Joana de Gusmão morreu em 16 de novembro de 1780 tendo feito um pedido: ser sepultada no interior da capela que ergueu.

Com cerca de 80 anos, e não mais podendo peregrinar devido ao avanço da idade, Joana ensinava crianças da redondeza a ler e a escrever.

Em 1777, com a chegada da frota espanhola em Canasvieiras, moradores se refugiaram na capela sob a guarda de Joana. A Espanha tomou a Ilha de Santa Catarina sem resistência, pois os portugueses abandonaram seus postos.

Mais tarde, a capela abrigaria a imagem de Nosso Senhor dos Passos, símbolo máximo da procissão que ocorre até os dias de hoje em Florianópolis.

No ano de 1762, Joana obteve permissão para construir uma pequena igreja no alto da colina. Ela só costuma deixar o “morro do hospital” para buscar donativos para a construção de uma capela.

Ainda em 1745, vestida como freira, Joana parte de Paranaguá, para cerca de 300 quilômetros depois chegar em Desterro. Segundo a fé, uma mensagem divina fez com que fixasse residência. Primeiro, na Lagoa da Conceição. Depois, na região do morro do Hospital de Caridade.

Joana se casou jovem. Certa vez, no retorno de uma festa, fez um pacto com o marido, Antônio Ferreira: depois que um morresse, o outro não voltaria a se casar e sairia a peregrinar. Com a morte de Ferreira, em 1745, na região de Paranaguá (PR), ela cumpre a promessa.


Maria Álvares e Francisco Lourenço Rodrigues tiveram 12 filhos, seis meninas e seis meninos. Em 1688, nasceu Joana Gomes de Gusmão, na capitania de São Vicente, atual Santos (SP).
