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Noite fechada por Valença
12.ºA
Created on October 15, 2024
Trabalho feito pelos alunos do 12.º A: Leonor Guerreiro, Leonor Saraiva, Débora Alves, Isis Páris e Mateus Fernandes.
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Transcript
Trabalho realizado por: Ísis Páris, Débora Alves, Leonor Saraiva, Leonor Guerreiro e Mateus Fernandes
Um valenciano passeia ao anoitecer por Valença. Sente-se melancólico ao relembrar o passado das Muralhas comparando-o com o seu presente, assim como Cesário Verde fez no seu passeio por Lisboa em O sentimento dum Ocidental.
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O eco das trapicheiras Correm apressadas pela ponte A melodia de outrora Perdeu-se no horizonte
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Escondes debaixo de um pano O teu contrabando A inocentes tolos Roubas desejos e sonhos
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Pela torta rua direita Ouve-se o ensurdecedor galego que às toalhas a mão deita, as muralhas não têm sossego!
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O rio Minho ao longe ruge Já não é o maior assassino da nação Mas aquele que permite Uma vida melhor para a população
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A Inquisição desapareceu, mas os seus jovens mártires do abuso de poder não deixam de sofrer.
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A vida perde o herói e o mais insignificante é esquecido As chamas do inferno não perdoam Nem o santo, nem o maldito.
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Ergue-se o monumental Um santo de outra época No centro do comércio nascido nesta terra.
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Não se reconhecem Seja por obrigação da pandemia que nos isolou Ou por medo da segregação.
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Nos paióis que viram a Revolução guardam a memória da guerra Hoje são museus e contam a sua história Àqueles que visitam e esperam.
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Valença é o invólucro As muralhas as costelas O comércio o coração Sem ele, viver não é opção.
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Isolação é a palavra que melhor define esta geração Jantam lado a lado, sem nunca conversar presos aos ecrãs, nem a cabeça podem levantar.
Vou reclamar de outro sítio Deixar este lugar maldito