do Oriente. Certo dia, enquanto apanhava lenha, Ali Babá viu uma coluna de cavaleiros e decidiu esconder-se, pois não sabia se eram boas pessoas ou ladrões. Quando o grupo parou por baixo do cipreste onde ele estava escondido, Ali viu as armas afiadas por baixo das capas e contou 40 homens. Foi neste dia que Ali Babá descobriu a caverna das maravilhas.
A capa Na capa vê-se um homem pendurado num ramo de uma árvore. Por baixo dele, estão vários homens em cima de camelos e um deles está no chão, de frente para uma rocha. Este homem está com os braços levantados, como se estivesse a gritar para a rocha. As cores predominantes são o amarelo e o verde.
Personagens
Ali Babá
Feiruz
40 ladrões
Qassem e Xainaz
Morjana
Ali Babá - personagem principal Ali também se casou. E para sustentar a família, ia ao monte cortar lenha que atava em feixes e vendia. Ao amanhecer, quando a luz ainda é cor-de-rosa, viam-no passar debaixo do arco de pedra lavrada da porta da cidade, levando o burro pela arreata. "Como vai isso hoje, Ali Babá?" perguntavam-lhe um ou outro que estava a abrir a sua loja. [E]m árabe babá quer dizer "bom", "boa pessoa", e Ali tinha fama de ser justo e de bom coração. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões).
Feiruz - esposa de Ali Babá Uma mulher surgiu à porta. - Já estás de volta a meio do dia! - observou ela, surpreendida. Quando ele abriu um dos sacos, aquilo que a mulher viu luzir debaixo dos ramos, fê-la recuar um passo. - Ali, de onde vem todo esse dinheiro? Não o terás roubado? Dentro de casa, depois de esvaziarem os sacos no chão de terra batida, ficaram os dois maravilhados, e Feiruz, toda entregue aos seus sonhos, quis começar a contar. - Se ao menos - disse ela, melindrada - tivéssemos uma daquelas vasilhas que servem para medir as sementes, podíamos fazer uma ideia!... Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
Os quarenta ladrões Era uma coluna de cavaleiros que surgiu na base do outeiro. Debaixo do umbaz, a larga capa que os envolvia, adivinhavam-se armas afiadas. - a nossa lei, todos aqui a conhecem. Aquele que vai conduzir este inquérito sabe a sentença em que incorre se cometer o mínimo erro. Esse erro pode ser fatal para nós, não lho perdoamos. - Se eu falhar, serei morto pelo mais velho de nós! Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
Xainaz - esposa de Qassem e cunhada de Ali Babá Ora Xainaz era muito curiosa e não tinha vergonha. Quando foi buscar a medida à cozinha, com um gesto rápido passou um pano engordurado pelo fundo da vasilha. Xainaz descobriu a moeda e ficou pálida de surpresa. Entretanto, na cidade, Xainaz vigiava o regresso do marido. Durante toda a tarde tinha esperado por ele, ansiosa por contar as suas novas riquezas. Mas como as horas iam passando e já tinha caído a noite, a sua impaciência transformou-se em angústia. Qassem - irmão de Ali Babá Qassem exibia a moeda debaixo do nariz de Ali Babá, mas este não manifestou qualquer surpresa. E de novo contou o caso, como tinha contado a Feiruz. Quando terminou, a alma ciumenta de Qassem estava cheia de inveja. – Agora, Ali – disse ele com os lábios cerrados –, quero que me expliques onde se encontra esse rochedo! Se não, já te digo, denuncio-te ao juiz por teres roubado esse dinheiro! Muito antes do amanhecer já ele [Qassem] se tinha levantado e carregado seis mulas com caixas e sacos. Depois amarrou os animais uns aos outros e seguiu o caminho da gruta. "Amanhã venho buscar o resto, se não conseguir carregar tudo hoje", pensou. Mas a sua ambição desmedida perturbou-lhe de tal modo o espírito que, quando se preparava para sair, esqueceu-se da fórmula. Fez um esforço para se recordar, mas a sua cabeça estava tão vazia como os sacos estavam cheios. - Abre-te, cevada! –experimentou ele dizer. Mas sabia que estava enganado e com efeito, nada se mexeu. E eis o pobre Qassem às voltas entre todos aqueles tesouros, os quais, no seu desespero, já nem sequer vê! Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
Morjana - empregada de Ali Babá [Ali Babá] encontrou a jovem escrava Morjana no pátio. Apreciava muito a inteligência daquela serva. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
Espaços
a caverna das maravilhas
A caverna das maravilhas
A cidade onde morava Ali Babá
A cidade onde Ali Babá morava Numa cidade do Oriente, cujas muralhas brancas brilhavam no sopé da montanha Qâf. Depois de passar a porta mourisca, Ali Babá entrou com o burro na cidade. No bairro do mercado, a que se chama Bazar, os toldos estendidos por cima do passeio coavam a luz sobre bancas e sobre as pessoas. Ali seguiu pelo corredor dos oleiros, pelo corredor dos açougueiros, pelo dos vendedores de especiarias e depois achou-se a céu aberto, nas ruelas inundadas de sol por entre os muros dos quintais. A casa de Ali Babá Ao chegar diante de um portão por cima do qual pendiam as grandes folhas de uma figueira entrou, levando atrás de si o burro. Ao fundo do pequeno pátio havia uma casinha de adobe, pintada de branco até meia altura. A casa de Qassem Era numa rua de casas altas, com grandes jardins fechados. Passou pelo portão, cujos batentes só eram fechados à noite, e entrou na galeria que circundava o pátio. Enroladas nos pilares, trepadeiras de cor violeta escura misturavam-se com roseiras brancas. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)
A caverna das maravilhas Curiosamente, a cavidade não é nada escura. Todos aqueles tesouros parecem irradiar luz. De um lado, peças de seda fina, roupas cintilantes bordadas a fio de ouro, de ouro bacias de porcelana a transbordar de colares e de pulseiras. Joias amontoadas sobre bandejas de cobre: esmeraldas de um verde vivo, diamantes cristalinos como a água, ágatas multicores. ali caminha sobre grossos tapetes da Índia e da Pérsia. Ali Babá e os quarenta ladrões, adapt. António Pescada, Porto Editora, Porto, 2017, (texto com supressões)