Trabalho de H.C.A.
Xavier Neto
Created on October 17, 2024
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Transcript
Santuário de Nossa senhora d'Aires, Viana do Alentejo
Os valores mais evidentes incluem a devoção religiosa, que permeia cada detalhe do santuário. O edifício simboliza um ponto de encontro espiritual e social, onde os fiéis se reúnem para celebrar e refletir. Além disso, a harmonia entre os elementos arquitetônicos, como o uso de pedra, azulejos e esculturas, demonstra um profundo respeito pela tradição e pela arte. A análise do santuário trouxe novos dados sobre como a arquitetura não é apenas uma questão de estética, mas também de funcionalidade e simbologia. Cada elemento arquitetônico é cuidadosamente pensado para criar uma experiência sensorial e emocional. A interação entre luz, espaço e materiais mostra como a arquitetura pode impactar o estado de espírito das pessoas, enfatizando seu papel como forma de arte que vai além da mera construção.
Apreciação Crítica
No contexto das tendências artísticas contemporâneas, o Santuário de Nossa Senhora d'Aires representa um elo com o passado, enquanto provoca reflexões sobre a modernidade e a sacralidade. Embora muitos edifícios contemporâneos procurem a inovação através de formas e materiais inusitados, este santuário mantém uma relevância ao demonstrar que a beleza e a espiritualidade podem coexistir de maneira atemporal. Desafia a noção de que a arquitetura moderna deve se distanciar das tradições, mostrando que a continuidade cultural é igualmente valiosa. Em termos de valorização global, o santuário é um importante patrimônio cultural que merece atenção tanto pela sua função quanto pelo seu estado de conservação. Enquanto algumas áreas podem exigir intervenções para garantir a preservação, a sua integração no conjunto urbano é notável. O espaço em torno do santuário complementa sua grandiosidade e facilita o acesso, permitindo que a comunidade interaja com o edifício de forma significativa.
Apreciação Crítica
Em resumo, o Santuário de Nossa Senhora d'Aires é um exemplo brilhante de como a arquitetura pode encapsular valores, história e significado, permanecendo relevante e admirável no contexto contemporâneo. A sua valorização e conservação são fundamentais para garantir que futuras gerações possam apreciar e aprender com esta rica herança cultural.
Identidade e Natureza da Obra
O Santuário é propriedade privada, pertencente á Diocese de Évora. A função que desempenha é a de culto religioso. Foi construida no séc. XVIII, embora se considere que a construção do primeiro edificio (ermida) seja datado do séc. XVI. O Santuário de Nossa Senhora d'Aires encontra-se protegido pelo decreto lei Nº31-J/2012, que o calssificou como Monumento Nacional, no DR (Diário da Républica) de 31 de dezembro de 2012. No séc. XVIII, em virtude das inumeras rumarias á Nossa Senhora d'Aires, o Santuário atraía a presença de vários mercadores que iam vender os seus produtos. Isto levou a que em 1754, Marquês de Pombal assina-se um alvará para a feira anual que ainda hoje se realiza aos quartos domingos do mês de setembro. A 4 de abril realiza-se também a festa em honra de Nossa Senhora d'Aires.
Estrutura Formal
Em várias partes da fachada, há estátuas ou relevos que representam figuras religiosas. Esses elementos servem não apenas como decoração, mas também como narrativas visuais que comunicam a história e a importância do local. A relação entre esses elementos é marcada pela simetria e pela hierarquia. O portal principal é o ponto focal, com a torre do sino complementando sua verticalidade. As janelas e os azulejos criam uma continuidade visual que conecta todos os elementos, enquanto as esculturas adicionam um sentido de narrativa e espiritualidade. A paleta de cores e texturas proporciona uma unidade estética, e a disposição dos elementos guia o olhar do visitante, enfatizando a importância do espaço sagrado. As relações entre o espaço interior e extrerior são a transição espacial, a iluminação natural, os materiais e as texturas, elementos decorativos, o ambiente de reflexão e os simbolos religiosos.
O Santuário tem como planta uma Cruz Latina. As partes que o constituem são a igreja principal, a capela, o altar, caminhos de peregrinação, jardins e áreas externas, um centro de interpretação, salas de atendimento e estátuas/monumentos. Os materiais utilizados na construção são pedra calcária/granito rustico ou polido, azuleijo liso, madeira lisa ou entalhada que pode ter acabamento natural ou ser pintada e vidro com uma textura "áspera" e com cores vibrantes. O acesso central é geralmente adornado com um arco moldurado, frequentemente em pedra, que serve como um ponto de foco. O portal pode apresentar esculturas ou relevos que representam elementos religiosos, como santos, criando um convite ao visitante.
Estrutura Formal
Muitas vezes localizada em um dos lados da fachada, a torre do sino é um elemento vertical que se destaca, simbolizando a ligação entre o céu e a terra. A sua altura e proporção criam um contraste interessante com a horizontalidade do portal e da base da igreja. As janelas, especialmente as em estilo gótico ou manuelino, podem apresentar vitrais coloridos, que não apenas embelezam, mas também permitem a entrada de luz, criando um efeito espiritual no interior. A disposição dessas janelas contribui para a simetria da fachada. O azuleijo pode ser utilizado para revestir a parte inferior ou as laterais da fachada, trazendo cor e textura. Os padrões repetitivos criam uma harmonia visual que liga os diferentes elementos.
A necessidade de substituir a antiga ermida (séc. XVI) por um novo espaço, maior, que conjugasse espiritualidade e que fosse funcional, deu lugar ao Santuário (séc. XVIII). Á data da construçãol do Santuário buscava-se o ideal de grandiosidade, utilizando geometrias variadas, o que o padre João Baptista conseguiu conjugar no seu projeto da obra, muito por conta da sua formação teológica e filosófica, criando um espaço realmente erudito e expressivo.
Mensagem e seu Conteúdo
O Barroco é sem duvida a corrente estética que predomina nesta obra, associada ao Rococó, seja no sentido arquitetónico interior e exterior, seja na vertente decorativa do Santuário. Sendo a arquitetura Barroca caracterisadamente grande e, no caso do Santuário de Nossa Senhora d'Aires, não foge a essa regra, sendo que até espacialente o monumento adquire visualmente maior proporção por estar inserido num senário de planicie, o Rococó vem conferir um toque de elgância e leveza, seja a nivel arquitectonico, seja a nivel decorativo.
A corrente artística, calramente predominante neste monumento, é o Barroco, que coincide com a época de construção do Santuário. O projeto do atual Santuário teve o Padre João Baptista da Congregação do Oratório de Estremose como autor, que o realizou entre 1743 e 1760. Outras obras, como a construção do pavilhão oriental do Convento de S.João da Penitência, bem como as obras da nova capela mor da Sé de Évora, tiveram também a sua partivipação.
Contexto (Social, Económico, Político e Geográfico)
Quem encomendou a obra foi a Confraria da Nossa Senhora d'Aires. A Hístoria do Santuário regista a área envolvente como sendo um espaço de passagem e de culto católico, onde vários peregrinos e comerciantes se reuniam, havendo também evidencias de uma unidade territorial romana bem como vestigios de presença árabe.