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Vem sentar-te comigo, Rodrigo e Tiago

Rodrigo MG

Created on October 16, 2024

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Transcript

"Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio XII"

Ricardo Reis

Análise do Poema

Índice

1. Apresentação do heterónimo

7. Recursos Expressivos

2. Vídeo

8. Intencionalidade

3. Estrutura Externa

9. Grupo

4. Tema

10. Fontes/Bibliografia

5. Assunto/Desenvolvimento

11. Agradecimentos

6. Sentido dos versos

Apresentação do Heterónimo

Ricardo Reis

Segundo Fernando Pessoa, Ricardo Reis nasceu em 1887, em Portugal, exilando-se mais tarde no Brasil a partir de 1919 quando a república foi instaurada em Portugal. Monarquista, defensor do estoicismo, epicurista e do paganismo, a sua poesia possui traços neoclássicos e tem como principal temática a efemeridade da vida.

O heterónimo foi criado em 1912 ou 1914, não se sabendo ao certo a data. A cidade onde nasceu também não é certa, sendo que poderá ser o Porto ou Lisboa. Quanto aos aspectos físicos, ele era um pouco mais baixo, e mais forte do que Alberto Caeiro (outro heterónimo de Pessoa). Ricardo Reis era médico, formado num colégio de jesuítas.

Apresentação do Heterónimo

Ricardo Reis

Quanto às características da sua poesia, destacam-se as seguintes:

  • objetividade;
  • linguagem rebuscada;
  • traços neoclássicos;
  • efemeridade da vida;
  • dicotomia razão/coração;
  • carpe diem;
  • moderação nos prazeres;
  • atitude de abdicação;
  • referências greco-latinas;
  • amor ideal.

Leitura do Poema

Páginas 74 e 75 do manual

Estrutura Externa

a b c d

‣ Versos Bárbaros (mais de 12 sílabas métricas);‣ Versos em redondilha menor.

‣ Estrofes com 4 versos (quadras);‣ 8 estrofes.

‣ Rima ausente;‣ Versos soltos.

Tema

A temática principal deste poema é a abdicação consciente dos sentimentos e prazeres da vida.

Essa temática está presente nos seguintes versos:‣ ("Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos."); ‣ ("Mais vale saber passar silenciosamente/E sem desassossegos grandes"); ‣ ("Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,/Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,"); ‣ ("Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro/Ouvindo correr o rio e vendo-o."); ‣ ("Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,/Pagãos inocentes da decadência.");

Assunto do Poema

O poema está dividido em 4 partes, sendo elas:

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos). Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o. Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as No colo, e que o seu perfume suavize o momento– Este momento em que sossegadamente não cremos em nada, Pagãos inocentes da decadência. Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova, Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos Nem fomos mais do que crianças. E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio, Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti. Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim – à beira-rio, Pagã triste e com flores no regaço.

1ª Parte

3ª Parte

A busca da tranquilidade
A efemeridade da vida

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassossegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas que dão movimento de mais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar.

2ª Parte

4ª Parte

A inutilidade dos compromissos
A ausência de perturbação após a morte

1ª Parte

A efemeridade da vida

O nome é importante porque este recorda a fixação do belo, um símbolo de amor intocado, que pode dessa forma permanecer eterno

Predomínio da razão sobre os sentimentos para não haver sofrimento

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos). Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses.

Ausência de compromisso e a inutilidade de qualquer que ele seja

Efemeridade da vida

Exemplos de paganismo

2ª Parte

A inutilidade dos compromissos

A morte como única certeza

Nesta parte há uma mudança repentina do estado de espírito de Ricardo Reis

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassossegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas que dão movimento de mais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar.

Antítese ao último verso da primeira estrofe, desfazendo um compromisso

Ausência e recusa de qualquer comportamento excessivo

Abdicação dos prazeres da vida e desassossegos que possam causar dor

3ª Parte

A busca da tranquilidade

Carpe diem: Aproveitar ao máximo o momento que se está a viver já que a vida é tão breve

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o. Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as No colo, e que o seu perfume suavize o momento– Este momento em que sossegadamente não cremos em nada, Pagãos inocentes da decadência.

