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BICHOS: MADALENA

Miguel Torga

Miguel Torga (1907-1995) foi um escritor português, um dos mais importantes poetas do século XX. Destacou-se também como contista, ensaísta, romancista e dramaturgo, deixando mais de 50 obras publicadas.Miguel Torga, pseudônimo de Adolfo Correia da Rocha, nasceu em São Martinho de Anta, Vila Real, Portugal, no dia 12 de agosto de 1907. De família humilde, com 10 anos foi para a cidade do Porto trabalhar na casa de familiares. Foi porteiro, moço de recados, regava o jardim, limpava a escadaria entre outros acontecimentos importantes da sua vida. Miguel Torga faleceu em Coimbra, Portugal no dia 17 de janeiro de 1995.Obras de MIguel Torga: Ansiedade (1928)Bichos (1940)O Paraíso (1949)Câmara Ardente (1962)

Miguel Torga

Poema de Miguel Torga

Fresca manhã da vida, recomeçoDoutros orvalhos onde o sol se molha.Nova canção de amor e novo preço Do ridente triunfo que nos olha. Larga e límpida luz donde se vê Tudo o que não dormiu e germinou;Tudo o que até de noite luta e crê Na força eterna que o semeou. Um aceno de paz em cada flor; Um convite de guerra em cada espinho; E os louros do perfeito vencedor À espera de quem passa no caminho

Manhã

Resumo do conto:

  • “Madalena” é um conto negro. Tudo nele é negativo, sombrio, tormentoso, desesperado. É um conto onde não há esperança, carinho, nem vontade de redenção. Há raiva, revolta, ressentimento, orgulho, desespero, sofrimento.
  • Madalena é uma mulher como todas as outras,mas acaba por se tornar numa pobre mulher que caiu na tentação de umas falas mansas e egoístas de um indivíduo que se recusa a casar com ela e apenas se quis aproveitar da sua fraqueza num momento de irreflexão.
  • Engravida e apartir daí,tudo muda.
Muda ela que se afasta dos outros e de si mesma. Após engravidar,passa a viver como um bicho durante nove meses.Acaba por se esconder e esconder a sua gravidez,assumindo o segredo só entre ela e Deus.

Resumo do conto:

  • Calada,vai para Ordonho onde se encontra com a sua amiga Ludovina,com quem iria partilhar o segredo sobre a sua gravidez.
  • Tenta passar a Serra Negra num dia quente de Agosto,onde um sol amarelo,denso, queimava e as dores apertavam,espalhando gritos de dor.
  • Tudo termina com o nascimento da criança já morta, em cima de uma terra terrosa e escaldante. A criança, que, em vez de ser um sinal de esperança, representava um sinal de maldição. Madalena teve o filho como um bicho: Só e ao relento,morto. Fez-lhe a cova e regressou a sua casa, liberta do que a apavorava, com o seu orgulho triunfante, mas a alma mergulhada nas profundas trevas de indizível amargura.

Espaço, tempo, ação, personagens e narrador

  • Espaço: Físico- rural "a nudez agreste da Serra Negra".
Social e Psicolócio- Não são referidos. (As cenas desenvolvem-se em outros espaços públicos e privados,como por exemplo a casa, todavia, a ação passa-se no trajeto da viagem a Ordonho. Não há uma descrição minuciosa dos espaços físicos, mas verificamos que o espaço ocupa uma maior porção.
  • Tempo: É cronológico.
  • Ação: Fechada-pois a história apresenta um final claro.
Principal-baseia-se na história de Madalena e nos acontecimentos mais relevantes. Estrutura da ação- É por encadeamento(a história é em ordem cronológica e é narrada de acordo com a sequência temporal).

Espaço, tempo, ação, personagens e narrador

  • Personagens:Principal- Madalena.
Secundárias- Armindo, o motivo de sofrimento; o avô,em que não é referido o nome; Ludovina a sua amiga de Ordonho; o filho,que acaba por nascer morto.
  • Narrador: Quanto à participação na ação- Narrador não participante (o narrador não intervem na história como personagem)e a narração é feita na 3ª pessoa.
Quanto à objetividade-É subjetivo pois narra a história deixando transparecer a sua opinião e/ou fazendo comentários sobre os acontecimentos.

Adoro a escrita deste autor, contudo,achei que este conto ,com a história que tem,fosse um bocado secante,mas de qualquer dos modos é interessante e Miguel Torga,neste conto, leva o Homem a refletir, exigindo que o seu comportamento, em todas as ações que pratica, seja de um ser humano e não de um animal. Para isso, não se deve deixar influenciar pela sociedade que o rodeia, mas sim agir conforme a sua consciência ditar e assumir os seus atos com responsabilidade e dignidade, como é desejável.

Opinião sobre o conto:

FIM