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Laura Cruz Da Costa
Created on October 15, 2024
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Transcript
A resposta de Descartes ao problema filosófico da possibilidade do conhecimento
Introdução
Conclusão
- Laura Costa
- Mariana Matos
Dúvida Radical: "porque uma vez minados os fundamentos, cai por si tudo o que está sobre eles edificado, atacarei imediatamente aqueles princípios em que se apoiava tudo o que anteriormente acreditei." (2º parágrafo- linhas 10 a 12) " Creio que nunca existiu nada daquilo que a memória enganadora representa. Não tenho, absolutamente, sentidos; o corpo, a figura, a extensão, o movimento e o lugar são quimeras." (10º parágrafo- linhas 43 a 45)
René Descartes (1596-1650) foi um filósofo, físico e matemático francês, durante a Idade Moderna. Destacou-se não só pelo seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, como também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria, gerando a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome (referencial cartesiano).
Dúvida Metódica: “tendo recebido desde a mais tenra idade coisas falsas por verdadeiras, e sendo tão duvidoso tudo o que depois sobre elas fundei, tinha de deitar abaixo tudo, inteiramente, por uma vez na minha vida, e começar, de novo, desde os primeiros fundamentos, se quisesse estabelecer algo seguro e duradouro nas ciências.” (1º parágrafo- linhas 1 a 4). "Sem dúvida, tudo o que até ao presente admiti como maximamente verdadeiro foi dos sentidos ou por meio deles que o recebi. Porém, descobri que eles por vezes nos enganam, e é de prudência nunca confiar totalmente naqueles que, mesmo uma só vez, nos enganaram." (3º parágrafo- linhas 13 a 15)
Dúvida Hiperbólica: "E mais ainda, assim como concluo que os outros se enganam algumas vezes naquilo que pensam saber com absoluta perfeição, também eu me podia enganar todas as vezes que somasse dois e três ou contasse os lados de um quadrado." (6º parágrafo- linhas 30 a 32) "Vou supor, não o Deus sumamente bom, fonte da verdade, mas um certo génio maligno, ao mesmo tempo extremamente poderoso e astuto, que pusesse toda a sua indústria em me enganar." ( 8º parágrafo- linhas 35 e 36) "Vou considerar-me a mim próprio como não tendo mãos, não tendo olhos, nem carne, nem sangue, nem sentidos, mas crendo falsamente possuir tudo isto." (8º parágrafo- linhas 38 a 40)
Dúvida Voluntária: "Então, hoje, vou dedicar-me, por fim, com seriedade e livremente, a destruir em geral as minhas opiniões." (1º parágrafo- linhas 4 e 5) "De modo que, se quero descobrir algo indubitável, tenho daqui em diante, de suspender o meu assentimento, não menos às minhas convicções anteriores do que às abertamente falsas" (7º parágrafo- linhas 33 e 34) "E hei-de prosseguir o meu caminho até conhecer algo de certo ou, pelo menos, até que conheça com certeza que não há nada certo." (9º parágrafo- linhas 41 e 42)
Neste trabalho, vamos analisar o excerto completo das Meditações Sobre a Filosofia Primeira de René Descartes, onde o autor expõe a sua teoria da dúvida como método para alcançar a verdade. Descartes propõe que se deve questionar todas as crenças, até as mais fundamentais, para encontrar uma certeza inabalável. O objetivo deste trabalho é identificar e explicar os diferentes tipos de dúvida presentes ao longo do texto- metódica, voluntária, radical e hiperbólica-, destacando como cada uma delas desempenha um papel crucial no desenvolvimento do seu pensamento filosófico.
Para concluir, ao longo deste trabalho analisamos o texto de Descartes, identificando as diferentes formas de dúvida que ele utiliza como método para questionar as suas crenças anteriores. Através da dúvida metódica, voluntária, radical e hiperbólica, Descartes procura uma base sólida e indubitável para o conhecimento, levando-o a suspender todas as suas antigas convicções até encontrar algo absolutamente correto. Em síntese, a dúvida revela ser uma ferramenta crucial para Descartes, pois permite que ele construa um conhecimento mais fiável e fundamentado.