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Álvaro de Campos

Lisbon revisited (1923)

Leonardo Simões Nº13 12.º CT 2Disciplina: PortuguêsProfessor: Paulo Melo

1.1

Índice

Álvaro de Campos

Faces Álvaro de Campos

Leitura do poema

2.1

Análise Geral

2.2

Análise interna

2.3

Linguagem e estilo

Conclusão

Bibliografia

Álvaro de Campos

  • Álvaro Campos foi um heterónimo de Fernando Pessoa
  • Nasceu em Tavira em 15 de outubro de 1890
  • Estudou num liceu e depois foi para a Escócia (Glasgow) estudar engenharia
  • Vazio imenso
  • Solidão
  • Frustração e desânimo
  • Incompreendido
  • Incapacidade de se entregar na sociedade
  • Tédio imenso
  • Conflito entre a realidade e o poeta

Fase intimista / pessimista

  • Tédio
  • Cansaço
  • Novas sensações.

Face decadentista

FaCe futurista e sensacionista

1.1

Faces Álvaro de Campos

  • Triunfo das máquinas
  • Energia mecânica
  • Civilização moderna

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.Com todo o direito a sê-lo, ouviram?Não me macem, por amor de Deus!Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer cousa?Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.Assim, como sou, tenham paciência!Vão para o diabo sem mim,Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!Para que havemos de ir juntos?

Lisbon revisited (1923)

Não: não quero nada Já disse que não quero nada. Não me venham com conclusões! A única conclusão é morrer. Não me tragam estéticas! Não me falem em moral! Tirem-me daqui a metafísica! Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) Das ciências, das artes, da civilização moderna! Que mal fiz eu aos deuses todos? Se têm a verdade, guardem-na!

Lisbon revisited (1923)

Não me peguem no braço! Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho. Já disse que sou sozinho! Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia! Ó céu azul — o mesmo da minha infância — Eterna verdade vazia e perfeita! Ó macio Tejo ancestral e mudo, Pequena verdade onde o céu se reflecte! Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje! Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta. Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

2.1

Análise Geral

  • Face pessimista e intimista.
  • Solidão.
  • Nostalgia de infância.

-Rejeição de tudo.-Inevitabilidade da morte.

1.º Momento notável

2.2

Análise interna

Não: não quero nadaJá disse que não quero nada.Não me venham com conclusões!A única conclusão é morrer.

-Rejeição das verdades que a sociedade tem para oferecer.-Metafísica.-Arte.-Civilização moderna.

2.º Momento notável

2.2

Análise interna

Não me tragam estéticas!Não me falem em moral!Tirem-me daqui a metafísica!Não me apregoem sistemas completos,não me enfileirem conquistasDas ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —Das ciências, das artes, da civilização moderna!Que mal fiz eu aos deuses todos?Se têm a verdade, guardem-na!

-Isolamento.-Solidão face ao absurdo da vida.-Indiferença.

3.º Momento notável

2.2

Análise interna

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.Com todo o direito a sê-lo, ouviram?Não me macem, por amor de Deus!Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer cousa?Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.Assim, como sou, tenham paciência!Vão para o diabo sem mim,Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!Para que havemos de ir juntos?Não me peguem no braço!Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.Já disse que sou sozinho!Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!

-Nostalgia de infância.-Solidão e morte.

4.º Momento notável

2.2

Análise interna

Ó céu azul — o mesmo da minha infância —Eterna verdade vazia e perfeita!Ó macio Tejo ancestral e mudo,Pequena verdade onde o céu se reflecte!Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

Ironia

Assim, como sou, tenham paciência! Vão para o diabo sem mim, Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! Para que havemos de ir juntos?"

Antítese

"Ó céu azul — o mesmo da minha infância —Eterna verdade vazia e perfeita! Ó macio Tejo ancestral e mudo,"

Perífrase

"Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!"

2.3

Linguagem e estilo

Conclusão

Concluindo o sujeito poético aborda a sua face pessimista e intimista marcada pela negatividade, rejeita tudo e todos preferindo isolar-se ou mesmo escolher a morte como salvação. A nostalgia de infância também é abordada como o único momento de felicidade do sujeito poético uma felicidade perdida.

Álvaro de Campos

ÁLVARO DE CAMPOS poeta | FUTURISMO1909// (wordpress.com) Silva Pedro, Cardoso Elsa, Nunes Ribeiro Susana, 2023-Letra em dia 12.º ano , Porto, Porto Editora; https://portugues-fcr.blogspot.com/2011/01/ficha-de-leitura-de-lisbon-revisited_28.html; https://www.casafernandopessoa.pt/pt/fernando-pessoa/obra/alvaro-de-camposhttps://danielamcteixeira.blogs.sapo.pt/7399.html