[ESEV Cult Digital] Escrita-Hipertexto
Ana Claudia Loureiro
Created on October 21, 2024
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Transcript
Cultura DigitalDocente: Ana Claudia Loureiroanaloureiro@esev.ipv.pt
Da escrita ao Hipertexto
1. A reinvenção da escrita
Na era digital, a internet apresenta-se como a nova tecnologia da inteligência, capaz de aumentar a capacidade humana de aprender e compreender. Na interação com o texto digitalizado, pela particularidade hipertextual das redes telemáticas que se caracterizam por permitir conexões online e interativas, é estabelecida uma lógica dinâmica e não linear capaz de potencializar formas de aprendizagem cada vez mais complexas. É desta forma que o hipertexto possibilita a rutura com o pensamento linear e com as formas de escrita até então conhecidas, pois inclui uma outra lógica de construção, que permite articular várias habilidades simultaneamente. (Lévy, 1993)
Hipertexto
O hipertexto caracteriza-se por uma estrutura não sequencial ou não linear, acentrada, suportada por dispositivos digitais, como computadores, telemóveis, tabletes, ou seja, por recursos informáticos. É constituído por nós de informação, de extensão variável, que conduzem ao acesso a outros documentos ou a uma parte de um mesmo documento.
Dennis, Michael Aaron. "Vannevar Bush". Encyclopedia Britannica, 24 Jun. 2024, https://www.britannica.com/biography/Vannevar-Bush. Accessed 21 October 2024.
Hipertexto
O conceito de hipertexto remonta mais de 70 anos, quando o engenheiro eletrotécnico, norte-americano, Vannevar Bush, desenvolve o MEMEX (“memory expander”) para armazenar livros, artigos, revistas e gravações que poderiam ser consultados de uma forma rápida e flexível, através de pesquisa por índice, além de permitir associações entre a informação, ligando um texto a outro.
Hipertexto
O termo hipertexto foi criado pelo filósofo e sociólogo estadunidense, Theodore Nelson, em 1965. Nelson desenvolveu o hipertexto XANADU com a pretenção de ser um repositório de tudo o que a humanidade tinha escrito. Esse projeto não chegou a ser totalmente concretizado, mas o termo e o conceito de hipertexto estavam delineados.
Jenkins, H. (2006). Game On! The Future of Literacy Education in a Participatory Media Culture," Threshold, reprinted on New Media Literacies Web site.
A narrativa interativa, como define Jenkins (2004), é uma forma de contar histórias que convida o público a participar ativamente da trama, tomando decisões que moldam o desenrolar dos eventos. Ao contrário das narrativas lineares, onde o leitor é um mero espectador, a narrativa interativa proporciona uma experiência personalizada, em que cada escolha conduz a um resultado único."
Narrativa interativa
Murray, J. H. (1997). Hamlet on the Holodeck: The future of narrative in cyberspace. New York: Free Press.
Impulsionada pelo avanço da tecnologia digital, a narrativa interativa permite que o público se torne co-criador da história. Presente em diversas mídias, desde jogos eletrônicos até plataformas digitais, representa uma nova forma de consumir conteúdo. Segundo Murray (1997), essa modalidade narrativa desafia as convenções tradicionais, permitindo que o público se conecte de forma mais profunda com as histórias, questionando e redefinindo os papéis de autor e leitor.
Narrativa interativa
Desafio!
Bom trabalho!
A criar um hipertexto!
1. Leitura do verbete "Cultura Digital", disponível no Moodle.2. Destacar os conceitos apresentados no verbete. 3. Criar um hipertexto no Gennially com os conceitos destacados. O hipertexto deverá ter interatividade, as informações, imagens e/ou vídeos. 4. Entregar o link do hipertexto no fórum - Atividade prática_aula 6.
- BUSH, Vannevar (1945). As We May Think. Atlantic Monthly, 176 (1), 101-108.
- Jenkins, H. (2006). Game On! The Future of Literacy Education in a Participatory Media Culture," Threshold, reprinted on New Media Literacies Web site.
- JONASSEN, D. H. (1989). Hypertext/Hypermedia. Englewood Cliffs, New Jersey:
- Educational Technology.
- LÉVY, Pierre (2000). Cibercultura. Lisboa: Instituto Piaget.
- Murray, J. H. (1997). Hamlet on the Holodeck: The future of narrative in cyberspace. New York: Free Press.
Referências bibliográficas