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ANDREIA GOMES FÉLIX

Created on October 14, 2024

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Transcript

Fernando Pessoa

heterónimo

começar

Poema:

Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa cousa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê!

Assunto:

O fingimento e a criação artística; a racionalização dos sentimentos (sentir com a imaginação, não usando o coração).

Divisão do poema:

Duas primeiras quintilhas - negação de que finge ou mente; justificação de que o que faz é a racionalização dos sentimentos na busca de algo mais belo mas inacessível.

Situação a que chega o sujeito poético

"livre de meu enleio" (desligado do tema). Há um acto de fingimento de pura elaboração estética. O leitor deve sentir o que o poeta comunica apesar de ele próprio não sentir ("Sentir? Sinta quem lê!").