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Transcript

Feito por: Beatriz Moreira (Nº5), Constança Maceda (Nº10), Eva Dias (Nº12), Paola Oliveira (Nº23) e Tiago Neto (Nº27)

A Palavra Mágica

De Vergílio FerreiraPágina 52 do Manual Linhas 117-144

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Categorias Da Narrativa

Leitura expressiva do exCerto

Perguntas

EXCERTO

Excerto

"A Palavra Mágica" Linhas 117-144

Começaram então a aparecer as primeiras queixas no tribunal da Vila, contra a injúria de noque, inoque e, finalmente, de “inócuo”, consoante a instrução de cada um. Como a palavra estropiada era um termo bárbaro nos seus ouvidos cultos, o juiz pedia a versão da injúria em linguagem correta, sendo essa versão que instruía os autos. – Chamou-me noque. – Absolutamente. Mas que queria ele dizer na sua? – Pois queria dizer que eu era ladrão. E escrevia-se “ladrão”. Pelo mesmo motivo, gravava-se a ofensa, de ou- tras vezes, nos termos de “assassino”, “devasso” ou “bêbedo”. Ora um dia foi o próprio Bernardino da Fábrica que moveu um processo ao guarda-livros pela injúria de “inócuo”. Metida a questão nos trilhos legais, o Bernardino procurou o juiz, para ver se podia ajustar, previamente, uma bordoada firme no agressor.
Exerto de "A Palavra Mágica", Página 52, Linhas 117 a 144
Mas aí, o juiz atirou uma palmada à coxa curta, clamou: – Homem! Agora entendo eu. Noque era “inócuo”! E admitindo que o vocábulo contivesse um veneno insuspeito, pegou num dicionário recente, o último modelo de ortografia e significados. Então pasmou de assombro perante o escuro mistério que carregara de pólvora o termo mais benigno da língua: “inócuo” significava apenas “que não faz dano, inofensivo”. E pôs o dicionário aberto diante da ofensa de Bernardino. O industrial carregou a luneta, e longo tempo, colérico, exigiu do livro insultos que lá não estavam. – Nada feito – repetia o juiz. – O homem chamou-lhe, corretamente, “pessoa incapaz de fazer mal a alguém”. – Mas há a intenção – opôs o advogado, mais tarde, quando se voltou ao assunto. – Há o sentido que toda a gente liga à palavra. – Nada feito – insistia o juiz. – “Inócuo” é “inofensivo”, até nova ordem.

CATEGORIAS DA NARRATIVA

  • As personagens são planas, mas o juíz e o advogado são secundárias enquanto o Bernadino e o guarda-livros são figurantes.
  • O tempo é cronológico: "Ora um dia..." e "mais tarde...";
  • O espaço físico é a aldeia e o social é o povo;
  • O narrador é não participante e omnisciente.

Categorias

Da Narrativa

De acordo com o nosso exerto:

PERGUNTAS

Resposta: "Noque" e "inoque"

Com que palavras era confundido a palavra "inócuo"?

Pergunta nº 1

Resposta: Ladrão, assassino, devasso ou bêbado.

Pergunta nº 2

Quais os significados atribuidos, pelos habitantes da Vila, à palavra "inócuo" e as suas variações?

Resposta: O juíz recorreu ao dicionário para saber o verdadeiro significado de "inócuo", caso este fosse ofensivo.

Pergunta nº 3

O que levou o juíz a pegar no dicionário?

Resposta: O juíz declarou que "inócuo" significaria "inofensivo" até nova ordem.

Pergunta nº 4

Qual foi a decisão final sobre a palavra "inócuo"?

vossa atenção!

Obrigada pela

Resumo

"A Palavra Mágica" Linhas 117-144

O nosso exerto apresenta uma situação em que o juíz analisa várias queixas de ofensa envolvendo a palavra "noque" e "inoque". O narrador foca na queixa de Bernadino Da Fábrica sobre o guarda-livros, que foi quando o juíz finalmente entendeu: "noque" e "inoque" queriam dizer "inóquo"! Segundo o dicionário, significa "inofensivo", e não pode ser considerado uma ofensa. O advogado de Bernadino tenta argumentar que a intenção por trás da palavra pode ter um significado diferente, mas o juiz mantém-se firme, destacando que o termo, em seu uso correto, não implica ofensa, e dispensa todos os outos significados até nova ordem.