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OS MAIAS - CAP.XVIII

  • No seu percurso, e ao revisitar Lisboa, João da Ega e Carlos da Maia recordam a visita que Ega fizera 4 anos antes a Paris.
  • Entretanto, chegam ao Loreto, espaço em que a estátua de Camões representa simbolicamente a época gloriosa dos Descobrimentos, o que contrasta com a estagnação, o ócio e a decadência que marcam a sociedade lisboeta do Séc. XIX - "Nada mudara". Por isso, a caracterização da estátua de Camões surge como "triste".
  • Na verdade, é através do olhar de Carlos que observamos esta Lisboa, a qual se mantinha igual a 10 anos antes. Aliás, a repetição de certos vocábulos mostra bem a estagnação: "A mesma sentinela...", "Os mesmos reposteiros...", "... conservava o mesmo ar..." - podemos até considerar que a decadência e a estagnação da sociedade portuguesa também marca a população da capital. É evidente a ideia de total imobilismo da sociedade portuguesa.
  • De igual modo, encontramos o contraste entre as três "varinas", descendentes dos marinheiros do passado, que surgem "fortes e agéis", enquanto a elite e os burgueses são referidos como "vádios, de sobrecasaca, politicando", que são aqui comparados aos "vadios em farrapos" - prevalece o ócio.
  • Em conclusão, para Ega "Lisboa faz diferença", mas o olhar de Carlos revela que 10 anos depois está tudo na mesma.