Utilização de advérbios de modo, para transmitir a calma com que se deve levar a vida, tendo sentimentos e emoções controlados

Ausência de conhecimento das coisas para que se consigam aproveitar os momentos (só acreditam em deuses e no destino)

Abdicação consciente dos prazeres da vida

4ª Parte

A ausência da perturbação após a morte

Justificação para a maneira como o poeta leva a sua vida amorosa

Recordação positiva do companheiro

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova, Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos Nem fomos mais do que crianças. E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio, Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti. Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim – à beira-rio, Pagã triste e com flores no regaço.

Justificação pela qual não há qualquer sofrimento após a morte do companheiro

Aceitação de que a morte faz parte do caminho e que não devemos pensar nela antes de acontecer, apenas levar uma vida tranquila

Referência a Caronte, barqueiro que leva as almas para o mundo dos mortos na mitologia.

Duas situações, uma caso Ricardo Reis morra primeiro, a outra caso Lídia morra primeiro

Sentido dos Versos

Versos importantes e simbologia de alguns objetos

("Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos/Que a vida passa")

Tranquilidade do meio envolvente e consciencialização da efemeridade da vida.

("Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,")

Presença do destino como entidade reguladora do ser humano.

("Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.")

Quebra de compromisso com Lídia dado que é algo inútil.

("Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio,")

A morte é a única certeza do nosso percurso.

("Mais vale saber passar silenciosamente/E sem desassossegos grandes.")

Os compromissos não valem a pena pois os desassossegos são demasiado grandes.

Sentido dos Versos

Versos importantes e simbologia de alguns objetos

("Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro")

Recusa ao amor sensual, preferência por algo mais tranquilo.

("No colo, e que o seu perfume suavize o momento ")

Carpe diem. Desejo de permanência de uma memória do amor ideal. Embelezamento do meio. Simbologia do bem efémero.

("Pagãos inocentes da decadência.")

Simboliza a ingenuidade e a falta de conhecimento para que os momentos possam ser aproveitados.

("Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,")

A maneira como eles se lembram um do outro é suave e não lhes causa transtorno, mesmo após a morte.

("Nem fomos mais do que crianças.")

A inocência da forma como eles se tratavam e relacionavam. A infância é a idade ideal, sem maldade.

Recursos Expressivos

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. - ApóstrofeSem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas que dão movimento demais aos olhos, - Enumeração e anáfora Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, Pagãos inocentes da decadência. - Metáfora Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois - Eufemismo E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio, - Eufemismo Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio, - Comparação Ouvindo correr o rio e vendo-o. - Sinestesia

Intencionalidade

Com este poema, Ricardo Reis pretende demonstrar que a vida é curta, e portanto todos os momentos vividos devem ser aproveitados ao máximo. Também pretende transmitir a mensagem de que qualquer compromisso é inútil e que devemos deixar a vida passar à nossa frente controlando os nossos sentimentos e emoções, ou seja, que devemos levar a vida de forma calma e serena. Há também a intenção de mostrar que a morte não deve ser preocupação, mas algo a aceitar, ficando tranquilos com a sua chegada e não pensando nela como regente da nossa vida.

Grupo

Tiago Bento

Rodrigo Galveias

Ricardo Reis

Estudante e Streamer

Poeta e Médico

Estudante e Nadador

Nº21; 12ºA

Nº24; 12ºA

Fontes/Bibliografia

https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/ricardo-reis.htm https://www.slideshare.net/slideshow/ricardo-reis-anlise-do-poema-vem-sentarte-comigo-ldia-beira-do-rio-12-ano/28122511#2 https://www.youtube.com/watch?v=n1TDFHUoMlIhttps://www.casafernandopessoa.pt/pt/cfp/visita/museu/poemas-e-textos-escolhidos/portugues/ricardo-reis/vem-sentar-te-comigo-lidia-beira-do-rio https://prezi.com/u3z7eipelyqv/apresentacao-oral-de-portugues-vem-sentar-te-comigo-lidia-a-beira-do-rio/ https://prezi.com/nvkoxt7blqcq/analise-do-poema-vem-sentar-te-comigo-lidia-a-beira-do-ri/ Manual "Mensagens 12" - Português 12º Ano

Obrigado pela atenção!

Caso tenham dúvidas sintam-se à vontade para as colocar!!